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A fé é mais do que acreditar – Parte 40: A fé de Gideão (5) – A fé verdadeira rejeita o espírito da idolatria

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Hebreus 11:32

Texto Bíblico:

&  O que mais posso dizer? O tempo é pouco para falar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas. (Hb.11:32 NTLH)

Nas últimas semanas, eu tenho falado acerca da condição espiritual e moral do povo de Deus (os israelitas), na época de Gideão. Já expliquei quem foi Gideão (escolhido por Deus para julgar e defender os israelitas em assuntos internos e contra os inimigos), acerca do seu encontro com Deus, sobre o tempo e as razões divinas do seu chamado.

A fim de ser abençoado por Deus e abençoar pessoas, Gideão precisava submeter-se somente a Deus e demonstrar uma fé verdadeira, uma fé bíblica, para servir de exemplo aos demais patrícios. Então, o SENHOR o conduz ao seu primeiro teste, isto é, à primeira prova da sua fé.

Vamos ler o texto bíblico no Velho Testamento – Juízes 6:25-29.

& 25 Naquela noite o SENHOR disse a Gideão: — Leve o touro que pertence a seu pai e outro touro de sete anos e derrube o altar do deus Baal que é do seu pai e também o Poste-ídolo que está ao seu lado. 26 Nesse lugar alto e seguro, faça para o SENHOR, seu Deus, um altar de pedras bem arrumadas. Depois pegue o segundo touro e a madeira do poste arrancado e queime tudo no altar como sacrifício. 27 Gideão levou dez dos seus empregados e fez o que o SENHOR tinha dito. Porém, como estava com medo da sua família e do povo da cidade, em vez de fazer isso de dia, fez de noite. 28 De madrugada, quando os homens da cidade se levantaram, acharam o altar de Baal e o Poste-ídolo derrubados e o segundo touro queimado no altar que tinha sido construído ali. 29 E perguntavam: — Quem será que fez isso? Procuraram saber e descobriram que tinha sido Gideão, filho de Joás. (Jz.6:25-29 NTLH)

Vale lembrar que Deus falou com Gideão “claramente”, mostrando-lhe tudo o que deveria fazer. Gideão está seguindo uma ordem específica de Deus e, de modo algum, agiu por impulso próprio. A sua ação estava revestida com a autoridade divina, ou seja, ele recebeu a unção divina para fazer o que fez.

        1. Antes de tudo, entenda o que é estar sob a unção divina.

A quem Deus dá a Sua unção? Antes, o que é a unção dada pelo Espírito de Deus? É a Sua autoridade delegada para que se cumpra algo que Ele pede e, portanto, seria como uma procuração que você passa a um advogado, a fim de que ele execute um trabalho ou uma ação específica. Uma vez que o trabalho foi realizado com sucesso, a ação perde o seu valor. Portanto, ninguém consegue viver sob a unção de Deus o tempo todo, mas somente quando exerce a tarefa espiritual que Ele pede, quando é obediente. Cuidado com determinadas reuniões que prometem ungir você com a unção divina, a fim de que se torne espiritualmente mais forte. Isso não é apoiado pela verdade, pois Deus dá a Sua unção, a Sua autoridade a quem Lhe é obediente e cumpre o que Ele pede.

A primeira coisa que Deus pediu a Gideão foi que se livrasse da idolatria, a qual estava dentro da sua própria casa. Por quê?

         2. Saiba que Deus “odeia” todo tipo de idolatria e, portanto, Ele não abençoa o idólatra!

Nós vimos que os filhos de Deus pediram a ajuda de Deus, porém, eles continuavam mantendo a prática tola aos deuses pagãos, tanto em suas casas como nas suas vidas! (veja Salmos 115:4-9) Então, Deus, o SENHOR, ordena a Gideão que destruísse o altar do deus Baal, que era do pai dele e do seu Poste-ídolo que ficava ao lado do altar pagão. A primeira tarefa divina a Gideão era destruir o paganismo que estava dentro da sua própria casa, e não na de outros!

