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A felicidade é o que todos procuram

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Texto base:

Eclesiastes 2:1,2

1 Então resolvi me divertir e gozar os prazeres da vida. Mas descobri que isso também é ilusão. 2 Cheguei à conclusão de que o riso é tolice e de que o prazer não serve para nada. (Ec.2:1,2 NTLH)

Vamos ler novamente o nosso texto base, mas com breves comentários, a fim de entendermos o pensamento de Salomão:

1 Então resolvi me divertir e gozar os prazeres da vida [i.e. decidi buscar, a qualquer custo, a satisfação pessoal, a felicidade]. Mas descobri que isso também é ilusão [i.e. vaidade, vazio, vapor]. 2 Cheguei à conclusão de que o riso é tolice [i.e. zombar da vida, viver a vida sem seriedade é um comportamento imbecil, louco, arrogante] e de que o prazer [i.e. a satisfação pessoal, a felicidade] não serve para nada. (Ec.2:1,2 NTLH)

O verso 1 do nosso texto base corresponde a uma ação como resultado de um pensamento anterior, onde Salomão dizia que, sobre a Terra, tudo o que se fazia não passava de ilusão, tudo era como “correr atrás do vento”. (vd. Ec.1:14) No final do capítulo 1 do livro de Eclesiastes, Salomão diz que a quem adquire a perspectiva divina sobre a vida (sabedoria), o sofrimento será maior e, quanto maior for o seu conhecimento, maior será a sua tristeza ou desgosto. (vd. Ec.1:18)

Como cristãos, nós somos incentivados por Deus a buscarmos a “felicidade elevada”, a mais sublime, e essa verdade sempre foi pregada ao longo da história da Igreja, por meio dos seus pregadores.

Talvez, você me indague: “Por que felicidade elevada, a mais intensa?” No curso dos anos, muitas palavras, que antes eram comumente usadas, perdem o seu significado original e acabam recebendo significados diferentes.

Para muitos, a “felicidade” é considerada como um tipo de prazer passageiro, corriqueiro, comum e, geralmente, derivado de circunstâncias. Então, alguns dizem que ficaram “felizes” pela razão de:

  • Terem encontrado o lápis ou a caneta, ou por terem comido uma determinada pizza;
  • Terem aprendido a darem o nó no sapato pela primeira vez;
  • Terem saboreado um sabor de sorvete;
  • Terem comprado algo que tanto desejavam;
  • Terem experimentado um grande prazer em uma determinada ação.

Sempre ouvimos as pessoas dizerem para buscarmos a felicidade, pois ela é comum em nossas ações quando realizadas com sinceridade. Ao seguirmos esse tipo de declaração, nós poderemos cair em armadilhas espirituais e morais. Por quê?

1. A felicidade não é algo comum ou trivial

A felicidade é algo muito maior e mais profundo do que saborear uma refeição e depois uma bela sobremesa, pois ela deve nos trazer prazeres mais amplos e duradouros aqui sobre a Terra e além dos limites desta vida.

Um grande teólogo do passado (Jonathan Edwards) disse que se esforçaria ao máximo para obter a felicidade plena que só pode ser experimentada em toda a sua plenitude na Casa de Deus, na Eternidade e no Próprio Deus. Ele lutaria com todas as forças, empregaria vigor e violência contra o seu ego, a fim de conduzir sua alma a esse lugar inimaginável! Somente tendo prazer em Deus é que alguém pode se empenhar desse modo.

O desejo pela felicidade foi colocado dentro de nós por Deus, a fim de que aspiremos pelas coisas do Céu, ou seja, por Ele e pela nova criação divina (vd. Ap.21), onde a felicidade não será confundida com experiências transitórias e circunstanciais, mas será compreendida como algo eterno.

A Sabedoria divina nos diz:

34 Aquele que me ouve [i.e. que compreende o que Eu digo e me obedece] será feliz [i.e. será bem-aventurado, abençoado, em um estado de bem-estar]: aquele que fica todos os dias na minha porta, esperando na entrada da minha casa. 35 Pois quem me encontra, encontra a vida e o SENHOR Deus ficará contente com ele. 36 “Mas quem não me encontra prejudica-se a si mesmo; todos os que me odeiam amam a morte [i.e. o lugar da morte, da desgraça, o Inferno, a separação eterna de Deus].” (Pv.8:34-36 NTLH)

A felicidade, segundo Deus, não é algo comum. Ela surge de uma escolha, da decisão de ouvir e compreender a sabedoria divina e aplicá-la nas questões do dia a dia. Essa compreensão se transforma em um prazer ou deleite tão grande, que a pessoa vive à espera da voz de Deus no seu cotidiano, pois Nele encontrou a vida, a satisfação interior, e não um momento de prazer pessoal!

2. Buscar a felicidade não é pecado, desde que ela não seja buscada à parte de Deus, ou como um desafio a Ele

A vontade de cada homem revela a sua busca pela felicidade. Uns, decidem por irem à guerra; outros, por evitá-la, mas a felicidade é o desejo de ambos, embora com visões diferentes. Por menor que seja o passo da vontade humana, sempre será em busca da felicidade e ela é a razão de cada ação humana, até por ações imorais.

