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Nada é impossível para o nosso Deus

Texto base:

Êxodo 13:14

📖 No futuro, (em um tempo futuro) quando os seus filhos perguntarem o que isso quer dizer (sobre a oferta ou a dedicação do primogênitoversos 12,13), vocês responderão: “Com grande poder (com mão forte) o SENHOR nos tirou (nos salvou, nos resgatou) do Egito, onde éramos escravos (da casa de escravidão). (Êx.13:14 NTLH)

Você já esteve em uma situação em que a única saída era Deus? Em outras palavras, se Deus não interviesse, você estaria perdido. Talvez, tenha sido um diagnóstico médico, dizendo: “Sinto muito. Não há mais nada que possamos fazer por você”. Talvez, tenha sido uma catástrofe financeira, que o deixou à beira do colapso. Talvez, tenha sido a morte de um ente querido, quando você pensou: “Não vou sobreviver a isso”. Esse é o tipo de situação que os israelitas enfrentaram em Êxodo 13.

Deus os havia libertado do Egito e os estava conduzindo à Terra Prometida. O problema era que eles estavam sendo perseguidos pelo poderoso exército egípcio e sua rota de fuga estava bloqueada pelo Mar Vermelho. Encontravam-se em uma situação aparentemente impossível, presos entre um exército invencível e um mar intransponível.

Reflita. [1] De acordo com o versículo, quando, no futuro, os filhos, perguntassem ao pai acerca do dever de o filho primogênito ser oferecido ou dedicado a Deus, o que os pais deveriam responder sobre as ações poderosas de Deus? [2] O texto fala sobre o momento em que “a única saída era Deus”. Pensando nisso, o que a ideia de Deus nos tirar de uma “casa de escravidão” (Egito) nos ensina sobre a esperança em nossas próprias crises, como uma doença grave ou um colapso financeiro? [3] Ao descrever os israelitas presos entre um exército invencível e o Mar Vermelho, que conclusão final podemos tirar sobre a capacidade de Deus, conforme o título da meditação: “NADA É IMPOSSÍVEL PARA O NOSSO DEUS”?

Introdução: o testemunho que precisa ser contado

O texto de Êxodo 13:14 surge no período da instituição da Páscoa e da consagração dos primogênitos. Após libertar Israel com milagres estrondosos (as pragas), Deus instrui Moisés sobre como o povo deve se lembrar e celebrar essa libertação. A questão central é a do futuro: ” No futuro, quando os seus filhos perguntarem o que isso quer dizer. (?)” A resposta não deveria ser um mero relato histórico, mas uma declaração de fé na intervenção divina: ” Com grande poder (com mão forte) o SENHOR nos tirou do Egito, onde éramos escravos”.

Por meio do nosso texto bíblico, aprendemos que todos nós enfrentamos situações em que a única saída é Deus. Diagnósticos, colapsos financeiros, luto e, no caso de Israel, um exército implacável de um lado e um mar intransponível do outro.

A situação dos israelitas era humanamente impossível. A pergunta do filho, hoje, é a pergunta do nosso coração: “Como sairemos desta?” A Palavra de Deus, que nos guia, assegura-nos que a fidelidade e o poder de Deus estão sempre disponíveis àqueles que clamam e se submetem à Sua vontade, pois Ele, por meio de Sua mão poderosa, atua para nos salvar e conduzir.

Reflita. [1] De acordo com Êxodo 13:14, qual deveria ser a “resposta principal” que os pais dariam aos filhos no futuro sobre como o SENHOR os libertou do Egito? [2] Todos nós enfrentamos momentos em que “a única saída é Deus”. Pensando nisso, por que é crucial que a resposta do nosso coração para o nosso problema (“Como sairemos desta?”) seja baseada na “declaração de fé na intervenção divina” e não apenas no que podemos fazer? [3] Considerando a situação de Israel (exército de um lado, mar do outro), que conclusão você pode tirar sobre o alcance do “poder de Deus”, em atuar para nos salvar e conduzir em nossas próprias situações, quando não encontramos qualquer saída?

1. Deus, pela Sua mão forte, torna possível o que é impossível para o homem

A essência da resposta a ser dada aos filhos era a afirmação do poder de Deus: “o Senhor nos tirou do Egito com maravilhosas demonstrações de poder.” (BV) O poder libertador de Deus não é um conceito teórico, mas uma realidade histórica e experiencial. Ele agiu com soberania e graça (vd. Lamentações 3:22-23), demonstrando que, onde o poder humano é ineficaz, o Seu poder se manifesta plenamente.

A resposta deveria enfatizar a autoridade e a capacidade irresistível de Deus de cumprir Suas promessas, resgatando Seu povo de uma “casa de servidão e humilhação” – física, emocional e espiritual. Nas Escrituras, o Egito representa o mundo afastado de Deus, o qual procura influenciar os filhos de Deus à prática de seus pecados, mantendo-os presos sob o domínio do espírito do medo e ameaças. O propósito é que desanimem de Deus, não atuem conforme a Sua vontade de Deus e não cumpram Seus objetivos eternos.

