Texto base:
Efésios 4:17,18
17 Portanto, em nome do Senhor eu digo e insisto no seguinte: não vivam mais como os pagãos, pois os pensamentos deles não têm valor, 18 e a mente deles está na escuridão. Eles não têm parte na vida que Deus dá porque são completamente ignorantes e teimosos. (Ef.4:17,18 NTLH)
1. O cristão não deve mais viver como vivem os pagãos
Nós não devemos mais viver como pagãos, pois era assim que vivíamos antes de conhecermos a Cristo. Os pagãos acreditam em Deus, mas vivem apenas pelos impulsos de seus interesses pessoais. Seus pensamentos são inúteis e ineficazes aos propósitos de Deus pelo fato de não desejarem conhecê-Lo melhor. Ao fecharem suas mentes às Instruções divinas, eles não compreendem e não confiam nos Seus planos eternos. Por isso, os pagãos vivem de modo rebelde, distantes ou indiferentes à Vida do Alto (de caráter eterno) que o Deus Único oferece.
Ao usar o termo “pagão”, Paulo não está se referindo ao “ateu”, mas àquele que, apesar de crer em Deus, não vive para Ele. Por não confiar plenamente Nele, o pagão vive de modo ansioso e desconfia tanto do cuidado de Deus quanto de Suas exigências protetoras. (vd. Mateus 6:25-34)
O pagão vive de modo independente à vontade divina, pois apenas se preocupa com os seus próprios interesses e, por isso, vive alheio à vida de Deus. (vd. Mateus 10:39; 16:25; João 12:25)
Pelo fato de ignorar as Instruções do Deus Único, o pagão se deixa levar pelo caminho da obstinação, tratando com desinteresse a Instrução divina e, por isso, ele se torna dispensável dentro do Reino de Deus por ser improdutivo.
O pagão acredita em Deus, mas não se associa a Ele, vive afastado da vida divina, não se preocupa em conhecer melhor a mente do Eterno, não compartilha com outras pessoas a necessidade de se conhecer o Deus Único e a Sua salvação eterna, porque sua vida é regida por outros “deuses”, na esperança de sucessos terrenos.
2. Os filhos de Deus são chamados por Ele para expressar fé no “Deus Único”
Muitos dos que vivem em países ocidentais afirmam seguir as regras da cultura judaico-cristã, enquanto outros, o Islamismo. Ambos afirmam que a sua fé se origina de Abraão, aquele que creu em Deus, que se tornou “Seu amigo, que reviveu a crença no Deus Único”, que cooperou com os Seus propósitos terrenos e eternos, mesmo antes que a Lei de Moisés e o Islamismo fossem introduzidos no mundo. (vd. Romanos 4:7-12)
Abraão é o exemplo de fé (de confiança em um Único Deus) e de generosidade (de graciosidade, bondade e misericórdia) a ser seguido pelos que abandonam uma vida de idolatria, maldades e pecados para andar em amizade e cooperação com o Deus Único.
A causa de Abraão ter sido aceito e abençoado por Deus foi o resultado de sua confiança inabalável, obediência em realizar a vontade divina por meio de ações, uma vida de amizade sincera e honestidade com o Eterno, juntamente com o firme desejo de compartilhar o seu conhecimento acerca do Deus Único às pessoas.
No seu tempo, Abraão reviveu o “monoteísmo” em um mundo mergulhado no “politeísmo”. Isso quer dizer que o mundo em que Abraão vivia estava voltado à adoração de inúmeros deuses. Após o seu encontro com o Eterno, Abraão abandonou o “Politeísmo” e passou a propagar o “Monoteísmo”, uma vida de firme confiança no “Único Deus”. (compare: Deuteronômio 4:32-39)
No período greco-romano, à semelhança do tempo de Abraão, o mundo se encontrava mergulhado no “politeísmo”. O apóstolo Paulo, à semelhança de Abraão, advertiu a Igreja a manter sua confiança (fé firme) no Deus que é “Único”:
4 Há um só corpo, e um só Espírito, e uma só esperança [a Eternidade com Cristo], para a qual Deus chamou vocês. 5 Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. 6 E há somente um Deus e Pai de todos, que é o Senhor de todos, que age por meio de todos e está em todos. (Ef.4:4,5 NTLH)
O nosso texto base faz parte de um contexto em que o apóstolo Paulo aconselha os cristãos a cultivarem atitudes que colaborem com Deus, para que a unidade na Igreja seja mantida, tanto pela doutrina como pela bondade nos relacionamentos interpessoais. (vd. Efésios 4:1-3)
3. Através do seu caráter e ações, o alvo do cristão é revelar a grandeza do “Deus Único”
Os valores morais foram implantados por Deus no interior de cada ser humano e, por isso, eles não devem ser relativos, pois não dependem de escolhas individuais ou de influências culturais e sociais.
O Cristianismo difere de muitas religiões e culturas, pois ele revive a crença de que os valores morais não são medidos pelas boas intenções humanas, mas se eles, de fato, expressam a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em pensamentos, palavras e ações. (vd. Romanos 12:2)
As nossas ações devem ir além das nossas boas intenções, pois elas precisam ser definidas pela santidade e grandeza de Deus. (vd. 1 Coríntios 10:31-33; Colossenses 3:23) O cristão tem como alvo reviver a adoração ao “Deus Único” e ser abençoado por Ele, a fim de abençoar o próximo, por meio dos recursos que ele recebe da Sua eterna Graça. Assim viveu Abraão como também o apóstolo Paulo. (vd. Gênesis 12:1-3; Atos 20:31-35)
4. O mundo em que vivemos tem rejeitado o “Deus Único” e substituído pelos “velhos deuses”
Nós somos ingênuos! Os antigos deuses, gregos e pré-helênicos estão emergindo com “novas roupagens” e invadido as esferas judaico-cristãs, islâmicas e, infelizmente, muitas igrejas locais têm aberto suas portas para eles! Permita-me dar quatro exemplos:
- A deusa Éris. Sua presença é nítida nas igrejas. Ela representa o espírito da discórdia, do antagonismo, do confronto, da disputa, do ódio, da violência e da destruição. Ela é conhecida como a deusa que causa conflitos entre os deuses e os humanos mortais.
