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Deus está comigo e eu não terei medo

Texto base:

Salmos 46:1,2

1 Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição. 2 Por isso, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oceano. (Sl.46:1,2 NTLH)

“Acredita-se” que o contexto histórico deste Salmo é o livramento miraculoso de Jerusalém, quando a cidade foi cercada por Senaqueribe, da Assíria (vd. 2 Reis18:13–19:35; Isaías 36:1–37:38). Nessa ocasião, o povo de Judá, sob o governo do rei Ezequias, experimentou a presença de Deus de modo singular; daí o Salmo celebrar louvores a Deus como Emanuel, o Deus conosco.

Diante de momentos aflitivos é possível encontrar Deus? É possível obter Dele a Sua presença, força e recursos em meio às pressões e adversidades? No verso 1, o salmista descreve a sua compreensão de Deus:

  • Deus é “o lugar de segurança” ou “a rota segura de fuga” aos Seus filhos;
  • Deus é a “proteção” ou a “resistência” de Seus filhos;
  • Deus é o “socorro”, “ajuda” ou o “poder” que não falta aos Seus filhos.

Já no verso 2, o salmista descreveu as possíveis perdas: a Terra, região ou País e das montanhas, onde os guerreiros buscavam refúgio e se reorganizavam para as batalhas. (comp. Salmos 121:1)

1. Compreenda as razões dos seus problemas, perdas e a essência da sua fé

O que os cristãos precisam compreender? Para muitos, a fidelidade de Deus é apenas aceitável quando Ele soluciona ou preenche o vazio deixado por alguma perda. No entanto, as perdas sofridas nesse mundo servem para nos lembrar ou nos dar a consciência de que nele nada é nosso e de que dele nada levaremos.

Problemas e perdas são oportunidades para buscarmos e testemunharmos a presença de Deus conosco, aprofundarmos a nossa confiança na Sua fidelidade e crermos nas ações que nos preparam para “os dias intermináveis”, ​​sem problemas e perdas, ou seja, na Eternidade.

Enquanto estivermos nesta vida, que, em Cristo e por meio Dele, vivamos para cumprir a vontade de Deus e confiemos nas Suas eternas recompensas. (vd. Jó 1:21; Filipenses 1:21; 1 Timóteo 6:7; Mateus 5:11,12) O Evangelho que não enfatiza o cumprimento da vontade de Deus e a confiança na Vida Eterna é apenas uma estória – uma ilusão, um sonho de ingênuos.

2. Compreenda que a Terra não é um lugar para se viver como ingênuos e sonhadores

Por isso, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada [retirada de sob os pés], e as montanhas caiam nas profundezas do oceano [transportadas para o meio dos mares] (Sl.46:2 NTLH)

Por meio de imagens, o salmista descreve as dificuldades que o povo de Deus pode enfrentar neste mundo caído, pois, afastado da graça divina, ele apenas promove o ódio, guerras, destruições, crimes, fome, mentiras, instabilidades, pavor e inúmeras situações perigosas.

Qualquer pessoa que já viveu por muito tempo neste mundo corrompido pelo pecado, já conheceu inúmeros problemas, como: dificuldades financeiras, preocupações de saúde, estresse no trabalho, relacionamentos rompidos, perda de bens e de entes queridos. A Terra não é lugar para se viver na ingenuidade e se iludir com contos e sonhos irreais.

Embora estejamos vivendo na presença de Cristo, a vida é repleta de turbulências e cansaços. Entretanto, é importante compreendermos o seguinte: a existência de sofrimentos e tristezas em nossas vidas não indica uma completa ausência da segurança divina nem na impossibilidade de experimentarmos a Sua força e alcançarmos a felicidade Nele. (vd. Isaías 26:2-4; João 14:27) Uma das razões de o cristão ser perseverante e feliz se deve à descoberta de que Deus é a “Única Fonte da Verdade”, assim como da “Vida”, e Jesus, o “Caminho”, ou “o modo de vida” a ser seguido para se unir com o Eterno. (vd. João 14:6)

Então, o salmista continua confessando palavras de confiança em Deus para os seus dias:

Não teremos medo [nós não nos submeteremos ao terror], ainda que os mares [fig. os inimigos violentos e destruidores] se agitem [fig. espumejem, fermentem] e rujam [fig. rosnem, mostrem-se barulhentos e aos gritos, espalhem o pavor], e os montes tremam violentamente [fig. pulem como cavalos assustados, ou que, por ventos fortes, balancem como um campo de grãos]. (Sl.46:3 NTLH)

Em linguagem figurada, o salmista descreve o terror reinante dos dias passados, nos quais o cenário indicava a ferocidade dos violentos. Foram cenários de terror, quando todos se sentiram emocionalmente abalados, desanimados e sem esperança devido ao que os ouvidos ouviam e os seus olhos viam. Esses momentos, em relação aos dias atuais, denotam alguma semelhança?

Render-se ao medo faria com que o povo de Deus perdesse a sua identidade, dignidade e se transformasse em escravos de dominadores brutais. No tempo do rei Ezequias, ele tentou oferecer muitas riquezas aos inimigos para que fosse feito um acordo de paz, mas o desejo dos assírios era humilhar e destruir o povo de Deus.

Não pode haver acordo de paz com um inimigo que, pela sua natureza, deseja a destruição da sua fé, família e da sua própria vida. (vd. 1 Pedro 5:6-11) Satanás é um ser mentiroso e assassino. Se ele não consegue destruir o povo de Deus, destruirá eternamente a vida dos que se submetem a ele, pois essa é a sua natureza.

Voltando aos dias de Ezequias, após ele ter ido ao Templo e se humilhar e orar a Deus, o Eterno prometeu salvar Jerusalém. O “Anjo do Senhor” (Jesus, no Velho testamento), à noite, matou 185.000 soldados assírios no seu próprio acampamento e forçou com que Senaqueribe voltasse à Nínive. De volta à sua cidade e, enquanto Senaqueribe adorava o seu deus Nisroque, ele foi morto pelos seus dois filhos, Adrameleque e Salezer. (vd. Isaías 37:14-38)

3. Que a sua confiança esteja no Eterno e não no que você ouve ou vê

um rio [fig. abaixo de tudo, escondido no subterrâneo, águas de ricas revelações divinas, brilhantes ou reluzentes] que alegra [que irradia a alegria para] a cidade de Deus, a casa sagrada [o Templo ou santuário – vd. Salmos 15] do Altíssimo. (Sl.46:4 NTLH)

Ao caminhar por Jerusalém, você não verá nenhum rio volumoso cortando a cidade, mas apenas uma calma piscina artificial (o Tanque de Siloé) que, mansamente, recebe suas águas da fonte de Giom, através do túnel construído pelo rei Ezequias. (vd. 2 Crônicas 32:30) Jesus, ao curar o homem que nasceu cego, disse-lhe para que se lavasse no tanque de Siloé como parte do processo de recuperação da visão (vd. João 9:6,7).

No verso 4, o salmista fala de “um rio” de águas mansas e calmas, mas, divinamente, reveladoras, e que, outrora, havia sido menosprezado pelo povo de Deus. (comp. Isaías 8:1-10) Esse curso d’água forma a piscina de Siloé e representa a Pessoa do Messias, “o Enviado de Deus” (Jesus), a verdadeira riqueza, vida e vigor para o Seu povo.

Certa vez, Jesus, junto ao poço de Jacó, pediu água a uma mulher samaritana e lhe ofereceu a “água” que dá a vida de Deus. Ela acreditava em Deus, mas vivia longe das Suas exigências e, de modo preciso, na questão do seu relacionamento conjugal. (vd. João 4:1-45) À “infeliz” mulher, Jesus ensinou sobre o que acontece com aquele que bebe da “água” que Ele dá:

A pessoa que beber da água que eu lhe der [fig. aquele que recebe os Meus ensinamentos, os quais trazem bênçãos eternas, que dão conhecimento e sabedoria à vida neste mundo, que conduzem o ser humano a confiar em Deus e no que Ele diz ser, de fato, bom e correto] nunca mais terá sede [referindo-se à água do poço de Jacó]. Porque a água que eu lhe der se tornará nela uma fonte de água [fig. um manancial de “vida pura, santa e interminável” em seu interior e] que [lhe] dará vida eterna.” (cf. João 4:14 NTLH – vd. Apocalipse 7:16,17; 22:1-5)

A pequena porção da “água da vida” que a Samaritana ingeriu, não apenas a inspirou a testemunhar a todos sobre Jesus, mas também a conduziu à verdade de uma transformação mais profunda. Mas, para que sua vida fosse continuamente abençoada por Deus, ela necessitaria se comprometer a uma mudança de vida.

