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Texto Bíblico:
? “Pois ele os está levando para uma terra boa, cheia de rios, e ribeirões, e de fontes que jorram água pelos vales e pelas montanhas.” (Dt. 8:7 NTLH)
Na primeira parte vimos o que é a terra do Senhor: terra de vales e montanhas, de rios de baixo e do alto. Nesta segunda parte estudaremos sobre o vale, local de aflição, luta, frustração, mas também, local onde temos suprimentos, onde crescemos, nos desenvolvemos, criamos intimidade e aprendemos a andar.
Vimos também que, ainda hoje, o Senhor diz ser necessário obedecermos aos Seus mandamentos e à Sua vontade para podermos entrar na “terra espiritual” na qual iremos andar para crescemos e chegarmos ao céu.
Não é errado termos sonhos e desejos, mas é muito ruim os colocarmos à frente dos sonhos e desejos do Senhor para nós e Tiago nos adverte sobre isso:
? “2 Vocês querem muitas coisas; mas, como não podem tê-las, estão prontos até para matar a fim de consegui-las. Vocês as desejam ardentemente; mas, como não conseguem possuí-las, brigam e lutam. Não conseguem o que querem porque não pedem a Deus. 3 E, quando pedem, não recebem porque os seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus próprios prazeres.” (Tg. 4:2,3 NTLH)
2.1. A terra é boa, mas como conquistá-la e andar nela?
? “É uma terra onde nunca faltará comida ou qualquer outra coisa para vocês, uma terra onde as pedras têm ferro e as montanhas têm minas de cobre.” (Dt. 8:9 NTLH)
A terra é maravilhosa, mas necessita ser trabalhada, a exemplo do ferro que, para ser retirado, precisa ser identificado, demarcado e separado das impurezas ao seu redor.
Nossa vida espiritual também deve ser regada de cuidados, como leitura e meditação na Palavra, busca e desejo de conhecer e fazer a vontade de Deus, para que as impurezas sejam retiradas da órbita de nossas vidas e, assim, nos tornemos mais fortes, experientes e com fé.
Sabemos, hoje, de todos os desafios e problemas que o povo de Israel enfrentou. Traçando um paralelo com a nossa vida espiritual, também nós, para servirmos a Cristo, chegarmos ao céu e termos sucesso nesse mundo, temos que lutar. Mas como diz Palavra de Deus, a nossa luta não é com armas humanas. Não é mais como fazíamos antigamente para atingirmos nossos objetivos, quando usávamos astúcia, fofocas, conchavos e tudo de ruim, perverso, tudo aquilo que podemos dizer que não procede que não vem de Deus, que não tem início Nele.
? 4 As armas que u
samos na nossa luta não são do mundo; são armas poderosas de Deus, capazes de destruir fortalezas. E assim destruímos ideias falsas 5 e também todo orgulho humano que não deixa que as pessoas conheçam a Deus. Dominamos todo pensamento humano e fazemos com que ele obedeça a Cristo. (2 Co. 10:4,5 NTLH)
Muitas vezes, agimos da maneira que Tiago nos disse para não agirmos: nos colocamos em problemas e ficamos tentando barganhar com Deus.
Deus sempre está atento às nossas orações. Muitas vezes Ele não nos responde, mas nem por isso deixa de atentar àquilo que colocamos diante de Sua face. O Salmo diz:
? “9 De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos. 10 Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. 11 Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. 12 Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. 13 Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de bodes? […] 15 invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” (Sl. 50:9-13,15 ARA)
Deus ouve nossas orações, mas não quer que sejamos como filhos débeis que, como pessoas com deficiências graves, precisam ser levadas no colo em todos os lugares onde devem ir.
Lembrem-se: nós estamos no vale, local de lutas, mas também de conquistas. local de alimento, onde fontes brotam do chão e somos aliviados e supridos da nossa sede de Deus!
Na primeira parte estudamos sobre a revolta do povo no deserto quando os espias voltaram. Por causa dessa revolta contra Deus, nenhum deles entrou na terra prometida, mas voltaram para o deserto e ficaram lá até suas mortes, sem paz e com todas as dificuldades. Continuaram reclamando de Deus, receberam muitas coisas, mas não entraram na terra.
3. Conquistamos o vale; vamos conquistar as montanhas!
Nas montanhas encontramos o cobre, mas também, gigantes. O cobre, em sua forma metálica, apresenta alta durabilidade, boa resistência à corrosão, boa maleabilidade e ductilidade. Essas duas últimas propriedades fazem dele um metal diferenciado, pois, normalmente, os metais resistentes não são maleáveis.
Durante cinco anos o povo guerreou para conquistar o vale e, depois, se reuniram para dividir a terra. Nessa época, Calebe (i.e. ‘cachorro’ ou ‘cão’, em tradução direta; também pode ser interpretado como ‘leal; fiel’, características marcantes daquele que persiste em sua fé e não abandona suas convicções, além de estar sempre ao lado daqueles que nele confiam), que recebeu de Deus a promessa de entrar na terra, reivindicou as cidades da região de Hebrom, cidades dos gigantes. Diz a Palavra:
? “… Calebe, filho de Jefoné, do povo quenezeu, disse a Josué: Você sabe o que o SENHOR disse a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barneia, a respeito de você e de mim.” (Js. 14:6 NTLH)
É um processo natural, ao entrar na terra de Deus, querermos subir as montanhas, pois o vale nos traz lutas e dores, mas precisamos ter
cuidado pois elas, também, têm problemas e, por nossa humanidade, estamos sujeitos a eles.
Subindo as montanhas, os ensinamentos são como metais preciosos: altamente maleáveis às nossas necessidades. Começamos a ter respostas, entender o mover de Deus, dons nos são acrescentados e nossa vida espiritual fica mais estável. No entanto, muitas vezes esquecemos que conhecimento pode agir como uma anestesia, um torpor, que nos leva a deixarmos de ouvir a Palavra de Deus. Os nutrientes vão parando de circular em nosso espírito e, como uma hipóxia espiritual, vamos morrendo sem notar.
Sempre seremos levados de volta aos vales, pois lá estão os alimentos fortes e as lutas que precisamos para não atrofiarmos. Portanto, não façamos como a maioria faz, ao colocar a culpa nos outros ou sentir-se culpado pelo que aconteceu, entrando assim em depressões, frustrações, desânimo espiritual e físico. Creiamos que somos muito mais do que nós pensamos que somos, do que os outros dizem que nós somos ou do que o inferno diz a nosso respeito, porque somos tudo aquilo que Deus diz que somos!
Deus os abençoe!