Reflita. [1] Qual é a “essência” da resposta que deveria ser dada aos filhos, sobre a saída do Egito em relação ao poder de Deus? Como devemos compreender o conceito do poder de Deus? Como e quando Ele age? [2] Deus se manifesta plenamente onde o poder humano de “Seus filhos” é ineficaz”. Em quais áreas da sua vida (física, emocional ou espiritual) você tem enfrentado algo que o poder humano não consegue resolver e como você pode aplicar a verdade de que Deus torna possível o que é impossível? [3] Se o Egito representa o mundo que tenta nos prender em “servidão e humilhação”, com o objetivo de nos fazer desanimar e afastar dos propósitos de Deus, que conclusão você pode tirar sobre a importância de focar na “capacidade irresistível de Deus” em cumprir Suas promessas?

Imagine um navio quebra-gelo. Um vasto e impenetrável bloco de gelo (nossa situação “impossível”) impede a passagem de qualquer embarcação comum. No entanto, o quebra-gelo (a “Mão Forte” ou o “grande poder” de Deus) avança com força e estrutura inigualáveis, rompendo a barreira e abrindo o caminho. Nada pode deter o propósito de Deus em nos conduzir à liberdade. (cf. Isaías 43:13)

  • Cremos: a libertação de Israel (ou a salvação e a ajuda divina em nossas crises) não veio de uma iniciativa humana, mas da ação poderosa de Deus, que “resgata” o Seu povo de uma dimensão humilhante e mortal. A Graça Divina (ação inicial de Deus) é o fundamento e a força capacitadora de toda libertação e salvação, permitindo que o ser humano enxergue sua necessidade e responda livremente ao chamado de Deus pela fé – confie e atue com fidelidade a Ele.
  • Aplicação diária: aceite a capacitação de Deus. “Ao me sentir totalmente sobrecarregado ou sem esperança diante de um “impossível”, que eu reconheça que o desejo de buscar ajuda e orar vêm da graça de Deus agindo em mim, a fim de me unir a Ele. Que eu não desista por me sentir fraco, pois os recursos da Sua graça me dão a força inicial para escolher – clamar a Deus, unir-me a Ele e, sob Suas orientações, caminhar pela fé (respondendo com confiança e fidelidade) ( Tito 2:11 G4).”

Reflita. [1] De acordo com a seção “Cremos”, qual é o fundamento e a força capacitadora de toda libertação e salvação, e de onde veio a libertação de Israel? [2] Conforme a seção “Cremos”, compreendemos que a salvação não vem da iniciativa humana, mas da “ação poderosa de Deus” (Graça Divina). Como o reconhecimento de que o desejo de “buscar ajuda e orar” já é a graça de Deus agindo em nós deve mudar a maneira como você lida com seus momentos de fraqueza, ou de se sentir sobrecarregado? [3] Somos encorajados a não desistir quando nos sentimos fracos, mas a “aceitarmos a capacitação de Deus”. Que conclusão prática você pode tirar sobre como deve ser sua atitude de fé diária (confiança e fidelidade) ao enfrentar um “impossível”, sabendo que a força interior para clamar e caminhar é uma provisão da Graça Divina?

O salmista declarou: & Ele os tirou com a sua mão forte e com o seu braço poderoso; o seu amor dura para sempre. (Sl.136:12 NTLH)

O anjo disse a Maria: & Porque para Deus nada é impossível. G6 (Lucas 1:37 NTLH)

2. Lembre-se de suas experiências passadas com Deus, para que, no presente, você fortaleça a sua fé

Quando o nosso texto-base diz “Vocês responderão”, ele estabelece a importância da memória e do testemunho na formação da fé. A razão de Deus agir poderosamente não foi apenas para salvar Israel, mas para que essa história se tornasse o fundamento da fé às gerações futuras. A gratidão e o louvor nascem da lembrança fiel de quem Deus é e do que Ele fez e faz. (cf. Sl.107:8)

A nossa libertação (Salvação) e a nossa capacidade de perseverar (sermos pacientes) não vêm apenas da nossa força ou planejamento, mas do favor imerecido e da intervenção constante do SENHOR. A lembrança do Seu poder passado fortalece nossa fé presente e nos encoraja a prosseguir, pois Ele é o mesmo (cf. Hb.13:8).

Reflita. [1] Além de salvar Seus filhos de situações “impossíveis”, qual é o propósito maior de Deus ao agir poderosamente e o que essa ação divina deve gerar nas pessoas? [2] Aprendemos que a gratidão e o louvor nascem da “lembrança fiel de quem Deus é e do que Ele fez e faz”. Pensando em uma crise atual que você esteja enfrentando, como a lembrança de uma vitória ou ajuda de Deus no passado poderia fortalecer a sua paciência e fé hoje? [3] Sobre o nosso testemunho de fé: se a lembrança do poder passado de Deus serve para “fortalecer nossa fé presente e nos encorajar a prosseguir”, que conclusão podemos tirar sobre a importância de contar nossas próprias histórias das intervenções divinas para as próximas gerações?

