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A esperança que não decepciona

Texto base:

Romanos 15:4

📖 Porque tudo o que está nas Escrituras [Velho Testamento] foi escrito {finalidades} para nos ensinar (instruir, corrigir, transmitir preceitos divinos, doutrinas), a fim de que tenhamos esperança (expectativa no Autor do bem, salvação e do que se espera no futuro) por meio da paciência (persistência, perseverança) e da coragem (consolo, conforto, encorajamento interior) que as Escrituras nos dão (quando as seguramos com firmeza na mão e as utilizamos para controlar as inclinações e agitações da nossa mente/alma). (Rm.15:4 NTLH)

Paulo está dizendo que as Escrituras Sagradas são a nossa fonte de esperança, perseverança e coragem.

  • Todos os “Escritos Sagrados” (Antigo Testamento), historicamente registrados, servem para a instrução e aprendizado.
  • O propósito prático deles é gerar nos leitores esperança e encorajamento, capacitando-os a perseverar com paciência enquanto aguardam as promessas divinas.
  • Paulo faz uma conexão direta entre o estudo das Escrituras e o fortalecimento interior para a jornada da fé (confiança e fidelidade a Deus por meio de Cristo).

“A esperança que não decepciona”: esse título deve nos motivar a rejeitarmos e resistirmos aos pensamentos/ideologias mundanas, mantendo em nosso íntimo/alma/mente a chama da “esperança viva” acesa em todas as ocasiões.

A minha proposta é mostrar que a verdadeira e duradoura esperança, essencial para enfrentarmos nossos desafios e olharmos para o futuro com confiança, não reside em nada das coisas deste mundo, mas é uma ação sobrenatural de Deus, nutrida pela nossa confiança e obediência à Sua Palavra, a qual nos dá a visão do que esperamos no lar eterno.

O meu desejo é que Deus console e fortaleça os aflitos, ensinando-lhes que a Palavra de Deus e a promessa do Céu são a única fonte de esperança inabalável, motivando-os à ação de buscar ativamente essa esperança em toda a Escritura Sagrada (Antigo e Novo Testamentos).

Reflita. [1] Qual é a principal “ferramenta” que Deus nos deu para construirmos uma esperança que não desaparece? [2] Cremos que a Palavra de Deus nos ensina a termos paciência e coragem. Em qual dos seus desafios atuais (pequeno ou grande) você sente que precisa de mais paciência ou mais encorajamento? Como a leitura das Escrituras pode te ajudar nisso? [3] Qual é o maior perigo ou a maior “ideologia mundana” que você sente que está tentando apagar a sua “chama da esperança viva”? [4] Se a verdadeira esperança é “inabalável” e vem de Deus, qual é a primeira coisa prática que você vai fazer para “buscar ativamente” essa esperança na Sua Palavra? (Exemplo: ler um Salmo? Meditar em uma promessa e nas condições para que ela se cumpra?)

Introdução: onde está a sua âncora?

Olhando para o mundo ao nosso redor, vemos um cenário de incertezas. Rejeições e distorções da verdade e dos propósitos divinos, crises morais, financeiras, conflitos familiares, violência, perversidades, diagnósticos clínicos inesperados e as falsas promessas de autoridades. Como a nossa mente/alma reagirá diante desse cenário? Nós a inclinaremos para a Palavra de Deus, a fim de resistirmos ou às filosofias mundanas que se contrapõem à soberania divina?

Reflita. [1] Quais são alguns dos problemas e incertezas que o texto menciona ao descrever o mundo atual? [2] Diante de tantas dificuldades e incertezas (como crises e conflitos), por qual caminho você acha mais importante guiar seus pensamentos: o da fé e dos propósitos divinos ou o das ideias e promessas deste mundo? Explique o porquê de sua resposta. [3] Considerando o cenário desafiador descrito, qual é a principal escolha ou decisão que cada pessoa deve tomar para conseguir enfrentar essa realidade?

Quem já não se sentiu como em um barco à deriva, balançando de um lado para o outro em meio a uma tempestade? A gente tenta se agarrar a algo. A vida, igual a esse barco, impulsiona-nos a buscar segurança na conta bancária, na estabilidade do emprego, na saúde perfeita ou até mesmo na promessa de autoridades corruptas e mentirosas. Mas, como o texto base nos lembra, “as esperanças” que colocamos em coisas, situações e pessoas “não perdurarão” (cf. Jó 8:13-15). Elas são como uma teia de aranha: parecem firmes, mas, ao menor toque, desfazem-se.

Reflita. [1] A que o texto compara as “esperanças” que colocamos em coisas, situações e pessoas, bem como em dinheiro, emprego e saúde? [2] Se a busca por segurança em coisas materiais é comparada a uma “teia de aranha”, onde você acha que é possível encontrar uma base realmente firme e duradoura na sua vida? [3] Qual é a principal lição que podemos tirar do texto sobre onde não devemos concentrar nossa confiança, e por quê?

O problema central que enfrentamos é que buscamos uma esperança eterna em fontes temporárias.

