2 Coríntios 5:17
“Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo.” (2 Co.5:17 NTLH)
A Nova Tradução da Linguagem de Hoje omite a conjunção “SE”, e a tradução mais correta seria dizer: “Dessa forma, ‘SE’ alguém estiver unido ao Messias (em Cristo)…”. Foi desse modo que Paulo escreveu! Para alguns, não há muita diferença, mas eu garanto que há, pois Paulo está concluindo um raciocínio anterior e ele desejava que aqueles cristãos refletissem sobre o que havia dito. (vs.1-16)
- Considere o modo como você vive ou anda neste mundo
Nos versos anteriores, Paulo fala acerca da responsabilidade cristã neste mundo e das suas implicações com relação ao mundo vindouro, a Eternidade. O tipo de pessoa que somos neste mundo dirá se viveremos eternamente com Deus na Eternidade.
Porque todos nós temos de nos apresentar diante de Cristo para sermos julgados por ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mal na sua vida [i.e. receberá as boas ou más consequências das suas ações ou obras realizadas] aqui na terra. (2 Co.5:10 NTLH)
- Deus não obriga ninguém a se unir a Ele
O sentido das palavras de Paulo deixa claro que nem todos têm, de fato, a disposição de se unir a Cristo, enquanto outros “lutam ou se esforçam” para se manterem unidos a Ele, fazerem a Sua vontade e cumprirem os Seus objetivos através das Suas instruções no dia a dia. (vd. João 15:7-10)
“Unir-se a Cristo” (o Messias) é um trabalho conjunto tanto de Deus como do homem. Deus instrui, capacita e recompensa os que são confiáveis a Ele e confiantes Nele, em resposta às Suas Instruções de Vida.
Sabemos que a confiabilidade e a confiança são ações que nos dão o verdadeiro significado da “fé em Deus”. Portanto, o esforço para nos mantermos unidos com Cristo é uma das “boas ações ou boas obras” como resultado de uma fé que está viva e atuante para Deus.
Deus não o obriga a se unir a Ele, mas o instrui sobre a importância de permanecer em Cristo, a fim de conhecer as razões eternas e os Seus objetivos terrenos por meio dessa unidade. É somente pela fé em Cristo, andando em comunhão com Ele e observando os Seus ensinamentos, que você se une a Deus, conhece-O melhor e recebe a Sua Vida. (vd. João 14:6; Hebreus 11:6)
- Para que a sua unidade ou amizade com Deus se mantenha viva, separações serão necessárias
Abraão foi aceito por Deus por ter vivido pela fé, e isso quer dizer que ele confiou em Deus e foi confiável ao Eterno, a ponto de ser chamado de “amigo de Deus”. (vd. Tiago 2:21,22) Ele ouviu a mensagem de Deus, respondeu a ela com confiança e agradou a Deus. Mas, o que Deus lhe falou e pediu?
Certo dia o SENHOR Deus disse a Abrão: — Saia [i.e. caminhe cheio de esperança para fora, vá embora, separe-se] da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei. (Gn.12:1 NTLH)
Abraão obedeceu a Deus, “MAS” levou consigo seu pai Terá e seu sobrinho Ló, os quais lhe causaram certos problemas. Em um determinado momento durante a sua caminhada à Terra Prometida, Deus não lhe pediu, mas ordenou que ele sacrificasse o seu filho Isaque.
17 Foi pela fé que Abraão, quando Deus o quis pôr à prova, ofereceu o seu filho Isaque em sacrifício. Deus tinha prometido muitos descendentes a Abraão, mas mesmo assim ele estava pronto para oferecer o seu único filho em sacrifício. 18 Deus lhe tinha dito: “Por meio de Isaque é que você terá descendentes.” 19 Abraão reconhecia [i.e. considerou o poder divino] que Deus era capaz de ressuscitar Isaque, e, por assim dizer, Abraão tornou a receber da morte o seu filho Isaque. (Hb.11:17-19 NTLH)
Abraão provou para si mesmo estar livre das suas crenças pagãs, nas quais o sacrifício humano era requerido, a fim de se conseguir prosperidade e sucesso. Naquele difícil momento, Abraão guardou no coração a Palavra de Deus, a promessa de lhe dar uma descendência através de Isaque, o seu único filho.
Em segundo lugar, Abraão desprezou os seus sentimentos e agiu sob as ordens Daquele que não pode mentir (vd. Números 23:19; 1 Samuel 15:29), crendo que se Deus lhe tirasse Isaque, Ele mesmo o ressuscitaria! Abraão demonstrou confiança (separando-se de si mesmo) e confiabilidade (permanecendo firme no que Deus já lhe havia dito e prometido).
Para que mantenhamos a unidade ou a amizade íntima com Deus, nós temos de travar uma guerra, uma batalha interior, entre os nossos desejos e a vontade de Deus. Jesus nos ensinou essa grande verdade no Getsêmani, quando preferiu a vontade do Pai em vez da Sua. (vd. Lucas 22:42)
Por essa razão, a fé é mais do que acreditar e imaginar, pois ela é uma resposta racional acerca que Dele você ouve, do que aprende sobre o Seu caráter e se esforça para pensar, falar e agir, de modo a se manter em unidade e amizade com Deus.
Os amigos de Deus ou os que vivem em unidade com Ele se apartam do mundo e do mundanismo. Tiago escreveu aos que criavam confusões e um espírito de desunião no seio da Igreja o seguinte:
Gente infiel! Será que vocês não sabem que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus? Quem quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus. (Tg.4:4 NTLH – vd. 1 João 2:15)
Que Deus nos abençoe!