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É preciso nascer de novo (Walter de Lima Filho – 04.05.2014) 

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João 3:1-7

Quando lemos os Evangelhos, nós nos deparamos com vários desejos de Jesus para os Seus seguidores. Muitos cristãos vão às suas igrejas só para pedir, mas pouco pensam sobre o que Jesus Lhes pede. Jesus não espera que sejamos apenas Seus servos, mas amigos! Ele disse:

icon biblia Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. (Jo.15:14 NTLH)

A palavra “amigos”, usada por Jesus, significa “aquele que se associa amigavelmente com alguém” e no caso, com Ele. Consideremos:

Quem é Jesus para nós? Ele é o Senhor, o nosso Dono.
Quem somos nós em relação a Ele? Servos que desejam se tornar Seus amigos.
Como posso estar associado a Ele? Nascendo de novo para obedecer a Deus.
O tipo de amizade que Jesus oferece é muito transparente, pois quando nos tornamos Seus amigos, Ele tem prazer em nos revelar toda a Sua vontade e planos. (cf. Jo.15:15) No entanto, ninguém pode achar que é amigo de Deus por dedução, mas essa amizade só se desenvolve após o “novo nascimento”. Após o nascimento espiritual, pois Deus é Espírito, a pessoa passa a ver a grandeza e o poder do Seu Reino e se submete a ele.

Nós veremos três fatos importantes sobre como ver e entrar no Reino de Deus.

1. O Reino de Deus não pode ser visto, percebido e experimentado por dedução!

Por que Jesus disse a Nicodemos que “ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo”? Pela razão de Nicodemos ter dito o seguinte: “ninguém pode fazer esses milagres se Deus não estiver com ele”. A ideia é a seguinte:

“Nicodemos, porque tem visto os milagres que eu tenho feito, então, você deduz que Deus me enviou? No entanto, você não pode ver ou discernir o Reino de Deus somente pela observação natural, mas somente pelo novo nascimento.”

1.1. Eu não devo deduzir que o Reino de Deus esteja aqui ou ali, devido aos milagres que vejo.

Nicodemos disse que Jesus viera da parte de Deus por “dedução” e não por “convicção”. Ele deduz que Jesus viera da parte de Deus, devido às Suas obras poderosas que havia visto.

Então, Jesus lhe mostra que por dedução é impossível visualizar ou perceber a realidade do Reino ou o Governo de Deus. Somente uma pessoa que nasce de novo é capaz de enxergar o poder do Governo de Deus e se submeter a ele. Com certeza, Nicodemos não gostou muito da resposta de Jesus, pois ela lhe dizia ser incapaz de perceber o poder de Deus em atuação.

Então, Nicodemos questiona novamente a Jesus (3:4). Não tendo convicções fortes e por viver a sua religião teoricamente, dessa vez, ele questiona a Jesus com certo tom brejeiro ou anedótico:

“É possível para um homem da minha idade, entrar novamente no ventre da minha mãe e nascer de novo?”

1.2. Eu só posso ir para dentro do Reino de Deus pela ação purificadora da Palavra e do Espírito de Deus.

A resposta de Jesus trouxe a Nicodemos a seguinte verdade: o ser humano só pode reproduzir vida natural e ninguém pode adquirir uma natureza espiritual por si mesmo, a não ser que seja purificado pelo Espírito Santo e conduzido por Ele, para dentro do Seu Reino. (3:5) Então, Jesus diz a Nicodemos o que Ele espera de todos os que querem se tornar Seus discípulos:

icon biblia Por isso não fique admirado porque eu disse que todos vocês precisam nascer de novo. (Jo.3:6 NTLH)

Jesus estava falando com um professor da religião e ficou pasmo ao ver que Nicodemos não entendia nada sobre esse assunto! (3:10)

icon biblia O senhor é professor do povo de Israel e não entende isso? (Jo.3:10 NTLH)

Jesus não entendia como Nicodemos era incapaz de estabelecer uma conexão entre a Sua exigência, de que todos teriam que “nascer de novo”, com a promessa feita pelos profetas no Velho Testamento, de que Deus atuaria sobre o Seu povo, a fim de que ele tivesse um novo espírito e um coração obediente.

