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1 Tessalonicenses 4:1ª
Texto Bíblico:
“Finalmente, irmãos, vocês aprenderam de nós como devem viver para agradar a Deus…” (1Ts 4:1 NTLH).
Nós temos aprendido aqui, em nossa igreja, que o alvo maior na vida cristã, é viver para agradar a Deus. Esse deve ser o nosso maior objetivo como filhos e filhas de Deus. Antes de qualquer coisa que eu faça, eu devo primeiro me preocupar em agradar a Deus. Qualquer que seja a decisão que eu venha a tomar, eu devo primeiro perguntar a mim mesmo se o que desejo fazer agrada ou não a Deus. Se não agrada o Senhor, então, eu descarto essa possibilidade, mesmo sendo contra a minha vontade.
Mas por que estou dizendo isso? Porque em nosso dia a dia, tomamos muitas decisões, desde a hora em que levantamos até nos deitarmos. Você acorda e tem que decidir qual roupa vai usar para ir trabalhar, passear, ou mesmo para vir à igreja; então, você decide: “eu quero usar essa roupa hoje”. Mas muitas pessoas se vestem para impressionar outras, para chamar atenção, se exibir, ou para se tornar mais sensual, mesmo sendo essa pessoa casada. E você acha que isso agrada a Deus? Então, para qualquer coisa que você faça, por mais simples que seja a decisão a ser tomada, como escolher uma roupa, avalie se a sua intenção está ou não agradando a Deus.
Todos nós temos desejos e vontades, formulamos planos de vida pessoal, familiar e profissional, e isso não é errado; pelo contrário, é muito saudável. Mas a questão é: o que eu estou desejando ou planejando para minha vida, agrada a Deus?
Coopera para que os propósitos divinos se cumpram em minha vida?
Condiz com os Princípios e Verdades do Evangelho de Cristo Jesus?
Vai me tornar uma pessoa mais semelhante ao caráter do meu Senhor?
Vai fortalecer, com meu testemunho, a minha família espiritual, a Igreja?
Se a minha resposta for negativa a todas essas questões, então eu devo reformular os meus planos para se adequarem à vontade de Deus. E por quê? Porque eu quero viver, antes de tudo, para agradar a Deus.
Lembremos do exemplo de Jesus:
“Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento o céu se abriu, e Ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre Ele. Então uma voz dos céus disse: “Este é meu Filho amado, em quem me agrado”. (Mt 3: 16,17 NVI).
Não são poucos os exemplos de pessoas cristãs, que tomam decisões alicerçadas em emoções pessoais ou sentimentos egoístas, sem ao menos consultar, se a decisão que ela está tomando agrada ou não a Deus, se afetará a sua comunhão com Ele ou não, e o resultado dessa má escolha será sentido logo à frente, com sintomas de frieza espiritual, apatia, confusão mental e vida sem propósitos divinos.
Infelizmente, muitos cristãos, semanalmente, desonram a Deus em suas igrejas, durante uma reunião como esta, onde a Palavra de Deus está sendo ensinada. Simplesmente, eles se levantam e saem para beber água, visitar o banheiro, quando poderiam ter feito isso antes do início da reunião, ou se distraem com seus celulares ou com a pessoa ao seu lado, ou até mesmo com o próprio ambiente, sem dar o devido valor, respeito e reverência, que este momento único de Celebração a Deus, exige.
É incrível, mas muitos cristãos vivem sem esse entendimento básico de viver, antes de tudo, para agradar a Deus, e conduzem suas vidas sem nenhum senso de propósito.
Em sua vida diária, eles simplesmente acordam, se alimentam, trabalham, estudam, relacionam-se com outras pessoas e voltam a dormir. Na verdade, eles apenas sobrevivem, porque, embora sendo conhecedores de Cristo Jesus e de Sua Verdade, vivem presos aos seus interesses pessoais e àquilo que é terreno!
Eu não estou falando de pessoas que não conhecem o Evangelho, que não se converteram, pois o estilo de vida delas é viver para a satisfação de seus próprios interesses, mas estou falando de cristãos, de pessoas que um dia se entregaram a Cristo Jesus e aceitaram o Seu chamado, que estão dentro da Igreja, conhecem a Verdade, porém estão vivendo apenas para satisfazer o seu egoísmo e suas paixões pessoais.
Certa vez, Jesus declarou assim:
“Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas” (Lc 12:15 NTLH).
Nós, sinceramente, cremos nesta verdade? Que a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem?
Então, porque a vida de tantos cristãos reflete exatamente o contrário?
Por que a maioria investe tanto da sua vida em busca do que é material e tão pouco em busca do que é espiritual? Por que investimos tanta energia, disposição, tempo, planejamento em busca do que é terreno e passageiro e não fazemos o mesmo com as coisas es
pirituais e Eternas?
Se tivéssemos um pouquinho mais de senso de propósito, nos questionaríamos acerca daquilo que é mais importante. Para quê existimos? Para que fomos criados?
Será que eu existo somente para adquirir coisas ou satisfazer meus desejos pessoais? Certamente não.
Nós existimos e fomos criados para agradar a Deus!