Tanto a limpeza espiritual como a moral deveria começar dentro da sua própria família. Gideão tinha que ser o exemplo de um homem de fé a todos os demais. Era através da sua vida que todos aprenderiam sobre como deveriam se voltar para Deus, e que o SENHOR não aceita entre os Seus, ídolos que O substituam, ou seja, Deus odeia todo tipo de idolatria!

Talvez, você queira conhecer um pouco sobre quem era o deus pagão “Baal”:

Baal era o nome do deus supremo adorado na antiga Canaã e Fenícia. A prática do culto a Baal infiltrou a vida religiosa judaica durante o tempo dos juízes (Juízes 3:7), tornou-se comum em Israel durante o reinado de Acabe (1 Reis 16:31-33) e também afetou Judá (2 Crônicas 28:1 -2). A palavra baal significa “senhor”; o plural é baalim. Em geral, Baal era um deus da fertilidade que, de acor
do com a crença comum, permitia que a terra produzisse colheitas e pessoas produzissem crianças. Diferentes regiões adoravam Baal de diferentes maneiras, e ele provou ser um deus altamente adaptável. Várias localidades enfatizavam um ou outro de seus atributos e desenvolveram “denominações” especiais do Baalismo. Baal-Peor (Números 25:3) e Baal-Berite (Juízes 8:33) são dois exemplos de tais divindades localizadas.

Segundo a mitologia cananeia, Baal era o filho de El, o deus principal, e Asherah, a deusa do mar. Baal era considerado o mais poderoso de todos os deuses, eclipsando El, que era visto como bastante fraco e ineficaz. Em várias batalhas, Baal derrotou Yamm, o deus do mar, e Mot, o deus da morte e do submundo. As irmãs/consortes de Baal foram Ashtoreth, uma deusa da fertilidade associada com as estrelas, e Anate, a deusa do amor e da guerra. Os cananeus adoravam Baal como o deus do sol e como o deus da tempestade – ele geralmente é representado segurando um relâmpago – que derrotava inimigos e estimulava a colheita. Eles também o adoraram como um deus da fertilidade que providenciava crianças. O culto a Baal estava enraizado na sensualidade e envolvia prostituição ritualística nos templos. Às vezes, apaziguar Baal necessitava o sacrifício humano, geralmente o primogênito de quem fazia o sacrifício (Jeremias 19:5). Os sacerdotes de Baal apelavam ao seu deus em ritos de abandono selvagem que incluíam gritos de êxtase e ferimentos autoinfligidos (1 Reis 18:28).

Antes de os hebreus entrarem na Terra Prometida, o Senhor Deus os advertiu contra a adoração dos deuses de Canaã (Deuteronômio 6:14-15), mas Israel voltou-se à idolatria de qualquer maneira. Durante o reinado de Acabe e Jezabel, no auge do culto a Baal em Israel, Deus confrontou diretamente o paganismo por meio do Seu profeta Elias. Em primeiro lugar, Deus mostrou que Ele, não Baal, controlava a chuva através do envio de uma seca que durou três anos e meio (1 Reis 17:1). Então Elias convocou um confronto no Monte Carmelo para provar de uma vez por todas quem o Deus verdadeiro era. Durante todo o dia, 450 profetas de Baal pediram ao seu deus para enviar fogo do céu – certamente uma tarefa fácil para um deus associado com relâmpagos – mas “não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma” (1 Reis 18:29). Após os profetas de Baal desistirem, Elias fez uma oração simples, e Deus respondeu imediatamente com fogo do céu. A prova foi esmagadora, e o povo “caiu de rosto em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!” (Versículo 39).

Em Mateus 12:27, Jesus chama Satanás de “Belzebu”, ligando o diabo a Baal-Zebube, uma divindade filisteia (2 Reis 1:2). O Baal do Antigo Testamento era nada mais do que demônios disfarçados de deuses, e toda a idolatria é, em última análise, uma forma de adoração ao diabo (1 Coríntios 10:20).

