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Saia da morte e venha para a vida! (Parte 2)

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João 2:12,13

Texto Base:

12 Depois disso, [i.e. após ter realizado o milagre na festa de casamento em Caná] Jesus, a sua mãe, os seus irmãos e os seus discípulos foram para a cidade de Cafarnaum e ficaram alguns dias ali. 13 Alguns dias antes da Páscoa dos judeus, Jesus foi até a cidade de Jerusalém. (Jo.2:12,13 NTLH)

Na nossa última meditação, nós vimos que Jesus, Sua família e Seus discípulos “foram para a cidade de Cafarnaum”, onde ficaram por alguns dias.

Jesus foi primeiro à região dos pagãos, a qual a Bíblia descreve como sendo uma região “escura” (ignorância de Deus) e cheia de “morte” (a vida cotidiana afastada ou distante da Verdade e da Vida divina). (Isaías 9:1,2) Foi nessa região que Jesus estabeleceu a Sua moradia e a base do Seu ministério, ou seja, em uma região que desprezava a Verdade e a Vida de Deus – o “mundo”.

1. Jesus veio para exercer o Seu ministério no “mundo”, dentro e fora de nós

O “mundo”, no sentido bíblico, refere-se a uma vida afastada ou ignorante de Deus, gera o “mundanismo” e, nesta filosofia de vida, o “mundano”. O “mundano”, a princípio, não é de todo um ser cruel e perverso, mas, vivendo sob os princípios do “mundanismo”, é influenciado tanto a rejeitar como a se opor, voluntariamente, às orientações divinas para o seu dia a dia, por sentir-se ameaçado e acusado por elas.

Então, o “mundano” se torna inimigo Deus e luta contra Ele, omitindo-se ou praticando ações contrárias a tudo o que Ele diz. Segundo a Palavra de Deus, as duas atitudes são consideradas como violações à vontade do Criador de toda a vida e do ser humano. Essas violações, tanto por omissão como por comissão, são chamadas na Bíblia de “pecado” e aqueles que se habituam a viver desse modo não terão parte no Reino dos Céus – a Eternidade. (Mateus 10:32,33; Romanos 3:23; 5;12; 1 Coríntios 15:21; Romanos 6:23)

O “mundo” é uma região ou dimensão onde reside a “morte” – um estado de separação da vida de Deus. Sodoma e Gomorra eram regiões ou cidades onde imperava a “morte” e elas assim se tornaram devido aos seus habitantes, dos quais a “morte” se propagou àquela região. Portanto, a “morte” pode estar no interior da vida de alguém que conhecemos, seja ele cristão ou não, influenciando essa pessoa à apatia para com os propósitos de Deus.

A pessoa apática aos valores e propósitos divinos, ainda que moralmente seja boa, espiritualmente não é. Suas ações sempre expressarão do seu interior o orgulho, egoísmo, interesses pessoais e uma religião falsa. Jesus faz dois anúncios sérios a esse tipo de gente:

13 [Jesus] Não ficou em Nazaré, mas foi morar na cidade de Cafarnaum, na beira do lago da Galileia, nas regiões de Zebulom e Naftali. 14 Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito!” (vd. Isaías 9:1,2): 15 “Terra de Zebulom e terra de Naftali, na direção do mar, do outro lado do rio Jordão, Galileia, onde moram os pagãos! 16 O povo que vive na escuridão verá uma forte luz! E a luz brilhará sobre os que vivem na região escura da morte 17 Daí em diante Jesus começou a anunciar a sua mensagem. Ele dizia: — Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto [i.e. abandonem a sua maneira de pensar, vivam de acordo com os pensamentos de Deus e se aproximem do Seu Reino]! (Mt.4:13-17 NTLH)

Para que a nossa vida religiosa ou espiritual seja pura é necessário que cooperemos com o Espírito de Deus, a fim de que Ele trabalhe nas áreas mundanas de nossas vidas, porque são nessas áreas que Jesus precisa residir, agir e controlar, segundo a visão que Ele nos dá tanto da proximidade como dos princípios que garantem a nossa entrada no Seu Reino.

