Apocalipse 3:20
Texto Base:
Escutem! Eu estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa, e nós jantaremos juntos. (Ap.3:20 NTLH)
Através dos Séculos, Deus tem colocado o homem à prova acerca da sua obediência espiritual e moral em relação ao estilo que vida que O agrada. Nesses períodos, apesar dos avisos divinos, o homem escolheu um caminho de indiferença à vida com Deus. Hoje, a Igreja está sendo provada pelos mesmos motivos que já mencionei e como ela se apresentará diante Dele? “Alguém” está à porta, avisando sobre a iminente volta de nosso SENHOR, e quem tem ouvidos para ouvir que ouça, pois “Alguém” está à porta!
Eu sou “dispensacionalista”, e o que o que isso significa? Ser dispensacionalista é alguém que acredita na doutrina das dispensações divinas. Vou explicar: A dispensação divina é um “período de tempo” no qual a obediência humana é provada ou testada acerca de uma determinada revelação dos propósitos ou da vontade de Deus.
Deus dotou o ser humano com o livre arbítrio e, por conseguinte, “essa vontade” precisa ser provada para que seja determinado se está em concordância com Deus ou em desobediência a Ele.
1. A obediência dos filhos de Deus sempre foi e ainda está sendo provada
Um resumo das sete dispensações registradas na Bíblia:
- Inocência – Da queda do homem até a sua expulsão do Éden
- Consciência – Da saída do Éden até o Dilúvio
- O Governo Humano – Do fim do dilúvio até Babel e a confusão das línguas
- Patriarcal ou Promessa – Da chamada de Abraão até a Lei promulgada por Moisés
- Lei – Da Lei Mosaica até a descida do Espírito Santo – a formação da Igreja
- Graça – Abrange o período da Igreja, da Grande Tribulação até o início do Milênio
- Milênio – Do Governo de Cristo (mil anos) sobre a Terra até o julgamento divino
Observemos que cada dispensação termina com a reprovação divina à depravação humana, pois o ser humano insistiu em se conduzir ao lado avesso da Vida de Deus. Pela observação desse quadro escatológico, nós podemos notar o período que estamos vivendo, ou seja, a Dispensação da Graça ou da Igreja. (NOTA: caso tenha o interesse em estudar sobre as Dispensações divinas, baixem o livro em PDF sobre “O Plano Divino Através dos Séculos”, de Lawrence Olson, o qual eu disponibilizo no nosso canal do Telegram – HEBROM_Notas&Notícias)
Em se tratando da Igreja, ela também tem sido provada acerca da sua obediência com relação ao seu compromisso de fé à revelação divina. Vejamos as sete Dispensações divinas relacionadas à Igreja, expostas no livro do Apocalipse:
- Éfeso, a igreja apostólica e que perdeu o seu amor ao compromisso com os propósitos de Jesus –, deixou de amá-Lo, como o fez no seu início (33 – 100 d.C.);
- Esmirna, a igreja perseguida, a era dos mártires (100 – 312 d.C.);
- Pérgamo, a igreja que aceitou imoralidades, heresias, uniu-se à idolatria e se tornou estado (313 – 590 d.C.);
- Tiatira, a igreja da Idade Média, que tolerava a corrupção, a idolatria, mas dava sinais de melhoras em relação às boas obras (590 – 1517 d.C.);
- Sardes, a igreja da reforma, mantinha vivos elementos da fé, mas estava espiritualmente morrendo (1517- 1730 d.C.);
- Filadélfia, a igreja que buscou amar a Deus, a pureza doutrinária na Sua Palavra e se tornou missionária ou evangelística (1730-1900 d.C.);
- Laodiceia, a igreja apóstata, indiferente ao verdadeiro compromisso com o amor e ao compromisso com os propósitos de Cristo Jesus (1900 d.C. até a volta de Cristo).
O período de “Laodiceia” nos faz refletir que estamos vivendo a última era da Igreja! Este é um tempo marcante, no qual e, infelizmente, nós podemos perceber que Igreja está se degradando, pois ela demonstra sinais de apostasia, ou se afastando dos objetivos divinos dados a ela.
Os sinais da Igreja decadente são claros: a falta de amor à Verdade e à vontade divina, à misericórdia e à pureza, ao ensino que expõe a inimizade existente do homem para com Deus e como essa amizade pode ser restaurada e à sua alegria em sofrer pela causa de Cristo. A sua verdadeira missão ou objetivo sobre a Terra está sendo substituída por interesses pessoais ou sucesso terreno.
