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O trabalho interior de Deus quando sofremos

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Texto base:

1 Pedro 3:17

Porque é melhor sofrer por fazer o bem, se for esta a vontade de Deus, do que por fazer o mal. (1 Pe.3:17 NTLH)

Certa vez, alguém me perguntou: “Walter, qual é o bom propósito de Deus para o meu sofrimento, lutas e perdas? O que Ele está fazendo em mim e por meu intermédio nesses maus momentos?” A pergunta dessa pessoa é o questionamento de muitos cristãos, em algum momento de suas vidas!

Antes de tudo, é necessário que entendamos que podemos sofrer de duas maneiras: por sermos obedientes ou por causa da desobediência. O apóstolo Pedro ensinou que:

[…] é melhor sofrer por fazer o bem [i.e. fazer algo que expresse a Glória de Deus e que beneficie os outros], se for esta a vontade de Deus, do que por fazer o mal [i.e. prejudicar pessoas, praticando o que é errado]. (1 Pe.3:17 NTLH)

Pedro não está falando de fazer o bem por motivos filantrópicos (“Filantropia” – interesse em ajudar ou amar excessivamente a humanidade), mas de ações divinas que beneficiem o próximo, com a finalidade de aproximá-lo de Deus, para que o SENHOR seja glorificado pela pessoa beneficiada. (vd. Mt.5:14-16) Contudo, haverá ocasiões em que Deus permitirá que soframos, pela elevada ação de termos praticado o bem!

Além do mais, Pedro usa a expressão “se for esta a vontade de Deus” e ela se refere à Sua permissão a sofrimentos. Toda vez que Deus permite situações adversas é porque Ele está dando continuidade à Sua obra de aperfeiçoamento em cada um de nós, tanto espiritual como moralmente falando.

1. Sem lutas, não há vitórias

Essa expressão é usada pela maioria dos cristãos, mas, quando as enfrentam, sequer entendem o valor das mesmas no Reino de Deus. Todo cristão deve saber que sem dor, não há lucro; sem cruz, não há coroa e sem sofrimento, não há esperança! Apesar de o homem não concordar com essa verdade, Deus estabeleceu tudo desse modo. O apóstolo Paulo disse que tanto o Universo como os Seus filhos gemem:

E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos [i.e. que nos dê os direitos legais de sermos Seus filhos] e nos liberte completamente [i.e. nos livre de nossos corpos mortais]. (Rm.8:23 NTLH)

Todo cristão, ao escolher o caminho da obediência a Deus, à semelhança de Jesus, experimentará os mesmos sofrimentos que Ele enfrentou e participará na Eternidade do mesmo esplendor que pertence a Ele. Leia as palavras de Paulo:

Nós somos seus filhos, e por isso receberemos as bênçãos [i.e. a herança, o bem, o legado] que ele guarda para o seu povo, e também receberemos com Cristo aquilo que Deus tem guardado para ele. Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória. (Rm.8:17 NTLH)

Portanto, ao experimentarmos dores, frustrações, conflitos ou qualquer dificuldade, nós devemos escolher o caminho da obediência quando passamos por essas situações. Todavia, precisamos estar cônscios de que Satanás procurará usar essas circunstâncias para ameaçar a nossa fé, mas também de que Deus as usará para fortalecê-la, assim como a nossa esperança de recebermos tudo o que Ele já nos tem preparado na Eternidade.

Quando o nosso olhar está sobre a Glória de Cristo, Deus sempre será Grande em nossas vidas, e o Diabo, um ser derrotado.

Então, Deus estabeleceu o caminho de sofrimentos para que Seus filhos sejam fortes e alcancem a Eternidade? Não existe outro caminho além desse? Todos nós enfrentamos várias dificuldades, porém, em outras partes do mundo, inúmeros outros cristãos estão se deparando com tribulações maiores que as nossas. Entretanto, o consolo que temos é que não estamos sofrendo no Inferno!

2. Sofrer para a Glória de Deus é um ensino apostólico, porque fortalece a Igreja

Na vida, há muitas coisas boas e o mesmo se dá no nosso caminho com Cristo, mas isso não quer dizer que estamos livres de sofrimentos. Os apóstolos de Cristo abordavam o tema do sofrimento cristão com muita seriedade:

Eles (o apóstolo Paulo e seu cooperador Barnabé) animavam os cristãos e lhes davam coragem para ficarem firmes na fé. E também ensinavam que era preciso passar por muitos sofrimentos para poder entrar no Reino de Deus. (At.14:22 NTLH)

É impossível entrar no Reino de Deus sem sofrimentos. Esta verdade era e é um ensinamento apostólico, e o fato de Barnabé, cooperador de Paulo (o apóstolo) na pregação do Evangelho, tem um grande significado. Todos os que seguem a doutrina apostólica devem crer, guardar e ensinar esse fundamento doutrinário: “É preciso passar por muitos sofrimentos para poder entrar no Reino de Deus”. Portanto, o sofrimento não deve ser algo estranho ao cristão e ele sabe que precisa confiar em todo o trabalho de Deus na sua vida.

3. Nos sofrimentos, o cristão confia no trabalho interior de Deus e persevera

Vimos que, para entrarmos no Reino de Deus, é preciso passar por muitos sofrimentos. No entanto, o que Deus realiza dentro e por meio de nós nesses momentos?

