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Ódio e tragédias, males que nos cercam

(Walter de Lima Filho – Terça – 15/01/2013)

Se preferir faça o download: http://www.comunidadehebrom.com.br/site_novo/a_igreja/pregacoes/mp3/15_01_2013.mp3””>

Lucas 13:1-5

Todas as vezes que o verão chega ao sudeste e o sul, nós assistimos com muito pesar as enchentes que destroem moradias, empobrecem famílias e que ceifam vidas. É uma “tragédia”! Nós sabemos pelos noticiários, sobre o crescente número de crimes em nossa cidade e país. Que lições espirituais nós podemos tirar disso tudo?

O nosso texto bíblico revela uma época de ódio e tragédias.

Roma odiava os judeus e estes também os odiavam. Os judeus religiosos odiavam os galileus, como ao “Mestre” da Galiléia que pregava ser o Messias. Os judeus religiosos odiavam Pilatos e este, também os odiava desprezando suas convicções religiosas. Que mundo! O nosso não é diferente!

Pilatos foi enviado por Roma àquelas terras pelo seu ódio ao povo judeu e levou consigo as insígnias romanas para a cidade de Jerusalém, o que enfureceu os líderes religiosos judeus, que se ofenderam com a imagem de César na Cidade Santa. Pilatos ameaçou matar os que protestaram e estes, por sua vez, se declararam dispostos a morrer! Pilatos cedeu e transferiu as insígnias para Cesaréia, mas esse não foi o fim do conflito.

O texto que lemos, pode referir-se à época em que Pilatos apropriou-se do dinheiro do tesouro do Templo, para ajudar a financiar a construção de um aqueduto. Uma multidão de judeus irados reuniu-se para protestar, mas desta vez não deu certo, pois Pilatos colocou soldados à paisana no meio do povo, para matar a sangue frio os que protestavam. O ódio dos religiosos contra o governador romano só aumentou e ele continuou assassinando a muitos judeus.

A brutalidade assassina de Pilatos foi tamanha que Josefo, historiador judeu, diz que o governo de Roma o chamou de volta em 36 d.C.. A história nos fala das inúmeras revoltas nacionalistas na região, que culminou com a entrada do General Tito e suas tropas em Jerusalém no ano 70 d.C., quando ele destruiu o Templo, iniciando uma grande dispersão dos judeus pelo mundo. Era uma época de ódio e tragédias!

Tome muito cuidado com comentários. (v.1)

O texto não nos fala, mas quem fez e qual foi a razão daquele comentário? Poderiam ser amigos tentando proteger Jesus de Pilatos? Eram ativistas políticos, tentando obter o apoio de Jesus e de Seus seguidores à causa deles? Inimigos que queriam intimidar Jesus, sendo considerado como um galileu e provocá-lo a um comentário violento contra o governo Romano, a fim de que Ele sofresse as consequências de tal precipitação? Eu, particularmente, acredito nesta hipótese.

Nesta vida, nós devemos tomar muito cuidado com a “inocência aparente”, pois atrás dela pode estar um espírito inconseqüente e sensacionalista. Se o SENHOR sabe o que acontece até mesmo no mundo dos mortos, como poderá alguém esconder Dele os seus pensamentos? (Pv.15:11 NTLH)

O ódio no coração humano é uma grande tragédia.

Havia em Israel e como há hoje em dia, um pensamento popular no meio religioso, de que o sofrimento sempre acontece em consequência do pecado. Não é interessante que eles comentaram com Jesus sobre o massacre de vários galileus? Afinal, o povo da Galiléia não era respeitado pelos judeus religiosos naquela época.

