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Palavras de Paulo: “Viver é Cristo e morrer é lucro”

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Filipenses 1:21

Texto Base:

Pois para mim, viver [i.e. estar entre os vivos] é Cristo, e morrer [i.e. viver após a vida neste mundo] é lucro [i.e. excelência, vantagem, privilégio]. (Fp.1:21 NTLH)

Quão poderosas são estas palavras de Paulo, “o apóstolo” de Jesus Cristo! Paulo não está falando sobre a existência de alguma dificuldade entre viver neste mundo e viver no Céu, pois, entre esses dois mundos, não há comparação. Porém, a mente de Paulo se expressa entre servir a Cristo neste mundo e desfrutá-lo em outro. Ele enfatiza que viver para Cristo e estar com Ele é o que importa ao cristão verdadeiro.

Eu não me lembro de ter ouvido falar tanto sobre morte e medo de morrer como nestes nossos dias. Para muitos, viver significa ter anos e mais anos pela frente. O que essas pessoas pensam? Viver por viver? Gozar a vida? Francamente, eu não sei, mas eu me recordo de um pensamento de Martin Luther King: “O que vale não é o quanto se vive, mas como se vive.”

Realmente, o modo como vivemos é mais importante do que todos os anos gastos sobre a Terra! Eu gostaria de recorrer às palavras de uma parte da oração de Moisés, as quais estão no Salmo 90:

Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio [i.e. que façamos nossos corações se submeterem à sabedoria]. (Sl.90:12 NTLH)

Quando Moisés fala sobre ter um coração sábio, ele se refere à importância de saber enxergar a vida pela ótica divina e, desse modo, viver os dias do modo como Deus projetou que os seres humanos vivessem neste mundo. Portanto, a vida é muito mais do que o espaço de tempo que decorre desde o nascimento até a morte – do choro de uma criança que nasce ao choro dolorido causado pela morte.

Para Paulo, o autor da carta aos cristãos de Filipos, Jesus era o “Padrão” de nossa vida e o “Modelo” segundo o qual devemos moldar nosso caráter. Para ele, Jesus era a própria respiração do apóstolo, a chama viva em sua alma, o bater do seu coração, a vida da sua vida. Paulo comia, bebia e dormia a vida eterna. Jesus, para Paulo, era o início verdadeiro da sua vida com Deus, Quem a sustentava, o padrão de vida a ser seguido e a finalidade a ser alcançada, tanto aqui como na Eternidade.

1. Deus está por trás de tudo. Então, se anime e encoraje seus irmãos na fé.

Por pregar e ensinar o Evangelho de Cristo, o apóstolo Paulo estava preso em Roma e a sua prisão deixou vários cristãos de Filipos desanimados. Paulo procura encorajá-los com a notícia de que, por meio de sua prisão, ele pôde falar do Evangelho de Jesus Cristo a muitas pessoas a quem ele não poderia alcançar de outra maneira.

Portanto, Paulo entendia que os romanos foram usados por Deus (sem que percebessem), a fim de que o apóstolo pregasse a Mensagem de Deus (o Evangelho) para funcionários do Governo Romano e para toda a guarda pretoriana.

NOTA: A Guarda Pretoriana era um corpo militar de elite formado para proteger os imperadores romanos e suas famílias. Em certas ocasiões, este corpo, que alcançou tanto poder, era decisivo na escolha ou permanência dos imperadores.

Vejamos o que Paulo diz sobre o seu testemunho de Cristo na prisão:

12 Meus irmãos, eu quero que vocês saibam que as coisas que me aconteceram ajudaram, de fato, o progresso do evangelho. 13 Pois foi assim que toda a guarda do palácio do Governador e todas as outras pessoas daqui ficaram sabendo que estou na cadeia porque sou servo de Cristo. 14 E a maioria dos irmãos, vendo que estou na cadeia, têm mais confiança no Senhor. Assim eles têm cada vez mais coragem para anunciar a mensagem de Deus. (Fp.1:12-14 NTLH)

É correto pensarmos que Satanás queria desmoralizar e destruir a vida de Paulo. Ele usou o ódio que havia na mente dos líderes romanos, pois Jesus era uma ameaça à doentia crença sobre a deidade de César. Ao pregar Jesus como o SENHOR, o apóstolo foi preso e se tornou réu de um crime contra Cesar e o Império.

Entretanto, não foi Satanás que colocou no coração dos romanos essas mentiras, mas foram eles próprios. O Diabo simplesmente aproveitou a oportunidade de ter em suas mãos pessoas com esse cunho pecaminoso e os instigou contra Paulo.

Por outro lado, Deus permitiu que o Seu apóstolo fosse preso, pois o plano divino era levar a Mensagem de Jesus aos principais de Roma. Então, Paulo não foi preso pela vontade do homem, mas pela vontade de Deus! O plano de Satanás sempre é roubar, matar e destruir, mas os propósitos divinos sempre trazem vida, e esta, em abundância (cf. Jo.10:10; onde “vida”, no grego, é a palavra “zoe”, e o sentido da mesma é: vida real, genuína, devotada a Deus aqui e abundantemente na Eternidade).

Com certeza, a vida de Paulo despertava curiosidade nas pessoas, e acredito que muitos, tanto do corpo militar como da elite romana, procuraram conhecer de perto esse homem chamado de “peste” (cf. At.24:5 – alguém com doença contagiosa, epidêmico). De fato, ele acabou contagiando com a graça divina muitos dos que o visitaram, por meio do Evangelho de Jesus!