Nicodemos precisava entender o seguinte: o poder e a realidade do Reino de Deus só podem ser vistos através do próprio Reino, ou seja, a pessoa tem que estar dentro dele, a fim de reconhecer espiritualmente a sua atuação neste mundo. Dentro do Reino é que nós temos a convicção do poder da sua atuação, enquanto fora dele, nós temos apenas uma dedução de que tudo o que vemos pode ser verdade.

1.3. Eu não sou cristão por ter adotado o Cristianismo como minha religião.

Muitos estão dentro de uma igreja por anos, mas não conseguem visualizar ou experimentar a realidade do Reino de Deus. Apesar da alegação de gostarem do lugar, de terem amigos na igreja que frequentam, de gostarem e concordarem com o que é ensinado e desfrutarem psicologicamente de certos ensinamentos, tudo isso ainda não lhes dá a exata convicção de que estão dentro do Reino de Deus.

Eles olham as coisas teoricamente e não conseguem penetrar na dimensão do Governo Divino. Por isso, continuam a praticar coisas que Deus não aprova, pois é impossível para eles observarem suas práticas pelo critério ou “filtro” Divino, pelo fato de estarem do lado de fora do Reino de Deus. Eles deduzem ser cristãos pela “religião” que adotaram.

Sendo assim, quando se deparam com certas verdades mais fortes, que lhes cobram um compromisso maior e mais sério com Deus, por meio de uma vida de comunhão e de novos comportamentos, logo discordam e desistem! Então, é possível notar que tanto a atitude de frequentar a igreja, como a discordância e a desistência são produtos da dedução e não da convicção.

1.4. A prática dos rudimentos religiosos não me capacita a conhecer a mente de Deus, Seu caráter e Seus planos.

Nicodemos “deduzia” ser um líder religioso fervoroso, obediente, zeloso, praticante e conhecedor da vontade, caráter e dos planos de Deus. No entanto, Jesus mostra a Nicodemos que ele não possuía uma “associação” ou amizade com o Pai como também lhe faltava compreensão das Escrituras, do caráter e dos planos de Deus. O que Nicodemos fazia era praticar os rudimentos e as regras da religião, sem entender a mente e o coração de Deus.

Pare e pense: Por que muitos acendem uma vela a Deus, deduzindo que ela iluminará o seu caminho até Ele? Deus é “Luz” e Jesus disse que os cristãos são “luzes” que refletem a glória do Pai Deus sobre a Terra! Então, nen
huma outra luz será necessária. Além do mais, Deus é Onisciente e conhece cada palavra que iremos dizer a Ele, de antemão. Além do mais, Ele é capaz de fazer por nós mais do que imaginamos!

2. O trabalho de purificação do Espírito de Deus, para que eu entre em Seu Reino.

2.1. Que eu me submeta ao trabalho do Espírito de Deus em minha vida.

Ezequiel foi um dos profetas do Velho Testamento e profetizou uma promessa Divina para o povo de Deus no futuro, acerca de uma restauração espiritual:

icon biblia 25 Borrifarei água limpa sobre vocês e os purificarei de todos os seus ídolos e de todas as coisas nojentas que vocês têm feito. 26 Eu lhes darei um coração novo e porei em vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra, desobediente, e lhes darei um coração bondoso, obediente. 27 Porei o meu Espírito dentro de vocês e farei com que obedeçam às minhas leis e cumpram todos os mandamentos que lhes dei. (Ez.36:25-27 NTLH)

Meditemos por um instante sobre as ações de Deus nos versos que lemos:

“Borrifarei água limpa sobre vocês…” Borrifar é espalhar abundantemente a Palavra de Deus sobre o Seu povo. Nós sabemos que o ensino da Palavra de Deus serve para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. (cf. 2 Tm.3:16)
“Os purificarei de todos os seus ídolos e de todas as coisas nojentas que vocês têm feito…” Purificar é limpar moralmente, denota uma poda moral. Quando Deus tem a permissão para nos podar, Ele a faz para que possamos ser felizes ao vê-Lo em ação. (cf. Mt.5:8)
“Eu lhes darei um coração novo e porei em vocês um espírito novo.” Deus não pode habitar em templos feitos pelas mãos humanas. (cf. At.17:24) Deus não pode estar em uma religião manipulada e construída por interesses humanos. Por isso, uma reforma é necessária, a fim de que o Espírito Santo possa habitar em nós e nos mostrar os planos Divinos.
“Tirarei de vocês o coração de pedra, desobediente, e lhes darei um coração bondoso, obediente.” Ao habitar em nós, o próprio Deus combate a dureza do nosso coração, pois somos teimosos e rebeldes. É só por meio da Sua graça em nós, que conseguimos ser obedientes a Ele.
“Porei o meu Espírito dentro de vocês e farei com que obedeçam às minhas leis e cumpram todos os mandamentos que lhes dei.” Este verso bíblico reforça a razão de termos o Espírito de Deus: sermos convictos da Sua atuação em nosso interior, para sermos obedientes a Ele, a fim de cumprirmos os propósitos de Deus na Terra.
2.2. Que a minha aspiração seja a de conhecer e cumprir a vontade de Deus.

