(Walter de Lima Filho – Terça – 09/07/2013)
Mateus 11:28-30
Ao longo de várias semanas, eu tenho compartilhado com vocês acerca do que o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é. O Evangelho é o chamado Divino ao homem, para que este siga a Jesus como discípulo, em um espírito de submissão ativa ao Seu senhorio.
O Evangelho nunca foi e nunca será uma súplica Divina, para que pecadores dêem uma chance a Jesus, a fim de entrar em suas vidas. Não é o simples ato de levantar a mão e atender a um apelo, que garante a vida eterna a uma pessoa. Deus faz um apelo, mas ordena que a pessoa se arrependa de sua vida de pecados e que ela se torne uma seguidora de Cristo. Deus exige rendição e obediência.
1. É Deus Quem nos conduz a Cristo, após termos sido aceitos por Ele.
Tanto você como eu, não conseguiríamos amar a Deus sem que Ele nos amasse primeiro: Nós amamos porque ele nos amou primeiro. (NVI) É Deus quem liberta a pessoa das forças das trevas: Pois Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados. (Cl.1:13,14 NVI) Repare que para se estar em Cristo, Deus precisa nos perdoar dos nossos pecados. Portanto, como poderá haver perdão, se não nos arrependermos?
2. A verdadeira conversão exige transformação profunda.
Em meio a esse processo Divino, Cristo passa a habitar no coração da pessoa, a fim de desenvolver uma grande obra Divina em seu interior, provocando novos comportamentos. Leiamos neste momento, a oração de Paulo registrada em Efésios 3:16-21. Entenda que a verdadeira conversão é Deus transformando o indivíduo desde o início e não uma simples decisão por Cristo.
3. É Jesus Quem convida o homem para ter comunhão com Ele.
É muito comum ouvirmos pregadores dizendo, que as pessoas devem convidar a Jesus, para que habite em seus corações. No entanto, esse tipo de apelo não possui base bíblica. Na verdade, é Jesus Quem sempre faz o convite, tanto para o pecador como para a igreja pecadora:
• Ao pecador: (…) Jesus saiu e viu um publicano chamado Levi [Mateus], sentado na coletoria, e disse-lhe: “Siga-me“. (Lc.5:27 NVI)
• À igreja pecadora: Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. (Ap.3:20 NVI)
No nosso texto base começa com um convite feito por Jesus: “Venham a Mim…” Jesus não está chamando as pessoas para um discipulado mais profundo, mas para serem salvas de uma geração incrédula! Hoje, eu não pretendo analisar o nosso texto base, e sim, o seu contexto, pois é desse modo, que descobriremos a razão de Jesus ter feito tal convite ou apelo.
4. O povo da Galiléia passou a mostrar indiferença ao ministério de Jesus e Ele o censura. (11:20-24)
Jesus estava sofrendo uma grande rejeição, por parte dos habitantes das cidades onde Ele realizou grandes milagres, ou seja, Corazim, Betsaida e Cafarnaum. (11:21-24) A reação de Jesus contra os moradores dessas cidades foi tremendamente enérgica! (11:20)
• Jesus as acusou. O verbo acusar no grego é oneidedzõ, que significa difamar, atacar, repreender duramente como que lançando algo em rosto de outra pessoa.
5. Jesus ora em voz alta. (11:25-26)
As pessoas de Corazim, Betsaida e Cafarnaum, viram e ouviram coisas extraordinárias da parte de Deus. Entretanto, o intelecto humano não pode compreender e nem receber a Verdade Divina. As coisas de Deus não são alcançadas pela sabedoria humana, ou por qualquer raciocínio inteligente.
Deus não estava querendo esconder Sua Verdade daquelas pessoas, mas nós devemos saber que tanto o autoconceito como o orgulho, servem como impedimento à Verdade Divina. Entretanto, Jesus reconheceu que tudo aquilo estava acontecendo pela vontade de Deus. (11:26) Este verso é muito forte e significa, que Deus resolveu manter suas mentes na escuridão.
Jesus, então, fala do Seu poder e apresenta o caminho para se conhecer o Pai. (11:27)
Conclusão.
Todo pregador ou professor da Bíblia deve saber, de que é Deus Quem produz a salvação. Nós não somos responsáveis pelo modo como as pessoas reagem ao Evangelho. A nossa única responsabilidade é pregá-lo com clareza, honestidade, precisão e em amor. Alguns darão as costas, mas outros irão crer.
Portanto,
• Que nós agradeçamos a Deus, por nos ter amado primeiro.
• Que sejamos gratos por Deus nos ter conduzido a Cristo e perdoado os nossos pecados.
• Que nós jamais mostremos indiferença às coisas do Reino de Deus.
• Que tenhamos sede de aprender mais do Senhor a cada dia.
• Que tenhamos um espírito de gratidão, por Deus nos ter revelado o Evangelho em Cristo.
• Que a nossa comunhão com Cristo se desenvolva, a fim de conhecermos melhor o Pai.