O nosso texto de Romanos 15:4 nos aponta para o lugar certo, onde a esperança verdadeira e duradoura é encontrada. Paulo diz que as Escrituras foram escritas para nos dar “esperança e encorajamento conscientes”. O Deus Eterno, em Sua eterna bondade ou Graça, provê todos os recursos necessários, os quais nos oferecem a segurança que a nossa alma precisa para que ela se revigore e se mantenha firme diante das agitações da vida.

Pensem na esperança como a água fresca para o viajante no deserto. Ele não vai perfurar uma rocha seca, tentando encontrar nela água fresca. Ele sabe que a fonte está em outro lugar. Devido à falta de princípios espirituais e morais, para o cristão verdadeiro – um viajante em um mundo árido e sem vida –, a Palavra de Deus é a sua “fonte inesgotável”.

Reflita. [1] Qual é o principal problema que as pessoas enfrentam ao buscar esperança? [2] O texto compara a Palavra de Deus a uma “fonte inesgotável” para o cristão. Na sua vida, o que você considera ser uma “fonte” confiável que te dá segurança e te ajuda a lidar com as agitações do dia a dia? [3] Com base no que foi lido, qual é a única fonte, sugerida pelo texto, que pode oferecer a “esperança verdadeira e duradoura” e por que essa fonte é considerada tão essencial?

1. A nossa esperança precisa ser nutrida diariamente pela Palavra de Deus

A primeira fonte de esperança, segundo o texto, é a Palavra de Deus. Ela não é um livro de histórias antigas, mas o “Manual divino de vida” que Deus nos presenteou. Ela nos ensina, corrige, nos dá confiança, sabedoria e uma força inexplicável para uma vida cheia de esperança, por meio dos recursos da Graça divina.

A graça de Deus é oferecida a todos (graça preveniente), mas exige uma resposta de fé (o desejo de confiarmos e de sermos fiéis a Ele – o livre-arbítrio). O estudo e a meditação nas Escrituras são o meio que Deus usa para nos fortalecer em nossa capacidade de escolher a fé, mesmo diante do medo.

A declaração de fé do salmista: &  {Oração + verdade} Tu és o meu esconderijo e o meu escudo; {Exemplo a ser seguido} eu ponho a minha esperança na tua promessa (i.e. na Tua Palavra). (Sl.119:114 NTLH)

Reflita. [1] O que a Palavra de Deus oferece e que é capaz de nos dar confiança, sabedoria e uma “força inexplicável”? [2] O texto diz que a graça de Deus exige uma resposta de fé. Na sua opinião, por que ter a liberdade de escolher (livre-arbítrio) é tão importante para que a fé e a esperança sejam verdadeiras? [3] Considerando que a Palavra de Deus é apresentada como a principal fonte de esperança e o salmista a usa como seu “escudo”, qual é o papel prático que o estudo das Escrituras tem na vida de quem quer se manter firme diante do medo?

  • Guarde no coração: Deus Se oferece como “Refúgio”. A Sua Palavra é a fonte acessível de esperança, indicando que a pessoa precisa escolher e se dedicar a essa fonte para reabastecer a sua esperança, exercendo sua responsabilidade na relação com Deus.
  • Aplique: se a sua esperança está enfraquecida, o remédio é se alimentar da Palavra de Deus e “ruminá-la”. Não espere pela vontade de ler, mas discipline-se a ler. Comece com porções pequenas ( Salmos e Provérbios, Marcos), tendo a certeza de que Deus usará essa leitura para despertar o seu ânimo.

Reflita. [1] Para reabastecer a esperança, o que a pessoa precisa fazer para exercer sua responsabilidade acerca do seu relacionamento com Deus? [2] Como foi lido, nós não devemos esperar pela vontade de ler a Bíblia, mas sim nos disciplinar a isso. Por que você acha que a disciplina é mais importante do que a simples “vontade” quando se trata de cuidar da nossa esperança? [3] Se a sua esperança está “enfraquecida”, qual é o “remédio” prático e imediato que o texto aconselha que você aplique e como ele sugere que você comece?

O autor da carta aos Hebreus disse: & Pois {verdade para crer/confiar} a Palavra de Deus é viva e poderosa… (Hb.4:12ª NTLH)

  • Guarde no coração: a Palavra tem o poder para nos transformar quando permitimos que ela penetre e realize o seu trabalho, “podando” nossas vidas. Essa “vida” e “poder” são ações da Graça divina operando em nós, capacitando-nos a mudar e a encontrar esperança. Entretanto, o indivíduo deve permitir que essa Palavra penetre, abrindo o coração e a mente (exercício da vontade).
  • Aplique: a Palavra de Deus deve ser usada como um “espelho e um mapa”. Ela não apenas mostra quem você é (espelho), mas também para onde você deve ir (mapa). Quando vier o desânimo e desafios, clame ao Espírito de Deus para que o faça lembrar do que aprendeu nas Escrituras.

Reflita [1] O que o texto afirma que a Palavra de Deus é, citando a carta aos Hebreus, e qual é o seu poder? [2] O texto diz que a Palavra tem o poder de nos transformar, mas que é preciso permitir que ela “penetre” em nosso íntimo. Na prática, o que você acha que significa “abrir o coração e a mente” para a Palavra de Deus? [3] O texto compara a Palavra a um “espelho e um mapa”. Qual é a conclusão que podemos tirar sobre a dupla função que ela tem na nossa vida quando enfrentamos o desânimo?

