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 (Colossenses 1:23)

Neste último feriado, eu e minha esposa Damaris não viajamos, e então eu pude ficar em casa lendo alguns livros. Uma frase, que me chamou atenção, dizia assim: “Não é o que você é nem o que você foi que Deus vê com seus olhos cheios de misericórdia, mas o que você deseja ser”.

então fiquei analisando cada palavra desta sentença e procurei me colocar dentro deste pensamento, substituindo os pronomes “você” pelo pronome pessoal “eu”, e adicionando o meu nome no início da frase.

Então, ficou assim: “Paulo, não é o que eu sou nem o que eu fui que Deus me vê com seus olhos cheios de misericórdia, mas o que eu desejo ser”.

Eu convido vocês a repetirem esta frase em voz alta, colocando o nome de vocês no início e usando o pronome pessoal, como no exemplo acima:

Vamos lá então, no 3:1,2 e 3.

Se eu perguntar para algumas pessoas que estão aqui, quem você é? Provavelmente, eu teria várias respostas diferentes, e se eu continuasse e perguntasse para outras? pessoas quem você foi?, também teria muitas respostas variadas.

Mas eu quero usar esta frase para chamar a atenção a um comportamento que tem sido muito comum em nossos dias, que entristece a Deus quando Ele olha para sua Igreja e vê pessoas que Ele mesmo chamou, apáticas, desinteressadas, vivendo seus dias somente para satisfazer seus prazeres pessoais, sem reconhecer sua fragilidade espiritual e moral diante de Deus, sem lamentar e se arrepender dos seus erros e enganos, sem render seu orgulho e egoísmo a Deus, o nosso Pai, e como consequência, não se submetendo ao governo e direção dEle, vivem suas vidas sem ter misericórdia dos outros, sem valorizar a Palavra Eterna de Deus para ter suas vidas transformadas para ensinar as pessoas que elas também devem se render a Deus assim como ele se rendeu.

Portanto, se estamos aqui reunidos, como a Igreja do Senhor, como filhos e filhas de Deus, na presença do Todo Poderoso, do Nosso Senhor Jesus Cristo, a pergunta inevitável é: O que nós, como Igreja, desejamos ser? e O que temos feito para sermos o que desejamos?

e ainda, O que nos impede de nos tornar a Igreja que Deus projetou?

Vamos repetir estas três questões?

Eu espero nesta noite, com a ajuda de Deus, poder despertar os corações de muitos aqui que estão enganados, achando que pelo simples fato de frequentarem uma reunião como esta, há meses ou até há anos, estão agradando a Deus, porém, sem se colocarem a disposição dEle para conhecê-Lo e servi-Lo em Seu Reino.

Vamos ler Colossenses 1:23, para tentarmos responder a estas questões.

“Mas é preciso que vocês continuem fiéis, firmados sobre um alicerce seguro, sem se afastar da esperança que receberam quando ouviram a boa notícia do evangelho. Foi desse evangelho que eu, Paulo, me tornei servo, e é esse evangelho que tem sido anunciado no mundo inteiro”.

O que Paulo diz ser preciso? No entanto, que atitude nós devemos ter para continuarmos sendo fiéis a Deus? Esse alicerce é o próprio Jesus Cristo, que é a Palavra Viva de Deus! Além do mais, Ele é a essência da nossa esperança de um dia vivermos eternamente com Deus, o nosso Pai.

Saiba que a nossa maior promessa em Cristo é irmos viver como Igreja na Eternidade. Então, nós precisamos amá-la, porque Deus a ama. Eu e você precisamos alicerçar nossas vidas na “Rocha”, para que as tempestades não nos destruam.

O apóstolo Paulo se diz servo do que?

No original da Bíblia, Paulo se diz “escravo” do” Evangelho que tem sido anunciado no mundo inteiro”. Vale lembrar que a um escravo não é dada a opção de criar nada, e sim, a de obedecer e seguir fielmente o que de antemão lhe foi ordenado. Portanto, o nosso desejo, como igreja, deve ser permanecermos fiéis a Deus, firmados em Cristo Jesus, que é a nossa Rocha e obedecendo ao Evangelho que nos foi confiado.

