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Contristados, mas alegres com Deus!

(Walter de Lima Filho – Domingo – 22/09/2013)

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1 Pedro 1:3-7

Eu sei que muitos de vocês estão passando por sérias lutas. No entanto, alguns estão sofrendo injustamente por causa da Verdade do Evangelho, enquanto outros sofrem justamente, por causa de seus próprios erros. Quem sofre por causa da sua conduta cristã, não deve se envergonhar, mas que ninguém sofra por praticar o mal, pois o sofrimento dessa pessoa é uma consequência de seus erros.

O que injustamente sofre, deve buscar na Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo, a direção de Deus para suportar e superar o seu sofrimento. Já o que sofre justamente, deve buscar a Deus, confessar seus erros e buscar no Senhor o comportamento bíblico, para suportar e superar o seu sofrimento.

Esta carta foi escrita por Pedro por volta de 60 a 65 d.C, aos cristãos que haviam sido perseguidos e expulsos de Jerusalém e que naquele momento, se encontravam espalhados em diferentes lugares do mundo romano. (1 Pe.1:1) Pedro pede a todos que:

• Não desanimassem da fé, devido às lutas e perseguições.

• Confiassem na escolha de Deus para serem Seus filhos de acordo com Seus propósitos.

• Cressem no trabalho do Espírito Santo, a fim de serem dedicados a Deus.

• Confiassem na obra de Cristo para purificação de suas almas, a fim de que tivessem um tremendo desejo de agradarem a Deus.

• Que todos soubessem das súplicas de Pedro, para que Deus os libertasse de toda inquietação e medo interior. (1 Pe.1:2)

Somente aquele que conhece o trabalho de Deus em Cristo na sua vida, consegue enfrentar as lutas que lhe sobrevêm neste mundo, com fidelidade e confiança, na direção e proteção que Deus dá. Ele enfrenta essas lutas e permite que, em meio a elas, Deus aperfeiçoe e purifique a sua fé. O verdadeiro cristão não enraíza a sua fé no que é sem valor, que se estraga e que será destruído, mas ele está concentrado nas ricas bênçãos que Deus lhe tem guardado na eternidade.

Há uma crença errada no meio cristão, de que o filho de Deus não passa por lutas, perdas e tristezas. Entretanto, não é isso o que o Evangelho e os ensinos dos apóstolos nos mostram. Em meio às adversidades, observemos os conselhos de Pedro.

1. Apesar das lutas, que eu louve ao Deus e Pai do meu SENHOR Jesus Cristo. (1:3)

Foi Deus Quem gerou Jesus Cristo e foi Ele Quem conduziu o Seu Único Filho, o nosso SENHOR, a tantos sofrimentos que culminaram na Sua morte na cruz. No entanto, pelo próprio poder do Pai, Ele ressuscitou dentre os mortos, vencendo um inimigo que nós, seres humanos e afastados de Deus pela desobediência, não poderíamos vencer.

Como Paulo ensinou, Jesus foi obediente ao Pai, que O exaltou sobremaneira, ou seja, Ele recebeu toda a “excelência, poder e autoridade” do Pai para ser SENHOR! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. (Fp.2:9-11 NVI)

A exaltação de Jesus não se deu logo no início do Seu ministério, mas após muito sofrimento e Sua morte na cruz pela Sua obediência, morrendo pelos nossos pecados. Jesus foi humilde e nos deu exemplo, que todos os que se humilham perante Deus serão honrados por Ele. Pedro disse: Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. (1 Pe.5:6 NVI)

Humilhar-se é não tentar ser “deus de si mesmo”, mas é colocar-se sob o governo ou direção de Deus, a fim de andar conforme os Seus planos, que muitas vezes, se dão dentro de grandes provas. É em meio a essas lutas que nós devemos pensar no que somos e no que Deus fez e ainda fará por nós. O verdadeiro cristão não joga a sua fé na lata do lixo; antes, encontra razões para celebrar a Deus. Por quais razões eu devo louvar a Deus em meio às lutas?

Louvemos a Deus pela sua grande misericórdia. A misericórdia Divina é uma das manifestações da glória de Deus. É demonstração da Sua bondade para aqueles que Ele chama, a fim de viverem em comunhão com a Sua santidade. Por nós mesmos, jamais buscaríamos a Deus e nem tentaríamos crer Nele. Por nossa vontade, nunca buscaríamos Seu arbítrio e governo.

