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Qual é o plano ou a vontade de Deus para a minha vida? – Parte 11 – Que eu seja nascido de novo!

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Texto Bíblico:

1 Havia um fariseu chamado Nicodemos, que era líder dos judeus. 2 Uma noite ele foi visitar Jesus e disse: — Rabi, nós sabemos que o senhor é um mestre que Deus enviou, pois ninguém pode fazer esses milagres (que apontam para uma vida com Deus e submissa a Ele) se Deus não estiver com ele. 3 Jesus respondeu: —Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. (Jo.3:1-3 NTLH)

Jesus está falando com um líder religioso da Sua época (Nicodemos). O modo como Jesus executa a Sua missão era diferente da de outros líderes, pois tudo o que fazia e falava apontava para uma vida com Deus e submissa a Ele.

Jesus não buscava dominar a mente das pessoas para Se beneficiar delas, mas fazia com que pensassem sobre como deveriam viver verdadeiramente para Deus. Para Jesus, a vida com Deus estava acima de uma vida meramente religiosa e morta, e isso impactou Nicodemos. Jesus era íntegro, verdadeiro e não enchia a mente das pessoas com esperanças falsas.

Ao longo das últimas semanas, nós temos aprendido que devemos viver para a glória de Deus, ou seja, refletirmos o Seu caráter neste mundo. Entretanto, para que alcancemos essa finalidade divina, devemos seguir os ensinamentos e o exemplo de vida que Jesus nos deixou, por meio do Seu Evangelho.

O cristão abençoado por Deus é reconhecido por valorizar o Céu e as bênçãos espirituais que de lá recebe, segundo o apóstolo Paulo:

Agradeçamos (louvemos, exaltemos) ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, pois ele nos tem abençoado (favorecido) por estarmos unidos com Cristo, dando-nos (proporcionando) todos os dons (bênçãos, presentes, benefícios, recursos, favores) espirituais do mundo celestial. (Ef.1:3 NTLH)

As palavras do apóstolo se referem àqueles que já haviam sido escolhidos por Deus, “antes da criação de todas as coisas”! A finalidade dessa escolha é que essas pessoas sejam inteiramente dedicadas a Ele, demonstrando uma vida espiritual e moral elevada, isto é, divinamente aprovada. (cf. Ef.1:4)

Porém, nós sabemos que, para o ser humano, isso é impossível! Basta ver o comportamento da humanidade diante dos nossos olhos. O ser humano, por natureza, é impuro, e ele não consegue extrair de si mesmo o que é puro. (veja Jó 14:4, 15:14; Pv.20:9) Nós somos dominados pelo egoísmo e pela inclinação ao que é mal, desde a mais tenra idade (veja Gn.8:21). Além do mais, à medida que crescemos, nós vivemos como se fôssemos o centro do Universo.

Falando a verdade, muitos que se dizem cristãos, ainda “não se converteram” realmente a Cristo, mas “adotaram” (de modo místico) o Cristianismo como sua religião com a esperança de alcançarem benefícios ou soluções pessoais. Essas pessoas têm uma má compreensão das promessas de Deus no Novo Testamento e, infelizmente, são incentivadas a crerem desse modo por muitos pregadores da mídia em geral.

Aprendemos no início, através das palavras de Paulo (cf. Ef.1:3), que fomos escolhidos por Deus para sermos dedicados a Ele, antes da criação de todas as coisas. Então, por que não atingimos esse objetivo divino há mais tempo?

  1. Nós não nascemos com o desejo de amar a Deus.

O rei Davi disse o seguinte:

“De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido.” (Sl.51:5 NTLH)

Em outras palavras: “A verdade é que já nasci pecador (fui formado com uma natureza pecaminosa, iníqua), desde o instante em que fui gerado pela minha mãe.”

A verdade por trás das palavras de Davi é que não nascemos com a capacidade de amarmos e servirmos a Deus. Nós nascemos “espiritualmente mortos”, ou seja, desconectados de uma vida íntima com o Pai Eterno e, por isso, não entendemos profundamente a importância de uma vida espiritual e moral elevada, ou aprovada pelo Criador.

Pais cristãos que entendem essa verdade e que desejam agradar a Deus aceitarão o trabalho duro de educar os seus filhos nos princípios da Palavra de Deus. O sábio diz o seguinte:

É natural que as crianças façam tolices (devido à natureza pecaminosa que possuem), mas a correção (o bom ensino sem violência – veja Pv.19:18) as ensinará a se comportarem. (Pv.22:15 NTLH – veja também: Pv 13:24; Pv 23:14; Pv 29:15; Pv 29:1; Pv 23:13)

A disciplina ou a educação familiar (cristã) tem por objetivo trazer luz (compreensão, entendimento) à criança, a fim de que a natureza iníqua (maldosa, perversa, cruel) que nela habita seja percebida, contida ou dominada. Caso esse trabalho não seja feito adequadamente, a Bíblia ensina que muitos filhos trarão vergonha a seus pais.