2. O arrependimento o faz se “aproximar” de Deus, mas não de uma vida “com e para” Ele

Para que Jesus trabalhe nessas áreas, o “arrependimento” (a necessidade de abandonarmos os pensamentos mundanos e vivermos de acordo com os pensamentos de Deus) é necessário e, desse modo, nós nos aproximamos do Reino dos Céus, para depois, ingressarmos nele, obedecendo e nos esforçando para fazermos a Sua vontade, dia a dia no “mundo”.

De acordo com a mensagem de Jesus, todo aquele que deseja desfrutar da “Nova Vida” e buscar uma vida de amizade e comunhão com Deus, precisa se arrepender dos seus maus caminhos, para que “se aproxime” do Reino dos Céus, que ingresse e se mantenha nele. (2 Crônicas 7:14; Isaías 55:7; Lucas 15:10)

A primeira atitude que Deus espera da pessoa que deseja ter comunhão com Ele e desfrutar dos Seus recursos é o arrependimento sincero. A confissão dos nossos erros pessoais “nos aproxima” Dele, do Seu amor, bondade e perdão, mas este é o passo inicial para que entremos no Seu Reino e desfrutemos de toda a Sua glória ou grandeza.

Suponhamos: você, por motivos pessoais, não gosta de certa pessoa, posiciona-se sempre contrário a ela e procura convencer outras pessoas a fazerem o mesmo. O espírito da sua inimizade é evidente! Todavia, em certo momento, você percebe que está errado acerca do que pensava e falava acerca dessa pessoa e, em uma aproximação repentina, pede desculpas sinceras, implora tanto o seu perdão como o desejo de conviver em harmonia com ela. Contudo, ao ser perdoado por ela, isso já o faz participante do seu rol de amizades? Claro que não! Para que isso aconteça, você terá de praticar ações que confirmem que o seu arrependimento foi sincero.

Muitos reconhecem e confessam a Deus os seus erros e pecados, mas, descuidadamente, continuam como inimigos Dele, vivendo sob as influências e hábitos mundanos. Eles vivem próximos de Deus, mas não se unem a Ele, porque seus pensamentos e atitudes continuam contrários ao Seu caráter e à Sua Palavra. Eles não se esforçam para atingir as expectativas divinas.

Certa vez, João estava batizando pessoas no rio Jordão quando viu um grupo de religiosos se aproximando, a fim de serem batizados por ele. Atentemos ao que João lhes disse:

7 Quando João viu que muitos fariseus e saduceus vinham para serem batizados por ele, disse: — Ninhada de cobras venenosas! [i.e. religiosos mal-intencionados, astutos e perversos] Quem disse que vocês escaparão do terrível castigo [i.e. da justa ira divina] que Deus vai mandar? 8 Façam coisas que mostrem que vocês se arrependeram dos seus pecados. (Mt.3:7,8 NTLH)

João pregava a vinda do Messias, segundo os textos das Escrituras. O batismo que ele realizava representava “a saída da morte para a vida”, ou seja, as pessoas que seriam batizadas já haviam se arrependido de uma vida distante de Deus e, publicamente, através do batismo nas águas, declaravam estarem dispostas a dar um passo adiante: viver em unidade com Deus e serem comprometidas com os Seus propósitos ou vontade.