Como a Bíblia ensina, nós estávamos desgarrados como ovelhas perdidas e sem pastor. Nós estávamos perdidos em nossos pecados e intenções maliciosas e maldades. Graças à Sua grande misericórdia, nós podemos comungar com Ele, ouvir Sua voz e conhecer a Sua Verdade, que nos dão a condição de olharmos a vida com outros olhos, ou seja, com sabedoria.

Louvemos a Deus pela nova vida ou esperança viva, que está em nossos corações, por meio da ressurreição de Jesus. Essa vida ou esperança viva significa a vida correta, poderosa em si mesma, que nos capacita a viver em qualquer situação. Além do mais, ela gera uma esperança concreta no coração, que o Autor dessa nova vida fará por nós mais do que pensamos ou imaginamos.

2. Que eu anseie possuir a verdadeira riqueza de Deus na eternidade. (1:4)

A verdadeira riqueza das bênçãos de Deus só poderá ser vista na eternidade, pois tudo o que nesta vida, inclusive o que recebemos de Deus como bênçãos materiais, perdem o valor, se estragam e serão destruídas.

Quando foi a última vez que você viajou para um lugar paradisíaco? Você voltou e mostrou fotos, falou das belezas do lugar e da vontade de regressar àquele recanto. No entanto, sempre que ouço as pessoas falarem das suas viagens, eu também as escuto dizendo: “Sabe, teve uma hora que me deu vontade de voltar para casa!” Isso quer dizer que mesmo um paraíso terrestre cansa!

Às vezes, pessoas me pedem orações e oramos juntos, a fim de que Deus possa abrir uma porta de emprego. Depois de dois ou três meses, a mesma pessoa diz que está cansada, trabalhando muito, e que se continuar assim não irá aguentar! Pode uma bênção se tornar uma maldição? Pois é isso o que parece!

Alguém me diz: “Walter, comprei um carro novo, ele é dos bons e foi Deus Quem me deu!” Depois de um tempo, essa mesma pessoa já se cansou do seu belo carro e deseja comprar um mais bonito e mais possante!

Assim é também com o casamento! Uma entrada de príncipe e princesa, arranjos caros, uma festa maravilhosa para muitos convidados que recepcionam os noivos com toda a pompa e votos de felicidade. Depois de um tempo, descobrem a dificuldade da vida a dois e o relacionamento vai se desgastando, devido às opiniões diferentes que geram atritos no relacionamento.

Tudo nesta vida não é perfeito, traz sofrimento, desgaste, det
erioração e é só buscando os princípios na Verdade de Deus, para seguirmos em frente com maturidade. O que Deus reservou para nós no “Céu” jamais irá sofrer qualquer tipo de desgaste, perder o valor, estragar ou ser destruído!

Não estou dizendo para desprezarmos o que Deus pode nos oferecer nesta vida, mas que precisamos da Sua ajuda e direção, a fim de não depositarmos toda a nossa confiança nessas coisas. Deus ama suprir nossas necessidades e quando as supre é para que tenhamos os recursos suficientes, a fim de continuarmos fazendo a Sua vontade. Os suprimentos de Deus abrangem tanto a área material, emocional, mental e espiritual.

No entanto, Jesus nos deu uma ordem muito clara: Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal. (Mt.6:33,34 NVI) De modo simples, Jesus está dizendo que em meio às preocupações, que nós devemos buscar nos colocar sob o Governo Divino e andar de um modo que O agrade. Que confiemos na provisão Divina, pois o Pai cuidará dos que assim vivem!

3. Que pela fé, eu creia na proteção de Deus. (1:5)

Só pode desejar as riquezas de Deus na eternidade aquele que creu; portanto, Paulo nos diz que apesar de gemermos e nos angustiarmos, por estarmos ausentes da eternidade e da presença do Pai temporariamente, temos a certeza de uma habitação celestial rica e abençoada por Ele. Ele nos diz que nós cremos nessas coisas, não porque as vimos, mas por que cremos. Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos. (2 Co.5:7 NVI)

O substantivo “” no texto bíblico significa: “convicção que provém da Verdade Divina, fidelidade a Deus, confiança no relacionamento com Ele, um fervor santo que nos leva a rendermos nossas vidas ao Pai”. Essa confiança nos conduz a aceitarmos a proteção, a direção ou a vigilância Divina. Neste mundo tenebroso, nós devemos andar confiantemente na orientação de Deus e aguardar a manifestação da volta de Cristo Jesus, que concretizará a nossa salvação eterna.

