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Qual é o plano ou a vontade de Deus para a minha vida? Parte 25 – Que eu tenha grandes expectativas eternas no Natal

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Lucas 2:1-6

Textos Bíblicos:

1 Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população. 2 Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. 3 Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade. 4 Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de Davi. 5 Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, 6 e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. 7 Então Maria deu à luz o seu primeiro filho [seu primogênito]. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão. (Lc.2:1-6 NTLH)

Qual é o sentido de desejarmos um “FELIZ NATAL” às pessoas? Qual é o sentimento das pessoas ao receberem esse cumprimento? Para alguns, o sentimento é de grandes expectativas nesta vida, enquanto para outros, uma grande decepção, devido ao momento que estão vivenciando. O “Natal” deve nos dar grandes expectativas eternas e a decepção que devemos ter com este mundo.

Na semana passada, comentei que Jesus nasceu no tempo estabelecido por Deus (o tempo certo). Deus, já na eternidade, já havia determinado o momento exato para o nascimento de Jesus, através de uma mãe humana, ou seja, Maria.

O apóstolo Paulo nos diz:

Mas, quando chegou o tempo certo [durante o governo de Cesar Augusto], Deus enviou o seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei [viveu como um judeu religioso]. (Gl.4:4 NTLH)

1. A vinda de Jesus (o Messias) era um evento esperado com grande expectativa.

Como Jesus, o Messias, era esperado pelo Seu povo? Eu gostaria que você lesse dois versos do livro do profeta Isaías, o qual profetizou acerca do nascimento de Jesus e quem Ele seria:

Pois o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a jovem [uma mulher virgem em idade para o casamento] que está grávida dará à luz um filho e porá nele o nome de Emanuel [significa “Deus Conosco”]. (Is.7:14 NTLH)

Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei [Governante Soberano e Dominador]. Ele será chamado de “Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Poderoso”, “Pai Eterno”, “Príncipe da Paz”. (Is.9:6 NTLH)

Os religiosos criam no nascimento de um Ser divino entre eles. Esse Ser divino lhes daria conselhos extraordinários, mostraria o Seu tremendo poder e, desse modo, estabeleceria o Reino de Israel sobre a Terra novamente.

Tanto Maria como José, e por serem judeus, também tinham as mesmas expectativas que todos. De repente, ela se viu como a escolhida por Deus para gerar o Messias. (cf. Lc.1:26-35) Ela havia sido designada para experimentar uma grande ação do Espírito de Deus no seu ventre! Que honra!

Possivelmente, em sua mente, se passava a ideia: Ele nasceria entre um exército de anjos? O Céu desceria até eles? Haveria algum som estrondoso de trombetas e trovões dos Céus, anunciando a todos os reis e governantes da Terra sobre o Seu nascimento? Haveria festa, danças e músicas nas ruas e praças de Jerusalém?

Em que palácio de Jerusalém o Messias nasceria? Todos os mestres e sacerdotes da religião judaica viriam para honrá-Lo? Haveria manifestações grandiosas do poder de Deus sobre esse evento? Seria a casa de Maria honrada? Seu futuro esposo José era descendente da família do rei Davi, o que dava a Jesus o direito legal de assumir o trono de Israel e, então, eles teriam um lugar de honra entre os nobres israelitas?

Para Maria, o anjo (mensageiro de Deus) disse como seria o milagre da sua gravidez, mas não lhe contou sobre o lugar onde Jesus nasceria e como seria o momento do Seu nascimento. Mesmo Maria sendo humilde de espírito e, por ser mulher, eu custo em não acreditar que, no seu coração, não havia grandiosas expectativas acerca desse grandioso evento!

Não são poucos os que chegam às nossas reuniões, ou em qualquer outra igreja local com grandes expectativas, acerca de Jesus, para com suas vidas. Eles chegam crendo em grandes libertações nas áreas psicológicas e físicas, pois a fala dos pregadores atuais promete isso – a libertação total dos problemas pessoais pelo poder de Jesus.

Quando as pessoas percebem que não alcançaram tudo que atendia às suas expectativas, ficam decepcionadas, abandonam a Igreja e vão procurar “outras coisas”! Para elas, a fé em Jesus foi uma grande decepção!

2. A vinda de Jesus foi um evento decepcionante aos que O esperavam?

  • Para a família de Jesus.

Apesar de Jesus ter dado exemplo de vida como um bom filho e de um compromisso sério com a fé, para os seus irmãos, Jesus era uma decepção, pois eles não criam Nele. (cf. Jo.7:5) Até para os Seus parentes, Jesus foi uma grande decepção, porque pensavam que Ele estava enlouquecido! (v. Mc.3:21)

  • Para o povo que esperava por Jesus.

Quando Jesus nasceu, toda a Palestina estava sob o domínio do Império Romano. O povo judeu desejava ardentemente a liberdade. Muitas revoltas já haviam acontecido e outras iriam acontecer. Mais do que nunca a palavra Messias era associada à idéia de libertação das leis romanas. Um Messias verdadeiro seria um Messias guerreiro que iria libertar seu país e ser seu rei.

