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Sacrifícios que agradam a Deus

 

(Walter de Lima Filho – Domingo – 15/09/2013)

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Hebreus 13:16

A carta aos Hebreus foi escrita para aconselhar os judeus cristãos, para que não inserissem no Evangelho de Cristo, a prática dos sacrifícios de animais e outras mais como a circuncisão, mas que confiassem no sacrifício de Jesus e que a partir Dele, oferecem a Deus sacrifícios que O agradasse.

Eu não sei de qual religião você veio, mas ao aceitar o chamado de Cristo, você não deve voltar a praticar os atos religiosos que praticava antes de Ele entrar na sua vida. Hoje, você deve aprender a viver pela fé em Cristo e não deve substituí-lo por sal grosso, toalhas benzidas, águas milagrosas e tantas outras práticas que são provenientes do ocultismo e da magia, mas nunca do próprio Jesus. Esses são sacrifícios que não agradam a Deus.

Na semana retrasada, eu meditei com vocês sobre “Sacrifícios de Louvor” (13:15) e procurei explicar que esse tipo de sacrifício não se refere a apenas cantar hinos a Deus, mas a atitudes que O engrandecem, pois se assim não for, tudo será trabalho, estratégia esforço pessoal ou da mente e sem nenhum valor espiritual, pois não provém de um coração submisso ao senhorio de Cristo. Por exemplo:

• Muitas pessoas que ocupam funções numa igreja fazem tudo do modo como lhes foi ensinado a fazer. Elas cumprem suas funções tecnicamente, tornando-as num hábito frio e não com a intenção de que Deus manifeste Sua presença. Isso é trabalho ou estratégia da mente e não sacrifício que produz louvor a Deus.

• O cônjuge muda a sua maneira de se portar com o seu parceiro, na tentativa de conseguir benefícios próprios, sejam eles religiosos ou não. Isso é trabalho ou estratégia da mente e não sacrifício que produz louvor a Deus.

• O filho passa agradar a seus pais, a fim de conseguir coisas do seu interesse. Isso é trabalho ou estratégia da mente e não sacrifício que produz louvor a Deus.

• O mesmo se aplica aos pais, patrões e empregados.

Em nenhum dos casos apresentados, vê-se o desejo da pessoa em procurar abençoar o próximo pela ação de Deus através dela, mas age por si e só para si mesma. Ela não visa ver a outra pessoa transformada pela glória de Deus, mas somente benefícios pessoais. Quando uma pessoa sabe como alcançar coisas pela sua própria estratégia mental, e usa até verdades bíblicas para conseguir o que quer, ela não está servindo a Deus, mas a si mesma!

Sacrifícios que produzem louvor a Deus têm a ver com a atitude de “fé e obediência” que você toma em relação às Verdades Divinas, a fim de que Seu pleno poder possa ser visto pelas pessoas e elas considerem as tremendas mudanças e transformações que ocorreram na sua vida. Essa forma de agir não visa interesses pessoais, mas sim, abençoar terceiros porque você ama a Deus e quer que Ele seja conhecido.

Procure entender o que Jesus disse: (…) brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus. (Mt.5:16 NVI) Quando você alcança o que quer pelo seu próprio esforço, e até usando verdades bíblicas, não pense estar cumprindo a lei de Cristo, pois não é a glória de Deus que está se manifestando, e sim, o seu esforço humano na realização da sua vontade. Isso não tem a ver com espiritualidade cristã, mas é trabalho ou estratégia da mente e não sacrifício que produz louvor a Deus.

É interessante que muitos cristãos, para conseguirem o que querem se sujeitam a vários tipos de práticas, sem analisar se algumas delas são de origem Divina, pagã ou satânica. O que vale é a realização dos desejos pessoais e não a vontade de Deus. Nós, como cristãos, não devemos agir desse modo, pois isso é sermos negligente para com as ordens do nosso Supremo Criador.

Ser negligente para com Deus, Seus princípios e sabedoria, é algo para se pensar com muita seriedade. É por isso que quero compartilhar com vocês o verso seguinte: Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada. (Hb.13:16 NVI)

1. Procuremos entender o texto bíblico:

1.a. “Não deixem…” (13:16a NTLH)

O que o autor está dizendo com essas palavras? No grego significa “não ser negligente” e ainda: esquecer, entregar algo que é importante ao esquecimento e não procurar mais, por causa da preguiça ou desleixo.