A degradação humana, tanto espiritual como moral, pode ser facilmente percebida no final de cada um desses “períodos divinos” e não faltaram os avisos de Deus, antes que acontecessem as tragédias como meios divinos de purificação, a fim de se evitar a punição. Mas, quem deu importância à voz de Deus? (Romanos 10:16; Isaías 53:1) Os próprios filhos de Deus se tornaram indiferentes, surdos e cegos aos Seus avisos (Ezequiel 12:2), e por isso deixaram de conhecê-Lo, tratando-O como se fosse “alguém” qualquer!
2. “Alguém” está à porta! A volta de Jesus está muito próxima!
Vamos ler novamente o nosso texto base, no qual acrescento alguns breves comentários, a fim de que você possa entender o sentido das palavras de Jesus.
Escutem! [i.e. “Pela minha Palavra, reparem, olhem e vejam a sua condição em relação a Deus!”] Eu estou [i.e. “Eu já Me posicionei”, isto é: “Eu já estou em pé] à porta [no grego, “thura”, e esta palavra pode referir-se também a uma oportunidade para que algo possa ser feito] e bato [i.e. “Eu estou esmurrando” ou “golpeando fortemente a porta”]. Se alguém ouvir a minha voz [i.e. “se alguém compreender o sentido da minha voz” ou “de tudo o que tenho dito”] e abrir a porta, eu entrarei na sua casa [i.e. “Nós comeremos juntos a refeição principal”, a qual naqueles dias era a da noite – a última!]. (Ap.3:20 NTLH)
3. Contraste sempre a sua condição espiritual e moral pela Palavra de Deus
Escutem! [i.e. “Pela minha Palavra, reparem, olhem e vejam a sua condição em relação a Deus!”]
4. Aceite a pronta oportunidade divina para uma Vida abençoada com Deus, antes que seja tarde!
Eu estou [i.e. “Eu já Me posicionei”, isto é: “Eu já estou em pé] à porta [no grego, “thura”, e esta palavra pode referir-se também a uma oportunidade para que algo possa ser feito] e bato [i.e. “Eu estou esmurrando” ou “golpeando fortemente a porta”].
Observando a condição espiritual e moral como as que vemos no mundo, dizemos: “Isso não pode continuar! Até quando? Algo precisa ser feito ou acontecer!”. Estas expressões significam que chegamos ou estamos chegando ao limite de tudo e, diante do ruído mundano, nós precisamos voltar a entender que Jesus sempre está pronto a nos oferecer a Sua graça, ou o Seu favor, caso O ouçamos e O reconheçamos como o nosso Salvador.
5. Aceite as razões eternas de Jesus para Ele entrar e viver na sua vida
Enquanto somos indiferentes à voz de Deus, ao verdadeiro sentido dos Seus avisos, os quais visam uma mudança de conduta em nossas vidas, de que adiantam nossas orações e celebrações? A Igreja foi chamada para amar a Deus e explicar sobre a verdadeira Vida às pessoas. Ela foi chamada para fazer esse trabalho no mundo, e não para imitá-lo e trazê-lo para o seu meio. O fato de Jesus estar à porta e batendo fortemente significa que a Sua mensagem, expressa no contexto, não foi aceita, mas Ele insiste na possibilidade de alguém ouvi-Lo!
Se alguém ouvir a minha voz [i.e. “se alguém compreender o sentido da minha voz” ou “sobre o que Eu já lhes falei”] e abrir a porta, eu entrarei na sua casa [i.e. “Virei de fora para dentro, e nós jantaremos juntos [i.e. “Nós comeremos juntos a refeição principal”, a qual naqueles dias era a da noite – a última!].
Essa refeição última e principal se dará antes da entrada na Eternidade e, então, uma densa escuridão se abaterá sobre a Terra – a Grande Tribulação. Então, as vozes que ouvimos estão certas: “Não dá para continuar do jeito em que as coisas estão!” Porém, será que não estamos ouvindo o que deveríamos ouvir de Jesus? “O modo como vocês praticam a religião, assim como o estilo de vida que estão adotando, não pode continuar! Avaliem os seus procedimentos: eles agradam ou não a Deus? Escutem!”
Contudo, somente os que reconhecem a Sua voz e sabem o que o Espírito de Deus está dizendo à Sua Igreja é que ocuparão um lugar ao Seu lado, na Eternidade.
A minha esperança é que não sejamos indiferentes, mas reverentes a Cristo. Que em nossas orações, lutemos para que Jesus viva em nós e o mundanismo perca o seu poder de influência em nossas mentes. Desse modo, ao sermos aprovados por Deus, teremos comunhão com Ele e não estaremos mais do lado avesso da “Vida”, que é Cristo Jesus!
Que Deus nos abençoe!