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A fé é mais do que acreditar – Parte 30: A fé de Moisés (4) – O Reino de Deus em primeiro lugar

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Hebreus 11:28,29

Texto Bíblico:

& 28 Pela fé Moisés começou o costume de celebrar a Páscoa e mandou marcar com sangue as portas das casas dos israelitas para que o Anjo da Morte não matasse os filhos mais velhos deles (ver 12:13). 29 Foi pela fé que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca. E, quando os egípcios tentaram atravessar, o mar os engoliu. (Hb.11:28,29 NTLH)

A fé bíblica sempre o levará a colocar o Reino de Deus em primeiro lugar na sua vida, a confiar e associar-se ao sacrifício de Cristo e a avaliar a sua vida antes de viver em comunhão com Deus, por meio do Evangelho de Jesus. A fé bíblica faz com que você aceite a mensagem da cruz, ou seja, que você aprenda a negar a si mesmo, a fim de agir à semelhança de Jesus.

Na semana passada, nós meditamos sobre como Moisés agiu pela fé diante daqueles que não respeitavam e não aceitavam a realidade de Deus no Egito. Hoje, nós veremos como ele agiu pela fé para com o povo de Deus, também no Egito.

1. A fé bíblica o leva a colocar o Reino de Deus em primeiro lugar na sua vida.

O Egito, na Bíblia, alegoricamente falando, representa o que na igreja denominamos de “mundo” (um sistema de vida que se opõe, tanto à Verdade divina como ao próprio Deus), e “morte” (separação da vida de Deus). Quando a Bíblia diz que o “salário do pecado é a morte” (cf. Romanos 6:23), ela está dizendo que uma vida de pecados separa o homem da vida de Deus, a qual nos é dada por meio da nossa união com Jesus Cristo.

Esse era o ambiente em que Moisés estava vivendo, mas como vimos na semana passada, ele teve a convicção de que não pertencia àquele mundo. Então, Moisés desprezou quatro coisas no Egito:

  • A sua condição social. (Hb.11:24)
  • A sua condição econômica. (Hb.11:25)
  • O seu destino à corte egípcia. (Hb.11:26)
  • A fúria do Faraó. (Hb.11:27)

O que nós aprendemos com a fé de Moisés? Que tanto o governo divino como uma vida que agrada a Deus é o que deve ocupar o primeiro lugar em nossas vidas. Por que, nós, os cristãos, devemos observar esse princípio? Porque o próprio Senhor Jesus ensinou sobre a importância de se praticar essa verdade. (cf. Mateus 6:33)

& Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas [as coisas que os pagãos nominam como prioridades – vs. 31,32]. (Mt.6:33 NTLH)

Em nossos dias, a ordem do que lemos na Bíblia tem sido alterada!

O alvo do ensinamento de Jesus:

  • Motivar as pessoas a se submeterem à direção de Deus.
  • Aprenderem o estilo de vida que agrada a Deus.
  • Crer ou confiar no cuidado divino.

Quando eu observo Mateus 6:33, eu vejo as palavras desse verso bíblico na vida de Moisés. Portanto, todo aquele que diz ser cristão e possuidor de uma fé verdadeira, se esforçará para obedecer a Jesus e para colocar em prática os Seus ensinamentos.

Pela fé, Moisés se submeteu à vontade e à direção de Deus, e estabeleceu, em meio ao seu povo, a celebração da Páscoa. Ele também fez com que o povo de Israel aprendesse sobre a importância do sangue. Somente depois disso é que Moisés conduziu todas aquelas pessoas pelo deserto e a atravessarem o Mar Vermelho.

2. A fé bíblica o capacita a confiar e a associar-se ao sacrifício de Jesus, antes de participar das promessas de Deus.

Moisés, pela fé, estabeleceu a “Páscoa” entre o povo de Deus e, por meio dela, o povo de Deus aprenderia sobre “Aquele” (Jesus) que viria no futuro como o Messias e Cristo.

A palavra “Páscoa” significa “passagem” – a passagem do SENHOR sobre as casas dos israelitas, poupando suas vidas e famílias, e também, a saída dos israelitas do Egito, o lugar da escravidão, para a Terra Prometida. (cf. Êx.12:26,27)

& 26 Quando os seus filhos perguntarem: “O que quer dizer essa cerimônia?”, 27 vocês responderão: “É o sacrifício da Páscoa em honra do SENHOR Deus, pois no Egito ele passou pelas casas dos israelitas e não parou. O SENHOR matou os egípcios, mas não matou as nossas famílias.” Então os israelitas se ajoelharam e adoraram a Deus, o SENHOR. (Êx.12:26,27 NTLH)

Como a Páscoa deveria ser comemorada pelos antigos?

A Páscoa deveria ser celebrada com um jantar familiar, onde um “cordeiro” seria assado e comido por todos. O jantar também deveria ter o “pão asmo ou sem fermento” (matzá, em hebraico) e “ervas amargas”. Então, o israelita dizia: O pão sem fermento nos ajuda a lembrar que na noite da Páscoa, no Egito, comemos às pressas, e o pão não teve tempo de fermentar. As ervas amargas nos lembram de como as nossas vidas eram amargas quando éramos escravos de Faraó.” A intenção do mandamento (Êx.12:26) era que TODOS os membros da família participassem das narrativas e da liturgia, e que a festa fosse uma ferramenta DIDÁTICA para ensinar às crianças, sobre como o Senhor os libertou com mão forte da escravatura no Egito.

