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A escolha divina e a responsabilidade cristã

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Texto base:

Efésios 1:3-5

3 Agradeçamos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, pois ele nos tem abençoado por estarmos unidos com Cristo, dando-nos todos os dons espirituais do mundo celestial. 4 Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós, 5 Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade. (Ef.1:3-5 NTLH)

Deus tem dado todos os recursos provenientes da Sua eterna bondade àqueles que estão unidos com Cristo e, por isso, Lhe são agradecidos, O engrandecem e celebram a escolha divina pelas suas vidas, a qual foi feita antes da fundação do mundo. Eles reconhecem a sua responsabilidade em permanecer nessa escolha divina com determinação e fidelidade, a fim de darem prazer a Deus Pai, o Autor dessa escolha. O cristão é escolhido, mas ele decide permanecer na escolha de Deus por decisão pessoal.

1. O cristão verdadeiro é agradecido a Deus pelas bênçãos eternas

3 Agradeçamos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, pois ele nos tem abençoado por estarmos unidos com Cristo, dando-nos todos os dons espirituais do [i.e. no] mundo celestial. (NTLH)

Há razões para o cristão agradecer a Deus neste momento? Você deve entender que agradecer a Deus não é uma atitude normal e nem natural. A decepção, ansiedade e reclamação são as reações normais, naturais e terrenas às circunstâncias adversas.

Se a gratidão para com Deus floresce nas adversidades e aflições, significa que você O está percebendo na sua vida e todo o seu ser está sendo sustentado por Ele. E se a gratidão parece difícil e impossível, nós devemos clamar a Deus para que encha os nossos olhos, ouvidos e corações agitados com a herança que nos espera na Eternidade.

O objetivo de Deus é nos conduzir à Eternidade e que, enquanto aqui neste mundo caótico, aceitemos a responsabilidade de fazermos a Sua vontade, a fim de que muitas pessoas possam ter a oportunidade de serem chamadas e abençoadas por Ele. Por esse objetivo, o apóstolo Paulo, nas suas orações, orava pelos cristãos que realmente amavam a Deus:

9 […] Pedimos a Deus que encha vocês com o conhecimento da sua vontade e com toda a sabedoria e compreensão que o Espírito de Deus dá. 10 Desse modo, vocês poderão viver como o Senhor quer e fazer sempre o que agrada a ele. Vocês vão fazer todo tipo de boas ações e também vão conhecer a Deus cada vez mais. 11 Pedimos a Deus que vocês se tornem fortes com toda a força que vem do glorioso poder dele, para que possam suportar tudo com paciência. 12 E agradeçam, com alegria, ao Pai, que os tornou capazes de participar daquilo que ele guardou no Reino da luz para o seu povo. (Cl.1:9-12 NTLH)

Deus não abandona aqueles que vivem para expressar o Seu plano eterno e a Sua Glória e, portanto, o SENHOR sempre proverá aos Seus filhos tudo o que for necessário, a fim de se manterem unidos a Ele e firmes no Caminho que é Cristo Jesus. (Jo.14:6)

2. O cristão se submete à escolha de Deus para pertencer a Ele e se mantém Nele em unidade com Cristo

A unidade com Cristo é verdadeira quando “decidimos” viver em harmonia com os Seus pensamentos, ensinamentos e propósitos.

Muitos cristãos cometem um grave erro quando leem o verso 4 do nosso texto base. Eles pensam que pela razão de já terem sido escolhidos por Deus, pertencem eternamente a Ele e que podem viver segundo uma conformação própria.

O problema é que a escolha divina não nos dá o direito de vivermos para Deus pelo modo que pensamos, mas é o SENHOR Quem diz acerca dos preceitos ou normas que devemos viver, para permanecermos unidos com Ele, segundo a Sua escolha.

4 Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, […] (NTLH)

Antes que existíssemos, Deus já nos conheceu! (Sl.139:13-16) Deus nos deu vida ao nos criar no ventre da nossa mãe, Ele nos viu antes de termos nascido e, no ventre materno, foi dando forma ao feto ou embrião, viu a nossa estrutura óssea se formando e escreveu os nossos dias sobre a Terra, quando nenhum deles ainda existia! Em um determinado dia, marcado por Ele, receberíamos Dele um chamado.

Religiosos ou não, sequer tínhamos méritos para sermos visitados por Deus e, por Ele, sermos conduzidos a Cristo. (Jo.6:44,65) Vivíamos segundo os prazeres deste mundo, afastados Dele e tomávamos atitudes de acordo com a vontade da nossa mente e desejos pessoais e, por isso, estávamos espiritualmente mortos. (Ef.2:1-5)

Nós não lutávamos pelo Reino Eterno de Deus, não alertávamos as pessoas quanto ao pecado e à vida afastada dos princípios de vida exigidos pelo Criador. Na verdade, éramos omissos em relação ao Evangelho e praticávamos o que não agradava ao Pai Eterno. Então, Deus nos chamou para sermos Seus filhos e cooperadores!

