1 Timóteo 1:1,2
Texto Base:
1 Eu, Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por ordem de Deus, o nosso Salvador, e de Cristo Jesus, a nossa esperança, 2 escrevo a você, Timóteo, meu verdadeiro filho na fé. Que a graça, a misericórdia e a paz de Deus, o Pai, e de Cristo Jesus, o nosso Senhor, estejam com você! (1 Tm.1:1,2 NTLH)
É natural do ser humano acreditar que o mundo sofrerá uma melhora; que o amanhã será melhor do que o ontem; que tanto a economia como os negócios prosperarão e que os anos seguintes serão recheados de possibilidades, encantos, vitórias, triunfos, sucesso e muita felicidade.
No entanto, a Palavra de Deus declara uma realidade bem diferente do que a nossa sociedade diz e espera. A Bíblia diz que a nossa esperança não deve estar aqui, mas sim na Pessoa de Jesus Cristo. Vamos ler o que o apóstolo Paulo disse:
Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes [mais miseráveis, dignas de lástima, desgraça e infortúnio] deste mundo. (1 Co.15:19 NTLH)
Se a finalidade do Cristianismo é só para esta vida, quão infelizes seremos! Que adianta os sofrimentos que passamos por causa da nossa fé (fidelidade e obediência) a Cristo, se no final da carreira não ressuscitarmos como Ele ressuscitou?
O espírito deste “mundo” (i.e., o sistema filosófico e religioso mundano, o qual é antagônico ou contrário aos princípios e verdades de Deus) tem se instalado na vida de muitos cristãos e tem feito com que eles se agarrem a uma esperança falsa e terrena.
Na nossa meditação do domingo passado, eu disse que Jesus é o fim (finalidade, objetivo) da nossa jornada. Enquanto estivermos sobre a Terra e em cada acontecimento que enfrentamos, eles devem nos conduzir a Jesus. Assim foi com os três judeus na fornalha e também com Daniel na cova dos leões. Além do mais, não devemos nos esquecer do martírio de Estevão, o primeiro mártir cristão. Todos eles, em seus caminhos, se encontraram com Jesus.
Esses acontecimentos ou caminhos para os quais Deus nos conduz, servem para pôr à prova a nossa fidelidade, corrigir a nossa maneira de viver e nos instruir no Seu caráter. Por quê? Porque no final de nossas vidas, desejamos ganhar o “Céu”, a nossa Pátria Celestial e, ninguém poderá alcançar esse lugar se rejeitar as disciplinas do Pai! Paulo ensinou sobre isso:
Mas a nossa pátria está no céu, com o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo; e nós estamos aguardando esperançosos a sua volta de lá. (Fp.3:20 NTLH)
Se a Bíblia nos motiva a crermos na ressurreição, a fim de irmos para o nosso destino final, “a nossa Pátria, que está no Céu”, você pensa ser saudável conservar a ideia de que este mundo irá melhorar?
Olhe à sua volta e veja o mundo como está:
- Pais têm matado seus filhos, e estes, os seus pais.
- Os valores éticos e morais têm sido destruídos, desprezados e transgredidos cada vez mais.
- Os índices da fome, desemprego, poluição, pobreza, violência, criminalidade, drogas, entre outras coisas só aumentam!
Ainda que você tenha uma visão otimista deste mundo em que você está inserido, no qual pretende se autorrealizar, todas as suas realizações nesta terra necessitam de tempo, espaço e circunstância.
Assim sendo, pode ser que todos os seus sonhos, metas e objetivos irão perecer, pois, um dia, o que hoje vemos não existirá mais. Pessoas do seu convívio irão partir, homenagens serão esquecidas, roupas ficarão jogadas e envelhecidas e você não estará mais aqui para ver a glória efêmera do homem, o qual se esqueceu da verdade que é apenas pó! (cf. Gn.3:19)
Jesus não veio trazer esperança à vida neste mundo, pois ele (o mundo) está enterrado na malignidade (vd. 1 Jo.5:19). A humanidade escolheu esse sepultamento, pois, em vez de aceitar a “Vida” (Jesus) oferecida por Deus, preferiu a escuridão (vd. Jo.1:5; 3:19) O mundo procura, a todo custo, apagar a “Luz” (que é Jesus) para este mundo (vd.Jo.8:12), preferindo andar na escuridão, na ignorância do caráter e dos planos de Deus.
