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Mantenha-se firme e não desanime

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Texto Base:

Neemias 4:10-12

10 O povo de Judá cantava uma canção assim: “Os carregadores já estão cansados, e ainda há muito entulho para carregar. A construção desta muralha quando vamos terminar?” 11 Os nossos inimigos pensavam que nós não poderíamos vê-los, nem saberíamos o que estava acontecendo até que eles já estivessem quase em cima de nós, nos matando e nos fazendo parar o trabalho. 12 E várias vezes os judeus que moravam entre os nossos inimigos vieram nos avisar dos planos que eles estavam fazendo contra nós. (Ne.4:10-12 NTLH)

Após os anos de cativeiro na Babilônia, os israelitas começaram a retornar para as terras de Israel. Entretanto, Deus havia determinado que antes que reconstruíssem suas casas, eles reedificassem as muralhas de Jerusalém, para a segurança da cidade e do Templo.

Jesus ensinou que devemos colocar o Reino de Deus em primeiro lugar em nossas vidas e confiar que as demais coisas serão acrescentadas. (Mt.6:33) Por vários anos, os israelitas desprezaram a Deus e a Sua verdade. Eles O trocaram por deuses e costumes pagãos, por causa de alianças políticas e pelo desejo de se tornarem mais prósperos.

A Bíblia ensina que o filho deve honrar seu pai. O filho honra ao seu pai quando se coloca sob a instrução do seu progenitor e reflete o seu caráter à sociedade onde vive. As boas atitudes do filho fazem com que as pessoas elogiem o seu pai. Essa verdade foi ensinada por Jesus em Mateus 5:16, em relação a Deus Pai e ao comportamento espiritual, moral e de serviço de Seus filhos.

O povo de Israel desonrou a Deus e precisou ser castigado; por isso, foi levado como escravo para a Babilônia. Os israelitas adotaram a religião e a cultura pagã em suas vidas, e Deus, além de castigá-los, os conduziu ao berço da cultura pagã, pois na Babilônia, eles experimentariam o verdadeiro caráter malicioso da cultura que adotaram, passariam dias tremendamente difíceis, teriam seus olhos abertos e se arrependeriam dos pecados cometidos.

Deus, por meio de Neemias e Esdras, conduz os Israelitas de volta a Israel, libertando-os do cativeiro, porém, os dias e o trabalho para todos eles não seriam fáceis.

Todos nós estamos passando dias difíceis e não são poucos que têm experimentado os resultados terríveis da solidão. Nesses momentos de crise, é muito fácil sentir-se desanimado. Pensemos no desânimo como uma doença: por ela, somos contagiados por dezenas e dezenas de vezes e, como entendemos, o desânimo é contagioso e se espalha com muita facilidade e rapidez!

A pergunta que eu faço é: “há cura para o desânimo?” É claro que há! Entretanto, para que nós busquemos a cura para o mesmo, é necessário encontrarmos a causa em nosso interior e que procuremos aprender com os erros dos outros (com os erros dos judeus que voltaram da Babilônia). O verso 10 do nosso texto base era uma canção, a qual era cantada por aqueles que deveriam louvar a Deus pela liberdade e pela oportunidade de terem recebido Dele uma chance de reconstruírem Nele uma vida digna.

O verso 10 (a canção) nos mostra três causas para o desânimo dos judeus:

Primeira causa: O Cansaço – “Os carregadores já estão cansados”.

Aqueles judeus não eram super-homens e nós também não somos. Todos nós nos cansamos e esse cansaço pode ser físico, emocional e até religioso, quando substituímos o relacionamento com Deus (segundo a Sua orientação) por crenças, conceitos, regras e rituais religiosos. Todo esforço aplicado a qualquer atividade cansa e o cansaço pode vir a produzir tanto o desânimo como o estresse.

Quando nós não sabemos lidar com o cansaço, ele nos impedirá de avançarmos e de alcançarmos as metas estabelecidas. Uma pessoa cansada precisa de algumas horas de descanso, de férias ou correr para a sua própria cama e “tirar uma bela soneca”, para depois voltar ao ritmo normal, a fim de alcançar os objetivos já traçados.

Segunda causa: A Decepção ou a Frustração – “Ainda há muito entulho para carregar”.

O trabalho era árduo, pesado, e isso se devia à quantidade de entulho que os trabalhadores tinham que retirar. Esses escombros atrapalhavam terrivelmente a construção dos muros da cidade de Jerusalém.

Pergunte a alguém que já fez uma reforma em casa e ele lhe dirá sobre a quantidade de entulho que precisou ser retirada. Contudo, os escombros são o resultado de uma transformação que culminará em um novo projeto. Sempre que fazemos mudanças ou reformas, sobrará lixo, o qual precisará ser retirado rapidamente, a fim de que não prejudique o progresso da nova obra.

É impossível evitar o entulho e, por isso, é muito importante identificá-lo e descartá-lo sem demora. Sendo assim, o foco principal nunca deve estar sobre os escombros, mas sobre o projeto final, caso este não seja prejudicado pelo desânimo e o estresse.

Terceira causa: A Demora – A construção desta muralha quando vamos terminar”.

O sentido destas palavras é que os trabalhadores judeus não conseguiram terminar a tarefa no tempo previsto, porque estavam perdendo a confiança e ficando desanimados. Talvez, dissessem uns aos outros: “Será que não fomos estúpidos ao acreditar que poderíamos reconstruir as muralhas da nossa cidade? Nós somos tão poucos e isso tudo parece uma obra fadada ao fracasso!

A sensação ou a reação emocional daqueles judeus era que jamais terminariam o seu trabalho. Eles sabiam que era a vontade de Deus, mas começaram a fracassar em seus pensamentos e sentimentos.