Nós temos visto pela imprensa em todos os seus níveis, o que a negligência é capaz de produzir. Há poucos dias, uma obra na zona leste de São Paulo desabou no período da sua construção por negligência! Não faltaram avisos e dos próprios trabalhadores da obra. O resultado foi que vários trabalhadores ficaram feridos e outros morreram sob os escombros.

Os que avisaram sobre o possível desastre e continuaram na obra, não foram negligentes para com suas próprias vidas? Por que continuaram a trabalhar sob iminente risco? Pelo salário ou o quê? Os que foram avisados sobre o possível desastre, não foram negligentes e por que continuaram a obra? E os fiscais, que segundo alguns da imprensa, sabiam do risco, não foram negligentes? Por que não embargaram a obra?

Quando Deus nos pede para fazermos algo, é porque aquilo é bom e trará benefícios extraordinários, espirituais e morais, tanto a outros como a nós mesmos. No caso da obra que ruiu na zona leste, se os funcionários tivessem parado o trabalho, os técnicos ou superiores, poderiam pensar melhor a respeito das estruturas avariadas, pois estariam pensando no bem- estar dos funcionários e não correriam o risco de manchar suas carreiras.

Em relação ao que se dedica a pregar a Palavra de Deus, se ele for negligente nos seus estudos sagrados, pregará sempre a mesma coisa em qualquer verso da Bíblia e não edificará a Igreja. Se o aluno for negligente aos estudos, que fim terá? Se o cônjuge for negligente ao seu parceiro criará um relacionamento fraturado. Se o patrão negligente aos seus funcionários, imagine o clima dentro da empresa! Se os funcionários forem negligentes ao seu ofício e ao patrão, terão uma carreira curta.

Quando você se torna negligente ao que é “mais importante”, buscará apenas, o que você acha ser importante e prazeroso para o seu momento. Jesus disse: O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? (Mc.8:36 NVI) Perder a vida verdadeira é des
truir a própria alma – para que ela não desfrute da vida elevada e verdadeira –, e se tornar prisioneiro das paixões é perder o verdadeiro sentido da inteligência e sabedoria.

Para com o que não devemos ser negligentes?

1.b. “… fazer o bem e de ajudar uns aos outros…” (13:16b NTLH)

Neste ponto, eu quero tratar de duas atitudes específicas, que de acordo com Deus não devem ser negligenciadas: “Fazer o bem e ajudar uns aos outros.

Fazer o bem” não é o mesmo que deixar de praticar o que é mal, mas é fazer algo para que Deus manifeste a Sua Glória ou o Seu pleno poder, através do que Ele nos pede para ser feito. Nós aprendemos pela Bíblia, que quando fazemos o que Deus nos pede, praticamos o que Ele chama de “boas obras” ou beneficência.

Ajudar uns aos outros, ou repartir o que temos com outras pessoas, como aparece em outras versões da Bíblia, significa gerar “irmandade, comunhão, comunidade para uma mútua cooperação e intenção”, pois a palavra grega usada aqui é “koinonia”. Eu entendo que toda boa obra que fazemos pelo poder de Deus, deve produzir relacionamentos sadios.

O salmista Davi disse: Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! (Sl.133:1 NVI) A idéia do salmista é que a unidade entre pessoas traz amizade verdadeira, encanto, delícias, música, alegria e benefícios, ou seja, a manifestação da glória de Deus.

Imagine uma casa onde os seus membros não se entendem, porque cada um procura apenas os seus próprios interesses. Eles não querem pôr em prática a vontade de Deus e, por consequência, não experimentam a presença poderosa do Senhor, pois não estão vivendo para agradar ao Criador, mas sim, a si próprios.

Não só uma família pode sofrer desse tremendo mal, mas uma igreja local também sofre, quando seus membros negligenciam a prática das boas obras que geram comunhão, respeito e cooperação mútua.

E a sociedade, não sofre desse mal ao buscar cada um o seu próprio interesse? Para que a presença gloriosa de Deus seja vista, necessário é seguir a lei de Cristo anunciada por Paulo: Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros. (1 Co.10:24NVI) A pergunta que eu faço é: “Quem está disposto a viver esse princípio?

Como certeza, o primeiro pensamento que vem é: “Viver por esse modo é deixar de viver!” Saiba que isso não é verdade, pois Deus jamais nos pediria algo com a intenção de nos prejudicar. Ele quer nos usar para abençoar outras pessoas que estão longe Dele, e completamente perdidas em suas paixões e dramas pessoais.

