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O medo pode roubar a sua fé

O medo pode roubar a sua fé.

 

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“O MEDO PODE DESTRUIR SUA FÉ!” Marcos 4:39

 

 

Muitos pensam que já sabem tudo sobre Deus, Jesus e o Espírito Santo, porque estudaram e leram livros. Em se tratando da Divindade, é muito bom obter conhecimento através da literatura, mas é muito melhor aprender com o próprio Deus.

Ao longo dos anos, eu tenho ouvido pessoas que me dizem que Jesus sempre cura a qualquer um que manifeste fé. Porém, quando a enfermidade chega à vida da pessoa, como ela reage? O mesmo pensamento se dá com aqueles que creem que Deus livra a todos de qualquer mal. Basta ter fé! Entretanto, quando enfrentam uma situação adversa e ataques satânicos, como eles reagem?

Antes de entrarmos propriamente no texto, nós devemos observar que os discípulos já haviam visto o poder de Jesus:

Expulsando demônios.
Purificando um leproso.
Perdoando os pecados de um paralítico e tê-lo feito andar.
Curando a mão mirrada de um homem no dia do “sábado” judeu.
Demonstrando tremenda compaixão e misericórdia.
Ensinando com uma autoridade que era diferente da dos outros líderes religiosos.
Ensinando com muita clareza acerca de ser frutífero no Reino de Deus.
Os Evangelhos foram escritos para mostrar o poder de Jesus Cristo, a Sua missão como Salvador e a Sua natureza como o Deus encarnado. (cf. Fp.2:6)

Os discípulos já haviam aprendido bastante sobre a missão, o caráter e a natureza de Jesus, mas Ele estava disposto a lhes ensinar uma grande lição sobre a fé. Apesar de já terem visto Jesus em ação em relação aos tópicos já descritos, os discípulos não possuíam uma fé forte, capaz de confiar Nele inteiramente.

1. Estejamos sempre prontos para seguirmos Jesus, pois é através Dele que os propósitos de Deus são realizados. (4:35,36)

Naquele dia, de tardinha, Jesus disse aos discípulos: – Vamos para o outro lado do lago. (Mc.4:35 NTLH)

O sentido deste verso é que Jesus disse aos Seus discípulos sobre a “necessidade” de irem para o outro lado do lago. Em outras palavras: “É necessário que passemos para o outro lado do lago”.

Por que Jesus falou desse modo? Porque do outro lado havia um homem dominado por demônios, que morava nos sepulcros, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com correntes. Mesmo quando conseguiam prendê-lo a correntes, a sua força era tamanha, que ele as quebrava e se soltava. Esse homem passava os dias e as noites nos montes e nos sepulcros, gritando e se ferindo de propósito. Imagine essa cena de horror!

Os discípulos entenderam o que Jesus disse, mas não sabiam o que Ele pretendia fazer do outro lado. Eles O obedeceram e entraram no barco em que Ele estava, mas note que outros barcos O acompanharam.

Então eles deixaram o povo ali, subiram no barco em que Jesus estava e foram com ele; e outros barcos o acompanharam. (Mc.4:36 NTLH)

1.1. Que eu sempre tenha disposição para seguir Jesus.

Repare que o verso 36 nos diz que havia outros discípulos dispostos a seguir Jesus para onde Ele fosse! Na verdade, Deus espera essa mesma atitude de cada um de nós. Por quê? Porque sempre que formos conduzidos a algum lugar pelo Espírito de Deus é para realizarmos a vontade de Deus.

1.2. Que eu siga a Jesus, a fim de glorificar a Deus.

Por exemplo: você vai a uma festa, e lá, naturalmente, irá falar sobre muitas coisas e se divertir. No entanto, você deve ficar atento a alguma pessoa que o próprio Deus possa trazer até você, a fim de que ela receba a semente do Evangelho, que poderá conduzi-la a ter paz com Deus.

Seguir a Jesus não é frequentar uma igreja, mas é estar no mesmo “barco” ou ambiente em que Ele está, com a finalidade de estarmos aprendendo Dele e cumprindo os propósitos de Deus para as nossas vidas, por meio de Cristo.

2. Mesmo andando com Jesus, é inevitável que não enfrentemos tempos de crises. (4:37,38)

2.1. “De repente” uma tempestade!

