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Escolhas responsáveis

1 Coríntios 10:31-33

31 Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. 32 Vivam de tal maneira que não prejudiquem os judeus, nem os não judeus, nem a Igreja de Deus. 33 Façam como eu. Procuro agradar a todos em tudo o que faço, não pensando no meu próprio bem, mas no bem de todos, a fim de que eles possam ser salvos. (1 Co.10:31-33 NTLH)

Deus criou o ser humano com o direito ou a liberdade para “escolher”. Este verbo tem o sentido de optar por algo, a fim de se alcançar um determinado objetivo. Então, você observa algo, diz a si mesmo se gostou ou não e demonstra a sua preferência, a fim de alcançar algum objetivo. Assim agimos com alimentos, amizades, religião, estilo de vida, estudos, profissão, viagens, veículos, autoridades etc.

1. As suas escolhas revelam a pessoa que você é ou deseja ser

As suas escolhas revelam o seguinte: (1) a responsabilidade pela escolha, (2) o seu prazer ou o desprazer pela escolha e (3) o valor [a qualidade, características, admiração, estima, relevância ou importância, benefícios, utilidade, riqueza etc.] pelo que você escolheu. Quando você escolhe algo é porque entendeu que os seus objetivos serão atendidos. Então, as suas escolhas definirão a pessoa que você deseja ser ou que já é.

Acerca do que vimos, qual é o maior objetivo (a finalidade de vida) daquele que escolheu viver para Cristo e expressar, por meio Dele, a sua fé em Deus através de pensamentos, palavras e ações? Segundo Paulo, é expressar a glória de Deus e compartilhar a graça ou a salvação divina em Cristo para “todas” as pessoas (vd. Zacarias 18:23; 1 Timóteo 2:4). Que atitudes eu devo tomar, segundo o texto base da nossa meditação?

  • Que, por meio de todas as minhas ações, eu procure revelar a natureza grandiosa de Deus (todo o Seu caráter e propósitos) às pessoas. (verso 31)
  • Que, pelo meu estilo de vida, eu não prejudique a liberdade e a vida de outras pessoas. (verso 32)
  • Que eu avalie responsavelmente as minhas escolhas, para que elas não estejam focadas somente nos meus interesses ou sentimentos pessoais, mas no bem (para o lucro, benefício ou avanço da graça divina na vida) de todos. (verso 33ª)
  • Que eu queira ser usado por Deus, a fim de que as pessoas venham a conhecer a graça divina e sejam salvas de influências malignas e poderosas, provenientes das paixões humanas, de demônios e do mundanismo. (33b)

Deus nos dá a liberdade para escolhermos uma vida dedicada a Ele e de sermos um com Ele, a fim de que sejamos propagadores da Sua graça e salvação a “todos” os seres humanos, afastados ou próximos Dele. O nosso desejo é que vivam uma vida de amizade com Deus e cooperação com os Seus propósitos eternos, por meio de Cristo. (vd. Mateus 5:6,9)

Quando decido viver para Deus é porque desejo ser uma pessoa útil, ou que eu traga benefícios a Ele, ao Seu Reino, ao Céu dos céus, à minha família, amigos e a muitas outras pessoas. Então, minhas escolhas podem trazer benefícios ou prejuízos a mim mesmo, ao meu próximo e a muitas outras pessoas. O mesmo princípio se aplica quando escolho autoridades, e como isso é difícil! Por quê?

Como é difícil reconhecer, por mais que sejamos sábios, a índole de muitos. Alguns escondem sob as suas ricas qualidades de influenciadores a mentira, desonestidade e, enquanto outros, sob as suas pobres limitações,
escondem grandes virtudes.

2. Escolhas irresponsáveis trazem prejuízos a todos

Como cristãos, nós precisamos de Deus e dos Seus ensinamentos, a fim de obtermos discernimento quanto às nossas escolhas, para não trazermos prejuízos tanto a nós como às demais pessoas. Certa vez, por meio do profeta Oséias, Deus falou ao Seu povo o seguinte:

2 Eles [o povo de Deus] oram a mim, dizendo: “Tu és o nosso Deus, e nós somos dedicados a ti.” 3 Mas eles rejeitaram o que é bom [i.e. desprezaram o que é útil aos olhos de Deus] e por isso serão perseguidos pelo inimigo. 4 — O meu povo escolheu reis sem me consultar e nomeou governadores sem a minha aprovação. [i.e. indiferentes ao conhecimento que têm da minha Palavra] Com a sua prata e com o seu ouro, fizeram ídolos e por isso serão destruídos [i.e. vocês serão cortados da Vida – vd. João 15:2ª ]. (Os.8:2-4 NTLH)

Nós estamos próximos às eleições e, por sermos “cristãos”, que conheçamos e escolhamos candidatos (as) de bom caráter e que expressem, através dos seus valores (pensamentos, palavras e ações), princípios judaico-cristãos. Por quê? (1) Porque nós escolhemos seguir os princípios que conhecemos da Palavra de Deus. (2) Porque a escolha pelo Eterno traz a Sua bênção, a Verdade e a liberdade (não libertinagem) para o bem da vida de muitos.

