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Texto Base:

João 16:20

Pois eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês vão chorar e ficar tristes, mas as pessoas do mundo ficarão alegres. Vocês ficarão tristes, mas essa tristeza virará alegria. (Jo.16:20 NTLH)

Como cristãos, nós queremos viver para a glória de Deus. O nosso maior desejo é poder expressar a todos a grandeza, o poder, a soberania, a graça, a misericórdia, a justiça e os caminhos retos que o nosso Bom Deus nos tem ensinado, por meio da Pessoa de Jesus Cristo.

O compromisso cristão envolve todo o nosso o serviço espiritual (adoração) e ele deve ser sempre realizado com alegria. No domingo passado (12/07/2020), eu expliquei que a “alegria” que Paulo pediu aos filipenses (cf. Fp.4:4) não tinha nada a ver com louvor, danças e cânticos de celebração, mas que o verdadeiro sentido da palavra “alegria” é a de uma vida bem-sucedida em Deus, por meio da unidade com Cristo.

Todavia, todos nós sabemos que a alegria de uma vida bem-sucedida no SENHOR não é o único sentimento que experimentamos no caminho da vida cristã, pois há muitos outros. No entanto, deleitar-se em Deus, como um bom sentimento, é o que torna todos os outros sentimentos como sendo “bons”.

Inúmeros cristãos afirmam que um cristão não deve e não pode ficar triste, mas isso não tem base bíblica, pois o próprio Jesus, sem nunca ter cometido pecado algum, isto é, sem nunca ter praticado algo que desagradasse a Deus, ficou triste. Jesus não cometeu pecado algum, mas o mesmo não se pode dizer de nós, pois somos todos pecadores e, quando pecamos, ficamos muito tristes.

1. Entristecidos por pecarmos, mas alegres por sermos perdoados.

No entanto, não é necessário cometer algum pecado para sentir tristeza – se bem que o pecado é uma das razões de muitas das nossas tristezas diante do Pai. Davi disse:

4 Contra ti eu pequei — somente contra ti — e fiz o que detestas. Tu tens razão quando me julgas e estás certo quando me condenas. 8 “Faze-me ouvir outra vez os sons de alegria e de felicidade; e, ainda que tenhas me esmagado e quebrado, eu serei feliz de novo.” (Sl.51:4,8 NTLH)

Há duas coisas que podem tornar a tristeza em algo bom: o reconhecimento da sua causa ou origem e o seu resultado (as consequências). O nosso pecado produz em Deus tristeza, porque ao praticarmos o que Ele detesta, nós nos transformamos em pessoas repugnantes e inúteis, tanto no campo espiritual como no moral!

Essa repugnância é como se fosse um mau odor que Deus encontra em nós, pois nos tornamos como um alimento estragado ou com cheiro de podre na mesa do Altíssimo. Portanto, quando expressamos uma tristeza sincera por termos pecado, essa atitude é um sinal verdadeiro de que desejamos nos deleitar em Deus. Então, a tristeza por termos desagradado a Deus se transforma em um bom sentimento, ou seja, a vergonha que expressamos após termos pecado, agora nos conduz ao verdadeiro arrependimento.

2. Entristecidos pelos pecados dos outros, mas alegres por sermos usados por Deus.

No entanto, há uma tristeza que não é proveniente dos nossos próprios erros espirituais e morais, mas da maneira com que outras pessoas nos prejudicam, devido à incredulidade, conceitos e maldades delas.