E o que nos impede de nos tornarmos a Igreja que Deus projetou?

Somos nós mesmos, nosso orgulho, nosso egoísmo, nossos prazeres pessoais, nosso desrespeito pelo que é sagrado, nossa falta de comprometimento com a Palavra de Deus, nossos medo de perder coisas que conquistamos, nossa apatia, nossa incredulidade e tantos outros comportamentos que guardamos em nosso interior que acabam nos destruindo silenciosamente.

Existe uma parábola que conta acerca de uma igreja frequentada por um bando de gansos domésticos. Toda semana eles bamboleavam até a igreja e ouviam o pregador proclamar as maravilhas do voo. “Não precisamos andar sobre a terra, presos a este lugar”, exortava o velho ganso chefe. “Podemos nos elevar e subir até as regiões mais distantes, aos climas abençoados. Podemos voar!”.

Depois de ouvir o sermão, toda semana os gansos grasnavam, ou seja, diziam, “Amém”! e saíam pela porta bamboleando em fila até suas casas e seus afazeres. Só o que tinham a fazer era sacudir suas asas.

Muitas pessoas vão á reunião da igreja todas as semanas, ouvem a pregação, dizem Amém aos Ensinamentos e ao Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo, ao chamado de Deus para suas vidas, mas voltam para suas casas e seus afazeres sem meditar durante a semana no que ouviu e sem colocar em prática os princípios e valores da Palavra de Deus.

Vivem assim anos e anos frequentando uma igreja, ou até mesmo se ocupando com meras “atividades ministeriais”, porém sem edificar uma vida, sem conduzi-la para Cristo, sem integrá-la na Igreja e sem ensiná-la a manter-se no Caminho do Senhor.

É o que chamo de “crente sem por cento”, sem edificar uma vida, sem conduzi-la para Cristo, sem incorporá-la a Igreja e sem ensiná-la a manter-se no Caminho do Senhor.

Nós sabemos que todo serviço cristão envolve estresse e sacrifício pessoal e que desgasta qualquer pessoa que se rende ao chamado de Deus, porém, todos nós somos chamados para fazer a Obra que o Senhor nos confiou.

Saiba que nada que você faça pode ser mais importante que ajudar as pessoas a estabelecerem um relacionamento eterno com Deus. E esse Chamado Divino, deve ser seu maior desejo nesta terra e o motivo porquê precisamos ser perseverantes no desempenho de nossa Missão.

No livro “O Conquistador de Almas”, do famoso pregador Charles Spurgeon, o escritor adverte: Lembre-se das palavras do nosso Salvador, que o Reino dos Céus é como uma rede que foi jogada ao mar, recolhe peixes de toda a espécie, e quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para praia e assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins jogam fora”. Então, Spurgeon diz: “Não enumerem seus peixes antes que estejam grelhados, nem contem seus convertidos antes de tê-los testado e provado”.

O que quero dizer com isto?

Esta parábola da rede, que se encontra em Mateus 13:47-50, revela mais uma vez a Verdade que Cristo tanto enfatizou, isto é, que nem todos que estão dentro da Igreja Deus tem suas vidas aprovadas. Eu posso estar “dentro de uma igreja” e Deus estar reprovando minha conduta porque sou desobediente, omisso, egoísta, orgulhoso, e que portanto não produzo fruto de qualidade.

Concluindo:

Não é o tempo que tenho de igreja, nem mesmo a quantidade de coisas que conheço acerca do Reino de Deus e as atividades que exerço na igreja, que são relevantes para Deus, pois tudo isso só demonstra o exterior. Mas Deus nos vê com seus olhos cheios de misericórdia se verdadeiramente aceitamos e nos submetemos à sua Vontade. No entanto, vale lembrar que dentro do submeter à Sua Vontade está a morte do “EU”, rendendo meu orgulho e egoísmo ao Senhor de nossas vidas, assim como servir ao nosso próximo, ajudando este a ter um relacionamento eterno com Deus.

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