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O que você tem feito para o seu próximo?

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Texto base:

Marcos 3: 1-6

O Evangelho de Marcos tem como característica apresentar Jesus como Servo, como Alguém que está sempre agindo, servindo e sendo útil ao seu próximo, e com isso, o foco deste Evangelho está mais nos feitos e nas obras de Cristo do que nos Seus ensinos propriamente dito. Jesus está sempre se movendo de uma ação para outra. Por isso Marcos é conhecido mais como um Evangelho de ação que de ensino.

No entanto, como todo o Evangelho, essa passagem de Marcos 3: 1-6, nos ensinam muitas lições, principalmente em como você deve exercer o seu chamado para adorar a Deus e servir o seu próximo.

Mas quando falamos com pessoas “religiosas”, tanto dentro como fora da igreja, geralmente elas estufam o peito e dizem: “eu tenho a minha religião”, como quem diz: “você não tem que me dizer o que tenho que fazer”, mas a questão que fica é:

Sua religião produz vida ou morte?

A religião que produz vida tem como finalidade adorar a Deus, e conduzir o homem à Eternidade, enquanto a religião que produz a morte é prisioneira de ritos, regras e escraviza as pessoas. A religião que produz vida adora a Deus e serve ao seu próximo; a religião que produz morte centraliza-se em regras humanas, crendices e oprime pessoas.

Nesta passagem Jesus nos ensina sobre a verdadeira religião, a religião da vida, e como prova de Sua fidelidade a Deus Ele tinha três compromissos fundamentais em Seu ministério:

  • Ir à Casa de Deus, a Igreja:

“Jesus foi outra vez à sinagoga”. (Marcos 3:1 NTLH).

Jesus tinha o costume de ir à sinagoga. Ele era assíduo à Casa de Deus. Veja o que diz o Evangelho de Lucas 4: 16:

“Jesus foi para a Cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu costume foi até a sinagoga” (Lucas 4:16 NTLH).

Jesus não permitia com que as influências externas prejudicassem seu compromisso ministerial de ir à igreja.

Mas quando Ele entrou na sinagoga, Jesus viu duas classes de pessoas:

Primeira classe, Ele viu um homem doente. Havia um homem aleijado, encolhido, machucado pela vida, com a mão direita seca naquela sinagoga.

Sempre haverá pessoas doentes no meio da igreja, pessoas com deficiências físicas, emocionais e morais. Gente que carrega o peso dos traumas e das terríveis deformidades do pecado, e que, portanto, precisam da compaixão e misericórdia dos filhos de Deus.

O que mais Jesus viu quando Ele entrou na sinagoga?

Segunda classe. Pessoas céticas. Ali estavam os escribas e fariseus observando Jesus (Lc 6:7).

Esses religiosos seguiam Jesus por onde quer que Ele fosse a fim de encontrar um motivo para acusá-Lo. Eles eram investigadores e não seguidores de Cristo. Eram acusadores e não adoradores. Eles não estavam na sinagoga para buscar a Deus e conhecer a Sua Palavra, nem para ajudar o próximo. Eles foram à Casa de Deus para criticar e acusar em vez de alegrar-se com a libertação dos doentes e pecadores.

O segundo compromisso fundamental no Ministério de Jesus era:

2) Ensinar a Palavra de Deus:

“…Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar” (Lc 6:6 NTLH).

Jesus veio ao mundo para pregar o Evangelho (Mc 1:38). Ele chama a si mesmo de Mestre (Jo 13:13). Ele tinha um alto conceito das Escrituras: Ela é a Verdade (Jo 17:17). Ela é Espírito e Vida (Jo 6: 63). Ela testifica sobre Jesus (Jo 5:39). Ela liberta (Jo 8:32).

Terceiro compromisso fundamental do ministério de Jesus era:

3) Socorrer os necessitados:

O ministério de ensino não pode ser separado do ministério de socorro. Precisamos falar e fazer, ensinar e agir. Jesus não apenas ensinava a Palavra, Ele também socorria os aflitos. Ele não via as pessoas apenas como um auditório, mas como pessoas que precisavam ser ajudadas em suas aflições. Jesus curou o homem da mão aleijada, mesmo sabendo que isso despertaria a fúria dos fariseus contra Ele.

Eu tenho algumas questões que gostaria fazer:

Até que ponto você está disposto a se sacrificar pela necessidade do seu próximo?

Até que ponto você está disposto a rejeitar os seus maiores interesses para zelar pelo bem-estar do seu irmão?

Até que ponto você está disposto a negar a si mesmo para obedecer ao Mandamento de Deus de amar os seus inimigos?

Até que ponto o Senhor é mais importante em sua vida do que o seu dinheiro e o seu conforto?

Mas voltemos ao nosso texto, a passagem nos mostra que os fariseus não valorizavam a vida humana. Observe três fatos em nosso texto base:

Em primeiro lugar, eles davam mais valor aos rituais que à vida humana. Jesus já havia ensinado que o sábado fora criado por causa do homem (Mc 2:27) e que Ele era o Senhor do sábado (Mc 2:28), mas os fariseus se importavam mais com suas tradições que com a vida humana. Os fariseus não se importaram com a necessidade daquele homem, mas apenas com a oportunidade para acusarem a Jesus como violador do sábado. Era mais importante para eles proteger as suas leis do que libertar um homem do sofrimento. O zelo dos fariseus não era pela Palavra de Deus, mas pela tradição dos homens. Eles haviam acrescentado 39 regras do que não se podia fazer no sábado e entre elas estava o curar um enfermo. Era um dia de sábado, dentro da sinagoga e mesmo sendo no dia de Deus, na hora da adoração a Deus, os fariseus estavam tramando todo o mal contra Jesus.

