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Hebreus 13:5,6
Texto Bíblico:
& 5 Não se deixem dominar pelo amor ao dinheiro e fiquem satisfeitos com o que vocês têm, pois Deus disse: “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei.” 6 Portanto, sejamos corajosos e afirmemos: “O Senhor é quem me ajuda, e eu não tenho medo. Que mal pode alguém me fazer?” (Hb.13:5,6 NTLH)
Como o tempo corre! Há poucos dias iniciamos 2017 e já estamos no fim do mês de Janeiro. Já quase nos esquecemos dos fogos de artifício, das comemorações e o nosso pensamento é acerca de como será o Ano de 2017. Os cientistas políticos, econômicos e sociais dizem que não será um ano fácil.
Para nós, brasileiros, que assistimos pela TV e ouvimos pelas rádios as notícias dos acontecimentos econômicos, sociais e políticos em nosso país, já prevemos que esse ano será conturbado.
No entanto, nós, como cristãos, devemos buscar na Palavra de Deus confiança no Criador, e se de fato confiamos nele, que nós sejamos fiéis e obedientes ao Senhor de nossas vidas, pois Ele sempre demonstrou a Sua fidelidade ao cuidar do seu povo.
Todo texto bíblico tem uma razão de ser e nós precisamos compreender o momento histórico do nosso texto base. Todos nós sabemos que esta carta foi endereçada aos hebreus ou aos judeus que se converteram a Cristo. Ao abraçarem o evangelho de Jesus, eles passaram por grande perseguição. Muitos perderam suas famílias, negócios e propriedades, pois foram expulsos da sociedade judaica.
Em meio a essa perseguição, muitos judeus cristãos começaram a abandonar a fé em Cristo Jesus. Essa era a preocupação do escritor, ou seja, que eles suportassem com coragem aquele momento pela graça de Deus.
No nosso texto nós encontramos dois conselhos e uma verdade acerca de Deus:
- “Não se deixem dominar pelo amor ao dinheiro”.
- “Fiquem satisfeitos com o que vocês têm”.
- “Deus disse: ‘Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei’.”
“Não se deixem dominar pelo amor ao dinheiro.”
Quando o homem de Deus escreve para que eles se afastassem do amor ao dinheiro, o sentido não é de que é errado buscar melhores condições econômicas e financeiras. A ideia é que o interesse financeiro pode fazer com que decisões erradas sejam tomadas e estas podem resultar na perda da Graça oferecida por Deus em Cristo.
Todos nós precisamos de dinheiro para sobreviver, porém, o grande perigo está em nós nos vendermos a ele. Quando tomamos tal postura, perdemos a conexão com a “vida eterna” ou com a “Vida do Alto” e passamos a cometer muitos males, tanto para terceiros como para nós mesmos.
Quanto ao que eu estou falando, nós temos tomado conhecimento pelos noticiários dos vários exemplos de homens influentes em nossa sociedade brasileira, que têm destruído não somente suas carreiras como também a dignidade de muitos dos seus familiares. Além do mais, eles têm causado prejuízos enormes a instituições, cidades, estados e ao próprio país.
Eu gostaria, neste momento, de ler dois textos bíblicos dois.
O primeiro:
& “Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira.” (Mt.10:39 NTLH)
O segundo:
& Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos. (1 Tm.6:10 NTLH)
Jesus nos incentiva a tomarmos decisões por motivos morais, baseados nos princípios do Seu evangelho. Porém, quem pode tomar decisões desse modo? Somente aqueles que verdadeiramente se tornam Seus discípulos, seguidores ou aprendizes. Essas pessoas acreditam no poder da vida verdadeira que vem de Deus, e por isso, agirão pelos seus princípios. Dessa maneira, essas pessoas evitarão prejudicar tanto a terceiros como a si mesmas.
Como eu já disse, todos precisam do dinheiro, inclusive, os discípulos de Cristo. No entanto, eles amam mais a Deus do que as coisas desse mundo e, naturalmente, o dinheiro. Perceba que o segundo texto nos diz que: “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os tipos de males”.
Esse amor surge do medo do futuro. Então, a pessoa se vende aos seus interesses pessoais egoístas, importando se apenas consigo mesma e se esquecendo dos outros. Toda pessoa que vive desse modo não tem comunhão com Deus e nunca terá! Ela finge um relacionamento com o Senhor, mas essa relação é falsa.
Entenda que o mal não se caracteriza por tudo aquilo de ruim que praticamos, mas também pelo bem que deixamos de praticar. A prática do bem, segundo as Escrituras, significa praticar a vontade de Deus, a qual é boa, perfeita e agradável a Ele. O sentido é que a vontade de Deus quando praticada é útil, tanto ao Seu Reino como à sociedade, e isso dá prazer ao Senhor.
Quando vivemos para agradar a Deus, somos abençoados por Ele, ou seja, o Senhor cuidará de nossas vidas e fará o melhor para cada um de nós. Então, é necessário que aprendamos a amá-Lo e que vivamos com confiança e fidelidade ao que Ele nos ensina, pois os Seus ensinamentos não prejudicam a ninguém, mas trazem bênçãos a todos que O ouvem.
