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A Igreja do lado avesso da Vida – Parte 4: Uma análise verdadeira

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Apocalipse 3:15,16

Texto Base:

15 Eu sei o que vocês têm feito. Sei que não são nem frios nem quentes. Como gostaria que fossem uma coisa ou outra! 16 Mas, porque são apenas mornos, nem frios nem quentes, vou logo vomitá-los da minha boca. (Ap.3:15,16 NTLH)

Nós já sabemos que a igreja de Laodiceia representa o último período da Igreja sobre a Terra, pois, após o final dessa era, virá a “Grande Tribulação”. Na semana passada, nós meditamos sobre a apresentação que Jesus fez de Si mesmo ao pastor (o anjo ou o responsável pela mensagem de Deus) da igreja de Laodiceia, isto é, “aos líderes” do último período da Igreja sobre a Terra.

Cabe ao líder a responsabilidade de ensinar sobre a Verdade, a fim de que o povo a conheça e busque uma condição tanto espiritual como moral aprovada por Deus. Ele deve se esforçar com esmero na responsabilidade da sua missão, a fim de que não seja considerado como um cego que guia outros cegos! (Lucas 6:39,40) De que maneira Jesus Se apresentou?

Ao anjo [i.e. ao pastor, ao mensageiro de Deus] da igreja de Laodiceia escreva o seguinte: “Esta é a mensagem do Amém [i.e. “Aquele” que é digno de toda a confiança, convicção, porque é imutável no caráter], da testemunha [i.e. no sentido legal, histórico, presencial, ético, genuíno ou puro] fiel [i.e. comprometido com a missão e as obrigações recebidas] e verdadeira [i.e. “Aquele” que traz a consciência e o propósito da Verdade, pois Ele é a Verdade], daquele por meio de quem Deus criou todas as coisas [i.e. Jesus é a Origem e a Causa de Deus ter criado todas as coisas – vd. Romanos 11:36]. (Ap.3:1 NTLH)

Todo ensinamento cristão precisa estar fundamentado na Pessoa de Cristo, isto é, no Seu caráter, nas razões de Ele ter vindo, morrido e ressuscitado. Enquanto fisicamente vivo, mostrou aos homens, por meio do Seu exemplo, o caminho para uma vida de comunhão com Deus. (João 14:6)

Ele foi levado à cruz, após uma série de acusações e julgamentos mentirosos, mas ressuscitou, pois a Vida verdadeira vence a morte e a Verdade prevalece sobre a mentira, a qual sempre é passageira! Basta uma declaração verdadeira e ela sempre será a verdade, mas a mentira precisa de muitas outras mentiras para se tornar uma verdade na mente dos insensatos e tolos!

Por ser a Verdade, Jesus é a Testemunha Fiel e Verdadeira. Ele não mente, porque Nele não existe a mentira e, sendo assim, toda a avaliação que faz sobre a Sua Igreja é verdadeira e cabe a nós aceitá-la com humildade.

1. Tanto a Igreja como cada membro que a compõe estão sob a análise divina

15A Eu sei [i.e. “Eu tenho observado, supervisionado, examinado, analisado, visto com os meus próprios olhos”] o que vocês têm feito [i.e. “as suas obras, o modo como vocês trabalham e agem em relação ao compromisso em amor e zelo tanto para com Deus como para a causa do Evangelho de Cristo”].

Qual é o papel de uma avaliação ou análise? De início, ela não é executada para condenar, mas para instruir. Toda análise deve levar as pessoas a uma autoavaliação, a reconhecer as necessidades, a mostrar o que precisa melhorar e o que se deve esperar. A análise revela os pontos fracos e fortes das pessoas, a fim de fortalecer seus talentos, competências para superar o medo, ameaças e alcançar a meta.

As sete igrejas do Apocalipse, as quais representam os “sete períodos” da sua existência e trabalho sobre a Terra, tiveram a sua análise por parte do SENHOR. Observe que, após o Seu exame, no final de cada uma delas, Jesus dá uma palavra de ânimo, transformação e vitória eterna aos que aceitarem a Sua avaliação. (Apocalipse 2:7,11,17, 26-28; 3:5,6, 12,13, 21,22)

Toda análise de Jesus nunca é realizada em relação a números, mas à qualidade que os geram. Nós não devemos avaliar nossas vidas como sendo aprovadas por Deus pelos bens que recebemos nesta vida. Leia a Parábola do Homem Rico e Lázaro. (Lucas 16:19-31)

Em outra oportunidade, Jesus alertou aos Seus discípulos quanto à avareza e que o valor da vida de alguém não depende da quantidade de bens que possui. (Lucas 12:15-21) Jesus nunca ensinou que o Reino dos Céus é para os miseráveis e pobres, mas que não devemos ser apegados às riquezas, ao dinheiro, mas, em vez disso, que sejamos generosos e ricos para Deus.