Então, novo nascimento ou o nascimento espiritual não surge a partir do homem, mas de Deus. A pessoa que nasce espiritualmente de Deus, aceita e se sujeita ao Seu Governo. A pessoa anseia por ser dirigida pela vontade de Deus. Jesus, certa vez ensinou o seguinte:

icon biblia Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará completamente satisfeitas. (Mt.6:6 NTLH)

Em outras palavras:

“Os que têm forte aspiração por fazer a vontade de Deus serão muito abençoados, porque Deus fará com que estejam constantemente alimentados e satisfeitos com todos os Seus recursos.”

3. A maldição da vida natural e as bênçãos da vida espiritual.

Quando nascemos dos nossos pais humanos, fomos gerados para a vida natural, pois espiritualmente estávamos mortos ou separados de Deus, pela maldição “adâmica”. Nós não nascemos com um coração que ama a Deus, pois, espiritualmente, estávamos mortos.

O estado de morte espiritual é o gerador de todo tipo de comportamento sem peso eterno, imoral e que provoca o vazio no coração humano. Um morto não pode dar vida a si mesmo, então, ele procura ajuda na igreja e na maioria das vezes o que encontra são religião e psicologia humana, que hoje é ensinada em substituição ao Evangelho de Jesus. A pessoa diz: “Eu estou precisando de uma religião para que eu possa melhorar!”

3.1. Tornar-me religioso para me aperfeiçoar moralmente, não trará mudança ao meu caráter e nem vida.

Há muitos que ao perceberem que sozinhos não conseguem nenhuma mudança interior, desesperadamente procuram um “aperfeiçoamento moral e emocional” nas igrejas, porém, continuarão teimosos e rebeldes. Sem a Vida de Deus em seu interior, a pessoa dificilmente encontra forças para lutar contra si mesmo e contra a rebeldia e a teimosia à Verdade Divina, que estão instaladas em sua vida.

3.2. O que eu preciso é de vida interior, proveniente da “Vida do Alto” que só Jesus pode dar.

Nós não necessitamos de um aperfeiçoamento moral ou de religião, mas de uma “Nova Vida”, a Vida que só Deus pode dar em Cristo! O nosso mundo necessita desse tipo de “Vida” e ela deve começar através de cada um de nós. É essa Vida, a Vida de Cristo que nos aperfeiçoa, pois por meio dessa “Vida” é que passamos a conhecer a mente e o poder de Deus. É Jesus habitando dentro de nós que nos conduz aos planos do Pai e à eternidade ao lado Dele.

Na verdade, nós temos religiões demais e dentro delas encontramos vozes que nos oferecem sonhos de riquezas, paz neste mundo e “milhões” de falsas promessas. Poucas são as vozes que nos conduzem aos braços do Pai, aos Seus planos e a desejarmos a eternidade. Por isso, o nascimento espiritual nos oferece algo singular: a oportunidade de vivermos segundo o caráter, pensamentos, a fim de cumprirmos a vontade de Deus.

É a partir daí que a nossa vida pode sofrer uma transformação radical e sobrenatural. Precisamos nascer de novo! Sem ele, nós não entendemos a vida e nem a razão de existirmos neste mundo.

Uma pessoa espiritualmente morta, até pode conservar em si as teorias de um bom procedimento, mas ela não consegue viver de modo aprovado por Deus, pois não há a “Força Interior” que a sustenta.

Você se lembra da parábola do “Filho Pródigo”? (cf. Lc.15) Jesus usou essa parábola para explicar o Reino de Deus. Essa parábola fala de um rapaz que estava “dentro” da casa do pai, mas que se apaixonou pelas coisas de “fora”. Ele olhou o mundo sem levar em conta o que Deus poderia Lhe dizer.