3. Conheça o esplendor da glória de Deus e você se afastará de crenças falsas!

A glória de Deus é tudo o que Ele é (Seu caráter), tudo o que Ele faz (Seu poder) e tudo o que Ele oferece (Sua graça ou bondade). Portanto, todo aquele que deseja aprender sobre Deus, precisa conhecer:

  • Seu caráter – Seus atributos, Seu modo de ser, Sua pessoa, Seu trabalho e o que O torna distinto, diferente, distinguível e elevado acima de tudo e de todos.
  • Seu poder – o que Ele faz e o que não faz, por causa do Seu caráter.
  • Sua graça ou bondade – o que Ele oferece e o que não dá, devido ao Seu caráter.

Eu não tenho a menor dúvida de que muitos cristãos não conhecem a Deus e, por isso, creem em absurdos e muitos pregam fantasias, como promessas e esperanças falsas, sem nenhum respeito e temor.

            4. Você sabe que Deus não abençoa o idólatra, então, fuja de “todo tipo” de idolatria!

O apóstolo Paulo nos diz o seguinte:

& (…) meus queridos amigos [merecedores de amor e misericórdia], fujam [escapem pela fuga desse abominável vício] da adoração de ídolos. (1 Co.10:14 NTLH – veja Sl.115:4-9)

Nós que esperamos sempre pelo amor e a misericórdia divina, que guardemos as palavras do nosso irmão Paulo em nossos corações, pois Deus odeia “todo tipo” de idolatria!

Tudo vem e flui de Deus, e isso acontece para a Sua glória. Tudo o que existe é para a glória de Deus. A coisa mais preciosa do universo é a glória de Deus, e não a alma ou os desejos do homem.

O maior problema da raça humana é que ela não reconhece, não valoriza, não prova, não honra e não pensa que a coisa mais valiosa no universo é a glória de Deus. Essa é nossa fraqueza, nossa doença, o nosso grande insulto contra Deus.

Então, os grandes conflitos existentes na sociedade acontecem ao modo como pensamos acerca da glória de Deus. A reflexão sobre a glória de Deus deveria dar sentido elevado à nossa vida, à nossa cultura, a este país, a este século e à existência de todas as nações do mundo.

A falta dessa reflexão cega as pessoas ao que é elevado, grandioso e glorioso, e por isso, a humanidade se entrega a paixões vergonhosas, à imoralidade sem fim e se coloca sob a ira ou rejeição de Deus! (cf. Rm.1:24-27) Por causa do desprezo que o homem dá a Deus, a sua vida se enche de pecados. (cf. Rm.1:28-32) A humanidade tem insultado a Deus!

Tudo
isso é produto da idolatria, a qual Deus abomina, e por que Ele a odeia?

  • Qualquer tipo de idolatria fará com que a sua vida se torne inútil e sem brilho neste mundo.

& Eles sabem [chegaram a saber] quem Deus é, mas não lhe dão a glória que ele merece [desonram o Seu caráter] e não lhe são agradecidos. Pelo contrário, os seus pensamentos se tornaram tolos, e a sua mente vazia [fútil, inútil] está coberta de escuridão [ignorância, falta de juízo, insensatez]. (Rm.1:21 NTLH)

Deus deu aos seres humanos a mente com a capacidade de raciocinar, imaginar, pensar, considerar, meditar, a fim de que pudessem usá-la para conhecer a Deus, pensar sobre Ele, falar sobre Ele e louvá-Lo com palavras e ações que O honrem, mas, em vez disso, as pessoas O insultam com suas imaginações, pensamentos, palavras e comportamentos vergonhosos.

Não substitua Deus por coisas vãs, pois, se assim fizer, os seus raciocínios se tornarão fúteis, vazios, inúteis e não terão um significado duradouro. Portanto, fazer com sua vida se torne inútil é um insulto a Deus!

  • Cuidado ao julgar-se sábio, para não se tornar um tolo!

& Eles dizem que são sábios, mas são tolos. (Rm.1:22 NTLH)

Para o homem separado da graça de Deus e cujo coração está cheio de insensatez, nada lhe parece melhor do que sentir-se sábio e criar “um deus próprio”, em vez de se submeter ao ETERNO.

