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A fé e as imaginações positivistas

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Filipenses 4:8

Texto Base:

E agora, irmãos, ao terminar esta carta, quero dizer-lhes mais uma coisa. Firmem seus pensamentos naquilo que é verdadeiro, bom e direito. Pensem em coisas que sejam puras e agradáveis e detenham-se nas coisas boas e belas que há em outras pessoas. Pensem em todas as coisas pelas quais vocês possam louvar a Deus e alegrar-se com elas. (Fp.4:8 NTLH)

Paulo estava preso na cidade de Roma quando escreveu a sua carta aos cristãos filipenses. Essa carta é chamada por muitos estudantes da Bíblia como “a mais formosa carta de Paulo”, porque o apóstolo expõe o seu próprio coração. O tema principal da carta aos cristãos de Filipos é “alegria”, ou “regozije-se no SENHOR”.

Apesar de estar preso e próximo à sua execução, o apóstolo se sentia alegre e o seu regozijo se devia ao propósito de vida que lhe foi dado por Deus e à honra de poder trabalhar para Ele, a fim de honrar e glorificar a Cristo. Então, ele fala do seu desejo de novamente rever aqueles cristãos e, para isso, Paulo afirma que confiava em Deus. (Filipenses 2:24)

Nessa carta, Paulo agradece a ajuda financeira que aqueles cristãos lhe enviaram por meio de Epafrodito, ao qual ele se refere como seu companheiro de trabalho e de lutas no Reino de Deus. (Filipenses 2:25) Então, Paulo pede a Epafrodito que volte a Filipos com a sua carta, pedindo aos cristãos de Filipos que fosse corteses ao recebê-lo como se recebessem o próprio apóstolo.

1. Paulo, um homem de fé, e por isso, resiliente

Paulo estava preso, mas não em tristezas e murmurações. Deus o abençoou com certa quantia de dinheiro, a fim de que pudesse desfrutar de algumas provisões antes da sua execução. Ele confiava a sua vida a Deus e acreditava que Ele poderia colocá-lo em liberdade, porém isso não aconteceu, pois Paulo foi martirizado em Roma.

Eu gostaria de levantar algumas questões:

  • Como Paulo se mantinha alegre e feliz com Deus, mesmo estando encarcerado e a caminho da morte?
  • Como ele, um homem supostamente abandonado por Deus, segundo a ótica dos que só enxergavam a vida pelo que é natural, ainda se sentia alegre e incentivava outros cristãos a terem alegria em Cristo? Valeria a pena acreditar nele?
  • Qual era fonte da sua resiliência, ou da sua capacidade de se adaptar às adversidades? Era a de uma mente positiva, acreditando ser ela a sua ferramenta para a sua liberdade e futuros sucessos?

Eu reconheço que há pessoas demasiadamente pessimistas e que vivem sob o peso do negativismo. Elas vivem frustradas, pois não sabem como lidar com os seus problemas do cotidiano. Por essa razão, muitos escritores, ao perceberem o quadro emocional e mental dessas pessoas, passaram a escrever livros e manuais sobre como obter pensamentos positivos e, a partir deles, poder alcançar uma vida bem-sucedida e feliz neste mundo.

2. Cuidado com os discursos acerca da necessidade de uma “fé positiva”

Eu já ouvi vários sermões que tratavam sobre como nós deveríamos ter uma “fé positiva”, mas como assim? Existe uma fé positiva? Ela é bíblica? A fé que inicialmente nos é dada por Deus tem a finalidade de confiarmos Nele e sermos dirigidos a Cristo e, a partir desse encontro, nós a desenvolvemos por meio da obediência a Ele. Portanto, fé é sinônimo de fidelidade, submissão e obediência, tanto a Deus como aos Seus propósitos ou planos eternos.

O cristão verdadeiro não se alimenta com pensamentos positivos, mas com a mente de Cristo! Ele vive positivamente para Deus e não para seu próprio bem-estar. O seu objetivo de vida é agradar ao Seu Criador e Salvador, fazendo a Sua vontade. Para esse fim, ele vive pela fé, para que seja aceito por Deus. (Romanos 1:17; Habacuque 2:4; João 3:36; Filipenses 3:9; Hebreus 10:38; 11:6,7)

Como você vive a realidade da sua vida? Você encara as coisas como elas estão ou como poderiam estar? Para encarar as situações da sua vida é necessário aceitá-las como elas estão e, dentro delas, aprender a viver pela fé, confiando e obedecendo a Deus. Mas, se você apenas vislumbra coisas maravilhosas como o sucesso pessoal, riquezas ou bem-estar, isso deixa claro que a sua mente está sendo preenchida e ocupada por imaginações.

Paulo “imaginava” poder rever os filipenses novamente, porque conhecia Deus e sabia que Ele é poderoso e, portanto, capaz de fazer qualquer coisa. Porém, ele “encarou o seu momento com fé”, não ousou obrigar a Deus a realizar os seus desejos e não se absteve do seu compromisso à tarefa que Dele recebeu. Paulo vivia pela fé e não por imaginações positivistas.

