O Deus que ensina a dependermos Dele (Walter de Lima Filho – Domingo – 25/05/2014)
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2 Conríntios 1:8-11
Por que eu estou compartilhando com vocês, sobre sofrimento nestas últimas três semanas?
Primeiro: Jesus falou que Seus discípulos neste mundo sofreriam, mas que tivessem coragem.
Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo. (Jo.16:33 NTLH)
Quem está unido com Cristo tem paz com Deus e isso quer dizer, que a pessoa não lutará contra a vontade Divina. Então, Jesus diz que eles iriam sofrer, ou seja, sofreriam pressões, angústias e dilemas, mas que tivessem coragem ou confiança em Deus. Quando Jesus diz: “Eu venci o mundo”, Ele está dizendo que a vitória de um filho de Deus não é a superação de um problema, mas vencer o mundo. O “mundo” é um sistema de vida que vive em rebelião com Deus, não se une a Cristo e por isso, não tem paz com o Criador.
Segundo: Jesus falou que antes do Seu retorno, o nosso planeta entrará em um caos político, social e religioso. A Igreja passará por esse período antes de ser arrebatada por Jesus.
Essas coisas serão como as primeiras dores de parto. (Mt.24:8 NTLH)
Sendo assim, o sofrimento faz parte da vida de todos os homens como também dos cristãos. As fontes do sofrimento são várias: família, trabalho, financeira, mental, emocional e espiritual. No entanto, Jesus ensinou que devemos viver em harmonia com Deus, por estarmos unidos com Ele.
Na semana retrasada eu falei com vocês sobre “O Deus de Toda a Graça e Paz” (1:2)
Graça: Significa a manifestação da glória Divina através da Sua bondade, ou seja, Ele oferece recursos inesgotáveis aos que estão unidos com Jesus.
Paz: Significa que o homem pára de se opor a Deus, aceita a Sua Verdade e se reconcilia com Ele. Desse modo, ele passa a perceber as ações da graça de Deus em momentos de pressão.
Perceba que nós nunca perceberemos as ações da graça ou recursos Divinos, se não estivermos unidos com Cristo, a fim de termos paz com Deus.
Que o Senhor da paz dê a vocês a paz, sempre e de todas as maneiras! E que o Senhor esteja com todos vocês! (1 Ts.3:16 NTLH)
Na semana passada, eu compartilhei com vocês sobre “O Deus de Toda a Consolação”. (1:3)
Consolação: Significa a instrução Divina que é dada a uma pessoa sob pressão, a fim de que ela tenha bom ânimo ou coragem. O sentido é que o próprio Deus anda com essa pessoa, fortalecendo-a com as Suas orientações poderosas.
Como nós precisamos das orientações de Deus! O salmista disse acerca da Palavra de Deus:
A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho. (Sl.119:105 NTLH)
A palavra de Deus deve aprovar onde colocamos nossos pés como ilumina, ou seja, ela nos ensina a andar em conformidade com os padrões de Deus.
Tudo o que meditamos até agora, nos leva a considerar as quatro atitudes seguintes de Paulo, em 2 Coríntios 1:8-11.
O desespero de Paulo. (1:8)
A dependência de Paulo. (1:9)
O livramento de Paulo. (1:10)
Paulo glorifica a Deus. (1:11)
1. O desespero de Paulo. (1:8)
Perceba que Paulo estava em tão grande aflição e a situação era tão grave, que ele não sabia como lidar com ela. As suas palavras expressam a sua falta de recursos e isso lhe trouxe a sensação de que era o fim da sua vida!
Paulo explica a razão de Deus ter permitido tal situação, ao perceber que aquele acontecimento não era um acidente ocasional, mas que havia um propósito Divino em tudo aquilo. A dizer que Deus continuaria a salvar, significa que Paulo sabia que outros sofrimentos viriam, mas que ele dependeria de Deus e não dos seus recursos. Isso nos conduz à segunda atitude de Paulo.
2. A dependência de Paulo. (1:9)
Paulo olha para a soberania de Deus e percebe que ele e seus companheiros, precisavam aprender a confiar em Deus e não em si mesmos, ou seja, nos seus recursos pessoais ou naturais.
Todos nós devemos estar atentos para as tendências da nossa alma: o seu padrão comum é procurar uma autoconfiança ou dependência de seus próprios recursos. Paulo percebe que naquela situação, Deus estava procurando desativar a sua autossuficência, a fim de que ele pudesse olhar para o poder e as orientações de Deus.
Paulo chegou a lembrar de que Deus é capaz de ressuscitar os mortos, ou seja, se Deus quisesse que ele morresse, poderia ressuscitá-lo da morte, assim como fez com Lázaro.
Lembremo-nos de quando Deus pediu a Abraão que oferecesse seu filho Isaque em sacrifício. Era muito difícil para Abraão entender aquela como uma bênção, mas a sua fé ou confiança em Deus, fez com que ele acreditasse que Deus poderia ressuscitar o seu filho, após a sua morte. (cf. Hb.11:17-19) Isso nos leva à terceira atitude de Paulo.
3. O livramento de Paulo. (1:10)
Repare bem, no modo como Paulo usa o verbo “salvar”. Ele diz que Deus “salvou” e “continuará a salvar” dos terríveis perigos, que o levou a pensar que era o fim. Na verdade, ele está compartilhando o seguinte: “Eu aprendi a confiar em Deus e vou continuar confiando Nele nos próximos períodos de sofrimento e pressão!”
A confiança de Paulo se baseia no que já aprendemos, ou seja, que ele deveria viver em harmonia com Deus por meio de Jesus, a fim de receber os recursos da Sua graça. Esses recursos vêm por meio das orientações Divinas. Então, isso nos leva à sua quarta atitude.
4. Paulo glorifica a Deus. (1:11)
Deus nunca permite que soframos sozinhos, pois Ele sempre envolverá pessoas em nossos dramas pessoais. Deus sempre levanta pessoas para nos abençoar com suas orações ou intercessões sinceras e devemos ser gratos por isso.
Por que Deus faz isso? Deus age dessa forma, a fim de que todos não sejam apenas expectadores passivos, mas participantes ativos através das orações e participem das grandes bênçãos de Deus.
Saiba que Deus, muitas vezes, fará com que nos sintamos fracos, a fim de dependermos da Sua graça. Deus espera que possamos agir com responsabilidade, pois todas as vez
es que agimos intempestivamente, criamos mais problemas e não soluções.
Deus permite que passemos por situações difíceis, a fim de quebrar o nosso problema crônico, ou seja, o nosso orgulho. Paulo sofria desse problema e você deve se lembrar de como Deus não o livrou dessa aflição, a fim de que ele aprendesse a ser humilde diante do Senhor.
A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco. Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo. (2 Co.12:8 NTLH)
Portanto,
Não acredite que Deus jamais permitirá que você passe por sofrimentos e pressões.
Nesses momentos, não confie em si mesmo, ou seja, nos seus recursos pessoais.
Creia que Deus usa os momentos de pressão, para nos ensinar a dependermos Dele.
Creia que Deus, em muitos momentos fragilizará sua vida, a fim de que você encontre prazer na Sua soberania.
Nunca despreze as orações que são feitas a seu favor, por meio daqueles que Deus levanta para participar dos seus sofrimentos.
Creia que Deus sempre compartilhará os Seus recursos com você, em qualquer situação.
Pare de glorificar os problemas, mas glorifique a Deus e desfrute das Suas bênçãos.
Jamais duvide da constante presença de Deus, pois Ele é a tua força!