Romanos 12:1
Texto Base:
Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. (Rm.12:1 NTLH)
Nós agradamos a Deus quando entendemos o oferecimento da Sua amizade pela Sua graça e, em vez de fazermos ou de nos omitirmos de fazer o que não Lhe agrada, provamos que O amamos ao nos dedicarmos ao Seu serviço e nos conduzirmos por um estilo de vida que Lhe dá prazer.
Deus fica feliz e nos enche da completa alegria quando entendemos e nos preocupamos com a realidade do nosso compromisso com Cristo, rejeitando o “cristianismo imaginário”, fruto dos anseios materiais, cheio de clichês, religiosidade inoperante e sem nenhum compromisso com a missão que Jesus nos deu.
1. A grande preocupação de um cristão deve ser com a sua vida de comunhão com Deus
Por que eu faço tal afirmação? Satanás cria os seus esquemas (armadilhas) para enredar seres humanos, a fim de enganá-los para que façam a sua vontade, em vez de a de Deus. Quando Jesus veio à Terra, Ele ensinava exaustivamente sobre o Reino de Deus, e Satanás, obviamente, sempre se colocará contra o Reino divino.
Ele dizia: Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto [i.e. este é o tempo divino para aproximá-los do Seu Reino]. Arrependam-se dos seus pecados [i.e. mudem a maneira de pensar para glorificar a Deus, sintam tristeza pelos pecados passados] e creiam [i.e. confiem, estabeleçam uma relação espiritual e moral de confiança] no evangelho. (Mc.1:15 NTLH)
Jesus pede às pessoas que rejeitem a influência mundana e satânica (a qual manipulava suas mentes contra Deus), que procurem fazer a Sua vontade e que estabeleçam uma verdadeira unidade espiritual e moral com Ele.
No nosso texto base, o apóstolo Paulo fala sobre a importância de o cristão se preocupar com a sua vida íntima com Deus, a fim de que a realidade da vida cristã seja expressa publicamente.
Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração [i.e. ministério, serviço regrado pelos objetivos divinos] que vocês devem oferecer a Deus. (Rm.12:1 NTLH)
O cristão deve pensar primeiramente na grande misericórdia divina à sua vida, pois todos nós andávamos longe dos preceitos divinos e de uma vida clara de comunhão com Ele. De todas as formas, nós agíamos contra Deus, fosse por comissão (fazendo o que não Lhe agradava) ou por omissão (deixando de fazer o que Lhe agradava).
Deus, disposto a nos perdoar da nossa má conduta, nos ofereceu o Seu amor e amizade, a fim de que não fôssemos conduzidos ao merecido castigo (Inferno – sofrimento eterno), o qual Ele não preparou para os seres humanos, e sim para o Diabo e seus anjos ou demônios. (Mt.24:41) Entretanto, para lá serão enviados os que não se dispuserem a se preocupar com as necessidades divinas. (leia o contexto de Mt.24:41)
Nós vivemos dias de “lockdown” (confinamento, prisão, isolamento), devido à crise sanitária que se abateu sobre o mundo. Sem entrar no mérito, as pessoas, em várias partes da Terra, estão pedindo o fim desse confinamento, porque o ser humano, instintivamente, foi criado para ser livre de prisões.
Imagine como será ficar trancafiado em uma dimensão eterna, sofrendo as mais terríveis e inimagináveis dores “eternamente”, sem o direito a “saidinhas ocasionais”! O livramento desse lugar é o oferecimento de Deus a todos nós, e, portanto, é um ato da Sua misericórdia sobre o qual devemos pensar muito!
A Graça divina nos foi dada de graça, mas não nos mantemos nela de graça! Antigamente, por rebeldia, desinteresse e desobediência, provávamos que Deus era interessante apenas em momentos críticos de nossas vidas. Agora, em Cristo, devemos provar que Ele ocupa o primeiro lugar em nossas vidas e, por isso, a prova de que O amamos se dá por meio de uma vida tanto dedicada ao Seu serviço (em favor dos Seus propósitos eternos) como agradável a Ele (um estilo de vida que Lhe dá prazer, à semelhança de Jesus – amando a Deus e servindo ao próximo em amor). O apóstolo Paulo denomina essa atitude como “a verdadeira adoração” que devemos oferecer a Deus.