Muitas vezes, ficamos com a sensação de que os problemas nunca terão fim. Infelizmente, pensamos sobre nós mesmos como pessoas fracassadas e, em outras oportunidades, compadecemos de nós mesmos e culpamos outras pessoas pelo nosso espírito de abatimento.

Quando, por algum motivo, não alcançamos os alvos divinos estabelecidos para nós, não devemos desistir e, em vez de nos abatermos e reclamarmos, temos que nos concentrar na vontade divina e nos mover perseverantemente em direção a ela. Caso caiamos no erro de ficarmos reclamando, logo estaremos sob o espírito da amargura e, por nosso intermédio, esse sentimento contagiará outras pessoas, fazendo com que elas corram o risco de se abaterem psicologicamente e morrerem espiritualmente. (Hb.12:14,15)

Então, nos versos 11 e 12, nós encontramos a quarta causa para o desânimo dos judeus:

Quarta Causa: O Confronto Tanto Com o “Inimigo” Como Com Os Que Têm Medo Dele – “11 Os nossos inimigos pensavam que nós não poderíamos vê-los, nem saberíamos o que estava acontecendo até que eles já estivessem quase em cima de nós, nos matando e nos fazendo parar o trabalho. 12 E várias vezes os judeus que moravam entre os nossos inimigos vieram nos avisar dos planos que eles estavam fazendo contra nós.”

Saiba que, mesmo estando dentro da vontade de Deus, nós nunca estaremos longe do alcance e dos ataques dos nossos inimigos, da Palavra de Deus e da nossa fé, como daqueles que não se opõem a Satanás e a seus agentes. Repare que o texto acima fala de judeus avisando outros sobre os planos do inimigo! Por que eles não estavam dentro dos planos de morte arquitetados pelo inimigo? Porque não estavam fazendo nada que honrasse a Deus e que refletisse a Sua glória. Então, eles não representavam uma ameaça aos planos do Inferno!

Os discursos desses judeus que viviam entre os inimigos era o de difundir o medo e, sem que soubessem, tornaram-se agentes satânicos para desestimular os judeus que estavam fazendo a vontade divina. Somente para que nos lembremos, os inimigos naturais da vida cristã são Satanás, seus demônios e seus agentes humanos, os quais, influenciados pelo “Mal” e sem que percebam, submetem-se ao seu serviço malicioso, a fim de trazer a morte espiritual aos filhos de Deus e, desse modo, impedi-los de fazer a vontade do Pai neste mundo.

Muitos cristãos têm medo de enfrentar aqueles que se opõem à sua fé (Satanás, demônios e seus agentes humanos), aceitam o discurso do medo e, infelizmente, não se propõem a resistir ao espírito do mal, fazendo a vontade de Deus.

A Bíblia ensina o seguinte:

Portanto, obedeçam [i.e. sejam submissos, não resistam ao SENHOR, mas sejam obedientes] a Deus e enfrentem [i.e. resistam, posicionem-se espiritual e mentalmente contra] o Diabo, que ele fugirá de vocês [. (Tg.4:7 NTLH)

Deus não nos ensina a correr, mas a resistir a Satanás. O que é que tem feito você correr? O pastor diz: “Eu não aguento mais esta situação na igreja e desisto!” O membro diz: “Eu vou sair da igreja, pois não aguento mais o ambiente nem o tipo da mensagem que ouço!” Eu tenho aprendido que, “raramente” é a vontade de Deus que fujamos de uma situação difícil.

Francamente falando, o meio para resistir ao Diabo é ser obediente a Deus e fazer a Sua vontade, de acordo com o que se aprende por meio da Bíblia. A vida de obediência a Deus é o que nos posiciona fortemente contra o espírito do mal, como também contra a nossa fragilidade moral ou carnal (natureza humana decaída).

Quando não estamos dispostos a superar a nós mesmos (negar-nos a nós mesmos) e ao inimigo em um determinado momento, Deus fará com que passemos pelas mesmas pressões em outras circunstâncias, até que aprendamos a maneira certa de viver. Caso discordemos Dele, nós estaremos apenas pulando da frigideira direto para o fogo!

Deixe de enfrentar seus temores e os inimigos da sua fé por meio de uma vida de obediência a Deus e eles se tornarão cada vez mais fortes e mais numerosos! Portanto, não tente escapar das pressões da vida, procurando caminhos aparentemente fáceis, mas enfrente-os, expressando a grandeza divina (a Glória de Deus) e demonstrando prazer em fazer a Sua vontade.

O nosso texto base é dirigido:

  • Aos judeus que foram disciplinados por Deus na Babilônia e que se encontravam livres, tanto do espírito como da cultura pagã e mundana.
  • Aos judeus que foram castigados na Babilônia e à descendência destes, a fim de que não cometessem os mesmos erros espirituais e morais de seus pais.
  • Aos que estão livres do espírito mundano e que precisam aprender que a vontade de Deus deve ocupar o primeiro lugar em suas vidas.
  • Aos que estão dispostos confiar e obedecer a Deus, a fim de lutarem contra si mesmos e contra os inimigos da sua fé, sejam eles seres espirituais ou humanos.
  • Aos que estão dispostos a trabalhar pelo Reino e expressar a Sua Glória.

Portanto,

  1. A vida com Deus deve ser vivida com alegria e, desse modo, ela nunca será um fardo pesado.
  2. O trabalho divino de transformação do caráter humano gera entulhos e o cristão é responsável por se livrar deles.
  3. A vontade de Deus deve ser realizada com um espírito paciente e perseverante.
  4. O cristão verdadeiro e frutífero será atacado pelo Inferno e seus agentes, a fim de ser desestimulado no seu serviço espiritual.

Que Deus nos abençoe!

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