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A fé é mais do que acreditar – Parte 2: A fé, a esperança e o amor

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1 Coríntios 13:13

Na semana passada, nós meditamos sobre a declaração de Jesus, acerca da fé nos últimos dias:

& (…) Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra? (Lc.18:8 NTLH)

Na Nova Versão Internacional (NVI):

& (…) Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra? (Lc.18:8 NVI)

Eu não tenho a menor dúvida de que estamos nos aproximando rapidamente desse tempo! Nós estamos vivenciando nos dias atuais um tipo de fé que não agrada a Deus, porém aos homens. A que isto se deve?

Nós vivemos em uma época caracterizada por um fenômeno: “o empobrecimento das palavras e o esvaziamento do seu conteúdo”. (Pastor Judiclay Santos, Igreja Batista Betel de Mesquita, RJ.) A “Fé”, que hoje é pregada em muitos púlpitos, assumiu a forma de algo parecido à magia, que visa somente atender aos reclamos humanos. É dito que para se conseguir o que queremos é necessário que tenhamos fé. Isso parece glorificar a Deus, mas é uma distorção da Verdade Divina.

Não é fácil falar sobre a verdadeira fé em nossos dias, pelas razões já apresentadas, porém, aos poucos, você entenderá o que declarei acima, à medida que avançamos por algumas semanas na nossa meditação sobre a “Fé”.

Texto Bíblico:

& Portanto, agora existem estas três coisas: a , a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor. (1 Co.13:13 NTLH)

O mesmo versículo na Nova Versão Internacional (NVI):

& Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor. (1 Co.13:13 NVI)

A data aproximada e as razões das palavras de Paulo.

Por volta do ano 57 d.C., o apóstolo Paulo escreveu a sua primeira carta aos cristãos da cidade Corinto. Aqueles cristãos possuíam uma fé verdadeira em Cristo Jesus, porém, eles estavam aceitando ensinamentos errados, os quais distorciam o Evangelho.

O apóstolo Paulo ouviu alguns relatos preocupantes sobre aquela igreja local, os quais afirmavam que seus membros estavam cheios de orgulho, praticavam os dons espirituais com propósitos errados, toleravam a imoralidade sexual e, como eu já mencionei, eles estavam distorcendo os principais ensinamentos cristãos. Por essa razão, Paulo escreveu sua primeira carta aos Coríntios na tentativa de restaurar a igreja de Corinto à sua fundação: Jesus Cristo.

Os problemas com os quais aquela igreja estava lidando ainda estão presentes na igreja de hoje. As igrejas da atualidade ainda lutam com divisões, imoralidade e com o uso errado dos dons espirituais. Então, na sua carta, o apóstolo Paulo repreende tanto a liderança como os membros da igreja em Corinto, a fim de que retornassem à sua origem – Jesus Cristo, ou seja, que voltassem a se preocupar com uma vida ressurreta, para que se assemelhassem a Cristo em suas ações.

Eles tinham fé e esperança, mas pecavam em não agirem em amor de uns para com os outros e, portanto, essa atitude enfraquecia o amor por Deus como a própria vida cristã.

Este verso bíblico está dentro de um contexto, no qual o apóstolo menciona sobre o que é passageiro e o que permanecerá para sempre. (Leia 1 Co.13:1-12) Tudo será extinto, mas somente o amor permanecerá.

O apóstolo Paulo enfatiza excelência do amor sobre a fé e a esperança.

Repare a ordem das palavras no nosso verso base: fé, esperança e amor. Apesar de o apóstolo colocar a fé e a esperança antes do amor, não significa que ele está dando a essas atitudes a primazia e diminuindo a excelência do amor.

A fé se apega à revelação Divina, nela se assenta, obedece e confia no Redentor. A esperança se fixa na alegria futura e essa espera será absorvida pela realidade da felicidade do Céu. Então, nós precisamos entender que na eternidade não haverá lugar tanto para crer como para termos quaisquer expectativas, pois lá nós amaremos tanto a Deus co
mo ao próximo perfeitamente.

& 2 Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. 3 E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, 4 a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. 5 Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu. (Rm.5:2-5 NTLH)

O mesmo texto na NVI:

& 2 por meio de quem [Jesus] obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. 3 Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; 4 a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. 5 E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu. (Rm.5:2-5 NVI)

Nestes versos das Escrituras, nós temos “a síntese ou o resumo” do que o apóstolo Paulo disse em 1 Coríntios 13:13, sobre a fé, a esperança e o amor.

Vamos fazer um exercício indutivo no texto de Romanos:

  • A fé nos deu acesso ao quê? (v.2) À Graça Divina.
  • Em que nós devemos estar firmes? (v.2) Na Graça ou nos recursos Divinos.
  • A graça Divina nos leva a qual atitude? (v.2) A termos esperança na eternidade.
  • Sobre o que devemos nos alegrar, uma vez que estamos firmes na graça Divina e vivendo com a alegria da esperança? (v.3) Nos sofrimentos que enfrentamos por causa da fé.
  • Então, quando a esperança se torna verdadeira e comprovada? (vs.3,4) Quando Deus aprova o nosso caráter, o qual é o resultado da nossa perseverança tanto na Graça como na esperança da Vida Eterna.
  • Por que a esperança não nos deixa decepcionados? (v.5) Por causa do “amor de Deus”, que inunda o coração do cristão verdadeiro, ou seja, aquele que ama verdadeiramente o Senhor e, por isso, se firma na Graça (nos recursos que o Criador dá, por meio do Espírito Santo) e na esperança de viver com Ele eternamente. A Terra não é o seu alvo final, mas o “Céu” – a eternidade!