Quando fazemos uma escolha, seguimos um caminho que pensamos ser o mais desejável e que nos dará o senso de bem-estar. Não é à toa que a Sabedoria divina adverte:

Há caminhos que parecem certos [i.e. parecem agradáveis, atraentes, gratos, honestos, corretos], mas podem acabar levando para a morte [i.e. à desgraça, para longe da vida sublime que vem de Deus]. (Pv.14:12 NTLH)

O homem busca a felicidade em todo o tempo, porque foi Deus Quem colocou esse desejo na sua alma. Entretanto, o Senhor não pode ser culpado pelos nossos desvios espirituais e morais, ou pelas nossas distorções da Verdade divina. Deus criou o homem para ser feliz (vd. Gn.2:8-18); todavia, a falsa promessa de felicidade, proposta pelo Diabo, enganou o ser humano! (vd. Gn.3:4-6)

Buscar a felicidade à parte (separadamente) de Deus ou como um desafio a Ele é pecado e, desse modo, ninguém será feliz. A verdade é que sem Deus, nós nunca seremos felizes, pois colocaremos o nosso coração em coisas ou situações passageiras.

3. Onde está o tesouro, ali estará o coração

Satanás enganou Eva, dizendo que ela seria “como” Deus, ou que se “pareceria com” Ele (vd. Gn.3:5). Portanto, “ser conhecedora do bem e do mal” a faria feliz, poderosa e lhe daria muitas capacidades, inclusive a de administrar a própria vida, parecendo-se com Deus. Repentinamente, o seu coração se afastou de Deus e, por escolha própria, determinou que a experiência por obter uma sabedoria inferior à divina seria a sua felicidade.

O livro de Gênesis diz que Eva e o seu esposo Adão escolheram a felicidade não procedente de Deus e nós sabemos qual foi o resultado! A felicidade que ambos buscaram lhes trouxe dores, tristezas e causou a expulsão do casal do jardim do Éden (lugar de delícias, paraíso).

Quando buscamos a felicidade à parte de Deus é porque transformamos a fonte desse prazer em um ídolo, em algo que competirá com o Senhor e que dirigirá nossas vidas para longe Dele e da Sua Sabedoria. Isso quer dizer que colocaremos o nosso coração em uma fonte que nos fornecerá ou proverá uma experiência repleta de prazeres.

Eu gostaria que você pensasse ou meditasse sobre o que Jesus disse à mulher samaritana, quando esta lhe falou sobre o poço de Jacó. (vd. Jo.4:7-15) Jesus explicou à mulher que quem bebesse da água daquele poço, voltaria a ter sede (voltaria constantemente a ela), mas quem bebesse da “água” que Ele oferecia, nunca mais teria sede, pois dentro da pessoa, essa “água” se tornaria em uma fonte permanente e eterna! Portanto,

  • Se o prazer está no sexo, a fonte do mesmo dentro da pessoa é a pornografia.
  • Se o prazer está na riqueza, a fonte da mesma dentro da pessoa é o materialismo.
  • Se o prazer está em toda a sorte de desejos pessoais, a fonte dentro dessa pessoa é o egoísmo e os próprios interesses.
  • Se o prazer está em um Cristianismo sem compromisso com os preceitos divinos, a fonte dentro dessa pessoa é a doutrina branda, sem rigidez.
  • Se o prazer está em fazer a vontade de Deus, a fonte dentro dessa pessoa é o Próprio Deus.

A idolatria não está no desejo de sermos felizes, mas em experimentá-la por meio de uma “fonte” que não seja o Próprio Deus e que não nos mantenha Nele. O volume da nossa felicidade é medido pelo tamanho do nosso tesouro! Jesus disse:

19 — Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. 20 Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las. 21 Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês. (Mt.6:19-21 NTLH)

A ênfase das palavras de Jesus está sobre “onde o ser humano coloca a sua felicidade”, o seu coração: no Céu ou na Terra? Deus não nos proíbe de ajuntarmos riquezas na Terra, mas nos ensina que a nossa felicidade perene deve proceder dos tesouros que acumulamos nos Céus – no Reino de Deus.

4. A felicidade é o abismo infinito que Deus colocou no interior de cada homem

O que buscamos neste mundo é aquilo que existiu abundantemente no homem, quando criado por Deus. Hoje, convivemos com esse imenso vazio interior e com a nossa incapacidade de preencher esse “abismo” de infelicidades com circunstâncias e pessoas, as quais são passageiras.

Cedo ou tarde, descobriremos que a felicidade que desejamos não se encontra na Terra e foi justamente isso que o “Pregador” do livro de Eclesiastes descobriu: “Tudo é uma fantasia, uma miragem ou ilusão!” (vd. Ec.1:1-11)

Esse “abismo”, esse vazio, só pode ser preenchido por algo ou “Alguém” que é infinito e imutável, isto é, pelo Próprio Deus! Davi declarou o seguinte:

Tu me mostras [i.e. Tu me farás enxergar, reconhecer, distinguir] o caminho que leva à vida. A tua presença me enche de alegria e me traz felicidade para sempre. (Sl.16:11 NTLH)

Asafe, outro salmista bíblico, declarou que, neste mundo, à parte de Deus, não há nada que possa dar plena satisfação ou felicidade ao homem.

No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? [i.e.e se tenho a Tua presença na Terra, nada neste mundo poderá me fazer mais feliz”] (Sl.73:25 NTLH)

A felicidade é o abismo infinito que Deus colocou no interior de cada homem e, portanto, somente o Deus Eterno e Infinito é que pode preencher o nosso “abismo infinito” com a verdadeira felicidade! (vd. Sl.62:5-7; Mt.11:28-30; Lc.12:19-21)

A felicidade é o que todos procuram; entretanto, nem todos encontram a felicidade elevada, sublime e eterna, mas a que é passageira, momentânea, fantasiosa e ilusória.

A minha esperança é que nós clamemos para que Deus seja a “Fonte” permanente da nossa felicidade eterna!

Que Deus nos abençoe!

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