Não é desse modo ou por meio desses princípios que a maioria das pessoas neste mundo vive! As pessoas se preocupam o tempo todo de modo egoísta e priorizam seus próprios interesses terrenos. Amar a Deus, para muitos, é frequentar uma reunião “maçante” de domingo e, logo a seguir, voltar às suas “atividades pessoais e preocupações terrenas”, sem importar-se com o Reino de Deus. (Mt.6:33)
2. O cristão vive uma batalha espiritual entre o imaginário e a sua consciência – a realidade da vida cristã
Paulo nos fala da importância de termos uma nova maneira de pensar, a fim de não agirmos mais à semelhança das pessoas deste mundo, as quais, por não se preocuparem com uma vida com Deus, sem que percebam, vivem enredadas nos esquemas satânicos, lutando contra o Reino ou o Governo de Deus. Paulo diz:
Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele. (Rm.12:2 NTLH)
Muitos estão frequentando uma igreja local para alcançarem benefícios pessoais (milagres, curas, soluções de problemas, prosperidade financeira etc.). Para eles, isso é crer em Deus e, por não serem dedicados (omissos) aos propósitos eternos divinos, mesmo na Igreja, continuam enredados nos esquemas satânicos, pois não apresentam uma fé que gera obras ou frutos eternos! (Tg.2:14-26)
Quando alguém me diz que se não pedir a Deus o que deseja, nada obterá, a minha resposta a esse tipo de pensamento é que essa pessoa vive um “cristianismo fantasioso” (imaginário, utópico, fora da realidade divina)! (vd. Mt.6:25-33; atente ao verso 32) Deus cuida de nós! O pagão não acredita dessa forma e, por isso acha que precisa “forçar ou determinar” a Deus que lhe dê o que necessita. Essa atitude é um esquema satânico para tornar Deus subserviente ao homem!
Nós só escapamos dos esquemas satânicos lutando contra nós mesmos, contra os nossos pensamentos e desejos, e não somente contra Satanás e seus demônios. Você não os amarra, não os destrói, mas os resiste por meio de uma nova maneira de pensar, segundo Deus, em Cristo.
Jesus viveu para Deus e nos deu o Seu exemplo acerca disso. Portanto, se somos Seus discípulos, nós devemos seguir o exemplo que Ele nos deu. Jesus viveu para fazer a vontade de Deus, isto é, o que é bom, perfeito e agradável a Ele.
Quando você se dispõe a viver para Deus, de modo a expressar a Sua glória como Jesus fez, procurará pensar segundo a Palavra de Deus, e assim, conhecerá a vontade do Criador e se afastará dos esquemas satânicos.
Como pode um cristão, realmente convertido a Cristo, ter de passar por sessões de libertação? Ou ele é ou não é um seguidor de Cristo! Pedro, o apóstolo, negou Jesus três vezes em um só momento. (Mt.26:33,34, 69-75) Contudo, ele não precisou passar por uma sessão de libertação, e sim por um exame de consciência: “Pedro, tu me amas?”.
15 Quando eles acabaram de comer, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, você me ama [i.e. você estaria disposto a se sacrificar por mim] mais do que estes outros me amam? Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! respondeu ele. Então Jesus lhe disse: Tome conta [i.e. promova o bem-estar espiritual e moral] das minhas ovelhas! 16 E perguntou pela segunda vez: Simão, filho de João, você me ama [i.e. você estaria disposto a se sacrificar por mim]? Pedro respondeu: Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! E Jesus lhe disse outra vez: Tome conta das minhas ovelhas! 17 E perguntou pela terceira vez: Simão, filho de João, você me ama? [i.e. você simplesmente Me aceita e gosta de Mim? Que sinais ou atitudes sacrificiais expressam a sua dedicação completa em amor por Mim, assim como fiz por você?] Então Pedro ficou triste [i.e. ficou preocupado, aflito, receoso, afetado com grande tristeza] por Jesus ter perguntado três vezes: “Você me ama?” E respondeu: O senhor sabe tudo e sabe que eu o amo, Senhor! E Jesus ordenou: Tome conta das minhas ovelhas. (Jo.21:15-17)
Todos nós somos chamados a viver à mesma realidade que Jesus exigiu de Pedro, ou seja, amá-Lo e promover o bem-estar espiritual dos membros da Sua Igreja. Então, alguém me diria que essa ordem foi dada a um apóstolo e não aos membros da Igreja.
Na verdade, esse tipo de pensamento vem de um “cristianismo utópico” (imaginário ou fantasioso) e não da realidade cristã, pois, quando puder, leia Filipenses 2:4; Gálatas 6:2,10; Romanos 12:10; 15:1,2; 1 Timóteo 5:8; 1 Pedro 4:8; 1 João 4:7,8. Todos esses versículos são para os membros da Igreja, desde que ela siga os padrões apostólicos.
Como seria bom se batalhássemos para sermos “sacrifícios vivos”, segundo o nosso texto base, com a finalidade de termos uma vida completamente dedicada ao serviço de Deus e agradável a Ele!
A preocupação com uma vida de compromisso íntimo com Deus deve ser o maior cuidado do cristão, pois quando ele conhece a vontade de Deus e faz a Sua vontade, estará livre dos esquemas diabólicos. Que tenhamos a preocupação de vivermos para a glória de Deus!
Que Deus nos abençoe!