Aparentemente, o Mar da Galileia é notório por mudanças bruscas nos padrões de vento, por causa da geografia da área. No entanto, o verso 37 usa a expressão “de repente”.

37 De repente, começou a soprar um vento muito forte, e as ondas arrebentavam com tanta força em cima do barco, que ele já estava ficando cheio de água. 38 Jesus estava dormindo na parte detrás do barco, com a cabeça numa almofada. Então os discípulos o acordaram e disseram: – Mestre! Nós vamos morrer! O senhor não se importa com isso? (Mc.4:37,38 NTLH)

O sentido é que essa tempestade de vento simplesmente surgiu, veio à existência como algo criado por alguém, pois ela surgiu do nada! Nós devemos pensar que os discípulos de Jesus eram pescadores profissionais e eles não entrariam numa embarcação, caso previssem algum sinal de mudança no tempo.

Na verdade, esses pescadores já haviam experimentado tempestades antes e sabiam do perigo que elas representavam. Como já sabemos, aquela tempestade surgiu “de repente” e há razões para pensarmos, de que ela não veio por causas naturais, mas sobrenaturais.

2.2. Consideremos duas possibilidades no nosso texto:

Primeira: Só porque Satanás não foi vitorioso ao tentar Jesus no deserto, não significa que ele deixaria de persegui-Lo e até matá-Lo. Embora, ele não tenha todo esse poder, não desiste, pois é uma criatura caída e afastada da glória de Deus.

Pense no que Lucas disse sobre o Diabo: Quando o Diabo acabou de tentar Jesus de todas as maneiras, foi embora por algum tempo. (Lc.4:13 NTLH)
Repare na expressão “por algum tempo”. Ela quer dizer “até outras ocasiões oportunas” e isso nos dá a entender, de que Satanás não pararia de atacar.
Segunda: Satanás, em alguns momentos, tem a permissão de Deus para atacar Seus filhos, a fim de que a “fé” (conhecimento, crença e fidelidade na Verdade Divina) que possuem seja testada. Um exemplo disso é Jó (Jó 1:14-22), o qual foi “provado”, mas que em meio à provação, demonstrou força ao lutar contra a tentação.

Os sabeus levaram os bois e as jumentas que pastavam e, além disso, mataram todos os outros funcionários. (14,15)
Raios que vieram do céu mataram todas as ovelhas e pastores. (16)
Três bandos de caldeus roubaram todos os camelos e mataram a espada todos os empregados. (17)
Todos os filhos de Jó estavam num banquete na casa do filho mais velho e um vento repentino, proveniente do deserto muito forte, soprou sobre a casa onde estavam e todos eles
morreram! (18,19)
Jó ficou muito triste, mas não se deixou cair pela tentação. Ele adorou a Deus, confessou a sua fé Nele e não O culpou por toda aquela tragédia. (20-22)
No entanto, Deus não permite que Satanás ultrapasse os limites, que lhe são impostos por Ele próprio. A Bíblia diz o seguinte:

As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela. (1 Co.10:13 NTLH)

2.3. Não confundamos “tentação” com “provação”.

O que é a tentação? A tentação não vem de Deus, nem do Diabo, mas ela surge através dos nossos próprios desejos ou interesses pessoais. (cf. Tg.1:13-15) Por essa razão, Satanás cria e oferece determinadas situações, procurando fazer com que os nossos desejos ou interesses pessoais sejam despertados, para nos afastarmos da vontade de Deus. (cf. Lc.4:1-13)

Em outras oportunidades, ele sopra para dentro de nossas mentes ideias e imagens traumáticas, para que o medo surja e assim, nós deixamos de praticar determinadas ações, que deveríamos tomar e que receberiam a aprovação de Deus.

Em ambos os casos, nós nos afastamos de Deus.

No primeiro, nós deixamos de lado os propósitos Divinos, seguimos os nossos desejos. Fazemos somente o que nos interessa.
No segundo, nós nos acovardamos diante de uma situação e o medo nos cega, ou seja, ele nos tira a capacidade de pôr em prática o nosso conhecimento, a crença e a fidelidade à Verdade de Deus, que nos é dada por meio de Jesus Cristo e Seu Evangelho. Quando aceitamos a timidez, nos omitimos e deixamos de fazer o que agrada a Deus, o que promove a Sua glória.
2.4. Deus não se preocupa se vamos perecer?