Jesus não aborda o problema do sofrimento humano, mas diz que ninguém está livre do mal humano e de grandes tragédias. Nos versos 2 e 3, Jesus os questiona: Vocês pensam que, se aqueles galileus foram mortos desse jeito, isso quer dizer que eles pecaram mais do que os outros galileus? De modo nenhum! (…) (NTLH) Então, Jesus aponta para uma catástrofe que aconteceu fora da Galiléia: (…) lembrem daqueles dezoito, do bairro de Siloé, que foram mortos quando a torre caiu em cima deles. Vocês pensam que eles eram piores do que os outros que moravam em Jerusalém? (Lc.13:4 NTLH) Esse mal veio de Deus? A quem eles condenariam?

O mal no coração humano sempre anda à procura de um culpado, para os males que acontecem e dessa forma, o ódio se estabelece. Você percebe para onde Jesus os está conduzindo? Jesus quer que eles olhem para dentro de si mesmos e percebam o espírito que os dominam.

Um pregador, professor ou mestre da Bíblia, pode pregar o Evangelho com ódio no coração, com um espírito de condenação, não esperando que a graça de Deus venha agir. Não foi assim com Jonas? Ele ficou decepcionado com Deus ao salvar os ninivitas, um dos piores inimigos de Israel. Jonas pregou a mensagem certa, mas com um espírito errado e ele não foi recompensado em seu interior. (cf. Jn.4)

Jesus deixa claro para os “comentaristas”, que tragédias sempre acontecem no mundo e nem sempre elas são o castigo Divino, mas que é errado assumir o papel de Deus como Juiz, condenando os outros.

Esteja preparado, você vai morrer de um jeito ou de outro! Volte-se para Deus.

Jesus declara uma verdade nos versos 3 e 5: Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram. (NTLH) Jesus está declarando que as pessoas morrerão por meio da ação do mal (v.3), ou por tragédias (v.5). O importante é estar preparado para morrer!

Qual era a condição espiritual dos galileus que morreram pelo mal de Pilatos? E a dos construtores que morreram naquela tragédia da torre em Siloé? É justamente essa pergunta que devemos fazer a nós mesmos, pois vivemos em um mundo violento em todos os sentidos.

O problema do mal é dividido em: “males naturais” e “males morais”:

• Males naturais: Desastres provenientes dos distúrbios da natureza, como terremotos, tsunamis, enchentes, incêndios, etc.

• Males morais: Danos que são resultantes da vontade pervertida dos homens, que se mostram desumanos no tratamento que dão uns aos outros.

Eu não posso explicar as razões de Deus para permitir tudo isso. No período de Josué para que ele vencesse a guerra, Deus deteve a rotação da terra e não aconteceu nenhuma catástrofe. No entanto, em outras situações, Deus permite que o mal em suas variações nos encontre! Eu não sei
como vou morrer, mas procurarei estar preparado para a morte.

A questão é: Por que a vida me foi dada? Que direito eu tenho de viver? A vida me foi dada por Deus e é Ele que me dá o direito de viver, mas como irei morrer e o modo como isso acontecerá só Ele sabe. Portanto, para que eu esteja preparado para a morte, eu não devo viver desajuizadamente como as pessoas do nosso tempo estão vivendo, tanto dentro como fora das igrejas. Jesus disse: (…) Eu sei o que vocês estão fazendo. Vocês dizem que estão vivos, mas, de fato, estão mortos. Acordem e fortaleçam aquilo que ainda está vivo, antes que morra completamente; pois sei que o que vocês fizeram não está ainda de acordo com aquilo que o meu Deus exige. (Ap.3:1,2 NTLH)

Que eu observe atentamente as palavras do apóstolo Paulo: Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele. (Rm.12:2 NTLH)

Arrependimento não é só reconhecer que erramos e pedir perdão. Além disso, é “acordar para fortalecer” aquilo de Deus que em nós ainda não morreu. É voltar a viver para o Seu prazer ou deleite, por meio de uma transformação Divina sobre os meus pensamentos e ações. É ter o desejo mais ardente de conhecer toda eficácia da vontade de Deus.

Aqueles que crêem em Jesus Cristo como Salvador, são os que vençam as aflições deste mundo com a força que Ele dá! Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo. (Jo.16:33 NTLH)

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