Quando entendemos o propósito de Deus para nossa vida, podemos focar nossa energia e dedicação no que é realmente importante e prioritário.
O Homem foi criado e estabelecido por Deus na terra com um único e distinto propósito: buscar a Deus.
A Bíblia é muita clara acerca disto:
“De um só homem ele criou todas as raças humanas para viverem na terra. Antes de criar os povos, Deus marcou para eles os lugares onde iriam morar e quanto tempo ficariam lá. Ele fez isso para que todos pudessem procurá-lo e talvez encontrá-lo, embora ele não esteja longe de cada um de nós”. (At.17: 26, 27 NTLH).
(“De um só homem Ele (Deus) criou todas as raças humanas para viverem na terra”): Todos os seres humanos são iguais aos olhos de Deus, pois todos procedem de um homem, Adão. Esse ensinamento era como uma flechada no orgulho nacionalista dos gregos, que acreditavam que todos os povos não gregos, eram bárbaros, incultos, sem instrução.
Assim como os gregos, que na época do Apóstolo Paulo, achavam-se superiores a outros povos por acreditarem ter o domínio da sabedoria e da cultura, tornando-se orgulhosos e autossuficientes, muitos cristãos acreditam que suas crenças e opiniões são suficientes para satisfazer a sua religiosidade e, portanto, desprezam ou negligenciam o ensino do Evangelho, os seus conselhos e suas Verdades.
Olhando, ainda para esses versículos, eu vejo como Deus é Soberano, pois antes de criar os povos, Ele marcou para eles lugares onde iriam morar e quanto tempo ficariam lá. Deus controla soberanamente o surgimento e a queda de Nações e Impérios e fixa os limites de sua habitação. Deus tem o governo sobre toda a Terra. Ele faz surgir ou cair reis ou governantes, nações ou impérios, pois tudo está debaixo do Seu Poder.
Da mesma forma Deus fez surgir esta igreja e plantou nossas vidas neste lugar para que cuidássemos dela e aprendêssemos sobre o Seu caráter, os Seus Planos e o que Ele nos oferece, mas nós não valorizamos tudo isso como se deve, não colocamos o Seu Reino em primeiro lugar em nossas vidas, sempre estamos substituindo o que é Eterno por prazeres terrenos e passageiros, e esquecemos que Deus fixou um tempo para cada um de nós, que estamos de passagem aqui na Terra, e não sabemos o dia de nossa morte.
Então, porque correr o risco de entrar na Eternidade como ignorantes e desobedientes a Deus e pra sempre vivermos afastados Dele? Ele está nos dando oportunidades para nos alinharmos com a Vida do Alto, para buscá-Lo, pois foi para isso que o Senhor nos criou.
Portanto,
1) Para vivermos uma vida que agrada a Deus, precisamos, antes de tudo, buscá-Lo, procurá-Lo.
O apóstolo Paulo instruiu os irmãos colossenses acerca do que realmente importa – as coisas de cima, e não às que são da terra:
“Vocês foram ressuscitados com Cristo. Portanto, ponham o seu interesse nas coisas que são do céu, onde Cristo está sentado ao lado direito de Deus. Pensem nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra. Porque vocês já morreram, e a vida de vocês está escondida com Cristo, que está unido com Deus.” (Cl.3: 1-3 NTLH).
Quando Paulo diz: “Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra”, ele quer dizer as coisas terrenas, que são o modo egoísta de viver, centrado no orgulho humano, na autossuficiência, que é a característica da velha criação, do velho homem.
As “coisas lá do alto” são o modo espiritual de vida, a vida elevada, a nova criação em Cristo, a busca e o desejo de agradar a Deus. Portanto, buscar as coisas do alto não é evadir-se do mundo concreto, não é deixar de trabalhar, de se divertir, de estudar, mas negar a si mesmo e viver cristocentricamente neste mundo, deixando que Ele governe a sua vida e esperando em Cristo a renovação completa de todas as coisas.
Quando o apóstolo Paulo diz “Pensem nas coisas lá do alto”, pode ser traduzido também por “disponha a sua mente” ou “tenha essa disposição interior”, “determine a si próprio para buscar as coisas do alto”, pois isso agrada a Deus.
Apesar dessa ordem tão explícita sobre o foco correto do cristão, o que encontramos, na prática, é algo bem diferente. Buscar a Deus, na concepção de muitos cristãos, é, na melhor das hipóteses, cumprir suas obrigações de ir aos cultos semanalmente, não faltar em dia de Santa Ceia, conhecer o mínimo do que a Bíblia ensina, orar um pouco todo dia, louvar, mas sem se permitir ser transformado por Deus.
O que atualmente chamamos de “busca”, pode ser classificado como uma coisa medíocre, interesseira e nada intensa.
É evidente a razão pela qual o nosso amor pelo Senhor tem se mostrado tão pobre. Se, gastamos a maior parte do nosso dia correndo atrás dos nossos interesses e das coisas desta vida, com certeza essas coisas serão mais reais para nós do que o próprio Deus. Por isso a nossa busca pelo Senhor ainda é muito fraca.