O “filho pródigo”, que era o filho mais novo, resolveu pegar parte da sua herança e ir para uma região distante. Longe da sua família, viveu de modo desregrado, em terras distantes. Perdeu a ética, a moral e todos os seus recursos que poderia ter desfrutado na casa do seu pai. Quando se encontrou no fundo do poço, só lhe sobrou duas opções: ser orgulhoso e tentar mostrar que poderia se virar sozinho, ou voltar para os braços do seu pai e depender dos seus recursos.

Ele caiu em si e pensou nos empregados do seu pai que tinham comida de sobra, enquanto ele passava fome. Ele escolheu o caminho da humildade para dizer ao seu pai, o quanto estava errado nas decisões que tomou.

icon biblia 18 Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: Pai, pequei contra Deus e contra o senhor 19 e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores. (Lc.15:18,19 NTLH)

Nestes versos, nós encontramos duas coisas importantes:

Ele está tomando uma decisão pela perspectiva de Deus – “pai, pequei contra Deus…”
Ele não queria apenas ser aceito de volta, mas queria “ser útil” na casa do seu pai: “Me aceite como os trabalhadores que prestam serviço ao senhor!”
Toda pessoa que nasce espiritualmente, não vive apenas para desfrutar das bênçãos do Pai Eterno, mas deseja ardentemente se sujeitar às ordens de Deus, com uma atitude de servo. Ele não deseja apenas “frequentar” a Casa do Pai, m
as “ser útil” dentro dela. Ninguém toma uma decisão como essa, se não for dirigido pelo Espírito Santo!

Voltando à parábola, o rapaz saiu a caminho de casa e veja como foi a atitude do pai:

icon biblia Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou. (Lc.15:20 NTLH)

As atitudes do pai revelam as atitudes de Deus àqueles que voltam para o Seu convívio:

O filho ainda estava longe, mas ele vem com uma nova disposição moral no coração. Deus conhece os nossos corações e ainda que não estejamos dentro do seu Reino, Ele sabe quando temos a disposição correta para aceitarmos as Suas condições.
O pai o avistou, pois nunca tirou os olhos da estrada, esperando a volta do filho. Deus nunca desvia os olhos daqueles que Ele escolheu desde a eternidade! Ele espera ansiosamente pela volta de Seus filhos teimosos e rebeldes aos Seus braços.
O pai teve pena da condição do filho. Deus está sempre disposto a usar de misericórdia para com aquele que se arrepende dos seus maus caminhos.
O pai correu na sua direção. Quando você é capaz de perceber seus erros e sinceramente deseja o perdão e a comunhão com Deus, Ele é rápido em vir à sua direção, a fim de não deixá-lo sozinho. Deus dá a Sua amizade, comunhão e proteção.
O pai o abraçou e o beijou. Ninguém entra para o interior do Reino de Deus pela sua própria força ou resolução própria, mas é recebido do lado de fora e conduzido para dentro com amor e amizade sincera!
Apesar de o filho ter se encontrado com seu pai, recebido seu amor e misericórdia, ele ainda receberia a honra por ter retornado ao lugar, de onde nunca deveria ter saído. O pai pediu que seus empregados que trouxessem rapidamente roupas e sandálias novas, assim como um anel que simbolizava a renovação do pacto entre os dois e o conduz para dentro da sua casa. (cf. Lc.15:22,23) Por que tudo isso? A resposta está na declaração do pai:

icon biblia Este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado. (Lc.15:24 NTLH)

Do lado de fora da casa do pai, o rapaz recebeu a misericórdia, o anel e as roupas e sandálias novas, mas foi dentro da casa que houve uma festa e maiores suprimentos. Há muitos que vivendo do lado de fora do Reino de Deus, deduzem serem amados por Deus e que são aceitos como estão.

No entanto, não recebem a plenitude da misericórdia Divina, não se reconciliam com o Criador, não recebem roupas e sandálias novas para entrarem no Seu Reino. Tristemente, permanecem do lado de fora e não desfrutam dos infinitos recursos de Deus.

Para Jesus há apenas dois tipos de pessoas: a que está espiritualmente morta e a que nasce de novo. Aquela que despreza as dádivas e oportunidades do Criador e a que sente prazer em ser constantemente sustentada pelos Seus recursos.

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