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Os espinhos nossos de cada dia – Parte 2

 

Texto base:

2 Coríntios 12:7

Para que não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, eu recebi [foi-me dado um dom, um presente] uma doença dolorosa [um aguilhão, um incômodo], QUE É COMO UM ESPINHO no meu corpo. Ela [Ele] veio como um mensageiro [anjo] de Satanás para me dar bofetadas [esmurrar, bater-me com o punho] e [a fim de] impedir que eu ficasse orgulhoso [exaltado em demasia]. (2 Co.12:7 NTLH)

Introdução:

Quando Paulo declarou ter recebido algo semelhante a um espinho na carne, compreendeu essa experiência como o instrumento divinamente provido para que, através dos recursos da graça de Deus, fosse de vez, guiado com coragem e firmeza pelo caminho que o levaria à vida eterna.

O sofrimento constante de Paulo, pelo que ele chamou de ‘espinho na carne’, era um lembrete do cuidado de Deus e da sua dependência Dele. Apesar de ter tido visões celestiais, ele reconheceu sua fragilidade e a necessidade de permanecer humilde. Essa experiência demonstra que, mesmo os mais abençoados, devem reconhecer seus limites e confiar inteiramente em Deus. Permita-me ilustrar o que estou dizendo, fazendo uso de duas metáforas:

Havia um peixinho que sonhava ser uma baleia: ele sonhava sobrepujar os oceanos, por estar convencido de que era maior e mais forte que todos os outros. No entanto, ao sair dos seus limites e tentar nadar para mar aberto, percebeu que seu tamanho o limitava e que correria grandes riscos de vida. Então, reconheceu a sua realidade e, apavorado, voltou rapidamente à segurança dos limites do seu habitat.

O galo pensava poder se parecer a uma águia: achando-se superior, o galo tentava voar cada vez mais alto, mas suas asas pequenas o traziam de volta ao terreiro, onde outros galos o observavam com sorrisos e deboches.

Em vez de procurarmos nos elevar acima dos demais, busquemos o caminho da humildade, pois ela nos faz a caminhar lado a lado, reconhecendo o valor de cada indivíduo, a respeitá-lo e ajudá-lo quando necessário, enquanto celebramos as diferenças. A verdadeira grandeza está com o humilde, o qual não se preocupa em ser melhor que os demais, mas ser útil para Deus e seus semelhantes, pois ele sabe que ser elogiado pelo Seu SENHOR será a sua maior honra. (cf. Pv.16:18; 1 Pe.5:6)

Aquele que é humilde para Deus e se submete à Sua mão poderosa, vive pelos princípios e os propósitos da Eternidade, e isso, para que a alcance definitivamente.

1. Deus nos incomoda para que retornemos a Ele e andemos no Seu caminho

Jesus disse: A luz estará com vocês ainda um pouco mais. Vivam a sua vida enquanto vocês têm esta luz, para que a escuridão não caia de repente sobre vocês. Quem anda na escuridão não sabe para onde vai. 36 Enquanto vocês têm a luz, creiam na luz para que possam viver na luz. (Jo.12:35,36 NTLH G9)

O exemplo de Paulo:

Na estrada de Damasco, a intensa luz divina cegou Paulo, revelando-lhe a profundidade de sua ignorância espiritual e iniciando uma transformação radical em sua vida (cf. At.9:1-9). Paulo foi conduzido a Damasco, onde ele receberia a cura (At.9:10-18). Em outro momento, diante do rei Agripa, Paulo fala sobre como se deu a sua conversão (retorno para Deus) e o motivo de ter sido chamado pelo Eterno — abrir os olhos de muitos. (At.26:12-19) Paulo foi ferido pelo Eterno e por Ele foi curado, a fim de que ele fosse uma bênção para muitos. (cf. Jó 5:18)

Cheio do Espírito, Paulo foi transformado em um instrumento nas mãos de Deus para difundir Sua Luz a muitas pessoas. Não é isso o que Ele espera de nós como Seus cooperadores e filhos? Quando estes se desviam dos objetivos de Deus, adverte-os em amor para que não se afastem Dele e do Seu caminho. Todavia, quando se tornam resistentes ao chamado, Deus, por um ato de amor e paciência, faz com que infortúnios lhes sobrevenham, a fim de que, pela dor, tenham seus olhos abertos e retornem a Ele e ao Seu caminho. (cf. Is.45:7 – “cria o mal” – cria infortúnios, calamidades)

O exemplo dos israelitas escravizados na Babilônia:

O propósito de Deus em nos ferir, ou permitir que soframos não é o de nos arruinar ou destruir, pois isso não traria honra ao Seu NOME. Quando Deus nos faz sofrer, devido à nossa rebeldia, erros e pecados, entendamos como um ato da Sua paciência para nos educar (disciplinar), corrigir o curso que damos à nossa vida e, por meio de Suas Instruções, purificar-nos e nos acolher (cf. Mt.23:37). Isso fica claro pela mensagem do profeta Isaías ao povo de Israel:

9 “Eu poderia ter descarregado a minha ira sobre vocês e os poderia ter destruído completamente, mas isso teria trazido desonra para o meu nome. Portanto, tive paciência com vocês, pois eu sou Deus e mereço que me louvem. 10 EU OS FIZ SOFRER, MAS FOI PARA PURIFICÁ-LOS, COMO A PRATA É PURIFICADA NA FORNALHA.” (Is.48:9,10 NTLH)

Isaías disse ainda:

17 O SENHOR, o Santo Deus de Israel, o seu Salvador, diz ao seu povo: “Eu sou o SENHOR, seu Deus. EU OS ENSINO PARA O SEU PRÓPRIO BEM E OS GUIO NO CAMINHO QUE DEVEM SEGUIR. 18 AH! SE VOCÊS TIVESSEM OBEDECIDO AOS MEUS MANDAMENTOS! A sua prosperidade iria aumentando como se fosse uma enchente, e as suas vitórias teriam sido constantes, tão constantes como as ondas do mar. (Is.48:17,18 NTLH)

O propósito divino nesses versos era mostrar aos israelitas que eles haviam sido escolhidos para serem uma bênção a todos os povos da Terra. Mas, ao se desviarem dos objetivos divinos e, obstinadamente, aceitarem culturas pagãs em seu meio, eles precisaram ser disciplinados, tornando-se escravos dos babilônios por 70 anos no berço do paganismo.

Após terem sofrido e aprendido a lição, Deus volta a eles e diz sobre a razão da Sua disciplina — que não se afastassem mais dos princípios eternos, que retornassem ao caminho correto e vivessem unidos com o Eterno, em amor, amizade e cooperação. Deus nos disciplina de acordo com a nossa obstinação pelo pecado e a finalidade é a mesma como foi com os israelitas, pois o SENHOR é o mesmo, ontem hoje e eternamente. (cf. Hb.13:8)

Todavia, nem todos anseiam amar a Deus, ser amigos e cooperar com Ele. A razão disso é o orgulho, o egoísmo e a obstinação pelos prazeres pessoais. Em vez de aceitarem a verdade de Deus, preferem a mentira e a loucura da tolice que dominou suas mentes.

2. Os espinhos de Deus abençoam e os dos homens amaldiçoam

O mundo nos odeia.

Jesus disse: 18 Se o mundo odeia vocês, lembrem que ELE ME ODIOU PRIMEIRO. 19 Se vocês fossem do mundo, o mundo os amaria por vocês serem dele. Mas eu os escolhi entre as pessoas do mundo, e vocês não são mais dele. POR ISSO O MUNDO ODEIA VOCÊS. (Jo.15:18,19 NTLH)

O mundo odiou e odeia Jesus.

27 Depois os soldados de Pilatos levaram Jesus para o Palácio do Governador e reuniram toda a tropa em volta dele. 28 Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com uma capa vermelha. 29 Fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na sua cabeça, e colocaram um bastão na sua mão direita. Aí começaram a se ajoelhar diante dele e a caçoar, dizendo: —Viva o Rei dos Judeus! 30 Cuspiam nele, pegavam o bastão e batiam na sua cabeça. 31 Depois de terem caçoado dele, tiraram a capa vermelha e o vestiram com as suas próprias roupas. Em seguida o levaram para o crucificarem. (Mt.27:27-31 NTLH)

• Eles fizeram com que Jesus ficasse despido diante deles e o vestiram com uma capa vermelha como uma forma zombeteira de um manto púrpura real, comum aos imperadores romanos.
• Colocaram na Sua cabeça uma coroa que, em vez de louros, a fizeram de espinhos como uma forma zombeteira de dizer: “Onde está a tua vitória, rei dos judeus? Você tentou competir conosco e perdeu! Sinta pelos ferimentos dos espinhos a dor da nossa força e vitória!” Uma coroa sempre era colocada na cabeça de um vencedor em competições atléticas.
• Colocaram na sua mão um bastão, um caniço como forma zombeteira de dizer: “Tome o seu cetro real!”
• Ajoelharam-se diante Dele com a ideia de zombar da Sua realeza.
• Cuspiram Nele, e isso era uma forma de dizer sobre o quanto Jesus era desprezado, indigno, ridículo, inútil, maldito, rejeitado e, por isso, Lhe bateram com o caniço em Sua cabeça. O ato de cuspir rompia qualquer tipo de vínculo ou respeito que houvesse entre as pessoas, expressando um desejo de separação e exclusão.
• Após terem tirado a capa vermelha, vestiram-No com suas próprias roupas e O levaram para o Calvário.

Se os espinhos do ódio mundano nos ferem, pelo fato de seguirmos e amarmos a Cristo, que que nos sintamos abençoados. Nós temos a “Luz” (cf. Jo.8:12) e, sob os ensinamentos do SENHOR, nunca estaremos na escuridão.

