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1 Coríntios 10:31; Êxodo 17:1-7; Números 20:1-12
Nesta meditação eu gostaria de lhes falar sobre a nossa responsabilidade de manifestar a presença de Deus, em todas as situações. Quero também mostrar que Moisés, o grande líder do povo judeu, falhou nesse quesito e que isso lhe trouxe grande tristeza, pois deixou de participar da entrada da Terra Prometida. Então, consideraremos algumas ações que devemos evitar e podem ser observadas, tanto de Moisés como do povo, a fim de podermos desfrutar das mais ricas bênçãos Divinas.
Como é importante atentarmos para as palavras de Paulo! Que nós as consideremos como um princípio espiritual muito importante na vida daqueles que nasceram de novo em Cristo Jesus. Vamos ler as palavras de Paulo:
&31 Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10:31-33 NTLH)
Este verso fala de atitudes que devem ser feitas para a glória de Deus. Porém, o que significa fazer tudo para a glória de Deus? O sentido é manifestar a Sua presença, reconhecer e demonstrar a Sua bondade ou graça, poder e misericórdia.
Sempre que comemos, bebemos ou fazemos qualquer outra coisa, devemos dar graças ao Senhor, reconhecendo que Ele é o “Grande Provedor” de tudo o que temos e desfrutamos. Além do mais, nós agradecemos a Deus, diante das pessoas que estão conosco, a fim de que elas presenciem o nosso reconhecimento da bondade de Deus, que supre as nossas necessidades.
O que Paulo ensina não é diferente das palavras de Jesus aos Seus discípulos, quando disse:
&Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu. (Mateus 5:16 NTLH)
A nossa luz é Cristo que habita em nós e, como cristãos, nós temos o dever de compartilhar a Sua vida, a fim de que as pessoas vejam que vivemos para a Sua glória e glorifiquem o nosso Pai.
Várias pessoas já me perguntaram se foi justa a punição Divina a Moisés, só porque ele bateu na rocha “duas vezes”. O problema maior não está no número de vezes que ele bateu na rocha, mas na razão de ele ter feito o que fez.
Moisés glorificou a Deus quando a água fluiu da rocha, em Refidim.
Pois bem, quando lemos que a água saiu da rocha em pleno deserto, muito seco, já havia ocorrido outro episódio semelhante em Refidim. Vamos ler Êxodo 17:1-7:
&1 O povo de Israel saiu do deserto de Sim, caminhando de um lugar para outro, de acordo com as ordens de Deus, o SENHOR. Eles acamparam em Refidim, mas ali não havia água para beber. 2 Então reclamaram contra Moisés e lhe disseram: – Dê-nos água para beber. Moisés respondeu: – Por que vocês estão reclamando? Por que estão pondo o SENHOR à prova? 3 Mas o povo estava com muita sede e continuava reclamando e gritando contra Moisés. Eles diziam: – Por que você nos tirou do Egito? Será que foi para nos matar de sede, a nós, aos nossos filhos e às nossas ovelhas e cabras? 4 Então Moisés clamou pedindo a ajuda de Deus, o SENHOR. Ele disse: – O que é que eu faço com este povo? Mais um pouco, e eles vão querer me matar a pedradas. 5 O SENHOR disse a Moisés: – Escolha entre eles alguns líderes e passe com eles na frente do povo. Leve também o bastão com o qual você bateu no rio Nilo. 6 Eu estarei diante de você em cima de uma rocha, ali no monte Sinai. Bata na rocha, e dela sairá água para o povo beber. E Moisés fez isso na presença dos líderes do povo de Israel. 7 Então deram àquele lugar os nomes de Massá e de Meribá, pois os israelitas reclamaram contra Moisés e puseram o SENHOR à prova, perguntando: – O SENHOR está com a gente ou não? (Êxodo 17:1-7 NTLH)
Repare que Moisés, sob intensa pressão, não agiu por impulso pessoal, mas buscou a presença de Deus e ela se manifestou diante dos líderes do povo. Moisés foi humilde, reconheceu o seu medo e a sua incapacidade de lidar com a situação, colocou-se sob a direção Divina e fez a vontade de Deus. A sua atitude nos leva às quatro primeiras atitudes das “Bem-Aventuranças” ensinadas por Jesus. (cf. Mateus 5:3-6)
Moisés agiu para glorificar a Deus, ou seja, ele desejava que Deus manifestasse a Sua glória (presença, bondade, poder e misericórdia), que todos pudessem perceber que o pode
r pertence ao Senhor e que glorificassem o Pai Todo-Poderoso!