2. Vivamos sob a realidade da Eternidade, pois a nossa esperança é eterna

A segunda fonte de esperança é a realidade do Céu. Paulo nos lembra que tudo o que vemos é passageiro e o que não vemos é eterno. (cf. 2 Co.4:18) As Escrituras afirmam que nós, neste mundo, somos como estrangeiros e estamos de passagem. Nossos dias sobre a Terra são como a sombra, pois passam tão depressa e não deixam vestígios. (cf. 1 Cr.29:15). Assim é a vida neste mundo – o Céu é o nosso lar — lugar de justiça e recompensa.

A vida na Terra nem sempre faz sentido: dores, perdas e injustiças que nos fazem questionar. Todavia, a esperança do Céu não é um otimismo cego, mas uma certeza sobrenatural de que Deus fará justiça, enxugará toda lágrima e dará descanso a todos os que Nele perseveraram.

📖 1 {verdade para crer/confiar} Vocês foram ressuscitados com Cristo. Portanto, {mandamento} ponham o seu interesse nas coisas que são do céu, onde {verdade para crer/confiar} Cristo está sentado ao lado direito de Deus. 2 {mandamento} Pensem nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra. (Cl.3:1,2 NTLH)

Reflita. [1] Qual é a segunda fonte de esperança que o texto apresenta e o que o autor nos lembra sobre o que vemos neste mundo em contraste com o que não vemos? [2] Se o texto afirma que a vida na Terra é passageira e cheia de injustiças, como a certeza de um futuro no Céu (onde haverá justiça e recompensa) pode mudar a maneira sobre como você vive e lida com as dificuldades? [3] Com base na instrução de “pensar nas coisas lá do alto” e não nas da Terra, qual é a principal mudança de foco que o texto sugere que devemos ter para mantermos uma esperança firme?

  • Guarde no coração: o cristão, após a regeneração (ação transformadora da graça divina, a qual pode ser resistida/aceita), é convidado a uma ação contínua de sua vontade: “olhar para cima” e “pensar nas coisas do céu”. A esperança requer um esforço intencional de focar a mente nos princípios bíblicos que conduzem à Eternidade.
  • Aplique: o Céu/a Eternidade deve ser o filtro pelo qual você avalia suas atitudes e decisões. Se a sua prioridade está apenas em acumular bens, prazeres ou conquistas terrenas, você está diminuindo sua fonte de esperança. Invista na eternidade! Essa visão o manterá em amizade com Deus (em paz com o SENHOR – Shalom) e, fortalecido por Ele, você saberá como construir uma atitude de coragem para lutar contra as tentações e desafios desta vida.

Reflita. [1] Para manter a esperança, o que o cristão é convidado a fazer continuamente com sua vontade e mente? [2] O texto sugere que se a nossa prioridade é apenas “acumular bens, prazeres ou conquistas terrenas”, estamos diminuindo nossa fonte de esperança. O que você tem valorizado na sua vida que pode estar tirando o foco das coisas mais duradouras? [3] Qual é a conclusão que devemos extrair sobre o papel do “Céu/Eternidade” em nossas decisões e atitudes diárias?

Conclusão: abrace a certeza!

A esperança não é um “talvez”, mas ela é a certeza que o nosso Deus, que é Fiel em todas as Suas palavras e ações, cumprirá todas as Suas promessas, tanto aqui como na eternidade.

1. Encontre-a na Palavra: se você tem pouco conhecimento teológico, comece a ler os Salmos e Provérbios no Antigo Testamento. No Novo Testamento, comece lendo o Evangelho de Marcos, e depois, o de João. A Palavra de Deus é a fonte de água fresca que nutre a nossa alma e nos dá o encorajamento necessário.

1. Mantenha o foco no Céu: use a esperança da eternidade para dar peso e sentido ou critério aos seus sentimentos, pensamentos, palavras e ações, aos seus desafios diários.

O convite de Deus é claro: Ele nos oferece a graça, a Palavra, Sua presença e o Céu. A nossa parte ou responsabilidade é escolher essa esperança e aguentar pacientemente. Que o Deus de toda a consolação e esperança encha o nosso coração com a Sua paz para que possamos transbordar em alegria e esperança, sob o poder do Espírito Santo e de Sua Palavra.

Reflita. [1] O texto afirma que a esperança não é um “talvez”. O que exatamente a esperança é, de acordo com essa primeira afirmação? [2] O texto lista o que Deus oferece (graça, Palavra, presença e Céu) e qual é a nossa parte nisso? Na sua vida, qual desses dois lados (o que Deus oferece ou o que você precisa fazer) exige mais esforço, e por quê? [3] Com base nas duas recomendações de aplicação (encontre-a na Palavra e mantenha o foco no Céu), qual é a conclusão principal que podemos tirar sobre a maneira como devemos lidar com os desafios e sentimentos do dia a dia?

Que Deus nos abençoe!

Walter de Lima Filho