Se o Evangelho não se propaga em meio ao caos que estamos vivendo, nós não podemos atribuir algum poder a Satanás de nos impedir nessa nossa tarefa cristã, mas a nós mesmos! Sempre que estamos dispostos a fazer a vontade divina, Deus nos envia pessoas onde quer que estejamos (em casa, no trabalho, na escola etc.).

2. Que a vontade de Deus sempre esteja acima dos seus desejos pessoais.

19 Pois eu sei que, por meio das orações de vocês e com a ajuda do Espírito de Jesus Cristo, eu serei posto em liberdade. 20 O meu grande desejo e a minha esperança são de nunca falhar no meu dever, para que, sempre e agora ainda mais, eu tenha muita coragem. E assim, em tudo o que eu disser e fizer, tanto na vida como na morte, eu poderei levar outros a reconhecerem a grandeza de Cristo. (Fp.1:19,20 NTLH)

Eu não vejo problemas em termos desejos pessoais, porém, nós precisamos tomar cuidado ao tomarmos decisões baseando-nos neles. A Palavra de Deus ensina que o coração (a mente) humano nos engana mais do que todas as coisas, pois ele não é puro. (cf. Je.17:9)

Paulo tem o desejo legítimo de ser colocado em liberdade, pois a sua prisão era injusta – ele era inocente, pois jamais pregou que o Reino de Jesus derrubaria o Império Romano! Paulo estava ciente das orações dos irmãos, os quais oravam pela sua soltura; por meio delas, ele alcançaria o socorro divino.

No entanto, prestemos muita atenção quando ele diz que o “seu grande desejo e esperança” era de nunca falhar no dever que recebeu de Jesus, a Quem ele se rendeu e dedicou a sua vida. Ele “não está determinando” a Deus a sua liberdade, mas “determina a si mesmo” a ser um homem corajoso, tanto na vida como na morte, de poder levar pessoas a “reconhecerem a grandeza de Cristo”.

Vale notar que ele já estava ensinando sobre Jesus, tanto aos guardas pretorianos quanto aos oficiais do Império Romano que o visitavam. Isso significa que Paulo não estava desanimado com a sua condição de prisioneiro, mas entendeu o plano de Deus e fazia a Sua vontade.

Há pessoas que tomam decisões baseadas no que sentem e no que querem, sem estarem fazendo a vontade Deus e, portanto, estão fazendo escolhas tendo como base a impureza de suas mentes, sobre seus interesses pessoais. Quem não pensa na vida do Alto em suas decisões, por acaso servirá a Deus verdadeiramente depois? Dificilmente!

Todos nós queremos que essa pandemia termine. Queremos sair dessa condição de prisioneiros, mas para o quê? Eu ouvi de cristãos o seguinte: “Quando tudo isso acabar, eu vou desfrutar a vida! Vou procurar fazer coisas que nunca fiz!” Os que proferem esses tipos de frases pouco reparam que Deus está por trás de tudo e, consequentemente, não estão interessados na Sua vontade. Eles pouco fizeram pelo Reino de Deus e quase nada farão após a pandemia, pois não se deleitam em fazer a vontade de Deus.

3. Não desperdice a sua vida; ame a Deus, amando o próximo.

22 Mas, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho útil. Então não sei o que devo escolher. 23 Estou cercado pelos dois lados, pois quero muito deixar esta vida e estar com Cristo, o que é bem melhor. 24 Porém, por causa de vocês, é muito mais necessário que eu continue a viver. (Fp.1:22-24 NTLH)

Jesus ensinou que devemos amar a Deus e ao próximo. (Mt.22:37-39) O próximo de Paulo eram as pessoas que iam visitá-lo na prisão; estas, ao saírem da presença dele, levavam dentro de si a semente da Mensagem de Deus – o Evangelho.

Onde está o seu próximo neste momento caótico que estamos vivendo? Primeiramente, dentro da sua própria casa – os seus familiares. A estes, a grandeza de Cristo deve ser ensinada. Eu não me refiro a orações que possam ser feitas em família, mas ao desejo de todos em reconhecer a grandeza de Cristo em toda e qualquer situação. Ele está permitindo tudo o que vemos de modo a ser notado, pois o final desta era se aproxima!

Viver para Cristo é morrer para si mesmo, com a finalidade de expressá-Lo ou refleti-Lo às pessoas próximas. Paulo deixa claro que a morte daquele que ama a Deus e faz a Sua vontade é um grande lucro. Portanto, quando morremos para nós mesmos para nos submetermos a Deus, também não lucramos para a vida eterna? Claro que sim!

Deixar esta vida e estar com Cristo seria muito melhor, mas por amor às pessoas que ainda não O conhecem, segundo a vontade divina, temos a necessidade de viver. Vivemos para mostrar em amor que as pessoas reconheçam a grandeza de Jesus em todos os Seus aspectos.

O meu desejo é ser útil nas mãos de Deus e nunca pregar o Evangelho de modo superficial. Que esperança nós podemos ter neste mundo? A nossa esperança está na eternidade e, enquanto aqui, que nós não desperdicemos nossas vidas, mas que confiemos em Deus, pois Ele nos deu a fé para crermos em Cristo, para vivermos com e por meio Dele e morrermos para Ele.

Necessidade de morrer para si mesmo. Falar sobre a morte física também.

Que Deus nos abençoe!

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