WALTER DE LIMA FILHO – 06/09/2011
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Atos 7:22
Na semana passada nós meditamos sobre como Paulo levou a mensagem de Deus ao povo de
Corinto. Ele não confiou nas habilidades e sabedoria pessoais, mas no poder de Deus. (cf. 1
Co.2:3) O que vimos na vida de Paulo abre caminho, para meditarmos sobre como Deus
preparou Moisés para a retirada de Seu povo da escravidão do Egito.
De acordo com Atos 7:22, Moisés foi educado na ciência dos egípcios, tornando-se um homem que falava e agia com autoridade, eloqüente e muito capacitado. Mesmo assim, suas habilidades, seu brilhantismo com as palavras e obras, não o qualificaram para ser usado por Deus. Ao contrário, tais habilidades passaram a ser os motivos pelos quais Deus não poderia usá-lo. Por quê? Porque Deus procura “os loucos e os fracos”, como aprendemos com Paulo. (cf. 1 Co.3:18; 4:10) Nos tempos antigos, os gregos buscavam a sabedoria e os judeus, milagres que demonstrassem poder. Entretanto, para Deus, a sabedoria e o poder humanos só podem ser eficazes nas relações humanas. Deus usará tão somente o poder e a força do Espírito Santo, a fim de realizar a Sua obra. O princípio é este: Deus manifestará Sua força e poder por meio daqueles que são fracos e loucos, porque creram na mensagem da cruz. (cf. 1 Co.1:18) Como Deus tratou com a sabedoria e o poder carnal de Moisés? Ele tinha eloqüência, sabedoria, poder, conhecimento e sentia que poderia ajudar Deus somente com suas habilidades pessoais.
Querendo ajudar seus irmãos judeus, ele matou um egípcio que os oprimia e no dia seguinte, tenta apaziguar uma briga entre dois israelitas. Para sua surpresa, foi rejeitado e mencionaram o assassinato do egípcio. Com medo, ele foge para o deserto. (cf. Êx.2:11-14)
O que isso significa? Moisés conhecia apenas o próprio poder e a própria sabedoria, mas precisava reconhecer sua loucura e fraqueza. Deus precisava lhe ensinar que confiando em si mesmo, não poderia fazer certas coisas a que foi chamado. Ele foi sincero em tentar ajudar Deus e salvar os filhos de Israel, mas Deus não tinha necessidade de recursos humanos. Foram necessários 40 anos no deserto para ele se acalmar, até que o seu fogo natural fosse extinto! Lá, ele aprendeu a ver como tudo o que possuía era inútil para realizar as grandes obras de Deus.
Hoje em dia, Deus faz o mesmo. Ele coloca a pessoa ou a igreja que Ele quer usar em um
deserto, para aquietá-los, prová-los e ensiná-los. Para que a vontade divina se realize, a
vontade humana precisa ser tratada. Esse é o estágio inicial de um verdadeiro avivamento ou
reavivamento. Um momento em que a crise do ser precisa ser enfrentada. Como diz Asaph
Borba em seu hino: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu Nome dá glória!”
Onde Deus queria que Moisés chegasse? O que Ele queria que Moisés compreendesse? Deus
queria que ele, Moisés, entendesse a sua completa inutilidade, que ele parasse de sonhar que
poderia realizar a vontade de Deus com suas próprias habilidades. Que ele não se considerasse um homem forte, grande, poderoso e padrão para os outros no reino espiritual
agindo por suas próprias forças. Ele precisava morrer para si mesmo!
Na sua tentativa de ajudar Deus no Egito com sua sabedoria meramente psicológica,
mostrando força e inteligência, ele precisaria entender que os atributos carnais não têm lugar
na obra de Deus. Naquele momento, Deus recusou-se a usá-lo, a aceitá-lo como Seu servo.
Moisés, como a nossa igreja precisa aprender o que disse Zacarias: