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1 Coríntios 2:9-11
O homem é diferente de toda a criação divina e sabe por quê? Todas as criaturas que respiram possuem apenas alma (no grego psuchê), mas dentro do ser humano Deus colocou uma dádiva, o espírito humano (no grego pneuma). Um grande pregador do passado costumava dizer que o espírito humano é o “Eu Sou” do homem, dádiva do “EU SOU” que o criou.
Deus é auto-existente, mas o nosso espírito deriva de Deus e depende Dele em cada momento. “UM” é o Criador e o “outro” é criatura. O nosso espírito nos dá consciência da existência de Deus, um sentido de religiosidade e consciência moral, o certo e o errado.
O homem natural se satisfaz com a sua pobre religiosidade sem frutos espirituais e com atos morais elevados. É comum ouvirmos: “Eu sou religioso, não pratico imoralidades, não faço mal a ninguém!” Contudo, ele se omite em conhecer a Deus melhor, Seus planos e a razão de se fazer o bem.
Mesmo o homem tendo um espírito que lhe dá uma consciência religiosa e moral, ele não consegue imaginar as coisas grandiosas que Deus tem preparado para ele, pois não O vê e nem O ouve. (v.9) Por quê? Porque ele não consegue amar a Deus; isto é, ele não se compromete com os Seus planos com amor sacrificial. Sua religião é baseada num esforço mental e físico, no princípio da barganha ou da troca de favores. É uma religião de alma.
Nós só conseguimos compreender a Deus e os Seus planos, por meio do Espírito Santo. É o Espírito de Deus que revela os planos mais profundos e misteriosos do Criador. (v.10) O autoconhecimento de Deus está no Espírito Santo e assim, o autoconhecimento do homem pelo seu espírito e o conhecimento que ele adquire de Deus é impresso diretamente pelo Espírito Santo no seu espírito humano. (v.11)
O que nos torna seres humanos não é o corpo, mas, sim, o nosso espírito, no qual estava originalmente a imagem de Deus. Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. (…) (Gn.1:26 NVI) É isso que dá ao homem a superioridade e domínio sobre o resto da criação.
A natureza do nosso culto a Deus deve ser totalmente espiritual. A religião verdadeira não se baseia em questões de comida, bebida, dias, vestes e cerimônias, mas na união do espírito do homem com o Espírito de Deus. Jesus declarou o seguinte: (…) os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. (Jo.4:23,24 NVI)
Reparou a expressão “em espírito e em verdade”? Não se adora a Deus com imaginações, psicologia e filosofias humanas, mas com a expectativa da revelação que vem do Espírito Santo ao nosso espírito sobre o poder, a rica presença de Deus e todo bem que ela nos traz.
Veja e entenda o que Jesus disse à igreja de Laodicéia: Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo. (Ap.3:20 NVI) Essa igreja tinha o local de reuniões, membros, canções, ensinamentos, mas não tinha a presença poderosa de Jesus! Porque estava fechada a Ele por não ouvir o Espírito de Cristo e como conseqüência, Ele estava fora de lá. Não havia revelação e a festa religiosa era humana, com imaginações e maquinações humanas. Laodicéia não adorava “em espírito e em verdade”.
Jesus disse: Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap.3:22 NVI) Quando ouvimos o Espírito nos dando revelações acerca do Pai, Jesus entra e há festa, alegria e uma verdadeira explosão de louvor e celebração.
Satanás tem feito com que substituamos a verdadeira alegria espiritual pela carnal. Hinos, pregações e cultos são preparados para a satisfação da carne e paixões humanas. O que muitos chamam de festa, Deus chama de aberração e pecado, pois eles não se divertem em Deus. (cf. Êx.32:1-7) Voltemos a ter o desejo de sentarmos à mesa com Jesus e sermos vasos transbordantes. (cf. Sl.23:5) Deus o abençoe!