13454930-1745848288404-09f47a11cd267

A mensagem do sábado silencioso

📖 17 E, se Cristo não foi ressuscitado, a fé [crença] que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. 18 Se Cristo não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. 19 Se A NOSSA ESPERANÇA EM CRISTO SÓ VALE PARA ESTA VIDA, NÓS SOMOS AS PESSOAS MAIS INFELIZES DESTE MUNDO. (1 Co.15:17-19 NTLH)

Introdução:

O Sábado Silencioso, entre a dor da Sexta-feira e a alegria da Páscoa, lembra a morte de Jesus e a “aparente vitória” do mal. Para quem crê na ressurreição, é um momento para refletir sobre a paixão sem saber o final, mostrando que a fé, o amor e a esperança podem existir, mesmo quando Deus parece ausente.

No nosso texto base, segundo Paulo, se Jesus não ressuscitou, a nossa fé (a crença em Deus) não tem nenhum valor, continuaremos nos prazeres de nossos pecados e eternamente perdidos. Além disso, sem a ressurreição de Cristo, a nossa esperança seria limitada apenas à vida terrena, o que tornaria nossa fé inútil aos “propósitos temporários e eternos de Deus”.

Reflita: sobre o nosso texto base, por que, segundo Paulo, a fé perde seu valor se Jesus não ressuscitou? Como a ausência da ressurreição de Cristo afetaria a nossa esperança em relação aos propósitos de Deus?

O sábado judaico (Shabat) transcorreu em silêncio e as únicas palavras proferidas foram as dos líderes religiosos e as de Pilatos.

📖 62 No dia seguinte (Sábado ou Shabat), isto é, o dia depois da sexta-feira, os chefes dos sacerdotes e os fariseus se reuniram com Pilatos 63 e disseram: —Governador, nós lembramos que, quando ainda estava vivo, AQUELE MENTIROSO disse: “Depois de três dias eu serei ressuscitado.” 64 Portanto, mande vigiar bem o túmulo até o terceiro dia, para os discípulos dele não poderem roubar o corpo e depois dizerem ao povo que ele foi ressuscitado. Pois ESTA ÚLTIMA MENTIRA SERIA PIOR DO QUE A PRIMEIRA. 65 Então Pilatos disse: —Levem estes soldados com vocês e guardem o túmulo o melhor que puderem. 66 Eles foram, puseram um selo de segurança na pedra e deixaram os soldados ali, guardando o túmulo. (Mt.27:62-66 NTLH)

1. O Peso do Silêncio: a Realidade Humana Diante da Perda

Silêncio do Túmulo: Jesus morto, no túmulo fechado e selado, parecia o fim para muitos. Sua voz, que confrontava os poderes deste mundo e anunciava um novo reino, o Reino de Deus, estava silenciada. Os líderes religiosos colocaram guardas com medo de que as pessoas ainda acreditassem no Messias, mesmo depois de morto. Eles queriam um silêncio total, apagando a lembrança de Jesus.

O silêncio nos corações dos discípulos de Cristo expressava um quadro desolador:

Judas: consumido pela culpa e cheio de remorso, encontra um silêncio eterno na
morte. Sua história nos adverte sobre as consequências da traição e da falta de
arrependimento genuíno. (cf. Mt.27:3-5).
Pedro: envergonhado por sua negação, experimenta o silêncio da desonra (vd.
Lc.22:61,62). Mesmo no silêncio da sua falha, a graça de Deus já operava em seu
futuro (cf. Lc.22:31-34; Jo.21:15-19).
João e os Demais: escondidos, atônitos, questionando seus três anos de investimento
em um projeto aparentemente fracassado. O silêncio deles era de medo, desânimo e
desilusão.
O Silêncio do Mundo: os líderes religiosos comemoravam uma vitória passageira
enquanto o povo procurava um salvador que fosse ou pensasse como eles. Enquanto isso, o mundo continuava sem perceber a semente da mudança, que permanecia silenciosa e oculta. 

Reflita: Qual foi o impacto da culpa e do remorso na história de Judas, segundo o texto? Como o silêncio da desonra de Pedro se relaciona com a operação da graça de Deus? Que sentimentos dominaram João e os outros discípulos durante o silêncio mencionado? Por que o silêncio do mundo foi caracterizado como uma vitória passageira e uma mudança oculta?

Às vezes, sentimos o peso do silêncio como se Deus não respondesse às nossas orações. Esse silêncio traz dúvidas que nos desanimam. Assim como os amigos de Jesus, podemos nos sentir perdidos, com medo e até questionar nossa fé. Mas o Sábado Silencioso nos lembra que, mesmo quando Deus parece ausente, isso não significa que Ele nos abandonou.

Reflita: o que o Sábado Silencioso nos ensina sobre os momentos em que parece que Deus está ausente? Como o silêncio da dúvida pode impactar nossa fé e nossas emoções, segundo o texto?

2. A Atitude em nossos Sábados de Silêncio: Compromisso, Amor e Confiança

Nós cremos que a Graça de Deus “nos capacita” a responder livremente ao chamado divino. Mesmo no silêncio daquele sábado, as sementes do compromisso, do amor e da confiança plantadas por Jesus nos corações de seus seguidores não foram totalmente sufocadas.

Reflita: como a Graça de Deus capacita os seguidores de Jesus a manterem o compromisso, o amor e a confiança, mesmo durante os dias em que Deus parece estar ausente ou em silêncio?