A volta de Jesus será motivo de grande alegria para os filhos de Deus e de grande tristeza para muitos, pois ela representa o início do grande julgamento Divino. Quanto a isso, Paulo pregando em Atenas disse: Pois [Deus] estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou [Jesus]. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. (At.17:31 NVI)

Cada ser humano terá de comparecer perante Jesus, para receber uma sentença: Céu ou inferno. O julgamento Divino é justo e não é como os daqui desta terra, que muitas vezes são recheados de “acordos” e que se tornam injustos nas suas decisões. Todo cristão verdadeiro e cada ser humano deveria ter no coração as palavras de Paulo: Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. (Gl.6:7 NVI)

Enquanto Jesus não retorna para buscar a Sua Igreja e levá-la a desfrutar de todas as delícias eternas, que nós suportemos esse tempo de muita incredulidade, com toda confiança nas grandes promessas de Deus. Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança. (Sl.130:5 NVI) O homem de Deus nos diz: Sejam fortes e corajosos, todos vocês que esperam no Senhor! (Sl.31:24 NVI)

4. Por causa das Suas grandes promessas, mesmo cercado de lutas, que eu me “alegre em Deus”! (1:6)

Alegrar é saltar de alegria, ter excesso de alegria, regozijar-se. Eu me lembro de um filme em que a filha esperava ansiosamente a volta de seu pai da guerra. Ela e sua mãe estavam em necessidade, mas quando a mãe viu o esposo na estrada de terra, disse à filha: “Olha, o papai está chegando!” A menina começou a pular, a saltar com excesso de alegria. Lembrar a criança que vê o pai voltando da guerra. Ele não trouxe nenhum presente em sua mochila, mas houve festa, alegria pela volta e presença do esposo e do pai!

Apesar de não trazer nada para elas, ele trouxe conforto e o desejo de cuidar da sua esposa e da sua filhinha. A sua presença trouxe encorajamento, ânimo para ambas. Que nós possamos saltar de alegria, ao percebermos a presença de Deus conosco, pois ela nos encoraja e nos anima. Quando temos a presença de Deus, temos o Seu cuidado e todo o Seu amor a nosso favor.
A Bíblia ensina que em qualquer situação eu devo ser obediente, respeitar a Deus e fazer Dele a minha fonte de alegria. Esse é o significado das palavras do salmista: Adorem ao Senhor com temor; exultem com tremor. (Sl.2:11 NVI)

Davi, um homem que amava e respeitava a Deus, nos inspira a confiarmos na grandeza de Deus: Que fiquem alegres e contentes todos os que te adoram! E que os que são gratos pela tua ajuda digam sempre: “Como o SENHOR é grande!” (Sl.40:16 NVI)

5. Em vez de ceder ao desânimo, que eu entenda a razão de tantas provações. (1:7)

Você não aceita uma amizade só por aceitar, mas exigirá provas de que ela é verdadeira. Quem tem muitas amizades sempre tem muitos falsos amigos. No entanto, há amigos que acabam sendo mais fiéis que um irmão. Não é isso o que a Bíblia diz? Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão. (Pv.18:24 NVI)

Toda amizade verdadeira tem um custo: a fidelidade. Assim também são os “amigos de Deus”. Eles devem ser fiéis a Ele em todas as circunstâncias. Você não levaria para dentro da sua casa, alguém que se diz ser seu amigo, mas que é infiel à sua amizade. Deus não levará para a Sua santa habitação os que são infiéis a Ele!

A amizade verdadeira deve ser provada e os amigos de Deus devem ser provados na sua amizade com Ele, pois não foi assim com Abraão, que é chamado na Bíblia de amigo de Deus? Abraão é assim chamado por ter confiado em Deus e andado fielmente nos Seus caminhos. (cf. Tg.2:23; 2 Cr.20:7; Is.41:8)

As provações servem para mostrar que a fé
que temos em Deus é verdadeira, para que depois de confirmada a pureza da nossa fé pelo fogo da provação, nós recebamos a aprovação do Pai.

Meu irmão e minha irmã: “Não desista de Deus pelo fato de estar enfrentando situações difíceis”. Analise se o que você está passando é proveniente de erros cometidos ou por injustiças por causa da sua fé e uma vida verdadeira em Cristo. Ainda que contristado, alegre- se em Deus!

Conclusão:

1. Apesar das lutas, que eu louve ao Deus e Pai do meu SENHOR Jesus Cristo. (1:3)

2. Que eu anseie possuir a verdadeira riqueza de Deus na eternidade. (1:4)

3. Que pela fé, eu creia na proteção de Deus. (1:5)

4. Por causa das Suas grandes promessas, mesmo cercado de lutas, que eu me “alegre em Deus”! (1:6)

5. Em vez de ceder ao desânimo, que eu entenda a razão de tantas provações. (1:7)

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