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Felizes com o trabalho de Deus

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Tiago 1:1-4

1 Eu, Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, envio saudações a todo o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro. 2 Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. 3 Pois vocês sabem que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança. 4 Que essa perseverança seja perfeita a fim de que vocês sejam maduros e corretos, não falhando em nada! (Tg.1:1-4 NTLH)

O nosso texto base é muito parecido com o que eu usei (Romanos 5:3-5) no domingo passado (17/07/2022). Eu mencionei que muitos cristãos são nominados como fracos e imaturos na fé, pelo fato de estarem passando por pressões e sofrimentos. Eu afirmei que esses julgadores não entendem o que é maturidade espiritual e também ignoram os caminhos usados por Deus para se alcançar esse estado espiritual na vida cristã.

Tiago escreve a todos os cristãos e, especialmente aos judeus que haviam aceitado a Cristo e que, erroneamente, desejavam separar a fé das boas obras. Eles pretendiam ter fé, mas, entre eles, havia muita impaciência nas provações e pressões. Em vez de compreenderem a vontade divina às suas vidas, eles se entregaram às discórdias, maledicências e, por fim, ao mundanismo.

A fé deve produzir boas obras — ações que expressam a vontade de Deus, tanto em direção a Ele como ao próximo (Mateus 22:37-39; 6:9,10). Quando não aceitamos a Verdade divina como ela é, nós tentamos nos acomodar sobre ideias ou crenças falsas, a fim de nos sentirmos mais confortáveis. Isso faz com que brechas sejam abertas para que Satanás e seus agentes, aos poucos, destruam totalmente o verdadeiro propósito divino à nossa vida cristã.

Nesse processo satânico, tentando fazer com que muitos cristãos se afastem das Verdades divinas, e, desanimados a tudo o que Deus ensina e pede, usam a seguinte expressão “Mas, não é bem assim!” para justificarem seus incômodos às exigências divinas. Eles procuram defender com “unhas e dentes” os seus argumentos falsos, tornam-se maledicentes ou difamadores da Verdade como dos que a defendem, e logo manifestam traços da vida mundana em vez de expressarem a glória e o poder de Deus.

Ao longo da carta, Tiago procura explicar que uma fé que não produz santidade, isto é, uma vida dedicada a Deus e aos Seus propósitos é uma coisa morta, algo que não vai além do intelecto. Ele enfatiza a necessidade de se ter uma “fé viva e eficaz” para se obter a maturidade cristã. Para isso, Deus, muitas vezes, usa o sofrimento para que esse objetivo seja alcançado.

Vamos ler novamente o nosso texto base a partir do verso 2 e acrescentarei breves comentários, para que você entenda o sentido das palavras de Tiago:

2 Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições [i.e. a vida de vocês em Cristo está repleta de pressões e, quando passarem por elas, encontrem motivos espirituais e eternos para se sentirem alegres no SENHOR]. 3 Pois vocês sabem [i.e. porque vocês já têm o conhecimento] que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança [i.e. a fé que vocês têm em Jesus cresce e se torna cada vez mais resistente quando vencem as pressões agindo com paciência e fidelidade a Deus]. 4 Que essa perseverança seja perfeita, a fim de que vocês sejam maduros e corretos, não falhando em nada! [i.e. que a paciência ou a resistência produzida pela fé sob pressões tem a finalidade de cumprir o objetivo divino, que é o de torná-los espiritualmente maduros, para que sempre demonstrem um caráter honesto ou íntegro nas aflições] (Tg.1:2-4 NTLH)

Em outras palavras: “Meus irmãos em Cristo, quando vocês estiverem sob lutas e aflições, julguem esses momentos como um dos meios divinos para o aperfeiçoamento tanto do caráter como da fé; portanto, sejam perseverantes nas aflições, tendo nelas alegria no trabalho que o SENHOR realiza em vocês. Logo notarão que a sua fé será fortalecida, e assim, continuarão firmes até superarem as provas. Por isso, não desanimem, não desistam precipitadamente. A perseverança aos princípios e valores de Deus, quando demonstrada sob as aflições, fará com se tornem espiritualmente maduros e expressarão uma vida de caráter íntegro e honesto, sempre que estiverem em futuras aflições.

Diante dessas coisas, o que devemos fazer?

1. Em meio às aflições, encontre motivos espirituais eternos para se alegrar no SENHOR

É impossível viver a vida cristã neste mundo, ignorando que ela está repleta de aflições. Não poderia ser de outro modo, pois nunca haverá comunhão entre a Verdade e a mentira, entre Jesus (a Luz) e o Diabo (as trevas), entre a sabedoria divina e a estupidez humana, entre o Céu e o inferno, entre a bênção e a maldição, entre a sã doutrina e a falsa (2 Timóteo 4:1-3).

Jesus ensinou sobre termos bom ânimo diante das aflições que o mundo nos impõe (João 16:33). Jesus também declarou que nos deixou a Sua paz, isto é, o modo como podemos manter a amizade e o companheirismo “perene” com Deus, pois a amizade que o mundo oferece é “interesseira, mentirosa e passageira” (João 14:27). Pelo fato de desfrutarmos dos recursos provenientes da amizade duradoura de Deus, que nos sintamos alegres e, desse modo, superemos as aflições e o medo em qualquer situação (Filipenses 4:12,13).

2. Em meio às aflições, seja perseverante, fiel a Deus e a sua fé se fortalecerá

Deus honra não aquele que creu na Vida Eterna, mas ao que, após ter acreditado nela, submete-se perseverantemente às regras do “Caminho” que conduz à Eternidade. Segundo o Próprio Jesus, a perseverança, além de ser uma virtude, é uma das condições por Ele exigida àqueles que desejam chegar ao Céu (Mateus 24:13). O cristão perseverante sabe que terá de enfrentar sofrimentos, pelo fato de resistir ao espírito do mundo.

3. Em meio às aflições, Deus aperfeiçoará o seu caráter; portanto, alegre-se e não desanime

Em muitos momentos, Deus usa os obstáculos como meios para aperfeiçoar o nosso caráter e atingirmos a maturidade espiritual. O cristão espiritualmente maduro é aquele que guarda no coração o que lhe é ensinado, compreende a importância do que aprendeu e, sob o poder e a influência do Espírito Santo, põe em prática a vontade Deus, a fim de que todos reconheçam o Seu Nome pelo seu exemplo.

Nos anos da nossa juventude, nós ouvimos e aprendemos muitas coisas, mas hoje, adultos e mais maduros, compreendemos e sabemos que devemos praticar o que aprendemos no passado (1 Coríntios 13:11).

Eu gostaria de terminar esta meditação, dizendo a razão bíblica de eu compartilhar essas coisas a vocês:

11 Pois Deus revelou a sua graça para dar a salvação a todos. 12 Essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, 13 enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. 14 Foi ele quem se deu a si mesmo por nós, a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a ele e que se dedica a fazer o bem. 15 Ensine essas coisas e use toda a sua autoridade para animar e também para repreender os seus ouvintes. E que ninguém despreze você! (Tt.2:11-15 NTLH)

Na esperança de que não desprezemos os ensinamentos do SENHOR, eu desejo que as bênçãos de Deus sejam manifestas em nossas vidas e que, quando passarmos pelas provas, sejamos alegres por sermos filhos de Deus e por estarmos sendo preparados para vivermos com Ele na Vida Eterna!

Que Deus nos abençoe!

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