Portanto, tanto a fé como a esperança, sem o amor, não produzem nada. Nós necessitamos da fé para crermos em Deus e, quanto a isso, Ele nos ajuda. Paulo nos diz:

& Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. (Ef.2:8 NTLH)

Na NVI:

& Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus. (Ef.2:8 NVI)

O ser humano é um fantoche dos espíritos maus que governam este mundo e ele não consegue, por si mesmo, se desvencilhar dos mesmos sem o favor ou sem os recursos gratuitos de Deus. Então, o Criador nos convence interiormente, tanto da veracidade como da necessidade de aceitarmos a mensagem do Seu Evangelho, o qual nos fala da Pessoa e da missão de Jesus Cristo como da Sua influência espiritual e moral em nossas vidas.

Paulo declara o seguinte:

& Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo. (Rm.10:17 NTLH)

Na NVI:

& Conseqüentemente, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo. (Rm.10:17 NVI)

A ideia é que Deus nos descortina por dentro e, por meio de “um relatório interior”, diz o que verdadeiramente somos, ou seja, se estamos ou não alinhados com Ele. Uma vez que aceitamos essa intervenção Divina em nosso ser, nós decidimos se vamos ou não viver em harmonia com Ele, por meio do poder e do exemplo de Jesus.

Portanto, a fé verdadeira, a que agrada a Deus, é aquela que crê na mensagem do Evangelho de Cristo e confia Nele. Além do mais, a nossa conduta espiritual e moral é transformada por meio da fé e, então compreendemos, que vivemos não para agradar a nós mesmos e sim a Deus!

& Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Co.10:31 NTLH)

Na NVI:

& Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Co.10:31 NVI)

Viver para a glória de Deus é um ato de amor. Você ama a Deus e constrói a sua fé sobre o seu amor por Deus. Viver para a glória de Deus significa que você em amor, constrói atitudes que permitem a manifestação da presença de Deus em todos os ambientes e situações da sua vida.

Eu não sei o que você está passando ou enfrentando neste exato momento, mas antes de pensar em agir pela fé, ame a Deus e ao próximo, não tomando atitudes contrárias aos princípios e valores, os quais devem ser aprendidos constantemente por meio da leitura, da meditação ou estudo e da audição.

Jesus ensinou que devemos amar a Deus e ao próximo e, portanto, a fé genuína sempre nos levará a sob o critério da Palavra de Deus os nossos pensamentos, sentimentos e ações. Na verdade, a fé nos leva a “crucificação de nós mesmos”, ou seja, a negarmos o que queremos, a fim de fazermos a vontade de Deus, seja nos momentos alegres ou tristes – nas adversidades. Esta é a pergunta que devemos fazer: “Jesus, como o Senhor agiria ou reagiria nesta situação?

Negar a si mesmo é um ato de fé ou de obediência à Palavra de Deus, porém, não assumiríamos nenhuma atitude em favor do Reino de Deus, nas diferentes situações que enfrentamos se não “amamos” verdadeiramente o Senhor. Portanto, se não existe amor, não existe a fé e se esta é falsa não há esperança, nem presente e nem eterna.

Por exemplo: Você veio a esta reunião, mas não está disposto a ouvir o que Deus está lhe falando, acerca de novas atitudes que deve tomar e, em vez disso, você quer ouvir que irá receber isso ou aquilo da parte Dele, diga-me a verdade: “Você está agindo por amor a Deus? É assim que Jesus agiria?” Na verdade você está procurando algo em que acreditar e, infelizmente, não receberá a verdadeira ajuda de Deus, a qual vem pela fé que é construída pelas estruturas do amor!

A fé não é “antropocêntrica”, cujo termo, dentro das igrejas atuais, tenta afirmar que eu e você somos o centro de tudo e que todas as coisas devem girar ao nosso redor e a nosso favor. A fé é “cristocêntrica”, ou seja, ela sempre coloca Jesus em primeiro lugar e nós é que giramos em torno Dele. Que seja feita a vontade Dele, e não a nossa.

Portanto, nem tudo acontecerá do modo como queremos ou desejamos. Porém, como estamos firmes na graça de Deus em Cristo, temos a esperança da felicidade que Ele nos dará e, por isso, nós perseveramos em uma vida de obediência (), porque amamos a Deus e desejamos ser uma bênção ao nosso próximo, em todas as situações. Isso não é fácil, mas é a nossa esperança, porque esta é o resultado da fé e a verdadeira fé que demonstramos está sendo construída em amor, o qual nunca se extinguirá!

Que Deus nos abençoe!

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