Imagine um álbum de fotos da família. Quando a vida se torna difícil e o presente é nublado, folhear o álbum nos faz recordar das lutas, superações e vitórias passadas, das alegrias e da fidelidade constante daqueles que nos amam. Na vida com Deus, não temos fotos, mas a prova de suas ações em nossas vidas. A nossa lembrança do que Deus já fez é o nosso álbum de fé, provando que Aquele que começou a boa obra é fiel para completá-la e que podemos confiar N’Ele novamente (cf. Fp.1:6).

  • Cremos: com a ajuda de Deus, persevere e seja paciente. Embora Deus seja o agente principal da salvação e da libertação ( Ef.2:8), o cristão tem a responsabilidade de cooperar com a Sua graça e persistir na fé e na obediência (cf. Fp.2:12). A salvação é segura em Cristo, mas a manutenção desse relacionamento requer a vigilância e a perseverança fiel do cristão, alimentada pela lembrança e prática da Palavra (cf. Cl.1:22-23; Dt.30:19).
  • Aplicação diária: exerça a perseverança ativa. “Diante de uma crise que ameace a minha fidelidade e confiança em Deus, Ele espera que eu faça a minha parte: não abandonarei a oração, o estudo da Palavra e a comunhão Deus e com os que O amam. A fidelidade de Deus (Êxodo 13:14) garante que Ele está comigo. Que a minha vontade livre, fortalecida pela graça ( 2 Pe.1:10), ajude-me a escolher diariamente a rota da obediência, lembrando-me das libertações passadas e de Suas promessas futuras.”

Reflita. [1] Sabemos que Deus é o “Agente Principal” da salvação; portanto, qual é a responsabilidade que o cristão tem para com a Graça de Deus e para a manutenção de seu relacionamento com Ele? [2] A seção “Aplicação diária” nos convida a exercer a “perseverança ativa”, fazendo a nossa parte (oração, Palavra, comunhão) diante de uma crise. Se a salvação é segura em Cristo, por que a manutenção desse relacionamento requer nossa “vigilância e perseverança fiel”? [3] Compreendemos que a fidelidade de Deus (que garante que Ele está conosco) está conectada à nossa “vontade livre, fortalecida pela graça”, que nos ajuda a escolher a obediência. Que conclusão podemos tirar sobre a importância de usar a memória das “libertações passadas” de Deus como combustível para a sua escolha diária de persistir na fé e não abandonarmos nossas práticas espirituais?

📖 Porque tudo o que está nas Escrituras foi escrito para nos ensinar, a fim de que tenhamos esperança por meio da paciência e da coragem que as Escrituras nos dão. (Rm.15:4 NTLH – vd. Dt.6:12)

Conclusão:

O relato de Êxodo 13:14 nos motiva a depositar nossa total confiança no Deus que opera o impossível. Se Ele tirou Israel da escravidão com mão forte e abriu o mar, fazendo com que Seu povo o atravessasse sobre terra seca, Ele é mais do que capaz para intervir nas nossas “impossibilidades”, dando-nos força para superá-las.

Lembremos: nossos problemas e fragilidades não devem ter a última palavra, pois Jesus é Quem a tem. Ele é a Palavra Viva de Deus que vive em nós. Aceitemos o Seu chamado à Sua graça e, fortalecidos pela Sua ajuda, mudemos nossa maneira de pensar, pensando como Deus pensa. Portanto, unidos com Ele, que nós O sigamos com humildade e fidelidade, confiando nas Suas promessas e obedecendo às Suas instruções com prazer. Sob o Seu poder, disponível a cada um de nós, declaremos: 📖 […] Tudo é possível para quem tem fé. (Mc.9:23 NTLH)

Nada é impossível para o nosso Deus, pois Ele tem o poder para
transformar e reescrever nossa história.

Reflita. [1] De acordo com a meditação, qual é a principal razão pela qual o relato de Êxodo 13:14 (Deus abrindo o mar) deve nos motivar no presente? [2] Compreendemos que nossos problemas não devem ter a “última palavra”, porque Jesus, a Palavra Viva de Deus, a tem. Na prática, o que significa para você “mudar nossa maneira de pensar, pensando como Deus pensa”, a fim de aplicar essa verdade em um desafio que você está enfrentando hoje? [3] A meditação nos encoraja a declarar: “Tudo é possível para quem tem fé” (Marcos 9:23) e a agir com humildade e fidelidade. Que conclusão final você pode tirar sobre a relação entre o poder ilimitado de Deus (“Nada é impossível para o nosso Deus”) e a nossa responsabilidade de segui-Lo e obedecer às Suas instruções com fidelidade e prazer?

Que Deus nos abençoe!

Walter de Lima Filho