Deus é muito bondoso e age com misericórdia e, a fim de lhes abrir os olhos da alma, Ele faz o bem, mesmo àqueles que não Lhe são sinceros. No entanto, muitos acreditam que Ele sempre agirá desse modo e, então, não exigem de si uma disposição séria para honrá-Lo e serem constantemente fortalecidos por Ele.

Quando você encontra cristãos fortes e firmes, notará que eles vivem para honrar a Deus e, por isso, demonstram humildade, reconhecem suas fragilidades espirituais e morais, sujeitam-se a Ele, lutam contra o orgulho próprio e suas ambições egoístas. Eles anseiam pelo Seu Santo Lugar e procuram entrar na presença divina pelo modo correto. Quanto a isso, Davi disse:

1 SENHOR, QUEM poderá viver na tua presença? QUEM terá livre acesso ao Lugar Santo onde Tu vives? 2 QUEM é honesto e sincero em tudo quanto faz, QUEM pratica a justiça e fala sempre a verdade, do fundo do coração. 3 QUEM não usa suas palavras para destruir outras pessoas, não prejudica de propósito o seu semelhante e não repete boatos e mexericos. 4 QUEM despreza o pecador rebelde e condena abertamente o pecado, QUEM respeita e elogia os adoradores do Senhor; QUEM sofre prejuízo, mas não deixa de cumprir a palavra dada. 5 QUEM empresta seu dinheiro aos necessitados sem cobrar juros; QUEM se recusa a mentir por dinheiro para condenar uma pessoa inocente. Um homem assim permanecerá firme para sempre na presença de Deus [Um homem que procura viver e estar na presença de Deus, desse modo, será sustentado pela Sua mão poderosa]. (Sl.15 Bíblia Viva)

Então, todo aquele que busca a Deus do modo correto, sempre O terá como seu “refúgio, força e socorro constante. Além disso, estando sob a Sua forte mão, tanto a sua confiança como a fidelidade ao Eterno crescerão dia após dia, independentemente das circunstâncias. Ele sempre ouvirá a voz do Espírito de Cristo em seu interior, dizendo: “Deus está contigo, não tenha medo!”

Que Deus nos abençoe!

Estude e Reflita:

