Mateus 24:10-13
Texto Base:
10 Nessa época muitos vão abandonar a sua fé e vão trair e odiar uns aos outros. 11 Então muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente. 12 “A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará;” 13 mas quem ficar firme até o fim será salvo. (Mt.24:10-13 NTLH)
1. O abandono da fé genuína gera comportamentos destrutivos
O nosso texto base foi escrito para os cristãos e não para os mundanos; por isso, ele mostra claramente os resultados destrutivos de se abandonar a fé genuína: um espírito traidor e odioso, ensinamentos fraudulentos, o aumento da maldade e o esfriamento do amor.
Eu já expliquei a vocês que abandonar a fé não significa que as pessoas deixarão de crer em Cristo, mas, pela razão de a fé em Jesus servir de obstáculo aos seus desejos pessoais, devido às perseguições, muitos cristãos farão da sua fé algo reprovável (sem efeito para ganhos pessoais) para si, isto é, afirmarão ser Jesus um escândalo para eles. Muitos cristãos negarão publicamente a sua fé e o compromisso com Jesus.
2. O abandono da fé genuína gera um espírito traidor e odioso
Aquele que abandona a fé genuína deixa de ser fiel ao seu compromisso com a Verdade divina e para com os que amam a Deus. Ele gerará um espírito odioso, isto é, incitará o ódio contra aqueles que amam e são comprometidos com o Evangelho, e isso já ocorre nos dias de hoje.
O ódio não precisa resultar em martírios, mas em deboches, palavras ofensivas, sempre esperando o mau resultado do outro. Eles esperarão que aqueles que defendem a Verdade se deem mal, e isso já acontece atualmente! Não são poucas as vezes em que ouço pessoas dizendo: “Você está vendo? O dono da Verdade se deu mal!”
Quando Jesus foi crucificado, o letreiro sobre a sua cabeça tinha a inscrição: I.N.R.I. – Jesus Nazareno Rei dos Judeus. Aquela inscrição era um deboche que procurava gerar tanto o ódio como o medo e o desânimo. Nós sempre ouvimos sobre as 7 palavras de Jesus na cruz, mas pouca importância damos ao que as pessoas disseram a Ele. Vejamos:
- O povo e os líderes religiosos: “Você foi tão bonzinho ajudando os outros; então, se realmente é o Messias, mostre a capacidade de salvar a Si mesmo!“.
- Os soldados: “Se você é realmente o Rei dos judeus, salve-se a si mesmo!”
- Um dos criminosos: “Você não é o Messias? Prove que é, salvando a si mesmo!”
Repare que nessas palavras cheias de ódio, havia muita zombaria e elas procuravam desanimar os seguidores de Jesus. Caso eles continuassem a segui-Lo, sofreriam o mesmo castigo! O que todos não entendiam era que Jesus não pretendia salvar-Se da presença deles, mas do poder das suas palavras. Jesus disse: “Pai, perdoa esta gente! Eles não conseguem discernir o que estão fazendo.”
O ódio não partiu primeiramente dos romanos, mas do povo e líderes religiosos, traidores da Verdade e de Deus. Assim também ocorreu antes da Sua prisão e julgamento. Não julgue mal as minhas palavras: Quando um cristão deixa de amar a Deus, ele sente ódio e debocha de quem O ama!
Jesus foi fiel à Sua missão. Ele foi obediente a Deus, sofreu e morreu testemunhando o Seu amor a Deus e às pessoas. Portanto, Deus requer a mesma atitude de todos nós! Tudo o que ocorreu naquele dia sangrento foi uma prévia do que acontecerá no futuro.
3. O abandono da fé gera ensinamentos fraudulentos e, portanto, pregadores falsos
Muitos pregadores ou mestres falsos se levantaram no período dos apóstolos e zombavam deles, devido a sofrimentos pelos quais passavam. Vamos ler as palavras de Paulo:
10 Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim. 11 Eu estou agindo como um louco, mas foram vocês que me obrigaram a isso. Porque vocês é que deviam falar bem de mim. Pois, mesmo que eu não valha nada, não sou inferior, de modo nenhum, a esses tais “super-apóstolos” de vocês. (2 Co.12:10,11 NTLH)
Por muitas vezes, já ouvi pessoas dizendo o seguinte: “Eu quero um evangelho que me dê esperança na vida! Se eu ficar ouvindo histórias e determinados ensinamentos sobre espiritualidade e moralidade, nunca conseguirei nada! Eu quero o poder de uma vida vitoriosa!” É esse tipo de gente que deve nos inspirar a falarmos sem medo, cada vez mais sobre a Verdade divina e, se por ela sofrermos, não nos importemos de sermos chamados loucos.
Hoje em dia, não é diferente, pois há muitos pregando que aquele que sofre é porque não está sendo abençoado por Deus. Dizem que quem é de Deus, é financeiramente próspero, sadio e muito feliz. Então, Paulo, Pedro, João, Tiago, Estevão, Moisés, Jó, Policarpo, Jerônimo Savonarola, John Wesley, Spurgeon, Jonathan Edwards e tantos outros não eram amados por Deus? Eles amaram a Deus, e por isso sofreram! Foram odiados, zombados, perseguidos, torturados, queimados vivos e saíram deste mundo como vencedores, porque Deus os amou!
O apóstolo Paulo disse a Timóteo:
Todos os que querem viver a vida cristã unidos com Cristo Jesus serão perseguidos. (2 Tm.3:12 NTLH)
4. O abandono da fé genuína faz com que a maldade aumente e o amor de muitos esfrie
Veja que o nosso texto base mostra que, tanto o aumento da maldade como o esfriamento do amor se devem ao trabalho dos que ensinam um evangelho fraudulento, trapaceiro, ardiloso, desonesto e que desobriga o cristão da sua responsabilidade à missão que Jesus incumbiu a cada um na vida da Igreja, ou seja, as boas obras. O evangelho pregado atualmente é puramente egoísta!
Quando não nos preocupamos em fazer pelo próximo o que Deus nos pede, a fim de mostrarmos que O amamos, nós nos omitimos de realizarmos as boas obras e, aos olhos do SENHOR, fazemos o que é mal, pois deixamos de fazer o bem. No Reino de Deus, a omissão é um grande mal, pois Jesus ordenou que a luz que está em nós brilhasse neste mundo. (cf. Mt.5:14-16) As boas obras são a expressão do amor de Deus ao mundo, por meio da Igreja.
5. “MAS” aquele que ficar firme na fé e no seu compromisso com Cristo, esse “será” salvo
Quem não se render aos “poderes ou influências” carnais e demoníacas, não será lançado à destruição eterna, mas ficará livre da “presença” de todo o mal na Eternidade. Eu não estou torcendo para que o sofrimento nos atinja, mas oro para que estejamos firmes no SENHOR, caso isso aconteça.
A minha esperança é que, firmes, nós alcancemos as promessas de Deus, ou seja, o direito de comermos do fruto da árvore da vida, a Vida Eterna e o livramento de não passarmos pelo tempo da “grande aflição”, a qual se abaterá sobre todo o mundo. (cf. Ap.2:7,10; 3:10)
Que Deus nos abençoe!