Mateus 16:18
Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. (Mt.16:18 NTLH)
No domingo passado (03/07/2022), eu disse que nós estamos em uma batalha entre o bem e o mal, entre a Verdade divina e a mentira satânica, entre o que é celestial e o terreno. Eu disse também que essa batalha é nossa e não do Céu.
Segundo a justiça divina, Satanás já está eternamente condenado ao Inferno, pois tanto ele como os seus demônios já foram vencidos no “Céu” por Deus (Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:12-19). Sobre a Terra, Jesus (Deus, que se fez carne, ou que assumiu sobre Si um corpo humano) já o derrotou pelo Seu sacrifício na cruz e na Sua ressurreição.
Enquanto estava em forma humana, Jesus lutou contra Satanás e seus demônios, mas, após tê-lo vencido, a Sua luta contra ele cessou. Agora, Ele fortalece ou dá do Seu poder aos que Deus chama para viverem Nele e para Ele, a fim de lutarem contra todo o poder maligno. (Efésios 3:16; 6:10)
1. Nenhum poder maligno pode dominar aquele que edifica a sua vida em Jesus, a Rocha Eterna
Certa vez, Jesus disse a Pedro e, logicamente, aos Seus discípulos, que as portas do Inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja (Mateus 16:18). Todavia, a declaração do SENHOR não foi uma afirmação simplista, ingênua ou sem elementos importantes. Vejamos:
Portanto, eu lhe digo: você é Pedro [i.e. no grego, petros: você é ‘uma’ pedra, um pedaço da rocha], e sobre esta pedra [i.e. no grego, petra: sobre ‘este’ solo rochoso, sobre ‘esta’ cordilheira de pedra] construirei [i.e. a partir da base rochosa, Eu construirei ou reconstruirei] a minha Igreja [i.e. ‘uma’ assembleia, ‘um’ ajuntamento de pessoas para que pensem, entendam e ajam sobre o que lhes for deliberado ou determinado], e nem a morte poderá vencê-la [i.e. o submundo, o ‘mundo invisível’, o ‘reino’ infernal afastado e separado de Deus, que, apesar de ser muito forte, não poderá dominá-la ou lhe causar danos espirituais e morais]. (Mt.16:18 NTLH)
O texto fala de uma construção ou reconstrução de algo, ou seja, a Igreja — o ajuntamento de pessoas que saem (que aceitaram o êxodo, a saída) do mundo e submetem suas vidas às deliberações ou determinações divinas. Então, na última parte do verso, pode-se notar o envolvimento da Igreja em uma batalha, em que o “mundo invisível, sob o poder do ‘Mal’, tentará lhe causar prejuízos espirituais e, consequentemente, morais.
Essa batalha não tem por finalidade a destruição da “Rocha”, mas da “pedra” ou das “pedras”, as quais devem ser usadas, sobre a “Rocha”, para a edificação da Igreja. Portanto, tanto Satanás como o mundo, tem por finalidade a destruição espiritual e moral da “Igreja”, a qual é edificada sobre “a Rocha”.
2. Deus o conduz a Jesus, a Rocha Eterna, mas é sua a responsabilidade de se edificar Nele
O trabalho de conduzir “as pedras” à “Rocha” é de Deus, mas o de edificar a “Família de Deus” sobre “Ela” cabe a nós, ou seja, às “pedras”. Somente resistiremos aos ataques do “Maligno, segundo a base que escolhermos para construirmos nossas vidas em Deus. Alguns constroem suas vidas sobre a “Rocha”, enquanto outros, sobre a “areia”, uma base formada por grãos soltos de rochas.
Os grãos de areia são o resultado da erosão, corrosão ou do desgaste de rochas e de pedras. No sentido espiritual ou bíblico, muitos estão fragmentando o caráter, a Pessoa e os ensinamentos de Jesus, fazendo com que tanto Ele como as Suas deliberações ou determinações se transformem em areia! Infelizmente, essa fragmentação também é feita para com os ensinamentos apostólicos. A Verdade está sendo, aos poucos, fragmentada ou diluída e substituída por crenças e filosofias pessoais.
3. Jesus é a Rocha e, quando Ele e os Seus ensinamentos são fragmentados, tudo se transforma em areia
O adulto responsável constrói a sua edificação sobre uma base rochosa, mas somente crianças brincam e edificam “seus castelos” sobre a areia. Contudo, nós conhecemos o que resultará a cada uma dessas edificações quando sofrerem alguma ação violenta!
Isso tudo deve provocar questionamentos pessoais: “Jesus é a minha ‘Rocha’ ou o meu ‘cercadinho de areia’?”, ou: “A minha vida em Deus está sendo construída sobre a ‘Rocha’, ou sobre ‘grãos areia’?” Em um determinado momento, no “Sermão da Montanha”, Jesus disse:
24 — Quem ouve [i.e. quem dá atenção, considera e entende como sendo essencial à vida] esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha [i.e. construiu sua vida sobre Jesus, a Rocha, porque entendeu os propósitos de Deus e a enxergar a vida por meio deles e através de Cristo]. 25 Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha. 26 — Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo [i.e. um homem tolo, insensato, rebelde ímpio e incrédulo] que construiu a sua casa na areia. 27 Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída. (Mt.7:24-27 NTLH)
Deus nos deu a “Rocha”. Ele nos deu Jesus e a responsabilidade de conhecê-Lo melhor através da nossa vida de unidade com Cristo. Assim como no passado, Ele disse aos israelitas para escolherem entre o caminho da vida e da morte, da bênção e da maldição. (Deuteronômio 30:19,20)
A simples escolha verbal pela vida e a bênção divina não significava que, de imediato, a pessoa se tornaria forte e abençoada. Ao optar pela proposta divina e ingressar no caminho da vida e da bênção, a pessoa deveria se unir ao SENHOR, à “Rocha Eterna”, em amor e obediência, para que Dele pudesse receber toda a ajuda e força.
No caminho da vida e da bênção, a pessoa não está livre para viver como quer, mas deverá decidir, de modo contínuo e honesto, sobre como construirá uma vida abençoada por Deus. A sua batalha espiritual diária se dará por meio das suas escolhas, e estas, entre o bem e o mal; a Verdade e a mentira; a bênção divina e a maldição; uma vida edificada sobre a “Rocha” ou sobre a “areia”.
Não há como manter uma vida forte e abençoada por Deus em meio às investidas satânicas e mundanas, se não estivermos edificando nossas vidas sobre Jesus. Ele é a nossa “Rocha Eterna”, de onde vêm todo o socorro e ajuda de que precisamos (Salmos 18:2), a fim de lutarmos contra as forças que procuram matar, roubar e destruir a nossa comunhão e compromisso com Deus, fazendo com que deixemos de fixar os nossos olhos nas Suas bênçãos eternas.
Se Deus permitir, eu gostaria de compartilhar, na próxima semana, sobre a importância e o trabalho das “pedras” edificadas na “Rocha”.
Que Deus nos abençoe!