“Fiquem satisfeitos com o que vocês têm.”
Quando o nosso texto nos diz para ficarmos contentes com o que temos, ele não está querendo dizer que devemos nos tornar pessoas passivas, isto é, sem alguma ambição. O que ele está tentando dizer é que a ambição orgulhosa e egoísta pode destruir nossa vida moral e nos afastar dos caminhos Divinos.
Como é difícil encontrarmos hoje em dia pessoas contentes com o que têm! Uma das marcas da nossa sociedade é a infelicidade. Esse sentimento gera anseios profundos e aflições sem fim. Todavia, saiba que não existe felicidade longe de uma vida em comunhão com Deus. Quando os nossos pais, Adão e Eva, pecaram, eles perderam a felicidade e nenhum ser humano será capaz de encontrá-la longe de Deus.
Há um homem mencionado na Bíblia, cujo nome é Jó, o qual declarou o seguinte:
& (…) “Nasci nu, sem nada, e sem nada vou morrer. O SENHOR deu, o SENHOR tirou; louvado seja o seu nome!” (Jó 1:21 NTLH)
Ele sabia que nada poderia lhe acontecer sem a permissão e a vontade de Deus. A sua vida nos serve como exemplo e não é à toa que ela está registrada na Bíblia. Jó foi um exemplo de um homem de fé! Então, na sua declaração, fica claro que Deus pode dar e tirar.
Segundo os especialistas, esse ano não será fácil, mas nós estamos dispostos a não nos vendermos aos nossos interesses pessoais e a confiarmos na bondade de Deus? Jó louvou a Deus em meio à crise que se abateu em sua vida, e apesar de tudo o que havia acontecido, ele não pecou, nem pôs a culpa em Deus.
A expressão “louvado seja o Seu nome” significa que Deus é bendito ou abençoado. Isso quer dizer que o Criador sempre dará o melhor para os seus filhos. Jó sabe que Deus é Soberano sobre todas as coisas e ele dá ao Senhor o controle da sua vida.
“Deus disse: ‘Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei’.”
O nosso texto base diz que Deus nunca nos abandonará. O autor do texto se refere a uma passagem do livro de Deuteronômio, quando Moisés declara ao povo que o seu sucessor seria Josué e que ele não tivesse medo dos cananeus, após atravessar com todo o povo o Rio Jordão. (cf. Dt.31:1-8)
Todos nós estamos sendo chamados para confiarmos nas promessas de Deus, sejam elas, tanto para esta terra como para a eternidade. Por isso, vamos ler novamente ou verso 6 de Hebreus 13:
& Portanto, sejamos corajosos e afirmemos: “O Senhor é quem me ajuda, e eu não tenho medo. Que mal pode alguém me fazer?” (Hb.13:6 NTLH)
Ele pede que tenhamos coragem tendo como base uma afirmação interior, ou seja, que nós teremos toda a ajuda necessária da parte de Deus e que nós não tenhamos medo.
Ele diz também que devemos questionar acerca do poder dos homens sobre nós: “Que mal pode alguém me fazer?” Sem dúvida, o nosso próximo pode magoar, ferir e até nos matar! No entanto, que nós guardemos as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo dentro dos nossos corações:
& Não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Porém tenham medo de Deus, que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. (Mt.10:28 NTLH)
Jesus não está incentivando que saiamos por aí desacatando ou aborrecendo pessoas, mas que não nos comprometamos com suas filosofias de vida imorais. Porém, que nós respeitemos a Deus como o Senhor e o Grande e Eterno Juiz de cada ser vivo neste Universo.
Com certeza, toda vez que manifestamos a nossa confiança em Deus diante dos homens, nós podemos esperar, na maioria das vezes, alguma atitude de insatisfação e provocação por parte deles. No entanto, sejamos sóbrios e educados para não revidarmos o mal com o mal. Que nós confiemos na proteção Divina e na Sua providência, enquanto vivermos neste mundo!
Portanto, ainda que as previsões para 2017 não sejam as melhores possíveis, o que faremos?
- Que nós tomemos cuidado para não sermos controlados por interesses egoístas.
- Que nós desfrutemos com alegria e responsabilidade de tudo o que Deus nos tem dado.
- Que nós confiemos na presença de Deus em todos os momentos de nossas vidas.
- Que nós sejamos corajosos ao afirmarmos que a nossa verdadeira ajuda vem do Senhor.
- Que nós respeitamos a Deus como o grande Senhor de todo o Universo e o Eterno Juiz de nossas almas.
A minha esperança é que nós tenhamos ouvido a voz de Deus nesta meditação, e que apesar das previsões tenebrosas para este ano, nós confiemos na bondade e na constante ajuda de Deus. Foi dessa forma que Jesus suportou o sofrimento, a cruz e a morte por todos nós, porém, confiando na bondade de Deus ressuscitou e fortalece todo aquele que está disposto a confiar na Graça eterna de Deus.