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A fé é mais do que acreditar – Parte 23: A fé de Jacó (1) – Abençoados para abençoar

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Hebreus 11:21

Texto Bíblico:

& Foi pela fé que Jacó, pouco antes de morrer, abençoou os filhos de José. Ele se apoiou na sua bengala e adorou a Deus. (Hb.11:21 NTLH)

A fé verdadeira ou bíblica, mesmo na nossa idade avançada, nunca perde a sua validade. A fé bíblica nos capacita a mantermos em nossas vidas as bênçãos divinas, que nos fazem cooperar e comprometer-nos com os planos de Deus sobre a Terra para abençoarmos outras pessoas, a fim de que os planos do Pai Eterno sejam realizados neste mundo e se perpetuem na eternidade.

O avô de Jacó foi Abraão, um homem muito famoso, porém, o seu pai, Isaque, viveu como um homem comum, cheio de altos e baixos, mas tanto o seu avô como o seu pai viveram pela fé em Deus. Portanto, Jacó tinha para si, em sua família, exemplos de homens fiéis e tementes a Deus.

Isaque, o seu pai, segundo a Palavra de Deus, agiu pela fé quando abençoou seus filhos Jacó e Esaú, prometendo a eles bênçãos futuras. Isaque agiu pela fé, pois mesmo sendo um homem comum, ou seja, sem atos portentosos, se manteve firme na promessa divina de que dele, uma nação seria gerada, a qual veio por meio de Jacó – o povo e a nação de Israel.

O nosso texto base menciona Jacó em um momento da sua vida quando estava em idade avançada, “pouco antes de morrer”. Então, Jacó abençoou os filhos de José” e “Ele se apoiou na sua bengala e adorou a Deus”. Então:

  • Jacó termina a sua vida abençoando os seus filhos.
  • Jacó termina a sua vida servindo a Deus.
  • Jacó termina a sua vida apoiado em seu cajado.

1. Esforce-se para manter os princípios de Deus nos dias da sua juventude.

A juventude é chamada de “a flor da idade”, porque é bela, forte, cheia de vida e desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias, porque desconhecem o sentido da vida, pela razão de não lhes ser mostrada e aprenderem sobre a beleza da sua fase, conforme a vontade de Deus.

Muitos jovens, sem saberem o valor que têm, desprezam sua própria existência e a dos outros. Desse modo e perdidos no tempo, muitos deles ingressam no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso e de outras mazelas ou desvios morais. Tudo isso acontece por que rejeitam ou abandonam os princípios e valores eternos de Deus.

O sábio diz:

& Lembre do seu Criador [esforce-se para mantê-Lo na mente] enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus [aflições, desagradáveis, infelizes, doloridos] e cheguem os anos em que você dirá: “Não tenho mais prazer na vida.” (Ec.12:1 NTLH)

Muitos têm medo da velhice, por causa da incerteza de não poder encontrá-la. Alguns não a vivenciarão, mas, para muitos, ela chegará! Entretanto, o maior problema da velhice não é o enfraquecimento do corpo, mas a indiferença aos valores divinos na alma. Então, tanto na juventude como na velhice, que o espírito leve a melhor sobre carne, ou será a carne que superará o espírito.

2. Você não poderá lutar contra a velhice; então, cultive uma vida abençoada por Deus desde a sua juventude.

Os dias maus sempre chegam, mas com a energia da juventude, temos condições físicas para lutar contra eles. Entretanto, quando a velhice aparece, não há como lutar contra ela, pois simplesmente vai chegando e se instala!

Você não a supera, as rugas já são visíveis, e com elas, as dores que se espalham pelo corpo. A velhice é uma das provas mais difíceis para muitos, quando precisam encarar o fim da vida útil profissional, as limitações físicas, dos sonhos pessoais, devido a doenças, fragilidades e a solidão.

A idade não é decisiva na vida; o que é decisivo é a rigidez com que encaramos as realidades da vida e a capacidade de enfrentá-l
as e correspondermos a elas em nosso interior.

Olhe ao seu redor e veja como muitos estão envelhecendo ou como têm passado os seus últimos dias. Eles, reclamando de tudo, tanto do passado como do presente, amargurados por não terem desfrutado melhor da vida, dos seus bens e inseguros na mente, passam a discutir com os filhos acerca da administração das suas posses, sem contar o medo com a aproximação da morte.

A verdade é que a maioria das pessoas não se prepara para a velhice, os dias finais de sua vida.

3. Deus o abençoa, a fim de que você coopere, comprometa-se com os Seus planos em Cristo e abençoe as pessoas com este mesmo propósito.

Jacó está terminando os seus dias e abençoa os seus filhos com uma fé firme em Deus, sem se apoiar sobre os seus bens. Ele não tinha medo de morrer, pois estava apoiado no sentido e nas promessas do SENHOR para a sua vida. Ele viveu toda a sua vida pela fé “Naquele que era a Sua Rocha Eterna”!