Uma pessoa rica para Deus é a que busca as Suas virtudes, ou seja, o que é esperado por Ele, tanto na esfera espiritual e moral, como resultado de uma vida de comunhão e compromisso com Ele. O que Jesus viu em Sua análise sobre a Igreja dos últimos dias, representada pela igreja em Laodiceia?

2. A análise divina sobre a Igreja dos últimos dias revela uma triste constatação

15B Sei que não são nem frios [i.e. significa viver sem entusiasmo, fervor, sem o desejo de realizar as coisas com dedicação a Deus, a fim de expressar a realidade ou consciência da finalidade divina, que não reflete a origem e a causa de Cristo] nem quentes [i.e. significa viver demonstrando zelo pela Casa de Deus e amor à causa de Cristo]. Como gostaria que fossem uma coisa ou outra! [i.e. “vocês estão em débito Comigo, porque fingem fazer as coisas de modo correto, mas são dissimulados, se autoenganam”, ou seja, “vocês não agem pela causa de Cristo”]

Laodiceia recebia suas águas por meio de aquedutos, os quais traziam as águas frias de Colossos e as águas quentes de Hierápolis. Logicamente, no percurso, as águas nos aquedutos chegavam mornas. Jesus faz uma analogia entre a temperatura das águas e a qualidade da vida espiritual.

Na vida com Deus, nós podemos escolher entre três tipos de temperatura:

  • A de um coração fervente, que é ardente por Deus. (Lucas 24:32) Representa um cristão frio e que é aquecido pelos ensinamentos de Cristo.
  • A de um coração frio. (Mateus 24:10-12) Representa os cristãos que procuram falsos mestres e acabam abandonando a fé; tornam-se traidores e cheios de ódio para com os outros. A sua frieza coopera para que a maldade se espalhe e o amor de muitos para com Deus se esfrie. Esta é uma característica do tempo que vivemos.
  • A de um coração morno. (Apocalipse 3:16) Representa um cristão acomodado, displicente e que não alimenta a paixão pelo seu compromisso com Deus e à causa de Cristo.

Estas três temperaturas só são aceitas por nossa escolha e não pela imposição divina, pois o texto torna isso muito claro. O que está frio, você aquece, e o quente (não fervendo – o fanatismo), é aceitável, mas e o morno? Eu, pelo menos, nunca vi alguém solicitar um café morno! Nós tomamos chá gelado ou quente, mas o morno é estranho ao paladar. Nós gostamos da bebida gelada ou quente, mas, se está morna, causa-nos espanto!

Certa vez, Jesus disse que os Seus discípulos ou a sua Igreja são o “sal” para a humanidade, mas se viesse a perder o seu sabor, para nada serviria, senão para ser jogado fora e tratado como coisa sem valor. (Mateus 5:13) Portanto, quem perde a presença, o poder e o propósito da Vida divina, coloca-se no lado avesso dela e o seu destino é ser lançado fora! (João 15:6)

3. A análise divina declara sobre o destino daquele é morno

16 Mas, porque são apenas mornos [i.e. “vocês agem de modo flutuante, sem firmeza de propósitos, indiferentes ao amor e ao zelo exigidos por Deus à causa de Cristo], nem frios nem quentes, vou logo [i.e. “Estou prestes a”, ou “está muito próximo o momento de..”] vomitá-los da minha boca [i.e. “de expeli-los”, ou “de lançá-los com esforço para fora do meu corpo.”].

Nós nos alimentamos da Vida de Cristo para que Ele esteja em nós e nós Nele, pois, sem Ele, nada podemos fazer. Duas questões: o que Ele é em nós e o que somos Nele? O que Ele provoca em nós e o que nós provocamos Nele? Náuseas? Nojo? Vômito?

O vômito, no sentido figurado, é indignação, repulsa ou aversão. Pessoas indiferentes se parecem a baratas: elas não causam medo, mas o nojo! Jesus não está dizendo que esses cristãos já estão descartados, mas se eles persistem na falta de fervor, tépidos ou mornos, serão regurgitados pelo SENHOR, pois o vômito é o excesso de algo que, no nosso interior, não nos cai bem! O suco gástrico de Jesus não tolera a mentira nem a hipocrisia; por isso, Ele as vomita!

Toda análise divina acerca de nossas vidas é verdadeira, seja para nos aprovar ou desaprovar, porque a sua base é a Verdade. Deus não aprova as nossas declarações, mas a nossa vontade sincera de vivermos Nele e para Ele. (Mateus 7:21; 15:8)

Portanto, nós estamos sempre sob a análise divina e ela é verdadeira. Ele deseja nos corrigir e nos educar na Verdade, a fim de que sejamos aprovados no fim desta era, ou no final de nossas vidas sobre a Terra. Creio que seja tempo de uma mudança e que escolhamos a temperatura que agrada a Deus e a causa de Cristo.

O meu desejo é que ouçamos o que o Espírito de Cristo está dizendo hoje à Igreja e aos seus membros em cada igreja local, pois o que Ele diz sempre é a Verdade que nos dá a Vida!

Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas. (Ap.3:22 NTLH)

Que Deus nos abençoe!

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