Pela “Luz” do Eterno, que é Cristo, nós sabemos para onde estamos indo e qual é o caminho do nosso descanso e felicidade eterna. Quando somos fracos, pela força que Cristo nos dá, somos fortes! Os espinhos do mundo nos amaldiçoam, mas os de Deus nos abençoam! Como nós somos abençoados! Obrigado, Jesus!

Que Deus nos abençoe!

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PARA VOCÊ REFLETIR E ESTUDAR
“OS NOSSOS ESPINHOS DE CADA DIA” (Parte 2)

2 Coríntios 12:7

Com a ajuda do SENHOR, procure refletir sobre as questões sem desanimar. Leia as referências adicionais, procurando compreendê-las ao relacioná-las aos conceitos apresentados nos textos da meditação.

Introdução

• Qual é o papel do sofrimento que, às vezes, Deus faz com que aconteça em nossas vidas e como podemos, à exemplo de Paulo, transformá-lo em uma oportunidade de crescimento espiritual e dependência de Deus?
• Caso tenha o desejo de compartilhar, qual ou quais são os ‘espinhos na carne’ que você enfrenta hoje e como poder enxergar neles a mão de Deus moldando sua vida?
o O propósito dessas perguntas é fazer uso da história de Paulo, a fim de servir como um modelo, sobre como lidar com o sofrimento de forma construtiva e encontrar esperança em meio à dor.

O que é mais importante para nós: sermos melhores que os outros ou sermos úteis para Deus e para as pessoas ao nosso redor? Pense em ser maio que os outros e terá que deparar com rivalidades e afastar as pessoas. Você concorda com este pensamento? Quanto a isso, você teria alguma experiência, religiosa ou não, que poderia compartilhar?
• O propósito dessas perguntas é compreender que a verdadeira grandeza não está em ser superior aos outros, mas em ser útil e fazer a diferença na vida das pessoas.

1. Deus nos incomoda para que retornemos a Ele, e andemos no Seu caminho

• Leia Jo.12:35,36. O que você consegue lembrar do que foi dito sobre esses dois versículos, na meditação do domingo último, durante o serviço prestado a Deus?
• As palavras luz e escuridão são metáforas usadas por Jesus para se referir ao quê? O que os versos falam sobre Jesus? E do homem?

O exemplo de Paulo

• Deus, às vezes, permite que coisas ruins aconteçam com as pessoas para que elas se voltem para Ele. Você concorda com essa ideia? Por quê?
• Em quais momentos da sua vida você sentiu que Deus estava te chamando de volta para o caminho?
• Como podemos ajudar alguém que está passando por dificuldades e se afastando de Deus?
• Qual é a diferença entre a dor que nos afasta de Deus e a dor que nos aproxima Dele?
• Você acredita que Deus sempre age com amor, mesmo quando permite que soframos? Por quê?

O exemplo dos israelitas escravizados na Babilônia

• Deus, às vezes, permite que a gente sofra para nos ensinar e nos ajudar a mudar. Mas se Deus é bom, por que Ele faz isso? O que você acha? Quais ideias você já ouviu sobre isso?
• Você acha que é justo Deus permitir que a gente sofra pelos nossos erros? Por quê?

Leia Is.48:9,10; 17,18.
• O que você acha que Deus queria ensinar aos israelitas através do cativeiro na Babilônia?
• Você acredita que o sofrimento sempre nos aproxima de Deus? Por quê?
• Qual é a importância de seguir os princípios divinos para nossa vida?
• Como podemos aplicar essa história dos israelitas na nossa vida hoje?

Por que Deus permitiu que os israelitas fossem escravizados pelos babilônios?
• Essa pergunta o incentiva à reflexão sobre a disciplina divina e Seus propósitos. É uma oportunidade para pensar nas consequências da desobediência e na importância de seguir os ensinamentos de Deus.
• O que nos impede de amar a Deus e seguir Seus caminhos?
o Essa pergunta aborda a natureza humana e os desafios que você enfrenta ao buscar uma vida espiritual. Ela o convida a uma autoanálise e à identificação de obstáculos que podem afastá-lo de Deus.

2. Os espinhos de Deus abençoam e os dos homens amaldiçoam

• Leia Jo.15:18,19. Por que Jesus disse que o mundo odiaria os seus seguidores? Você tem medo de ser rejeitado pelas pessoas, ou de se encontrar diante de uma oposição à sua fé em Cristo?
• Leia Mt.27:27-31. Qual o significado de cada atitude dos soldados romanos para com Jesus? O intuito da raça humana é qualquer modo rejeitar Jesus. Junto a isso, você concorda com o pensamento de que os “espinhos” de Deus abençoam e os do homem amaldiçoam?
• Apesar do ódio mundano pelos seguidores de Cristo, você se sente abençoado e recompensado por amar a Jesus? Por quê?

 

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