Além do mais, esse trabalho de educação deve ser considerado como um ministério ou serviço espiritual e evangelístico, para que a criança esteja sendo preparada a fim de receber o chamado divino para o “novo nascimento” (nascimento para a vida espiritual ou de comunhão com Deus). Então, a educação familiar é um ato de misericórdia e compaixão (que desperta a vontade de ajudar) aos filhos.

Entendemos então, que todo ser humano, desde a tenra idade, não vê a importância do Reino de Deus e não sente um desejo supremo por ele. O nosso orgulho e egoísmo enraizados em nós (pela natureza pecaminosa) nos dizem que submeter-nos ao Governo ou à direção divina é uma tolice.

Quando não recebemos uma boa educação cristã, que tipo de educação ou influência nós recebemos? A que é contrária a Deus, a que traz satisfação ou prazer aos desejos do nosso ego. Portanto, muitos demoram a conhecer a importância de uma vida com Deus, devido ao desleixo dos pais na educação de seus filhos.

Muitos pais são hábeis ao conversar com seus filhos sobre esportes, artes e uma vida de sucesso financeiro, mas não se preparam para se assentar com eles e lhes explicar sobre a importância de uma vida com Deus, fundamentada nos princípios eternos da Palavra de Deus (veja Pv.22:6).

Então, que tanto os pais como os instrutores (ou líderes) cristãos, atuem para com aqueles que recebem a sua instrução, caminhem na direção de um nascimento espiritual e que permaneçam nele.

  1. Jesus classifica a humanidade em dois grupos: os nascidos naturalmente e os nascidos de Deus.

Jesus disse a Nicodemos:

Quem nasce de pais humanos é um ser de natureza humana; quem nasce do Espírito é um ser de natureza espiritual.” (Jo.3:6 NTLH)

Segundo Jesus, os que são nascidos de Deus “veem e entram” no Reino de Deus:

3 Jesus respondeu: — Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. 5 Jesus disse: — Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. (Jo.3:3,5 NTLH)

Jesus diz a Nicodemos sobre como isso se dá

7 Por isso não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo. 8 O vento (o Espírito Santo) sopra onde quer (sobre quem Ele determina), e ouve-se o barulho que ele faz (a pessoa O percebe), mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai (a soberania misteriosa de Deus, o que Ele oculta de nós). A mesma coisa acontece com todos os que nascem do Espírito. (Jo.3:7,8 NTLH)

Alguém aqui irá perceber a atuação do Espírito de Deus sobre a sua vida, enquanto outro, não! Ao que percebe, seus olhos são abertos para o Reino de Deus, ou seja, o Espírito mostra a pobreza espiritual e moral dessa pessoa e ela reconhece a necessidade de Deus. Então, ela entende que só poderá experimentar o poder do Altíssimo dentro do Seu Reino espiritual. A porta do Reino de Deus (que é Jesus) se abre para ela e, por decisão própria, ela ingressa Nele, ou seja, na vida de Jesus e se compromete com Ele.

Atentemos ao que Jesus disse:

7 Então Jesus continuou: — Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu sou a porta por onde as ovelhas passam. 8 Todos os (falsos ‘líderes’ com falsas promessas) que vieram antes de mim são ladrões e bandidos, mas as ovelhas (verdadeiras, que seguiram o Espírito de Deus) não deram atenção à voz deles. 9 “Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair e achará comida.” 10 “O ladrão (farsante, fraudulento, fingido, simulado) só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa (extraordinária, abundante, superior, incomum).” (Jo.10:7-10 NTLH)

Nicodemos era um religioso (da mesma religião de Jesus), mas não entendia o que as Escrituras e o Próprio Deus exigiam dele – uma vida dedicada ao SENHOR, a fim de servi-Lo e conduzir as pessoas a Ele. Sua vida era dirigida por regras religiosas e preceitos (formalidades, normas, leis) sem vida. Mesmo sendo um estudioso e mestre das Escrituras, percebeu não possuir a vida abundante e poderosa de Deus dentro de si.

Nicodemos percebeu a atuação do Espírito de Deus sobre a sua vida e, com cautela, foi procurar Jesus (a ‘Porta’ para o Reino de Deus). O Espírito Santo fez com que Nicodemos “visse” quem Jesus realmente era. Agora, ele teria que tomar uma decisão: comprometer-se ou não com Jesus. Muitos não experimentam uma vida abundante em Deus, porque não conseguem ver quem Jesus realmente é e, por isso, não se comprometem com Ele.

O meu desejo é que reconheçamos a nossa incapacidade de amarmos e servirmos a Deus, por meio de uma religião formal. Que nós ingressemos na vida de Jesus, a fim de sermos dirigidos pelo Espírito de Deus neste mundo. A minha esperança é que reconheçamos que precisamos ver quem Jesus é e vivermos intensamente Nele, a fim de sermos verdadeiramente abençoados por Ele, tanto nesta vida como na Eternidade!

Que Deus nos abençoe!

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