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Deus, o maior tesouro nos nossos vales e desertos

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Salmos 63:3,4

Texto Base:

3 O teu amor é melhor do que a própria vida, e por isso eu te louvarei. 4 Enquanto viver, falarei da tua bondade e levantarei as mãos a ti em oração. (Sl.63:3,4 NTLH)

Os nossos “vales e desertos” são momentos em nossas vidas de grandes desafios e propósitos. Na nossa vida com Deus, eles correspondem a momentos em que a nossa fé e perseverança são provadas, a fim de sermos ensinados e aperfeiçoados pelo SENHOR.

Dependendo para onde nós focamos o olhar, os “vales e desertos” podem se transformar em momentos transitórios ou de aflições, derrotas, dúvidas e desespero duradouros. Nos “vales e desertos” da vida, nós precisamos optar pela amargura / desânimo ou pela vida com Deus.

Todos os que andam com Deus, por meio de Jesus Cristo, terão de enfrentar seus “vales e desertos” pessoais, isto é, suas lutas entre a aflição e a derrota interior, entre as incertezas e a falta de ânimo ou coragem. Como cristãos, em nossos “vales e desertos”, precisamos manter os valores eternos, os quais são indestrutíveis e nos conduzirão à verdadeira felicidade. Nos nossos “vales e desertos”, que Deus seja o nosso “Único e Maior Tesouro!”

Quando Davi escreveu as palavras do nosso texto base, ele perambulava pelos vales e desertos da Judeia. Ele não estava fazendo um retiro espiritual para uma experiência de uma vida mais profunda com Deus, mas estava fugindo de pessoas que queriam matá-lo.

Porém aqueles que me querem matar descerão para o mundo dos mortos. (Sl.63:9 NTLH)

Geralmente, nós experimentamos mais da grandeza de Deus em épocas de privações do que nas de prosperidade. A segurança de Davi no Senhor se desenvolveu diante da insegurança da situação.

1. “Vales e desertos” não significam a negação das grandes bênçãos divinas

Nós entendemos que quando Deus nos dá prosperidade, Dele estamos recebendo boas dádivas, mas quando Ele nos priva delas (da prosperidade terrena), dizemos que não estamos sendo abençoados. Isto é um grande equívoco, até mesmo entre muitos cristãos!

Contudo, quando Deus nos priva do que gostamos de chamar de “boas dádivas” e permite que nos encontremos em “vales e desertos” (adversidades, aflições, perdas), Ele não está nos negando o Seu melhor. Mas, se este for o meio para nos preparar para as Suas grandes bênçãos no futuro, isso é precisamente o que Ele fará.

A verdade é que descobrimos o quanto Deus é esplendoroso e precioso quando nos encontramos em situações de carência ou de privações. (vd. Sl.119:71,72) De onde vêm tantos testemunhos de bênçãos recebidas senão das experiências nos “vales e desertos”, ou de situações cheias de adversidades?

2. “Vales e desertos” indicam o poder e a glória da prosperidade futura, para a qual estamos sendo preparados

Nas adversidades (“vales e desertos”) é onde aprendemos a entender os pensamentos e os caminhos divinos. Depois de 1.000 anos, desde que Davi escreveu o Salmo 63, o apóstolo Paulo disse o seguinte:

16 Por isso nunca ficamos desanimados. Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia. 17 E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. 18 Porque nós não prestamos atenção nas coisas que se veem, mas nas que não se veem. Pois o que pode ser visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre. (2 Co.4:16-18 NTLH)

Deus permitiu que Paulo e seus parceiros experimentassem privações temporárias, para que seus olhos focassem no que transcende ao transitório, ou seja, na eternidade e seus valores. Em nossos “vales e desertos”, Deus é a Pessoa mais preciosa que podemos ter em nossa companhia e, por isso, nenhuma perda ou sofrimento é maior do que Ele!

As privações terrenas são indicadores de uma prosperidade futura e, quando aprendemos a enfrentá-las com confiança em Deus, nós produzimos um estilo de vida impactante que expressa, ainda sobre a Terra, a felicidade e a abundante vida na Eternidade.