Jesus, certa vez, foi a uma sinagoga e lá Se deparou com um homem que tinha uma das mãos aleijadas. Lá também estavam alguns líderes religiosos que queriam acusar Jesus por realizar curas nos dia do Sábado Judaico, mas o nosso SENHOR Se dirigiu a eles perguntando se era lícito fazer o bem naquela data religiosa. Eles ficaram em silêncio. Então, observe o sentimento de Jesus:

Então Jesus olhou zangado [i.e. com raiva, ira, indignação, mau humor] e triste para eles porque não queriam entender [i.e. por causa da falta de conhecimento e compreensão que lhes bloqueava a sensibilidade e o discernimento espiritual]. E disse para o homem: — Estenda a mão! O homem estendeu a mão, e ela sarou. (Mc.3:5 NTLH)

Jesus ficou triste e indignado, devido aos pecados dos outros. Você deve se lembrar da ocasião em que Jesus chorou por Jerusalém ao prever a sua destruição futura. (cf. Lc.19:41-44) No jardim do Getsêmani, Jesus sentiu uma tristeza mortal e profunda, pois, enquanto orava (cf. Mt.26:36-38), anteviu os pecados da humanidade caindo sobre Ele. Jesus sentia tristeza pelos pecados dos outros!

O apóstolo Paulo nos ensina que podemos entristecer o Espírito Santo quando proferimos palavras corrompidas que prejudicam o próximo. (cf. Ef.4:29,30)

O sentimento de tristeza ou pesar divino por aqueles que rejeitam andar na Sua presença e que não se esforçam à prática dos Seus princípios verdadeiros devem estar dentro de nós, pois somos a habitação do Seu Espírito. Quando o Espírito de Deus se entristece, devido à comunhão que com Ele temos, nós nos entristecemos também. Então, a tristeza de Deus é a nossa tristeza. Desse modo, agimos à semelhança de Jesus.

Neste momento da história humana, não há razões para buscarmos o que alguns chamam de “a unção do riso ou da alegria”, mas, à semelhança de Jesus, nós deveríamos chorar e interceder por aqueles que estão se afastando do SENHOR. Muitos deveriam estar chorando pelo seu cônjuge, filhos, parentes, amigos e, é claro, por si mesmos!

O que estou dizendo fica evidente nas palavras de Paulo, o apóstolo:

1 “O que eu digo é verdade. Sou de Cristo e não minto; pois a minha consciência, que é controlada pelo Espírito Santo, também me afirma que não estou mentindo.” 2 Sinto uma grande tristeza e uma dor sem fim no coração 3 por causa do meu povo, que é minha raça e meu sangue. Para o bem desse povo, eu mesmo poderia desejar receber a maldição de Deus e ficar separado de Cristo. (Rm.9:1-3 NTLH)

3. Entristecidos pelo que vemos, mas alegres pelo que ainda não vemos.

Viver a vida cristã neste mundo não é tarefa fácil, pois ela é cheia de espinhos, dores e lágrimas! Juntamente com o Universo, gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos as promessas eternas de Deus, ou seja, a Vida Eterna e corpos que nunca mais terão enfermidades e que jamais morrerão. (cf. Rm.8:23)

Entretanto, toda essa dor, gemidos e tristezas devem nos levar a uma vida piedosa, quando moldada pelo desejo ou pelo prazer de nos alegrarmos na esperança de participarmos da glória de Deus, tanto nesta vida como na futura. (cf. Rm.5:2)

Por enquanto, o nosso prazer é abafado pelas dores, tristezas e lágrimas, mas a semente da alegria pela Vida Eterna está dentro de cada um de nós e, se formos verdadeiros no nosso compromisso com Cristo, ela crescerá, nos dará do seu fruto e desfrutaremos de todos os prazeres e delícias na Vida Eterna, ao lado de Jesus Cristo.

Nós somos loucos? Claro que não! Aceitamos toda a tristeza que Deus nos designar, pois sabemos que as nossas lágrimas podem perdurar no tempo da escuridão, mas quando amanhecer, a alegria virá! (v. Sl.30:5)

Termino esta meditação com as palavras de Paulo:

16 (…) nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. 17 E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. 18 Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre. (2 Co.4:16-18 NTLH)

Por um breve tempo, podemos estar tristes, mas eternamente alegres em Cristo Jesus! Foi por esta razão que eu disse: “TRISTES, PORÉM, ALEGRES!”

Que Deus nos abençoe!

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