No entanto, o cristão tem uma esperança que o tempo nunca roubará, a qual não está sujeita ao tempo, ao espaço e às circunstâncias, pois essa esperança é atemporal, incorruptível e eterna.
Jesus é a esperança para a humanidade, é a esperança para aqueles que estão à margem da sociedade. Ele é a esperança àqueles que estão à mercê do poder do mal. Ele é a esperança para aqueles que foram excluídos de uma sociedade hipócrita, desumana, cruel e banal. É a esperança para uma vida de paz, gozo e satisfação na Eternidade. Em suma, Jesus Cristo é a nossa única, fiel e verdadeira esperança!
É natural que o homem tenha esperança. Entretanto, ocorre que a esperança depositada em um mundo que já está fadado a sucumbir é totalmente ineficiente, inútil, fútil e falando a verdade, uma esperança vã!
A Bíblia nos diz que as nações e os reinos da terra se levantarão uns contra os outros; haverá fome, terremotos em muitos lugares e que tudo isso será apenas o princípio dos horrores futuros. Ela diz que a maldade andará solta por toda parte e que o amor de muitos esfriará. (cf. Mt.24:7-12) Além do mais, ela nos alerta sobre o aparecimento de epidemias em muitas terras, e de coisas terríveis com grandes sinais acontecendo nos céus. (cf. Lc.21:11)
Eu tenho plena certeza que você não depositará a sua esperança em um mundo assim, mas que você creia plenamente nas palavras de Jesus:
O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre. (Lc.21:33 NTLH)
Nós estamos em pleno século 21 e os ideais buscados e almejados na Revolução Francesa de 1789, tais como: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade“ até hoje não foram concretizados. Convivemos em um cenário tão caótico que até hoje as necessidades vitais básicas como saúde, moradia e educação não foram sanadas.
O homem já conseguiu pisar no solo lunar, mas até hoje não conseguiu resolver questões sociais básicas, na maioria das regiões deste mundo. A medicina alcançou avanços extraordinários, mas, pacientes ainda continuam perdendo suas vidas nos leitos dos hospitais, por falta de recursos.
Portanto, será que realmente vale a pena depositar nossa esperança neste mundo? Por isso, eu não me canso de afirmar que só em Jesus Cristo há esperança. Afinal, em Jesus Cristo a nossa esperança não é vã e inútil, pois Ele é fiel e há de vir nas nuvens para buscar aqueles que Nele esperam.
Os que têm esperança em Cristo e que esperam pela volta do SENHOR, que prestem atenção ao seu modo de andar. O apóstolo Paulo apresenta três elementos importantes à vida cristã no nosso texto base, que eu gostaria de destacar: a graça, a misericórdia e a paz de Deus, o Pai. Vamos ler o texto base novamente:
1 Eu, Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por ordem de Deus, o nosso Salvador, e de Cristo Jesus, a nossa esperança, 2 escrevo a você, Timóteo, meu verdadeiro filho na fé. Que a graça, a misericórdia e a paz de Deus, o Pai, e de Cristo Jesus, o nosso Senhor, estejam com você! (NTLH)
Paulo foi chamado por Deus para declarar que Jesus é a verdadeira esperança e, então, todo aquele que espera pela Sua volta com a Sua real esperança, precisa aprender a viver sob a graça, a misericórdia e a paz de Deus. Enquanto espero o retorno da minha “Esperança” (Jesus), que eu:
1. Aprenda a depender inteiramente da graça de Cristo.
A graça é toda bondade divina que nos é dada quando fomos aceitos por Deus, após termos nos arrependido dos nossos pecados e, então, Ele nos fez com que Cristo habitasse em nós. Por meio da graça de Cristo Jesus, nós temos acesso ao Pai constantemente e, isso quer dizer, que podemos viver em comunhão com Ele, desfrutando de todos os Seus recursos neste mundo, a fim de sermos perseverantes no caminho par a Eternidade.