Compromisso: embora abalados pelas adversidades, precisamos nos manter firmes e perseverantes, conforme o ensinamento de Jesus (cf. Mt.10:22).
Amor: o amor de Jesus, demonstrado por nós na cruz, deve ecoar em nossos
corações de discípulos, a fim de lembrarmos e permanecermos no amor de uns para
com os outros, conforme Ele ensinou (cf. Jo.13:34-35). Mesmo no silêncio, o amor
mútuo deveria persistir.
Confiança: embora vacilantes, a confiança nos ensinamentos de Jesus e em Suas
promessas continuam vivas em nossos corações. Em cada situação, declaramos que
há esperança em cada adversidade, pois Jesus vive dentro de cada um de nós e entre
nós. A confiança em Deus e na Sua Palavra é essencial, mesmo quando não
compreendemos Seus caminhos. (cf. Pv. 3:5-6).

Reflita: por que é importante perseverar no compromisso com os ensinamentos de Jesus, mesmo em meio às adversidades? Como o amor de Jesus na cruz deve influenciar o amor mútuo entre Seus seguidores e discípulos, mesmo em momentos de silêncio? De que forma a confiança em Deus e na Sua Palavra pode trazer esperança em situações desafiadoras?

Nesses momentos de “sábados silenciosos”, nós somos chamados a seguir sempre os
ensinamentos de Jesus, a amar, perdoar, fortalecer uns aos outros e a confiar em Deus, mesmo quando tudo parece difícil e angustiante. Agir de acordo com essas normas é muito importante para que a nossa fé e esperança continuem vivas.

Reflita: por que é importante seguir os ensinamentos de Jesus durante os momentos difíceis e angustiantes? Como o amor, o perdão e a confiança em Deus ajudam a manter viva a nossa esperança nos “sábados silenciosos”?

3. O Silêncio do “Sábado Silencioso” foi rompido pela ressurreição de Cristo

O Sábado Silencioso não foi o fim da história. Ele foi a antecâmara da maior demonstração do poder e do amor de Deus: a ressurreição de nosso SENHOR Jesus Cristo.

A Esperança como Âncora: a ressurreição é a nossa esperança viva (cf. 1 Pe.1:3). Ela nos garante que a morte não tem a palavra final. Que o medo, a decepção, o desânimo e pecados podem ser vencidos, pois temos a Palavra de Deus e o Espírito de Cristo agindo em nós, fazendo-nos lembrar das palavras de “Vida Eterna” e que nos conduzem à Eternidade. Paulo escreveu: 

📖 Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados. (1 Co.15:20 NTLH)

Reflita: por que a ressurreição de Cristo é descrita como a “esperança viva” para os cristãos? Como a ressurreição de Jesus nos garante que a morte e o pecado podem ser vencidos? O que Paulo afirma em 1 Coríntios 15:20 sobre a ressurreição e sua importância para os que já morreram?

No nosso dia a dia, enfrentamos momentos de perdas, injustiças, dúvidas e o desânimo no serviço cristão. Como devemos agir nesses momentos?

  • Diante da Perda: o Sábado Silencioso nos ensina que mesmo na dor da perda, a
    esperança da ressurreição nos sustenta e nos lembra que a morte é apenas uma porta
    ou o caminho para a vida eterna em Cristo (cf. Jo.11:25-26)
  • Diante da Injustiça: o silêncio do Sábado não significou a vitória final da injustiça. A ressurreição demonstrou o triunfo da justiça divina. Em nossos dias, a esperança nos capacita a lutar por justiça e a confiar que o bem de Deus prevalecerá.
  • Diante da Dúvida: assim como os discípulos, podemos ter momentos de dúvida e
    questionamentos. O Sábado Silencioso nos lembra que a fé não é sentirmos, mas é
    confiarmos na fidelidade de Deus e sermos fiéis a Ele, mesmo quando não
    entendemos tudo (cf. Jo. 20:29).
  • No Serviço Cristão: mesmo quando nossos esforços parecem vãos ou quando
    enfrentamos o silêncio da oposição, a esperança na ressurreição nos impulsiona a
    perseverarmos no serviço do Reino, sabendo que nosso trabalho no Senhor não é em vão (cf. 1 Co.15:58).

Reflita: como a esperança da ressurreição nos ajuda a enfrentar a dor da perda? O que a ressurreição nos ensina sobre o triunfo da justiça divina diante da injustiça? De que forma o Sábado Silencioso nos lembra da importância de confiar em Deus mesmo em momentos de dúvida? Por que a esperança na ressurreição nos incentiva a perseverar no serviço cristão, mesmo diante de dificuldades?

Concluindo:

O silêncio divino em nossos “Sábados Silenciosos” deve nos lembrar sobre a nossa caminhada de fé (confiança e fidelidade a Deus). É um dia para refletir sobre como é importante seguir a Cristo, a amar e fortalecer outras pessoas, mesmo nos momentos mais difíceis. “Eles” nos lembram a confiarmos sempre em Deus e na esperança que Nele temos, porque Jesus ressuscitou!

Que, mesmo nos “sábados silenciosos” de nossas vidas, possamos viver ativamente a nossa fé, ancorados na promessa gloriosa que rompeu o silêncio naquele primeiro domingo: Jesus Cristo ressuscitou! E, por Ele, temos a vida eterna.

Reflita: como os “sábados silenciosos” podem nos ajudar a fortalecer nossa fé e esperança em Deus? Por que a ressurreição de Jesus é apresentada como a base para viver ativamente nossa fé, mesmo em momentos difíceis?

Que Deus nos abençoe!

Walter de Lima Filho