3. Atentemos aos conselhos de Paulo e o tenhamos como exemplo à nossa vida com Cristo

O nosso texto base é um conselho de Paulo, o qual nos ensina a fazermos uma escolha pessoal, entre vivermos para a glória de Deus ou para as nossas imaginações que visam somente o nosso bem-estar, ou o sucesso pessoal. Por esta razão, Paulo diz:

Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim [i.e. “façam o que eu sempre fiz e faço”], tanto com as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz [i.e. o Deus que nos dá segurança, felicidade, tranquilidade e amizade] estará [i.e. será sempre] com vocês. (Fp.4:9 NTLH)

Portanto, o que Paulo pediu a eles dependia da prática de um pensamento firme nas coisas de Deus, pois, desse modo, eles viveriam o tempo presente pela fé e não planejariam uma vida terrena feliz e próspera sobre imaginações positivistas.

E agora, irmãos, ao terminar esta carta, quero dizer-lhes mais uma coisa. Firmem seus pensamentos naquilo [i.e. que os seus pensamentos se ocupem com o] que é verdadeiro [i.e. que expressa o caráter de Deus por meio da Verdade, honestidade, sinceridade], bom [i.e. obras ou atitudes respeitáveis, úteis ao Reino de Deus] e direito [i.e. que observa a aprovação, os princípios e os valores divinos]. Pensem em coisas [i.e. avaliem, considerem nas razões divinas para pensarem nas coisas…] que sejam puras [i.e. livres da sensualidade, imaculadas, santas, que levem a uma vida dedicada a Deus e vê-lo em ação] e agradáveis [i.e. aceitáveis] e detenham-se nas coisas boas e belas que há em outras pessoas. Pensem em todas as coisas pelas quais vocês possam louvar [i.e. coisas que possam ser recomendadas, aprovadas e que exaltam] a Deus e alegrar-se com elas. (Fp.4:8 NTLH)

Paulo está dizendo sobre como devemos viver com Deus, no presente tempo sobre a Terra e não imaginarmos, positivamente, um futuro feliz e glorioso sobre ela. O Evangelho de Jesus, o Cristianismo, deve influenciar nossas vidas em todos os nossos afazeres e relacionamentos no cotidiano e não somente nas nossas aparições e procedimentos religiosos nos edifícios cristãos. Devemos ser cristãos tanto em nossas igrejas como no “mundo” e, por isso, precisamos observar o seu conselho e ocuparmos nossas mentes com as coisas de Deus.

4. Encha a sua mente com as coisas de Deus e você aprenderá identificar a fonte das suas ações e reações

É pensando nas coisas do Alto que nós identificaremos “a fonte” dos nossos pensamentos, os quais geram tanto as nossas ações como reações. Jesus não veio para tratar somente sobre problemas teológicos, relações existenciais, isto é, para alcançarmos algo ou situações que nós projetamos, as quais ainda não aconteceram, mas que as desejamos. Ele não veio para nos ensinar os segredos acerca de como devemos nos mover para que as coisas que desejamos aconteçam.

Jesus não veio para resolver questões ou demandas interpessoais e confusões filosóficas. Mas, antes de todas essas coisas, Jesus veio para nos salvar do poder de uma filosofia de vida satânica e mentirosa, para nos ensinar o que é uma vida com Deus e para Ele. Vivendo com Ele e para Ele, nós saberemos como enfrentar e superaremos todos os desafios mencionados.

Jesus veio ensinar que o segredo para uma pessoa ser corajosa e forte depende do modo de como ela vive dentro de si! Nós vivemos pela fé ou por imaginações? Para Deus ou para os nossos interesses pessoais? Viveremos pelas nossas próprias capacidades ou pelos recursos divinos? Pela nossa própria força e artifícios humanos?

Infelizmente, por não entenderem a graça divina, alguns enraízam a fé em suas próprias imaginações, enquanto outros a enraízam na vida com Cristo e na Palavra de Deus. Estes sabem que para Deus, nada é impossível, mas a Sua vontade precisa ser respeitada e, então, submetem as suas vontades às Dele.

5. A fé e a imaginação positivista são duas ações antagônicas ou contrárias entre si

O foco da fé no presente tempo é o de que pertençamos a Deus, por meio da Sua Verdade (João 17:17) e, o futuro é o de que, vivendo pela fé na Verdade, ingressemos na Eternidade. Para os dias de hoje, que façamos a vontade de Deus! Portanto, a fé e as imaginações humanas não se combinam. Positivismo e fé são duas ações antagônicas ou contrárias entre si. A imaginação positivista busca os interesses próprios. A fé nos leva a pensarmos nas coisas de Deus e a praticarmos os Seus propósitos em qualquer situação, a fim de que expressemos a Glória divina.

As nossas imaginações nos enganam, pois elas nos levam a pensar que conhecemos a mente de Deus e até achamos que somos capazes de Lhe dar conselhos, julgá-Lo e ensiná-Lo. Mas que nós aprendamos a encher nossas mentes com pensamentos da mente de Cristo! Este foi um dos exemplos deixados por Paulo e que nós o imitemos, seguindo o seu exemplo!

Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos?” Mas nós pensamos como Cristo pensa. (1 Co.2:16 NTLH)

Em nossas orações, que nós alinhemos os nossos pensamentos com as coisas de Deus, para que estruturemos nossas vidas na realidade da vida de Cristo em nós e que confiemos no bom e perfeito resultado divino em todas as circunstâncias da vida.

Que Deus nos abençoe!

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