O texto histórico que nos diz sobre quando Jacó abençoou os filhos de José, segundo o nosso texto base, encontra-se em Gênesis 48:1-21. Ele estava acamado, enfermo e muito fraco, mas, mesmo assim, agradeceu a Deus por ver seus netos e por poder abençoá-los. Um verso do texto de Gênesis que chama a minha atenção é o versículo 16:

& Que os abençoe o Anjo que me tem livrado de todo mal! [salvo ou salvado do que é maligno, da infelicidade, do mau caráter] Que o meu nome seja lembrado por meio deles e também o nome dos meus pais Abraão e Isaque! Que eles tenham muitos filhos e muitos descendentes neste mundo!” (Gn.48:16 NTLH)

Como Jacó se refere a esse Anjo? Ele não fala de “um anjo”, mas “do Anjo”. Jacó fala do mesmo Ser, no vau do Jaboque, com Quem ele se agarrou e não O soltou enquanto não fosse abençoado. (cf. Gn.32:22-32) Jacó está voltando para as terras de onde saiu com muitos bens, mas, apesar de ter conquistado tudo o que queria, sentia-se em desarmonia com Deus e, por isso, lutou bravamente com “o Anjo” até obter a Sua bênção.

Para vocês que gostam de meditar nas Escrituras Sagradas, esse “Anjo” era o próprio Jesus Cristo, visitando e abençoando os Seus filhos no passado.

Repare que Jacó se refere ao “Anjo” como aquele que sempre o redimia do que era mal. Ele reconhecia o trabalho “do Anjo” na sua vida, tanto espiritual como moral e, portanto, a sua declaração esclarece a obra de salvação que era feita pelo “Anjo” (Jesus) na sua vida.

É com confiança (pela fé) que Jacó pede a Deus que “o Anjo” abençoasse os seus netos. Nenhum outro anjo celestial, a não ser “o Anjo”, poderia dar aos netos de Jacó esse tipo de bênção, mas somente Aquele que é o próprio Deus. Para que você entenda melhor, esse “Anjo” é o que chamamos na Teologia de “teofania” ou o “Anjo teofânico”.

Para efeito de conhecimento, a palavra “teofania” vem da língua grega – “theophaneia ou theophanía”. “Théos= Deus e “phanei” = aparecer. Portanto, a união dessas duas palavras tem o sentido de aparecimento ou revelação visível de Deus ao ser humano.

Então, “teofania” é uma manifestação de Deus na Bíblia, a qual é perceptível aos sentidos e ao toque humanos. Em seu sentido mais restritivo, é uma aparência visível de Deus no período do Antigo Testamento, muitas vezes, mas não sempre em forma humana.

Algumas referências das teofanias para a sua pesquisa pessoal: Gênesis 12:7-9; 18:1-33; 32:22-30; Êxodo 3:2-4:17; 24:9-11; Deuteronômio 31:14-15; Jó 38-42.

Cada teofania, na qual Deus assume forma humana, prefigura a encarnação de Deus em Jesus, quando o Eterno tomou a forma de um homem para viver entre nós como Emanuel, cujo significado é “Deus está conosco”. (cf. Mateus 1:23).

Entretanto, qual é a importância disso tudo? Mesmo no passado, Jacó estava firmado na Pessoa de Jesus (o Anjo), que no futuro, viria ao mundo por meio do povo, a sua descendência. Os descendentes de Jacó formariam o povo de Israel e eles deveriam saber que a bênção é dada por Deus e se mantém somente pelo “Anjo do SENHOR”, ou seja, o nosso Senhor Jesus (Salvador) e Cristo (o Ungido de Deus, o Messias).

Portanto, rejeitar Jesus resultaria na desaprovação e na momentânea rejeição divina. Israel não só rejeitou Jesus no passado como O rejeita no presente, e por isso, tem se tornado “inimigo de Deus, no que se refere à sua falta de compromisso e cooperação com os propósitos divinos. (cf. Romanos 11:25-32)

Essa punição ou disciplina divina a Israel durará até a Grande Tribulação – período de 7 anos, quando o anticristo, possuído por Satanás, reinará como líder supremo sobre a Terra. Porém, Deus, que nunca abandona os acordos que faz com os Seus filhos, voltará a dar uma nova oportunidade a Israel, para que se arrependa e aceite Jesus.

Voltando ao texto bíblico de Gênesis 48, eu gostaria que você lesse o verso 15:

& Em seguida deu a sua bênção a José, dizendo assim: “Ó Deus, a quem os meus pais Abraão e Isaque serviram, abençoa estes rapazes. Abençoa-os, ó Deus, tu que me tens guiado como um pastor durante toda a minha vida até hoje. (Gn.48:15 NTLH)

Na sua oração, Jacó reconhece a direção de Deus para com a sua vida. Ele declara que o SENHOR sempre foi o Seu Pastor, durante toda a sua vida até aquele momento. Mesmo já muito velho, cansado, doente e muito frágil, Jacó reconhece que ainda está sendo dirigido por Deus. Ele está quase morto, mas sua fé ainda estava muito viva!