Os discípulos estavam preocupados com suas próprias vidas, e talvez, com a vida de Jesus também, pois Ele estava no barco como eles.

Você acha que Deus não se importa conosco? Claro que se importa, mas quando estamos em tempos de incerteza, quando os ventos repentinos e fortíssimos sopram contra nós, temos a tendência de focarmos a nossa atenção apenas sobre o problema e não no Autor e Consumador da nossa fé.

O medo em seus corações havia roubado tudo que eles aprenderam e viram em Jesus. O medo provocou um apagão em suas memórias e os tornou tímidos. Eles logo esqueceram sobre o que Jesus lhes havia falado, acerca da necessidade de passar para o outro lado do lago.

Realmente, eles tinham que aprender mais uma lição sobre a fé!

3. Nós só vencemos as forças espirituais do mal, quando conseguimos vencer a nós mesmos. (4:39-41)

39 Então ele se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago: – Silêncio! Fique quieto! O vento parou, e tudo ficou calmo. 40 Aí ele perguntou: – Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé? 41 E os discípulos, cheios de medo, diziam uns aos outros: – Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?! (Mc.4:39-41 NTLH)

3.1. Jesus fala duramente com o vento.

Repare que Jesus “falou duro” com o vento e o que isso quer dizer? Quer dizer que Ele deu uma séria repreensão naquele que estava por trás do vento, ou seja, Satanás. Jesus sempre falou duro com os demônios e com o próprio Satanás.

3.2. Jesus faz duas perguntas aos Seus discípulos.

Depois de acalmar a situação, Jesus fez “duas perguntas” aos Seus discípulos: sobre o medo e a falta de fé. Por quê? Porque foi o medo que lhes roubou a fé!

Eles não buscaram um comportamento que abrisse as portas para a manifestação do poder de Deus, mas buscaram a preservação de si mesmos. Eles não confiaram na presença de Jesus com eles no mesmo barco. O medo deles foi tanto, que eles questionaram sobre Quem seria aquele homem que estava no barco com eles, capaz de dar ordens ao vento e às ondas!

3.3. O medo e a fé sempre estão em oposição – um luta contra o outro.

Jesus mostrou a eles que antes de vencer Satanás e seus demônios, era necessário que eles vencessem a si mesmos e confiassem no amor e no poder de Deus.

Muito se fala sobre “batalha espiritual”, de reconhecer todos os tipos e nomes de espíritos maus, o horário em que eles atacam, mas não é o que vemos neste texto. Tudo aconteceu sem hora marcada. Tudo aconteceu “de repente”!

Jesus estava calmo, dormindo, descansando no poder e na soberania de Deus. Ele tinha uma atitude interior correta, aprovada por Deus e sempre desejava fazer a vontade de Deus. Ele conhecia muito bem como Satanás agia, mas como conhecedor da Palavra de Deus, confiou na autoridade que Deus Lhe deu.

Como nós podemos enfrentar as forças espirituais do mal, sem conhecermos a Palavra de Deus, sem nos ajustarmos a ela e sem enchermos nossas mentes com ela? Como enfrentaremos a esses espíritos, se antes não nos entregarmos à direção do Espírito Santo?

Nós devemos lembrar que antes de uma guerra externa, existe uma interna – a batalha entre o Espírito de Deus e os nossos interesses ou paixões da nossa carne. Nós devemos lembrar que o medo e a fé estão em oposição – um luta contra o outro. Um soldado covarde se finge de morto, mas o que morre para si mesmo enfrenta o inimigo e entra na batalha.

A minha esperança é que nós entendamos as palavras de Paulo a Timóteo, o discípulo que estava dando as mãos à timidez.

Pois o Espírito que Deus nos deu não nos torna medrosos; pelo contrário, o Espírito nos enche de poder e de amor e nos torna prudentes. (2 Tm.1:7 NTLH)

A lição que Jesus nos deixa é que devemos confiar em Deus, a fim de lutarmos contra nós primeiro, e depois, contra as forças espirituais do mal.

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