(Walter de Lima Filho – Domingo – 01/07/2012)
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2 Coríntios 6:1,2
O “tempo” não pode dizer o que é certo errado, que ele não muda as pessoas moralmente, que ele não traz a justiça e que ele não é o melhor remédio. Escolhe-se o tempo para não se escolher a Deus. O tempo é impessoal, não possui caráter moral; portanto, não pode ser agente transformador. Deus é o Grande Agente que muda o ser humano.
Santo Agostinho disse: “Se não me perguntarem, eu sei o que é. Se tiver de explicar para alguém, não sei. O problema é que o passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma. Aliás, se o presente só surge para virar passado, não daria pra dizer que o tempo é uma caminhada rumo à não-existência?”
A irreverência a Deus tem trazido uma confusão de valores ao ser humano:
• Ele tem dificuldades em distinguir um amigo de um inimigo.
• Uma grande dificuldade em discernir sobre o que é bom ou mal.
• Conduziu o homem um mundo sombrio, onde as coisas reais se tornaram irreais.
• Faz com que coisas insignificantes sejam procuradas como se fossem feitas do próprio ouro.
• Faz com que as idéias humanas raramente se harmonizem com as coisas como realmente são, promovendo uma distorção mental, um desfoque de tudo.
• Traz também, um falso conceito ao qual ele se apega tenazmente, é o conceito do tempo.
O ser humano habituou-se a denominar o tempo como o “senhor” de todas as coisas, como revelador das coisas futuras quando dizemos: “O tempo dirá, o tempo é um santo remédio, deixa que o tempo mostre”. Sequer analisamos o grande prejuízo que isso nos traz.
O mais danoso dos pensamentos acerca do tempo, é achar que ele tem o poder de aperfeiçoar a natureza humana. Então ouvimos: “O tempo o deixará mais sábio!” Dentro das igrejas, nós também ouvimos uma frase estranha: “Não insista, pois tempo fará dele uma pessoa dedicada!”
Entenda que é a mudança e não o tempo, que transforma tolos em sábios, fracassados em vencedores e pecadores em pessoas dedicadas a Deus. No entanto, o “Agente” que opera a mudança perfeita é Jesus, porque Ele não muda apenas conceitos, mas o todo do homem. Temos os exemplos de Paulo, Moisés, Jacó. É Deus, não o tempo, o Senhor das grandes mudanças.
A natureza humana não é imutável e ela pode mudar. Pelo poder do Evangelho o ganancioso pode tornar-se generoso, o egoísta em uma pessoa modesta, o ladrão aprende a não roubar mais, o blasfemo, a transbordar de louvores a Deus. É Cristo quem realiza tudo isso e o tempo, nada tem a ver com essas coisas.
A Bíblia diz: Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; orem ao SENHOR enquanto ele está perto. Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os seus maus pensamentos! Voltem para o SENHOR, nosso Deus, pois Ele tem compaixão e perdoa completamente. (Is.55:6,7 NTLH) Cada ação sublinhada denota mudanças específicas que o “homem faz para si mesmo”: procurar ajuda, mudar o modo de viver e abandonar os pensamentos maus.
No entanto, voltar-se para Deus depende do que “Deus faz para o homem”: misericórdia e perdão. O tempo não mostra quão miseráveis nós somos, quão sujos e imorais somos na mente, que dentro de nós não habita bem algum; isto é, os aspectos morais que servem como base para grandes mudan&ccedi
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O tempo só nos ajuda se soubermos que ele absolutamente não pode ajudar-nos. É de mudança que precisamos e somente Deus pode mudar-nos para melhor. Não é no tempo que devemos esperar para grandes mudanças, mas em Deus: (…) aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. (…) (Is.40:31 NVI)
Não despreze a mensagem maravilhosa de Deus, pois esse é o tempo de Deus para a sua vida. Grandes transformações ocorrerão se você aceitar a graça de Deus sobre você.