- O deus Baal. Ele era considerado o “deus supremo e mestre” de todos os outros deuses. Cada localidade usava um nome a esse “deus” como: Baal-Peor, Baal-Gad e Baal-Hermon e os Baalins, sendo estes os senhores de suas respectivas terras. Ele era o deus da fertilidade, da prosperidade, das riquezas. Sua adoração envolvia gestos sensuais, libertinagem, mutilação, drogas, tatuagens pelo corpo (vd. Levíticos 19:28) e infanticídio.
- A deusa Astarte. Conhecida também como Astorete, adotada por outras culturas como Afrodite e Vênus. Era a deusa da sensualidade, da pornografia, e você pode imaginar o que sucedia em um culto a ela!
- A deusa Calíope. Ela era a deusa do muito alarde, da poesia, do canto, do show, da ostentação, vanglória, orgulho, autopromoção, do sucesso pessoal, da fama pela fama – do ser famoso para ser ainda mais famoso.
Nós não vivemos em um mundo ateu, mas pagão. Quanto aos ateus, Deus os denomina como “tolos, idiotas, burros, imbecis, insensatos e néscios. (vd. Salmos 53:1)
Quanto aos pagãos, eles são reconhecidos na Bíblia como gentios e, figuradamente, chamados de cães, pessoas que cometem pecados nojentos (vd. Apocalipse 22:14,15). Os cães não eram bem vistos nas cidades do mundo Bíblico. Eles eram animais quase sempre abandonados, que procuravam comida no lixo, no meio da carniça e que voltavam ao próprio vômito para se alimentar. (vd. 2 Pedro 2:22; Mateus 7:6; Filipenses 3:2, Salmos 22:16,20)
De fato, nós vivemos no pior dos mundos possíveis e oramos pelas pessoas que nele habitam a encontrarem uma esperança viva no “Deus Único”. O nosso mundo está se degradando cada vez mais. Ele se encontra nos mesmos moldes dos dias de Noé, quando o Dilúvio destruiu a humanidade. (vd. Gênesis 6; Mateus 24:37-39)
Você lê os jornais, assiste aos noticiários e todos tentam transmitir otimismo. No entanto, eu não estou pregando pessimismo, mas a vitória de Deus sobre os deuses, pois o que vivemos é uma batalha entre o bem e o mal, entre o Céu e o Inferno, entre o que é puro e impuro, entre a bênção e a maldição, entre a vida e a morte eterna.
Que nós saibamos escolher o caminho da vida, que é Cristo, e que, com ousadia, declaremos as palavras do rei Davi, um homem segundo o coração do “Deus Único:
8 “Não há nenhum deus como tu, Senhor; não há nenhum que possa fazer o que tu fazes.” 9 Todos os povos que criaste virão e se curvarão diante de ti. Eles louvarão a tua grandeza 10 porque tu és poderoso e fazes coisas maravilhosas. Só tu és Deus. (Sl.86:8-10 NTLH)
Que Deus nos abençoe!
Estude e Reflita
- Em suas próprias palavras, explique a preocupação de Paulo de os cristãos não viverem mais à semelhança dos pagãos.
- Por que o pagão, segundo as suas características, é uma pessoa dispensável dentro do Reino de Deus?
- Quais são as duas religiões predominantes em nosso mundo? Elas afirmam ter sua origem no testemunho de qual pessoa? Abraão era judeu ou islâmico? Na época de Abraão, já existia a Lei de Moisés e o Islamismo? O que Abraão reviveu no seu tempo e por quê? O que você entendeu sobre a diferença entre “Politeísmo” e “Monoteísmo”? Por quais razões Abraão foi aceito, abençoado por Deus e que exemplo de vida ele nos deixou?
- Leia Efésios 4:4,5. O mundo em que Paulo viveu possuía alguma semelhança ao de Abraão? Quais afirmações a Igreja deveria sustentar, segundo a advertência de Paulo? Leia Efésios 4:1-3. Quais atitudes os membros da Igreja devem cultivar, a fim de manter a unidade da Igreja em cooperação com o Espírito de Deus? Você consegue notar a preocupação de Paulo para que a cultura pagã do “Politeísmo” não cultuasse “outros deuses” além do “Deus Único”?
- O homem precisa conhecer a Deus e Suas Leis para saber sobre o certo e o errado? Por quê? No que o Cristianismo difere de muitas religiões e culturas? Por que as nossas ações devem ir além das nossas boas intenções?
- Você é capaz de identificar “os velhos deuses” neste mundo? E nas igrejas? Você concorda que vivemos em um mundo paganizado e não ateu? O que Deus diz sobre o ateu e o pagão? (Leia as referências adicionais sobre os pagãos)
- Leia Salmos 86:8-10. Você, juntamente com o seu Grupo Pequeno, poderia verbalizar as palavras de Davi? Você crê no que Davi disse?