3. A escolha responsável traz benefícios a todos

Recorramos a um fato bíblico. Moisés estava desgastado ao atender pessoas, de manhã até à noite, sozinho. Então, seu sogro Jetro lhe deu um conselho: em vez de gastar horas explicando às pessoas sobre como deveriam agir, segundo as Leis de Deus, acerca dos assuntos pessoais (Êxodo 18:20), que ele escolhesse líderes sobre o povo e que o ajudassem. Vejamos:

Mas você deve escolher [i.e. escolha, observe pelos critérios divinos, a fim de fornecer ao povo] alguns homens capazes [i.e. líderes eficientes a favor dos propósitos de Deus] e colocá-los como chefes [i.e. governantes, autoridades, organizadores, orientadores] do povo: chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Devem ser homens que temam a Deus [i.e. tenham medo de Deus e que O respeitem, no sentido espiritual e moral], que mereçam confiança e que sejam honestos em tudo [i.e. Que sejam merecedores da sua confiança, por serem verdadeiros e íntegros a Deus, estimulando um espírito de confiança, integridade e segurança, em tudo e em todos]. (Êx.18:21 NTLH)

Seguindo o conselho de seu sogro Jetro, Moisés tinha a “responsabilidade” de escolher líderes alinhados com mente de Deus e Seus propósitos para o bem do Seu povo. Eles deveriam ser homens de confiança e íntegros devido ao respeito para com Deus e aos Seus ensinamentos. Somente desse modo é que eles trabalhariam em harmonia ou em unidade tanto com Deus como com Moisés. Essa unidade traria benefícios espirituais e morais a todos, fazendo com que o povo de Deus se sentisse seguro e fosse um com o Eterno e abençoado por Ele. (vd. Salmos 33:12)

Sendo esses líderes possuidores de alto padrão ético e moral, eles seriam coerentes com a liderança de Moisés, por seguirem os ensinamentos de Deus, e assim, em meio ao povo, não criariam um espírito de partidarismo, “jogando contra” o Eterno. Tendo compromisso e experiências com Deus, eles demonstrariam conhecimento e capacidade para ajudar Moisés, pois seriam confiáveis pelo fato de confiarem em Deus, mantendo o Seu povo nos princípios da Vida divina, na liberdade de escolher, de empreender e socialmente em ordem.

Se nós nos pronunciamos como cristãos, é porque seguimos a Jesus e cremos nas Escrituras Sagradas e, nas suas páginas, encontramos a ordem divina para orarmos:

  • Pela paz de Jerusalém ou de Israel, para que retornem à amizade e cooperação com Deus, por meio de Cristo, o Messias. (vd. Salmos 122:6)
  • Por todo o povo de Deus e pelos seus líderes (vd. Efésios 618).
  • Por todas as pessoas e autoridades políticas, a fim de vivermos uma vida pacífica e dedicada a Deus, pois isso é útil e o SENHOR gosta disso (vd. 1 Timóteo 2:1-3).

4. Seja responsável em todas as suas escolhas, especialmente àqueles que se propõem a cargos políticos

  • Escolha autoridades sob o critério de Deus e de Sua Palavra; portanto, seja responsável. (vd. Oséias 8:2-4)
  • Escolha autoridades que não defendem pensamentos ou ideologias que contrariam a Palavra de Deus e que obscurecem a Glória de Deus. (vd. Romanos 1:18-32)
  • Escolha autoridades que visam o bem do povo e do País, para que a nação não se esconda sob o medo (vd. Provérbios 28:12)
  • Escolha autoridades competentes, confiáveis e que apoiarão o seu líder (vd. Êxodo 18:21)
  • Escolha autoridades que tenham, pelo menos, o mesmo espírito que havia em Davi, o rei de Israel.

11 “Salva-me dos meus inimigos cruéis; livra-me do poder dos pagãos, pois eles nunca dizem a verdade e mentem, fazendo juramentos falsos.” 12 Que, na sua mocidade, os nossos filhos sejam como plantas viçosas, e que as nossas filhas sejam como colunas que enfeitam a frente de um palácio! 13 Que os nossos depósitos fiquem cheios de todo tipo de mantimentos! Que, nos nossos campos, os rebanhos deem dezenas de milhares de crias! 14 Que o gado se reproduza bem, e as vacas não percam as suas crias! E que não haja gritos de aflição nas nossas ruas! 15 Feliz a nação que tem tudo isso! Feliz o povo cujo Deus é o SENHOR! (Sl.144:11-15 NTLH)

Que Deus nos abençoe!

Walter de Lima Filho