Moisés não glorificou a Deus quando a água fluiu da rocha, em Cades.
Vamos ler Números 20:1-12:
&1 No primeiro mês todo o povo de Israel foi para o deserto de Zim e acampou em Cades. Ali Míriam morreu e foi sepultada. 2 Naquele lugar não havia água; por isso o povo se reuniu e começou a reclamar contra Moisés e Arão. 3 Eles diziam: – Teria sido melhor se tivéssemos morrido na frente de Deus, o SENHOR, com os nossos companheiros, os outros israelitas! 4 Por que você trouxe o povo do SENHOR para este deserto? Será que foi para morrermos junto com os nossos animais? 5 Por que você nos trouxe do Egito para este lugar terrível, onde não há cereais, nem figueiras, nem parreiras, nem romãs? E além de tudo não há água para beber! 6 Então Moisés e Arão saíram dali, onde o povo estava, e foram para a porta da Tenda Sagrada. Eles se ajoelharam, encostaram o rosto no chão, e a glória do SENHOR apareceu. 7 E o SENHOR disse a Moisés: 8 – Pegue o bastão que está em frente da arca da aliança, e depois você e Arão reúnam o povo. E na frente de todos eles dêem ordem à rocha, e dela sairá água. Assim, vocês tirarão água da rocha e darão de beber ao povo e também aos animais. 9 Então, como Deus havia ordenado, Moisés pegou o bastão que estava diante de Deus, o SENHOR. 10 Moisés e Arão reuniram o povo em frente da rocha, e Moisés disse: – Agora escute, gente rebelde! Será que vamos ter de fazer sair água desta rocha para vocês? 11 Moisés levantou a mão, bateu na rocha duas vezes com o bastão, e saiu muita água. E o povo e os animais beberam. 12 Porém o SENHOR disse a Moisés e a Arão: – Vocês não tiveram fé suficiente para fazer com que o povo de Israel reconhecesse o meu santo poder e por isso vocês não vão levá-los para a terra que prometi dar a eles. (Números 20:1-12 NTLH)
Nas duas situações Deus pediu que Moisés pegasse o cajado, o qual representava a sua autoridade de pastor e líder do povo. Na primeira vez, Moisés deveria ferir a rocha com o cajado, e na segunda, ele deveria falar com ela.
O erro de Moisés.
Onde Moisés errou? Ao bater duas vezes na rocha? Olhemos com atenção o seu erro em Refidim: Ele foi humilde diante do Senhor e buscou a Sua presença, mas não se rendeu totalmente a Ele e não fez a Sua vontade, ou seja, não agiu como Deus lhe ordenou.
Ele permitiu que o veneno da amargura, proveniente do povo, afetasse o seu coração, e agiu com aspereza. Ele não confiou em Deus, mas em si mesmo – ele não refletiu e não agiu para a glória de Deus. Moisés não morreu para si mesmo como da primeira vez, mas deu vazão ao orgulho e egoísmo na sua ação.
Em Deuteronômio, Deus pede que Moisés vá para o Monte Nebo, o lugar da sua morte, e lhe diz o seguinte:
&51 Vocês dois [Moisés e Arão] foram infiéis a mim diante do povo de Israel. Quando estavam perto das fontes de Meribá, não longe da cidade de Cades, no deserto de Zim, vocês dois me desrespeitaram. 52 Por isso você verá de longe a terra que eu estou dando aos israelitas, porém não entrará nela. (Deuteronômio 32:51,52 NTLH)
A amargura faz com que não desfrutemos de todas as bênçãos de Deus na Terra.