Não estou dizendo que é fácil, mas que devemos aceitar a palavra que vem de Jesus: (…) Tudo é possível àquele que crê. (Mc.9:23 NVI) E por que não pedir a Ele que nos capacite a crer Nele? (…) Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade! (Mc.9:24 NVI)

Nós não fomos chamados por Deus para vivermos uma vida descrente ou sem a fé verdadeira! A negligência não deve ser a marca de um cristão verdadeiro, mas sim, a diligência, que o leva a praticar o que agrada a Deus e a desfrutar das Suas bênçãos como benefício.

1.c. “São esses os sacrifícios que agradam a Deus.” (13:16c NTLH)

Ninguém procurará agradar a Deus se não O amar. Se a pessoa não crê que o que Deus lhe pede é o melhor para sua vida, não desejará se render a Ele e nem obedecê-Lo. No entanto, eu espero que você tenha o desejo de ser um cristão verdadeiro, com um ardente desejo de obedecê-Lo, pois essa atitude provará que você entendeu o chamado Divino para sua vida.

Muitos cristãos verdadeiros sacrificaram suas vidas, para que a Bíblia estivesse em nossas mãos e continuássemos aprendendo lições preciosas, que fortalecem nossas vidas. Muitos atravessaram oceanos e entraram em terras estranhas, para levar a Palavra de Deus e lá, depois de árduo trabalho, encontraram perseguições e a morte. Eles não negligenciaram o chamado Divino e foram “a voz do Altíssimo” a outros povos.

Como Jesus indagou a Pedro na praia, Ele também nos questiona em nosso caminho, se O amamos e compreendemos Seus planos e a razão dos mesmos em nossas vidas e neste mundo. Nós O amamos? Se sim, procuremos agradá-lo.

2. Então, que nós vivamos uma vida que agrade a Deus.

2.a. Sejamos diligentes e não negligentes ao que Deus nos pede.

Quem trabalha a sua terra terá fartura de alimento, mas quem vai atrás de fantasias não tem juízo. (Pv.12:11 NVI) O verbo trabalhar, no hebraico, significa na forma simples “trabalhar ou servir à terra”. Esse verbo era usado também para a atitude de “servir a Deus com uma tarefa levítica”. Ir atrás de “fantasias” refere-se “correr atrás do que é vão ou vazio”. Como disse Salomão: “correr atrás do vento”! Quando somos cuidadosos com as propostas que nos são apresentadas e nos dedicamos a trabalhar arduamente a nossa vida de comunhão com Deus, com certeza, seremos tremendamente abençoados por Ele.

Quem relaxa em seu trabalho é irmão do que o destrói. (Pv.18:9 NVI)

2.b. Esforcemo-nos para oferecer sacrifícios que agradem a Deus.

Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Ef.2:10 NVI) Paulo estabelece uma verdade sobre a nossa conversão: nós somos uma “criação Divina” realizada por meio de Cristo, e a finalidade de sermos salvos do mundo é fazermos no próprio mundo as boas obras já estabelecidas por Deus antes da fundação do universo.

Quando Adão foi criado, Deus o fez da terra que havia emergido das águas salgadas no “terceiro dia” da criação. Então, o SENHOR soprou em Adão a vida. Jesus morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou, a fim de que Nele e por meio Dele, Deus nos criasse e pertencêssemos à Sua Igreja. A Igreja se prefigura em Eva, que foi formada a partir de Adão, e nós, a partir de Cristo.

Paulo diz: Ele [Jesus] se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, d
edicado à prática de boas obras
. (Tt.2:14 NVI)

Ao praticarmos “o que Deus planejou de antemão”, fará com que o Seu poder seja manifesto e visto em um mundo escuro e sem a luz Divina. Você deve se lembrar da declaração do soldado romano ao pé da cruz: Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: “Realmente este homem era o Filho de Deus! (Mc.15:39 NVI) Quando morremos para nós mesmos pela Verdade Divina, ela nos dá a vida Daquele que morreu por nós!

O efeito da obediência de Jesus ao morrer pela salvação das pessoas fez com que as portas de seus corações se abrissem para o chamado Divino, a fim de se aproximarem do Pai. Mesmo em tempos de crise, tome a decisão de confiar em Deus, e por meio de Cristo, alegre- se sempre Nele. Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá aos desejos do seu coração. (Sl.37:4 NVI)

Nem sempre o sofrimento é o fim de tudo, mas é um caminho para o colo do Pai. Deleitar-se no Senhor, traz a idéia daquela criança que pula no pescoço de seu pai, que se assenta no seu colo e brinca com ele, porque tem todo o carinho dele.

Obedeça sempre a Deus e procure cumprir o que Ele pede, sempre com um coração de uma criança inocente, que espera do Pai todo o Seu cuidado.

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