  • Nos sofrimentos, qualidades aprovadas por Deus são geradas

O apóstolo Paulo diz:

3 E também nos alegramos [i.e. sentimos o peso da Glória divina] nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência [i.e. perseverança, fé ou fidelidade resistente], 4 a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança [i.e. confiança no Autor da expectativa eterna]. (Rm.5:3,4 NTLH)

Paulo e os apóstolos viam no sofrimento a manifestação da grandeza divina. O sofrimento é como um tropicão. Você está andando em um cenário que encanta os seus olhos e, de repente, tropeça e cai! O tropeço foi uma agressão ao seu momento de felicidade. Com certeza, Satanás usará os momentos de dificuldades para mexer com as suas emoções, sentimentos e pensamentos, a fim de que você se aborreça com Deus e O abandone.

Por outro lado, Deus permite que na vida haja tropeços, a fim de aguçar a sua visão e a prudência. A vida é bela e maravilhosa, mas nela há perigos ocultos e eles estão nos seus pontos de equilíbrio. O ensino apostólico nos diz que aquele que pensa estar de pé, cuide-se para não cair. (vd. 1 Co.10:12) Ele também ensina que devemos prestar muita atenção à nossa maneira de andar ou viver, a fim de não vivermos como os tolos, mas como os sábios. (vd. Ef.5:15) Devemos ser prudentes!

Então, Deus permite que em nossas vidas haja tropeços e dificuldades (do menor à maior), para que nós prestemos atenção Nele e sempre que sofrermos algum tropeção ou passarmos por uma dificuldade, que caiamos nos Seus braços cheios de graça e misericórdia!

  • Confie em Deus, que ressuscita os mortos, e menos em si mesmo

8 Irmãos, queremos que saibam das aflições pelas quais passamos na província da Ásia. Os sofrimentos que suportamos foram tão grandes e tão duros, que já não tínhamos mais esperança de escapar de lá com vida. 9 Nós nos sentíamos como condenados à morte. Mas isso aconteceu para que aprendêssemos a confiar não em nós mesmos e sim em Deus, que ressuscita os mortos. (1 Co.1:8,9 NTLH)

Todas as nossas dificuldades têm como o objetivo divino de tornar a nossa fé mais forte e não enfraquecê-la, a fim de aprendermos a confiar mais em Deus. Além do mais, Paulo serviu de exemplo aos seus leitores, em não esconder os seus sentimentos e o que aprendeu com os seus sofrimentos. Quando Paulo fala de confiar em Deus que ressuscita os mortos, afinal, o que ele está querendo dizer?

Ele está falando da Eternidade, do esplendor, da Glória de Deus, Daquele que tem o poder para ressuscitar pessoas e abrigá-las eternamente Consigo. Portanto, quem estará na Eternidade para viver com Ele? Todos os que forem ressuscitados em Cristo, por ocasião da volta de Jesus. (vd. Jo.14:1-4) Então, somente os ressuscitados em Cristo é que terão o direito de viver no Céu – na Casa Eterna de Deus. Paulo está falando de fé.

A fé é o meio divino que nos mantém no “Único Caminho” (Jesus – Jo.14:6) para o Céu e as tribulações servem para manter a nossa fé e a esperança vivas, isto se o Espírito Santo esteja testificando em nós que Deus é o nosso Pai. Caso contrário, ficaremos com raiva de Deus e rejeitaremos Jesus, a Igreja e a Bíblia paulatinamente.

Não é fácil ver um ente querido doente, sofrendo ou vendo-o morrer! Quem está diante dessas cenas chora e todos nós choramos. Ficamos com medo e raivosos para com aqueles que dizem que essas coisas fazem parte desta vida e que precisamos aceitá-las.

Quando estou diante dessas cenas, eu passo a pensar na Glória de Deus, no corpo glorificado que receberemos de Jesus (igual ao Dele), um corpo ressurreto com outra natureza, o qual não adoece e que nunca experimentará a morte. Essa é a Sua promessa, a fim de habitarmos com Ele na Glória do Pai Eterno!

Eu procuro vencer minhas fragilidades, lágrimas e meus temores confiando no Todo-Poderoso, que semeou em meu coração a convicção do caminho da herança eterna, ou seja, Jesus, o meu Salvador.

Nada é fácil neste mundo, mas temos o Espírito Santo agindo em nós, nos dando a convicção de que Deus é o nosso Pai e do quanto precisamos Dele. Ele grita à nossa mente para nos mantermos no “Caminho”, em Cristo Jesus, para que não tomemos atalhos e para que encaremos as situações que nos sobrevêm com a fé e a confiança que residem no coração de quem é filho de Deus.

O Espírito de Deus abre os nossos olhos para as verdades das Escrituras e clama para que pensemos nelas e as guardemos no coração, a fim de fugirmos das tentações e vencermos nossos pecados. Em todo o tempo, Ele nos ensina a sermos humildes diante Dele, para que sejamos honrados no tempo certo.

O Espírito Santo e a Palavra de Deus são as nossas forças para que vençamos todas as nossas lutas nesta vida (da menor à maior) e, quando ela terminar, caso tenhamos sido aprovados por Deus, tomaremos posse da vida abundante, plena ou completa, prometida por Jesus! (vd. Jo.10:10)

Que Deus nos abençoe!

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