O sofrimento não deveria ser parte da vida humana, mas foi o pecado que o gerou. O pecado produziu uma luta entre o prazer carnal e a vida de alegria com Deus. Dessa guerra, nós não podemos escapar! Mas, apesar de essas lutas gerarem inquietações aos que se unem à Verdade divina, elas são momentâneas e estão nos preparando para algo maravilhoso e indescritível que iremos experimentar. Este é o sentido do verso 17:

17 E essa pequena e passageira aflição que sofremos vai nos trazer [i.e. está preparando, produzindo, realizando] uma glória enorme e eterna, muito maior do que o sofrimento. (2 Co.4:17 NTLH)

Paulo conhecia o ensinamento de Jesus dado àqueles que sofrem pelo fato de O amarem e de serem fiéis às Suas instruções. Sendo perseverantes e obedientes a Deus nas adversidades, como recompensa, essas pessoas receberão as incontáveis bênçãos divinas na Eternidade. (vd. Mc.10:28-30). Paulo também sabia que a grande e única recompensa para uma vida abençoada sobre a Terra era conhecer a Cristo e, após o término dessa vida aqui no mundo, viver em Sua companhia para sempre. (vd. Fp.3:8-11)

3. O Evangelho bíblico ensina sobre a prosperidade eterna, que é melhor do que a própria vida

A recompensa ou a riqueza que Davi mais desejava era conhecer a vontade Deus na Terra e viver com Ele na Eternidade. Veja:

A Deus, o SENHOR, pedi uma coisa, e o que eu quero é só isto: que ele me deixe viver na sua casa todos os dias da minha vida, para sentir, maravilhado, a sua bondade e pedir a sua orientação. (Sl.27:4 NTLH)

Certamente a tua bondade e o teu amor ficarão comigo enquanto eu viver. E na tua casa, ó SENHOR, morarei todos os dias da minha vida. (Sl.23:6 NTLH)

Essa condição de mente e de alma é que capacitava Davi a resistir e dizer naquele deserto árido e cansado, com a morte beliscando seus calcanhares, que o amor constante de Deus era melhor do que a vida. Era desse modo que Davi sobrepujava seus “vales e desertos”: ele não amava sua prosperidade terrena mais do que amava a Deus, ou mais do que os Seus propósitos e promessas eternas!

Davi aprendeu que o “Seu Maior Tesouro” era Deus, nas suas muitas perambulações pelos seus “vales e desertos”. Davi aprendeu que em seus muitos momentos de desespero e perseguições, ele estava sendo guiado e preparado pelo SENHOR para uma vida incomparável de riquezas e de glórias eternas. Ele conhecia e sabia onde estava o seu “Tesouro”!

As palavras de Davi, de Paulo e de tantos outros que já passaram pela Terra, servindo e amando o SENHOR, têm ensinado a muitos que a nossa verdadeira prosperidade está em Deus, o nosso “Maior e Único Tesouro”! Tanto Davi quanto Paulo devem nos servir como exemplos de homens de fé e replicarmos as verdades divinas em seus corações.

3 O teu amor é melhor do que a própria vida, e por isso eu te louvarei. 4 Enquanto viver, falarei da tua bondade e levantarei as mãos a ti em oração. (Sl.63:3,4 NTLH)

O Evangelho bíblico e cristão é o da prosperidade. Ele é a descoberta de um tesouro de valor tão insuperável, que aqueles que o encontram, simplesmente não se dispõem a contentar-se com a prosperidade terrena, a qual se parece a uma “torta de lama cozida” em um mundo decaído dos verdadeiros valores eternos, tanto espirituais quanto morais.

De acordo com as palavras de Jesus, o Reino de Deus é o tesouro mais valioso que podemos possuir, e ele é maior do que a própria vida! O valor desse tesouro é demonstrado quando estamos dispostos a resistir às privações, sofrimentos, perdas e nos esforçamos para possuí-lo (vd. Mt.13:44; Fp.3: 7–8).

A verdade é que nós descobrimos o valor das riquezas da graça de Deus em meio aos nossos “vales e desertos”, nos campos das nossas privações, carências e aflições, mais do que em qualquer momento de prosperidade terrena.

Que Deus seja o nosso Tesouro nos “vales e desertos” pelos quais passamos e ainda teremos de passar!

Que Deus nos abençoe!

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