  • “Acredita-se” que o contexto histórico do Salmo 46 é o livramento miraculoso de Jerusalém quando a cidade foi cercada por Senaqueribe, da Assíria. Leia 2 Reis18:13–19:35; Isaías 36:1–37:38. Você poderia, em poucas palavras, descrever o que leu nestas passagens?
  • Você crê que é possível encontrar Deus nas adversidades? Leia Salmos 46:1. Como o salmista descreve Deus? Que nome você daria a Deus, segundo a descrição do salmista? Por exemplo: “Deus é o meu…”
  • O que os cristãos precisam compreender e sustentar a sua fé em Deus, quando enfrentam problemas e perdas?
  • Quando o Evangelho se torna uma “estória” ou um “sonho de ingênuos”? Por quê? Leia Jó 1:21; Filipenses 1:21; 1 Timóteo 6:7; Mateus 5:11,12. Você acredita que muitos cristãos são ingênuos, quanto às suas responsabilidades espirituais, seu compromisso com Deus e, por isso, fazem do Evangelho um sonho pessoal? Como esses textos afetam a sua compreensão do seu compromisso com Deus, por meio de Cristo?
  • Leia Salmos 46:2. A Terra não é um lugar para ingênuos e sonhadores. Explique com suas próprias palavras as razões dessa afirmação. Leia Isaías 26:2-4; João 14:27. Será que a presença de sofrimentos e tristezas em nossas vidas indica uma completa ausência da segurança divina, tornando impossível experimentar a força divina e alcançar a felicidade Nele?
  • Leia Salmos 46:3. O salmista se refere a dias futuros, tendo como exemplo as ações de Deus em favor do Seu povo no passado. Fazendo uso de uma linguagem própria, de que modo você descreveria a atitude de confiança do salmista em Deus? Existem razões para que você aplique à sua vida as palavras de fé do salmista, em relação aos dias atuais? Por quê? Leia 1 Pedro 5:6-11. Enumere ou descreva as ordens de Deus aos que O amam e se dispõem a não se render ao inimigo de suas almas. Enumere ou descreva as promessas divinas contidas nas palavras de Pedro. Segundo as palavras do apóstolo Pedro, onde você será plenamente feliz? Você realmente crê na Eternidade?
  • O que você tem visto e ouvido tem abalado a sua confiança em Deus? Leia Salmos 46:4. Nenhum rio caudaloso corta a cidade de Jerusalém, mas apenas um canal de água mansa que forma o Tanque de Siloé. Qual é o significado desse nome? Você consegue trazer essa imagem para si, ao comparar-se com Jerusalém? Quem habita em você – no seu espírito? Para você, o que significa ser habitado por Jesus? Leia João 4:14. O que você pôde entender acerca da instrução de Jesus à mulher samaritana? Jesus espera que você crie ações pessoais apropriadas às Suas instruções? Quais seriam elas? Você seria capaz de elaborá-las, ou fazer isso juntamente com os membros do seu grupo pequeno?
  • Leia Salmos 15. “Quem” pode entrar na presença de Deus e permanecer firme para sempre? Crie [individualmente ou com o seu grupo] ações que expressem as atitudes apropriadas a cada característica da pessoa que anseia pela presença de Deus e que deseja entrar no Seu Lugar Santo.
  • Mantenha o foco na meditação e responda: Porque ela foi importante para você? Que áreas da sua vida devem sofrer mudanças, a fim de honrar a Deus?

 

Caso queira conhecer e estudar “contexto histórico”:

SENAQUERIBE, rei assírio que reinou de 704–681 A.C.. Invadiu Judá pelo menos uma vez durante o reinado de Ezequias e mudou a capital assíria para Nínive.

O Antigo Testamento menciona Senaqueribe em 2 Reis 18:13–19:37 e o paralelo em 2 Crônicas 32:1–23. Isaías 36–37 repete o relato de 2 Reis, mas omite o tributo (valor em dinheiro, taxa) de Ezequias a Senaqueribe (2 Reis 18:14–16).

Em 2 Reis 18:13 (2 Crônicas 32:1), Senaqueribe atacou e capturou todas as cidades fortificadas de Judá no 14º ano de Ezequias. Enquanto Senaqueribe estava posicionado em Laquis, Ezequias pagou a ele 30 talentos de ouro e 300 talentos de prata para retirar suas forças (2 Reis 18:14–16).

De acordo com 2 Reis, Senaqueribe então enviou uma delegação com o exército de Laquis para Jerusalém (2 Rei s 18:17). A delegação de Senaqueribe zombou dos servos de Ezequias e prometeu que Jerusalém seria capturada (2 Reis 18:18-37). Isaías então profetizou que Senaqueribe retornaria à Assíria por causa dos rumores de uma guerra (2 Reis 19:5–7).

2 Crônicas relata como Ezequias se preparou para o ataque de Senaqueribe reconstruindo as defesas de Jerusalém e desviando água para a cidade (2 Crônicas 32:2–8). Senaqueribe então enviou uma segunda delegação a Ezequias, para declarar que Jerusalém seria destruída (2 Reis 19:9–13; 2 Crônicas 32:9–19). Ezequias novamente recebeu uma profecia de Isaías prometendo que o Eterno os libertaria (2 Reis 19:14–34; 2 Crônicas 32:20–21). Então, de acordo com a Bíblia, Senaqueribe voltou a Nínive depois que um anjo do Eterno matou 185.000 do exército assírio (2 Reis 19:35–36; 2 Crônicas 32:21a). Quando ele voltou para casa, seus filhos o assassinaram. Ele foi sucedido por Esar-Hadom (2 Reis 19:37; 2 Crônicas 32:21b).

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