Para ele, tornar-se sábio é se tornar deus de si mesmo! Para ele, as vantagens são plenas e pensa: “Eu tenho muitos recursos, sou criativo e inteligente! Esse pensamento faz com que o seu ego se sinta bem. Por quê? Tornar-se “deus de si mesmo” o faz independente e é ele próprio quem está no controle de tudo. Essa atitude diz aos Céus que ele é mais sábio que o SENHOR! Portanto, procurar ser deus de si mesmo é um insulto a Deus!

  • Não iguale Deus à criatura humana e não O rebaixe ao nível dos irracionais.

& Em vez de adorarem ao Deus imortal, adoram ídolos que se parecem com seres humanos, ou com pássaros, ou com animais de quatro patas, ou com animais que se arrastam pelo chão. (Rm.1:23 NTLH)

O ser humano coroa a si mesmo como o “senhor” do planeta Terra e iguala o “SENHOR” à criatura humana e O rebaixa ao nível das criaturas inferiores a ele, ou seja, aos animais irracionais. Que grande insulto!

A humanidade, na sua maioria, crê na existência de Deus, mas por não ter fé para andar com Ele, cria seus próprios deuses que são manipulados pelos seus próprios desejos. Porém, “A FÉ É MAIS DO QUE ACREDITAR”! Nas almas humanas, ainda se reside o sopro de vida de quando Deus as criou, mas Ele foi lançado fora dos seus pensamentos e caminhos! Portanto, igualar o SENHOR à criatura humana ou rebaixá-Lo aos irracionais é um insulto a Deus!

  • Tome muito cuidado com o espírito de avareza, pois ela é um tipo de idolatria!

& 4 Cristo é a verdadeira vida de vocês, e, quando ele aparecer, vocês aparecerão com ele e tomarão parte na sua glória. 5 Portanto, matem [não se cansem de destruir constantemente o poder dos…] os desejos deste mundo que agem [atuando o tempo todo] em vocês, isto é, a imoralidade sexual [relação sexual ilícita tanto com pessoas como com animais], a indecência [motivos impuros], as paixões más [atração pelos desejos da carne], os maus desejos [anseios perversos à semelhança de Satanás] e a cobiça [avareza, o desejo ardente de ter mais], porque a cobiça é um tipo de idolatria. (Cl.3:4,5 NTLH)

Entenda que a “cobiça”, ou seja, o desejo forte para se ter cada vez mais, faz com que a pessoa vá se afastando de Deus e ela não percebe que seu caráter vai se deteriorando. A cobiça gera maus desejos e a alma se vende a motivos impuros e, então, a pessoa estará completamente longe da Verdade e será, com certeza, dominada por todo tipo de impureza.

O conselho de Paulo, o apóstolo, é que a pessoa esteja matando o tempo todo esse tipo de cobiça, pois ela é um tipo de idolatria, pois impede que o ser humano desfrute de toda a glória de Jesus, ou seja, de tudo o que Ele é, faz e oferece, tanto aqui como na eternidade. Portanto, desprezar o SENHOR por causa dos fortes e desenfreados desejos terrenos ou carnais é um insulto a Deus!

A primeira missão que Deus dá
a Gideão foi a de destruir todo tipo de idolatria que se estabeleceu na sua casa, pois, através do seu exemplo, as pessoas tomariam a decisão de fazer o mesmo, para a alegria de Deus.

Não era uma tarefa fácil, e por isso, Gideão sentiu medo, porém, foi obediente a Deus, pois a sua fé deixou de ser histórica para ser verdadeira. Naquele momento, Gideão não só acreditava em Deus, mas possuía fé Nele e, por essa razão, agiu com fidelidade e obediência ao que Deus lhe pediu. A obediência é o maior sinal de que a sua fé realmente é bíblica, e isso dá prazer a Deus. Jesus sempre foi obediente e nós fomos chamados para a mesma obediência. (veja João 5:19)

Que Deus nos abençoe!

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