O batismo nas águas barrentas do Jordão tinha o significado de que a pessoa reconheceu o seu estado de morte espiritual, a vontade de sair dessa condição e demonstrar o desejo pela Vida com Deus, por meio de Cristo. Portanto, o batismo é um ato público e delimitador entre o fim da “morte” e a continuidade de uma vida com Deus, por meio de Cristo. Aqueles religiosos vieram para fazer uma encenação religiosa, demonstrando falsamente que estavam dispostos a seguir pelo “Caminho da Vida”. (Jesus, o Cristo ou o Messias)

Os fariseus e saduceus eram partes de dois partidos da religião judaica e, por terem o hábito de estudar as Escrituras, foram até João para serem batizados. Eles pertenciam à religião e ao povo de Deus, cumpriam deveres religiosos, mas isso não impediu que João, impelido pelo Espírito Santo, chamasse-os de inimigos de Deus – “ninhada de serpentes venenosas”, ou “raça de víboras”!

As palavras de João diziam que eles eram interiormente mundanos e, portanto, ao invés de amigos de Deus, eram inimigos Dele. (Tiago 4:4) Eles estavam próximos do Reino dos Céus, mas não faziam parte dele devido às suas práticas gananciosas e perversas. Pensando serem superiores e mestres das leis religiosas, extorquiam e oprimiam as pessoas, exigindo que cumprissem regras religiosas muito pesadas, as quais eles mesmos não cumpriam.

Os líderes religiosos, na época de Jesus, usavam a religião para fins pessoais. Eles eram hipócritas, pois falavam das coisas de Deus, mas seus corações estavam afastados Dele. Suas atitudes religiosas e públicas não passavam de puro exibicionismo, ou ações que representavam um espetáculo para a grandeza deles mesmos – não de Deus.

O Espírito Santo revelou a João sobre a intenção deles: continuariam mentindo, fingindo e enganando a todos com uma postura religiosa falsa, sem nenhum compromisso com os propósitos de Deus. A hipocrisia deles foi desmascarada! (Mateus 15:7-9) Eles estavam próximos, mas não dentro do Reino de Deus e, portanto, eram inimigos Dele!

Em relação aos que pensam pertencer a Deus, certa vez, Jesus alertou Seus discípulos:

21 — Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” [título dado a Deus e ao Messias, ou Cristo] que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. 22 Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: “Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!” 23 Então eu direi claramente a essas pessoas: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!” [i.e. que desprezam a Verdade, ou a Palavra de Deus e, por isso se vestem de religiosos para praticar o que é errado] (Mt.7:21-23 NTLH)

Deus é fiel à sua Palavra e faz com que ela se cumpra! Eu posso não ser fiel a Cristo e ensiná-lo sobre como ser um com Ele e ser salvo de todos os poderes infernais. Posso usar o Nome de Jesus para expulsar enfermidades e demônios, enquanto mantenho a minha mente influenciada pelo orgulho, egoísmo, interesses pessoais e sou portador de uma religiosidade falsa!

Sem que eu esteja unido com Cristo, consigo ensiná-lo sobre uma vida vitoriosa em Cristo. Então, você crê e isso acontece, pois Deus é fiel à Sua Verdade e não a mim. Se eu prego ou ensino a partir dos meus interesses pessoais, significa que eu continuo na “morte”, mesmo pregando verdades bíblicas. Portanto, é necessário que eu reconheça o meu erro, arrependa-me e passe a agir de modo a glorificar a Deus, por meio de Cristo. Desse modo, eu “sairei da morte para a vida”!

Quando eu me arrependo dos meus erros e pecados, estou dizendo que não desejo que os meus pensamentos, sentimentos e práticas contrárias aos princípios divinos continuem dirigindo a minha vida. Que eu seja dirigido pelo Espírito de Deus (Gálatas 5:22-25), a fim de expressar a Vida de Cristo, Aquele que já venceu a morte e ressuscitou, para que eu, andando em obediência a Ele, viva em unidade com Deus, “saindo da morte para a Vida”! (João 11:25,26)

Portanto, o meio para que eu me aproxime do Reino de Deus é o arrependimento sincero e, para que eu ingresse e permaneça nele, é por meio dos frutos ou ações provenientes do arrependimento e da minha vida em unidade com Cristo Jesus. São essas atitudes que revelam que “saí da morte para a Vida”!

Que Deus nos abençoe!

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