A graça divina nos dá a capacidade de vivermos à semelhança de Cristo nas diferentes situações de nossas vidas. Então, nós devemos ter em conta que as atitudes que agradam a Deus são aquelas executadas por Cristo, através de nós, e não as que fazemos por conta própria em nome Dele.
Depender da graça de Deus implica na morte constante do “EU”, isto é, que eu diminua e que Cristo cresça e que Jesus se torne mais importante do que eu. (vd. Jo.3:30,31)
2. Aprenda a receber a misericórdia divina como também oferecê-la a quem dela precisa.
A misericórdia não é apenas uma sensação de tristeza, de pena ou dó. Ela não se resume a sentimentos, mas a ações, que pelas quais, Ele nos oferece (por meio da graça) o que realmente precisamos, a fim de que lidemos com pessoas ou as circunstâncias, de acordo com a Sua vontade. A misericórdia é um ato da justiça divina e quando a praticamos, oferecemos ao próximo a mesma ajuda que temos recebido de Deus (cf. 2 Co.1:3,4).
Quando você age pelo impulso dos seus sentimentos, dificilmente expressará misericórdia, ainda que a sua ação seja aprovada pela sociedade. Jesus ensinou que devemos perdoar que nos tem ofendido, para que tenhamos o perdão de Deus. (vd. Mt.6:12,14,15) Perdoar é um ato de misericórdia. Ao praticarmos o amor pelos nossos inimigos, nós estaremos praticando a misericórdia divina, pois, devemos nos lembrar que éramos inimigos Dele quando nos amou. (vd. 1 Jo.4:19-21; Lc.6:27; Pv.25:21; Rm.12:20; 1 Co.4:12)
Portanto, a misericórdia divina nos dá o que realmente precisamos e não o que queremos. É desse modo que devemos proceder para com o nosso próximo e, desse modo, estaremos agindo para a glória de Deus, ou seja, revelando e expressando a Sua grandeza e bondade.
3. Mantenha-se sempre sob a paz de Deus.
A “paz de Deus” é um estado de mente em que você deixa de “brigar” com Ele e aceita com prazer os Seus termos – os Seus princípios e orientações que estão escritos na Palavra de Deus.
Eu ouço com frequência certos cristãos dizendo: “Se você sentir paz, então, vá em frente e não tenha medo!” O sentimento da paz de Deus nunca vem antes de uma ação correta, mas, sempre depois que agimos de acordo com a vontade divina. Quando você vive sob a vontade Deus e a coloca em prática, tanto em seus relacionamentos como nas circunstâncias várias, Deus o deixará “plenamente satisfeito” – com a emoção e o sentimento corretos, após ter agido corretamente. (cf. Mt.5:6)
Quando Deus falou a Josué para ser forte, corajoso e que estaria sempre com ele, nós não podemos deixar de observar o que o SENHOR também lhe pediu: que ele cumprisse as ordens de Deus em relação à sua missão, que tomasse o cuidado em observar o que a Palavra de Deus lhe dizia e que não se desviasse dela de modo algum. (vd. Js.1:6-9) A sua atitude de respeito a Deus lhe garantiria a verdadeira esperança da presença viva de Deus ao longo dos seus dias.
Nós, que temos a viva esperança em Cristo, sabemos como devemos proceder. Porém, aqueles que estão longe dos caminhos de Deus precisam conhecer a verdade, a sólida esperança que temos – Jesus! Na esperança que temos em Cristo, “Que Deus nos abençoe!”