Os elementos da Páscoa judaica apontam para Jesus como:

  • O Cordeiro que foi morto pelos que são chamados por Deus.
  • O “Pão Asmo” sem fermento, ou seja, Jesus não permitiu ser contaminado pela influência do orgulho, egoísmo e interesses terrenos. Jesus viveu sem cometer qualquer pecado!
  • As “ervas amargas” dão a Jesus o sentido do Servo sofredor neste mundo pela maldade humana.

Tanto o cordeiro abatido como o pão sem fermento e as ervas amargas, tipificavam a Pessoa de Jesus:

  • Jesus como o Cordeiro de Deus: & No dia seguinte, João viu Jesus vindo na direção dele e disse: — Aí está o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! (Jo.1:29 NTLH)   
  • Jesus como o Pão da Vida: & Jesus respondeu: — Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede. (Jo.6:35 NTH)
  • Jesus, o Servo sofredor como as ervas amargas: & Pilatos mandou chicotear Jesus. 2 Depois os soldados fizeram uma coroa de ramos cheios de espinhos, e a puseram na cabeça dele, e o vestiram com uma capa vermelha. 3 Chegavam perto dele e diziam: — Viva o rei dos judeus! E davam bofetadas nele. (Jo.19:1-3 NTLH)

Além da ceia da Páscoa, Moisés ordenou que fosse aspergido nos batentes das casas dos israelitas o sangue de um cordeiro abatido. É verdade que isso aconteceu há muito tempo, porém algo parecido acontece ainda hoje, afinal, aquele fato era apenas uma sombra do que iria acontecer e está acontecendo: Jesus Cristo é a perfeição de tudo. Ele é o Cordeiro de Deus, puro, sem mancha e sem defeito, que tira o pecado do mundo, e que derramou o Seu sangue puro para nos proteger da destruição e da morte espiritual, tanto no presente como para a eternidade.

& Por isso Jesus também morreu fora da cidade de Jerusalém para, com o seu próprio sangue, purificar o povo dos seus pecados [limpar e dedicar a Deus]. (Hb.13:12 NTLH)

Diante de tudo isso, entenda que o que está em jogo não é a onisciência de Deus, mas a obediência do povo. Deus estava providenciando para Israel a libertação, a salvação do poder dos egípcios. Assim, todo aquele que aceitasse essa ação divina em sua vida deveria ser obediente ao Senhor.

E o mesmo acontece ainda hoje com o Sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo: todo aquele que aceita a salvação de Deus do poder do “mundo”, oferecida através do sangue de Jesus Cristo, deve ter a “marca de Cristo”, que é a vida transformada, dedicada a Deus (santificada) e repleta de boas obras – fé e obras. (Leia depois: 2 Coríntios 5:17; Efésios 2:10; Tiago 2:14-26)

3. A fé bíblica faz com que você entenda a Páscoa, mais do que uma festa religiosa.

Além de a Páscoa expressar o sacrifício futuro de Cristo e a confiança do povo de Deus no Messias, ela também mostrava o sofrimento dos israelitas no Egito como escravos – um povo destinado a perder a sua identidade.

Deus queria que eles olhassem para o sacrifício do Messias, o qual aconteceria no futuro. Além do mais, a formação espiritual e moral desse povo, deveria se assemelhar ao caráter de Jesus – o Messias, o Cristo.

A fé verdadeira sempre nos conduz à negação de nós mesmos diante das circunstâncias. Deus estava levando aquele povo para a Terra Prometida, mas ele teria que aprender a viver como o povo escolhido de Deus. Como eu disse no início, antes de receberem o que Deus poderia lhes dar, eles deveriam buscar primeiramente o Seu Reino e o estilo de vida que O agrada.

A Páscoa é a passagem da morte para a vida, ou seja, de uma vida afastada de Deus para outra em comunhão com Ele, por meio de Jesus e de Seu Evangelho. 

A Páscoa revela que o filho de Deus deixa o mundo para trás, o mundanismo como seu estilo de vida e aceita morrer em Cristo, para viver uma vida ressuscitada com Deus no poder do Espírito Santo, o Qual ressuscitou Jesus dos mortos.

Eu não sei quais são as suas dificuldades nesta vida e neste momento. Porém, eu sei que Deus tem um caminho para conduzi-lo a uma vida abençoada. Entretanto, para que você ande nesse caminho, será necessário que seja dirigido por Deus e aceite o estilo de vida que O agrade. Então, tudo aquilo que você precisa será acrescentado à sua vida.

Por essa razão, a Páscoa não deve ser aceita apenas como uma festa ou uma celebração religiosa, mas ela nos diz sobre qual deve ser o nosso estilo de vida.

A travessia do Mar Vermelho seria um tremendo milagre! Porém, ninguém experimenta os atos poderosos de Deus sem morrer para si mesmo. No Cristianismo, é morrendo para si mesmo que se vive para Deus. Caso você não observe este princípio, dificilmente, experimentará a poderosa vida que Deus dá.

& E Jesus disse aos discípulos: — Se alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. (Mt.16:24 NTLH)

Que Deus nos abençoe!

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