Deus nos chamou para pertencermos a Ele e à Sua família espiritual, mas para que cada um de nós se torne em um filho de Deus, é necessário que façamos uma escolha pessoal, ou seja, que não rejeitemos o Seu chamado e as implicações do mesmo. (Jo.3:15-20; 2 Tm.2:4; 2 Pe.3:9)

Deus nos chama para revelar Quem é Cristo a cada um de nós e, por meio dos ensinamentos de Jesus, nós passamos a conhecer Quem é Deus e o que Ele espera de todos nós. (Mt.11:27-29) À medida que aprendemos o Evangelho de Cristo, nós conheceremos os deveres da nossa responsabilidade cristã.

Jesus disse:

Os deveres [i.e. as obrigações, responsabilidades] que eu exijo de vocês são fáceis [i.e. não são amargos e difíceis de entender, pois são úteis e visam o bem de todos], e a carga que eu ponho sobre vocês é leve [i.e. é eficaz, produtiva, traz resultados rápidos]. (Mt.11:30 NTLH)

3. O cristão não foi chamado por Deus por méritos próprios, mas permanece Nele por ser obediente

4 […] a fim de pertencermos [i.e. vivermos em harmonia de caráter, separados do mal e da corrupção para servirmos com dedicação] somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa [i.e. sem sofrer rejeição ou censura no dia em que formos julgados pelo nosso comportamento espiritual e moral, enquanto aqui sobre a Terra]. […] (NTLH)

O chamado divino não se deu por conta de nossos méritos próprios, mas foi um ato pré-determinado da bondade de Deus, para nos ensinar sobre o “Caminho” (Jesus) que enfrenta e supera os poderes satânicos, mundanos e a nossa natureza humana decaída que, orgulhosa, egoísta e interesseira, nos mantinha afastados Dele e da Sua vontade.

Todo aquele que pertence a Deus aceita responsabilidade de ser dedicado a Ele e lutar contra esses poderes, os quais lutam contra Deus. (1 Jo.3:8; Tg.4:4; Gl.5:13,17-25) Essa luta exige vontade própria, e nisso há mérito. O nosso trabalho sincero para Deus garantirá recompensas eternas, e isso não é barganha, mas é a vontade ou a exigência do SENHOR a cada um de nós. (1 Co.15:58)

O apóstolo Paulo diz:

O que Deus quer de vocês é isto: que sejam completamente dedicados a ele e que fiquem livres da imoralidade. [no grego ‘porneia’ – livres da pornografia, impureza sexual, sexo ilícito em todos os sentidos, adultério espiritual, libertar-se de todo tipo de idolatria, do adultério espiritual, para submeter-se ao governo de Deus] (1 Ts.4:3 NTLH)

Deus nos escolheu para pertencermos a Ele e isso quer dizer que nós não precisamos nos preocupar mais porque já somos Dele? Claro que não! Se assim fosse, Jesus não teria dito que somente aquele que perseverar até o fim será salvo eternamente. (cf. Mt.10:22; 24:13; Lc.21:19; Ap.2:7,10)

O nosso trabalho para o SENHOR se dá em toda parte, ou seja, no relacionamento conjugal (Ef.5:21-33); no relacionamento de filhos e pais (Ef.6:1-4); no relacionamento entre trabalhadores e patrões (Ef.6:5-9); no trato com o dinheiro, riquezas e finanças (Mt.6:24; Lc.12:13-21); no nosso relacionamento com as pessoas (Mt.5:13-16); no trato com os inimigos (Mt.5:43-48); na ajuda que damos ao próximo (Mt.6:1-4); nas devocionais e orações (Mt.6:5-14) e nas nossas prioridades pessoais (Mt.6:25-34). Eu poderia fazer uma lista imensa, mas creio que esta é suficiente, por enquanto.

Essas exigências divinas trazem o bem para todos e é claro que tornaria o mundo em um lugar muito melhor para se viver, pois elas expressam a grandeza, o poder, a generosidade, a justiça e a misericórdia de Deus por meio dos que pertencem a Ele. É claro que os que foram escolhidos e pertencem a Deus estão se esforçando na prática dessas coisas, pois, por vontade própria, as tornam em hábitos saudáveis, os quais abençoam tanto as suas vidas como a do próximo e glorificam a Deus.

4. O cristão que pertence a Deus vive para o prazer Dele

5 Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade [i.e. desejo, inclinação, propósito em abençoar a humanidade, por meio dos que estão unidos com Cristo]. (NTLH)

Caso haja no seu círculo de amizade uma pessoa que causa divisões e animosidades, qual atitude você e seus amigos tomarão em relação a essa pessoa? Primeiro, conversarão com a pessoa, mas se ela não mudar o seu comportamento, será rejeitada por todos.

Não pense que é diferente com Deus, pois é justo que Ele rejeite todo aquele que não O obedece e que não O honra. (Mt.7:21; Lc.6:46; Rm.2:13; Ap.21:7,8) Nós temos o mesmo chamado que Deus deu a Abraão: Deus quer abençoar todas as pessoas por meio de nós! (Gn.12:3) Isso requer esforço, diligência, desejo e vontade própria, pois, para sermos Dele e recebidos por Ele sem nenhuma repreensão, temos de lutar contra o nosso orgulho, egoísmo e interesses pessoais.

Deus nos escolheu para estarmos em Cristo e, por meio Dele, vivermos para Ele de um modo que O agrade.

Que Deus nos ajude e nos abençoe!

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