2) É necessário compreender não apenas que fomos criados para buscar o Senhor e vivermos para agrada-Lo, mas também como deve ser essa busca.
Ao falar acerca dessa busca, as Escrituras Sagradas nos revelam que ela não pode acontecer de qualquer forma. Há um padrão de busca que Deus determinou para nós. Esse padrão é alcançado quando ele se torna mais importante do que qualquer outra coisa em sua vida.
O Senhor, através do profeta Jeremias, revelou qual é o tipo de busca que nos levará a encontrá-Lo:
“Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração” (Jr 29:13 NTLH).
O interesse de Deus não está apenas no fato de O buscarmos, mas em como fazemos isso. Ele não aceita nada menos que nossa inteira dedicação e paixão nessa busca. Essa é a razão pela qual o Senhor não está interessado na busca em si, mas no motivo que nos leva a buscá-Lo.
Observe também que, ao falar sobre buscar a Deus, o profeta Jeremias usou a expressão “com todo o coração”. Ela foi usada na Bíblia tanto para falar da intensidade de nossa busca ao Senhor como para determinar a intensidade de nosso amor para com Deus:
“Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças”. (Mc 12:30 NTLH).
O que Deus espera de nós é nada menos do que o amor total. O maior mandamento determina que não só o amemos, mas que façamos isso com toda a intensidade possível! E o mesmo é verdadeiro em relação à nossa busca: com todo o coração. Essa é a única forma de busca aceitável: com todo o nosso ser, com tudo o que há em nós (coração, alma e entendimento), com toda a nossa força (dedicação, empenho, determinação, energia e entrega).
Há uma declaração de C. S. Lewis que merece ser destacada aqui:
“O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, mas se é verdadeiro, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância”.
Contudo, me assusta constatar que a maioria dos cristãos parece estar vivendo como se a vida cristã fosse de moderada importância!
Somos parte de uma geração que o Senhor declarou não ser fria nem quente. Infelizmente, estamos exatamente nesse ponto, de atribuir ao relacionamento com Deus uma baixa ou moderada importância. A ausência não só da atitude da busca apaixonada como também da falta de ensino sobre o assunto é evidente por toda parte.
O problema de muitos de nós é que ainda que aleguemos estar buscando a Deus, estamos fazendo isso com pouca intensidade. E a razão da falta de empenho nessa busca não é o fato de que não queremos Deus, senão nem mesmo buscando-o estaríamos. Penso que um dos nossos piores inimigos depois do pecado sejam as distrações.
Diferentemente do cristão que está travando uma luta acirrada contra o pecado, o crente que costuma ser enredado pelas distrações é, em geral, alguém que não necessariamente tem cedido ao pecado, mas que perde o alvo maior da vida cristã ao distrair-se com coisas que, talvez, sejam até lícitas, mas roubam-lhe o foco de buscar intensamente o Senhor.
Na parábola da grande ceia, Jesus tratou acerca disso.
Vamos ler Lucas 14: 16-24.
Era comum enviar dois convites: o primeiro para anunciar o evento, e o segundo para dizer aos convidados que tudo estava pronto. Os convidados na história contada por Jesus insultaram o anfitrião, dando desculpas por ocasião do segundo convite.
Na história de Israel, o primeiro convite de Deus foi feito por intermédio de Moisés e dos profetas; o segundo, por meio do próprio Filho de Deus. Os líderes religiosos aceitaram o primeiro convite. Creram que Deus os havia chamado para ser o Seu povo, porém, insultaram a Deus, recusando-se a aceitar o Seu Filho. Deste modo, assim como o senhor nesta parábola enviou o seu servo pelas ruas, a fim de convidar os necessitados para o seu banquete, Deus enviou o Seu Filho ao mundo de pessoas necessitadas, para dizer-lhes que o Reino de Deus havia chegado e que estava pronto para elas.
Muitos perdem a consciência do convite de Deus por causa das distrações geradas por coisas que são legítimas, verdadeiros exemplos de bênçãos, como aquisição de propriedades, a melhoria da capacidade de produção, ou até mesmo a constituição de uma família! Estas foram as três desculpas dadas nessa parábola contada pelo Senhor Jesus.
Penso que temos feito exatamente a mesma coisa em nosso relacionamento com Deus. Muitas vezes, oramos e pedimos a Ele algumas coisas que desejamos tanto, e o Pai Celeste, em Sua infinita bondade, nos atende e nos concede o que desejamos. Então, aquelas coisas boas, lícitas, que não têm nada de errado em si mesmas, começam a nos distrair do Senhor.
Você já viu algo parecido com isso em sua vida?
É impressionante como coisas boas, de valor, não só aos nossos olhos, mas até mesmo, aos olhos de Deus, podem tornar-se um motivo de distração para a nossa comunhão com o Senhor. Isso é tão sério e, ao mesmo tempo, passa tão despercebido. Até mesmo o nosso próprio serviço prestado ao Senhor pode se tornar uma distração! Quer exemplos? Os irmãos da igreja de Éfeso perderam o seu primeiro amor (Ap. 2.4), ainda que não tivessem parado de trabalhar para Deus (Ap 2. 2,3)!
Que Deus nos abençoe!
Textoíb