Jacó recebeu de seu pai e de seu avô exemplos de uma vida de fé, a promessa e a bênção de Deus. Jacó foi abençoado por eles. Ele creu, manteve-se firme, mesmo sofrendo enormes tristezas e, agora, passa a bênção de Deus adiante.

Muitos cristãos vão às reuniões esperando receber algo que os agrade (milagres, curas, soluções de problemas, alegria, felicidade), pois pensam que tudo deve ser feito para eles e não para o SENHOR. Quando nós nos reunimos é para aprendermos sobre como podemos estar em comunhão com Deus por meio de Jesus Cristo, pois se não observarmos a Sua vontade e os princípios que Ele nos dá pelo Seu Evangelho, nós não seremos verdadeiramente abençoados.

Por causa da distorção do verdadeiro motivo divino para a Igreja existir sobre a Terra, muitos têm recebido uma mensagem inverídica, a qual os estimula a se reunirem para que recebam bênçãos e mais bênçãos.

Eu tenho compartilhado com vocês sobre o que é ser abençoado. Tudo o que Deus dá a cada um de nós deve nos revelar a glória (i.e. o poder, a bondade, a misericórdia e o modo correto de agir) de Jesus, pois tudo vem Dele, acontece por meio Dele e tudo deve voltar para Ele.

Tudo o que Deus nos dá não é somente para o nosso próprio prazer, mas para participarmos e cooperarmos com os Seus planos momentâneos (sobre a Terra) e eternos (no Céu, na eternidade). Todos nós queremos ser abençoados por Deus e, muitas vezes, oramos ao SENHOR pedindo-Lhe coisas. Algumas vezes, Ele nos dá, e noutras não. Por quê?

Vamos ler Tiago 4:2,3 e usar suas palavras como um princípio em relação à nossa meditação:

& 2 “Vocês querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus.” 3 E, quando pedem, não recebem porque os seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus próprios prazeres. (Tg.4:2,3 NTLH)

Sempre que você for pedir ou tiver recebido alguma coisa de Deus, pergunte a si mesmo:

  • Por qual motivo eu desejo que Deus me abençoe? Só por prazer pessoal ou para dar prazer a Deus também?
  • O meu desejo é de servir a Deus ou a mim mesmo com o que desejo receber?
  • Como eu vou cooperar e me comprometer mais com os propósitos de Deus em Cristo, pelo que desejo?
  • O meu caráter, tanto espiritual como moral, está sendo aperfeiçoado para a alegria de Deus com o que Dele recebi?
  • Eu estou usando o que recebi para expandir e fortalecer a Igreja de Jesus sobre a Terra?
  • Eu estou dando a Deus o que é de Deus ou me afastando Dele com o que recebi?
  • Eu estimulo as pessoas a servirem a Deus com o que recebi ou apenas as incentivo a conseguir Dele o que desejam?

Nós não podemos nos tornar como o Mar Morto, o qual apenas se alimenta com a água doce que recebe, mas, sem dar vazão para a mesma, se tornou estéril ou “morto”, não produzindo nem dando vida.

< span style="font-size: 10pt; font-family: Arial, sans-serif;">A razão de Deus nos abençoar é para que abençoemos outras pessoas com os mesmos motivos pelos quais somos abençoados pelo SENHOR. Caso os meus motivos sejam errados, eu induzirei as pessoas a buscarem a Deus com propósitos errados, ou seja, estimularei a ganância, o egoísmo e os interesses pessoais.

A fé bíblica ou verdadeira deve nos tornar parecidos a Jacó, Isaque e Abraão, os quais, enquanto abençoados por Deus, se mantiveram firmes nos objetivos Dele. Mesmo com “altos e baixos”, eles cumpriram o seu dever e fizeram a vontade de Deus. Eles foram abençoados e abençoaram todas as nações da Terra, segundo a vontade do SENHOR.

Jesus, com o Seu ministério, morte e ressurreição, abençoou a todos que O receberam com a graça, o perdão e a vida de Deus. (cf. Jo.3:16) Através das Suas palavras aos Seus discípulos, ao Lhe pedirem para que comesse alguma coisa enquanto esperava pelos samaritanos (cf. Jo.4:1-41), Jesus deixou claro que todas as pessoas verdadeiramente abençoadas por Deus têm fome por fazer a Sua vontade, pois é por meio dessa atitude que elas são divinamente afortunadas e abençoam outras pessoas.

& A minha comida — disse Jesus — é fazer a vontade daquele que me enviou e terminar o trabalho que ele me deu para fazer. (Jo.4:34 NTLH)

A minha esperança é que entendamos que toda bênção divina nos convoca a um trabalho espiritual, que precisa ser feito por completo. Toda bênção divina nos alegra, mas a alegria só será completa quando abençoamos outras pessoas, pelos mesmos motivos que Deus nos abençoou ou nos abençoa, tanto na juventude como na velhice!

Que Deus nos abençoe!

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