Mas Jesus revelou que suas tradições eram perversas. Deus é Deus de pessoas e não de tradições fabricadas pelos homens.

Antes de defendermos nossas tradições, precisamos perguntar:

Elas servem aos propósitos de Deus?

Revelam o caráter de Deus?

Ajudam as pessoas a entrar na família de Deus ou as mantêm fora dessa relação?

Nossas tradições tem bases bíblicas?

Infelizmente muitos defendem mais as suas tradições religiosas do que a Verdade de Deus.

Em segundo lugar, eles davam mais valor à aparência do que à verdade (Mc 3: 2,6).

Eles estavam espionando Jesus para acusá-Lo caso Ele curasse aquele homem enfermo. O verbo indica uma posição maliciosa de esperar para poder apanhar uma pessoa numa armadilha. Eles atacaram Jesus por fazer o bem, mas saíram da sinagoga para tramarem a Sua morte.

Os fariseus achavam que Jesus estava quebrando o sábado ao fazer o bem, mas não se viam transgressores do sábado ao praticarem o mal. Eles estavam completamente cegos.

Jesus apanhou os fariseus com uma pergunta perturbadora:

“o que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?” (Mc 3: 4 NTLH).

A implicação óbvia era que deixar de fazer o bem ou de salvar uma vida era errado e não era o cumprimento da intenção original de Deus para o sábado.

Deus instituiu o sábado para beneficiar o homem ao dar-lhe um dia de descanso do trabalho e para que fosse uma benção para ele. Os fariseus transformaram isso num fardo e fizeram do homem um escravo de inúmeras regras estabelecidas por outros homens.

Jesus declarou ser maior que o sábado, e assim que era Deus. Com base nessa autoridade, Jesus podia de fato rejeitar todas as regras religiosas e restabelecer a intenção original de Deus para a observância do sábado de modo que ele fosse uma benção e não um fardo.

Em terceiro lugar, os fariseus davam mais valor a um animal do que ao ser humano. Vamos ler uma passagem paralela em Mateus 12: 10-12.

Os fariseus socorriam uma ovelha, mas não um homem. Eles davam mais valor a um animal que a um homem doente. Eles tinham mais compaixão de uma ovelha do que de um homem. Valorizavam mais os ritos, os animais e o dinheiro do que o ser humano.

Jesus sabia que a cura daquele homem da mão aleijada desencadearia uma perseguição a Ele, que culminaria em Sua morte na cruz. A partir dali, os fariseus começaram a perseguir a Jesus e a orquestrar com os herodianos a Sua morte.

Jesus se dispôs a morrer para salvar aquele homem. Ele está dizendo que valeu a pena dar a Sua vida para que aquele homem fosse libertado.

Jesus deu a Sua vida por mim e por você, Ele se entregou a nós. Por trazer liberdade e vida, Ele tinha de morrer e morrendo, Ele realizou Sua missão. Sua morte nos trouxe vida. Ele não poupou a Sua própria vida. Ele foi perseguido, preso, açoitado, cuspido, surrado, humilhado, crucificado por amor a você e a mim. Ele suportou a cruz com alegria não levando em conta Sua humilhação para nos salvar.

Reparem que Jesus não apenas estava presente naquela sinagoga, Ele também estava examinando as motivações daqueles corações. Vejamos o que diz uma passagem paralela, em Lucas 6: 8ª:

“Mas Jesus conhecia os pensamentos deles (mestres da Lei e fariseus)”. (Lc 6: 8 NTLH).

O conhecimento de Jesus O levou a ter dois sentimentos:

Primeiro, Jesus ficou zangado e triste (Mc 3:5). Ele sentiu-se indignado com a dureza do coração dos fariseus, pois não valorizavam a vida, nem a salvação dos perdidos.

Segundo, Jesus sentiu compaixão daquele homem com a mão direita aleijada, e também se condoeu da dureza do coração dos Seus críticos pelo estado de endurecimento, cegueira e morte.

De acordo com os tempos verbais usados no original, o olhar irado ou indignado foi momentâneo, enquanto a profunda tristeza foi contínua.

Por fim, Jesus encorajou aquele homem a assumir publicamente sua condição (Lc 6:8):

“_Levante-se e fique em pé aqui na frente” (Lc 6:8 NTLH)

Antes da cura, é preciso assumir a sua condição de doente. Reconheça suas necessidades e tenha coragem de romper com os laços do pecado. Antes de nos curar, Jesus quer que joguemos nossas máscaras ao chão.

Quando Jesus disse; “estenda a mão”, Ele estava encorajando aquele homem a exercitar a sua fé e fazer o impossível mediante a Palavra de Jesus. Ao obedecer à Sua ordem, a cura foi instantânea e completa.

Essa passagem na sinagoga de Cafarnaum revela duas reações, dois tipos de pessoas, duas atitudes de Jesus e dois resultados:

Daquela sinagoga, naquele culto, onde Jesus ensinou, um homem saiu curado, e os escribas e fariseus saíram cheios de inveja e ódio. Dizem que o mesmo sol que amolece a cera, endurece o barro.

Aquele que reconheceu sua necessidade saiu salvo, aqueles que estavam cheios de prejulgamentos saíram mais endurecidos e mais perdidos.

Quem realmente você deseja ser? Um necessitado ou um julgador? E como você vai sair daqui? Curado, perdoado ou mais endurecido?

Que Deus nos abençoe!

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