Certa vez, o povo que esperava pelo Seu libertador e vendo Jesus montado em um jumentinho, descendo para a cidade de Jerusalém, acreditou que aquele seria o momento da libertação de Israel do Império Romano.

8 Muitas pessoas estenderam as suas capas no caminho, e outras espalharam no caminho ramos que tinham cortado nos campos. 9 Tanto os que iam na frente como os que vinham atrás começaram a gritar: — Hosana a Deus! Que Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor! 10 Que Deus abençoe o Reino de Davi, o nosso pai, o Reino que está vindo! Hosana a Deus nas alturas do céu! (Mc.11:8-10 NTLH)

Aqueles que seguiam Jesus, que viam Seus milagres e percebiam autoridade em Sua fala, não tardaram a confundi-Lo com esse Messias guerreiro/estadista. Eles sabiam que Jesus tinha poder. O que restava era saber quando Ele iria assumir a liderança do Seu povo e tomar o poder. Mas Jesus não fez isso e muitos foram os que se decepcionaram com Ele, pois Ele olha para a cidade e chora por ela, profetiza a sua destruição (Lc.19:41-44), entra no Templo, olha ao redor e vai com os Seus discípulos para a aldeia de Betânia. Que decepção!

Os judeus não aguardavam um Messias tão pobre, que tivesse uma manjedoura como berço (v. Lc.2:7), um estábulo como maternidade, enfaixado com trapos e que não possuísse onde reclinar a cabeça. Um Cristo com tais características era uma grande decepção aos seus compatriotas (v. Jo.1.11).

3. Por que Jesus nasceu nas condições que nasceu?

Então Maria deu à luz o seu primeiro filho [seu primogênito, pois ela teve outros filhos e filhas – Mt.13:55,56]. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão. (Lc.2:7 NTLH)

Deus estava mostrando a Maria que honrar a Jesus era mais importante do que as condições à sua volta. Além do mais, o que as pessoas deram, dão e darão a Jesus senão os piores lugares em suas vidas? A verdade é que este mundo O odeia! (v. Jo.7:7; 15:18)

Por que há esse ódio contra Jesus? Porque Jesus deixou claro que as pessoas são más (perversas, agem hipocritamente ou falsamente, não amam e não servem a Deus, o Criador, elas não amam ao próximo, não se entregam à Verdade, não dão valor à eternidade, não se comprometem com os propósitos de Deus) em todas as suas ações. (v. Jo.3:19,20)

Resumidamente, as pessoas odeiam a Jesus porque são orgulhosas, egoístas e interesseiras. Quem aceita a Jesus deve saber que o trabalho de Deus ao longo da sua vida será contra essas atitudes, pois são elas que dão origem a várias outras ações não aprovadas por Deus, como:

  • Pensamentos impuros;
  • Ansiedade pelo prazer carnal;
  • Idolatria e feitiçaria, (i.e., incentivo à atividade dos demônios);
  • Ódio e luta;
  • Ciúme e ira;
  • Esforço constante para conseguir o melhor para si próprio;
  • Queixas e críticas;
  • Sentimentos de que todo mundo está errado, menos aqueles que são do seu próprio grupinho;
  • Inveja;
  • Assassinatos;
  • Embriaguez;
  • Divisões ferozes etc.

Portanto, como cristãos, ao dizermos “Feliz Natal”, nós não deveríamos pensar no sucesso terreno, mas no êxito da nossa vida em Cristo Jesus! Os nossos dias já foram escritos e planejados por Deus (cf. Sl.139:16) e isso não poderá ser mudado. Porém, que os pensamentos do SENHOR sobre a vida sejam de real importância para todos nós!

Que Jesus seja a Pessoa como o “Alvo” mais importante para a minha vida! Não é Jesus que nos decepciona, mas o mundo! Quando o cristão segue as filosofias e ações mundanas, ele decepciona a Deus!

Às vezes, por ser realista em relação às coisas de Deus, sou tido como alguém negativista, que não dá esperança às pessoas neste mundo. Entretanto, que esperança há nesta vida senão decepções para com o modo que está se desenvolvendo? Há muito, perdi a vontade de esperar coisas melhores nesta vida, mas que em Cristo e por meio Dele, eu alcance o meu descanso e deleite na Eternidade, ao lado do meu SENHOR!

Então, eu posso olhar para Cristo não com decepção, mas grandes expectativas eternas! Tudo o que dei a Ele (ao longo da vida) foi um estábulo, uma manjedoura e trapos rasgados. Portanto, que eu Lhe dê o meu coração, a vida e a riqueza do meu ser (como os três astrônomos do Oriente) e O reconheça como Rei e SENHOR (Dono) da minha vida! O que eu tenho e o que não tenho, ou o que deixei de ter, não é mais importante do que Jesus! Ele é a minha alegria e o meu maior prazer!

Eu lhe desejo um “FELIZ NATAL”! (na acepção exata do termo)

Que Deus nos abençoe!

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