A contaminação da amargura roubou de Moisés o que ele tanto desejava e o mesmo pode ocorrer conosco! A bênção que ele deveria experimentar ficou longe dele!
Então, estes textos falam da amargura que afeta tanto o povo quanto os líderes deste. As pessoas que se levantaram contra Moisés em Cades (na primeira situação) não entraram na Terra Prometida e todos eles morreram no deserto. Porém, em Refidim, a amargura impediu que Moisés entrasse na Terra Prometida, mas que apenas a visse de longe.
Eu não posso negar que Deus tem muitas bênçãos para nós, além das que Ele já nos preparou na eternidade. Porém, deixamos de receber o que Ele nos tem prometido para esta vida, devido ao estilo de vida amargo que adotamos.
A amargura é sutil e pode nos contaminar sem que a notemos!
A amargura é tão sutil, que ela nos atinge sem que a notemos, e aos poucos a aceitamos como um hábito de vida. Vamos reclamando de tudo e de todos e não nos damos conta de que estamos mais perdendo do que ganhando. A amargura é um pecado condenado por Deus e deve ser notada e evitada. (cf. Efésios 4:21-32)
- A amargura afeta a nossa vida espiritual, como no caso de Simã
o, que se converteu ao Cristianismo, mas depois se viu cheio de inveja amarga como fel. (cf. At. 8:23)
- A amargura afeta a nossa vida conjugal, tanto que Paulo aconselha aos esposos a não tratarem suas esposas com rudeza e amargura. (cf. Colossenses 3:19)
- A amargura afeta o relacionamento entre pais e filhos. (cf. Colossenses 3:21)
- A amargura afeta os líderes religiosos, pois eles podem esperar que os irmãos vivam de acordo com suas expectativas e, quando não o fazem, eles ficam desencorajados e abandonam a sua missão. Muitos homens capazes têm perdido sua influência e alguns até mesmo perderam a fé, depois de serem vencidos pela amargura.
- A amargura afeta os idosos, pois ao perceberem a perda de energia, suas capacidades diminuídas, problemas de saúde e a percepção (real ou imaginária) de que a geração mais jovem não nos aprecia, abrem as portas das suas almas para a amargura.
- A amargura afeta a comunhão da Igreja de Jesus, pois ela faz com que pessoas se excluam da graça de Deus. (cf. Hebreus 12:15)
A rocha que verteu água, tanto na primeira como na segunda vez, representa Cristo. Em nossos “desertos” devemos falar com a “Rocha”, que é Cristo, pois é Dele que virão pensamentos, direção e refrigério. Ele já foi ferido e agora está aberto para ouvir nossas orações e lamentações.
Desertos fazem parte da vida de todo verdadeiro cristão, mas a diferença está na maneira como enfrentamos as crises em nossas vidas, com Jesus, ou sem Ele. A decisão é de cada um, porém pela minha experiência pessoal, eu peço que vocês não se esqueçam que Jesus sempre alivia o calor das pressões e sempre providencia um oásis, ou o refrigério no caminho escaldante. Portanto,
- Não confunda a atitude de lamentação com a amargura, pois esta última é pecado.
- Não se deixe dominar pela amargura ou reclamações.
- Não tenha a amargura como estilo de vida, pois ela pode impedir que você desfrute das mais ricas bênçãos de Deus.
- Busque a Deus, o Seu Reino e o estilo de vida que O agrada.
- Confesse a sua fraqueza pessoal para lidar com a situação que o aflige.
- Entregue os seus caminhos a Ele e confie na Sua provisão, a qual virá no tempo certo.
- Faça sempre a vontade de Deus, independentemente das situações, e Ele deixará o seu coração satisfeito.
cf. At. 8:23