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(Hebreus 10:19-25)
A definição bíblica de “estímulo” é inspirar outros, dando-lhes coragem renovada, ânimo e esperança.
Por que estimular uns aos outros é importante? Porque nós ajudamos as pessoas a prosseguirem com coragem e ânimo; portanto, nós encorajamos os desencorajados e animamos os desanimados na fé.
A quem nós devemos estimular? Mesmo a pessoa que parece segura, madura e influente, precisa ser estimulada com sinceridade a prosseguir nos caminhos do Senhor. Todavia, nós encontramos aqueles que precisam de doses maciças de incentivo, pois estão se arrastando nas lutas diárias. Infelizmente, muitas dessas pessoas são orgulhosas demais para reconhecerem isso.
Por falar em orgulho, ele é muito comum entre o povo de Deus, tanto como o é em qualquer lugar do mundo.
O nosso texto fala da importância de “assistirmos às nossas reuniões”. “Assistir” é muito mais do que orar, cantar, ouvir a pregação e ofertar.
No tempo em que a Carta aos Hebreus foi escrita, os cristãos se reuniam para cultuar ou servir a Deus e a perseguição era a norma. Morrer por causa da fé em Cristo era muito comum e em decorrência disso, as igrejas eram dominadas pelo medo.
Muitos cristãos abandonaram a fé e outros se afastaram momentaneamente, para não serem mortos pelos perseguidores. Então, essa Carta começou a circular entre as igrejas locais, para advertir os cristãos sobre o perigo de se afastarem da fé.
Nós não sabemos quem é o autor da Carta aos Hebreus, mas era alguém que enfatizava o valor de cultuar a Deus em grupo ou assembleia, e depois de explicar a relação da obra de Jesus com as Escrituras do Velho Testamento, ele fala sobre a importância desses momentos juntos. Vamos ler o texto de Hebreus 10:11-25.
O autor salienta inicialmente duas coisas que “temos”:
- “Temos completa liberdade de entrar no Lugar Santíssimo.” (v.19,20)
- “Temos um Grande Sacerdote para dirigir a casa de Deus.” (v.21)
Nós devemos lembrar que os primeiros cristãos eram judeus e muito influenciados pela velha religião e, portanto, eles se aproximavam de Deus com muito medo e tremor. Tanto os seus antepassados como seus pais não conheciam uma vida de intimidade com o Pai, segundo os ensinamentos de Jesus.
Uma vez que Cristo abriu o caminho, por meio da Sua morte na cruz, podemos entrar com toda a confiança na presença de Deus e imediatamente! Jesus é o nosso Intermediário, entre nós e Deus. (cf. 1 Tm.2:5) O véu que fazia a separação do “Santo dos santos” no Templo rasgou-se de cima a baixo (cf. Mt.27:51), ou seja, da direção do Céu para a Terra, significando que por meio de Jesus nós não precisamos mais de sacrifícios, ou rudimentos religiosos para irmos à presença de Deus.
Em seguida, o autor da Carta diz o que devemos fazer:
1. “Cheguemos perto de Deus.” (v.22)
Por que nós devemos nos aproximar de Deus? Para conhecê-Lo mais intimamente, pois é na Sua presença e da sua realidade que todo o medo foge! É na presença de Deus que nós encontramos tanto a força como o estímulo para propagarmos a verdadeira fé às pessoas. Embora possamos ser zombados e perseguidos, a presença de Deus em nossas vidas nos diz que Ele é real e motivamos outras pessoas a fazerem o mesmo.
Como nós devemos nos aproximar de Deus? A resposta está no próprio versículo: “com um coração sincero e uma fé firme, com a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura”. O que isso quer dizer?
Quando buscamos a Deus deve existir sinceridade de coração e não buscá-Lo de modo displicente ou descontraído.Devemos buscar a Deus, porque o nosso lugar sempre é ao Seu lado! Então, devemos dominar nossos pensamentos, porque eles, em muitas oportunidades, se mostram mundanos e interesseiros. Somente aquele que é sincero, que foi lavado tanto pelo Espírito e pela Palavra de Deus é que tem a consciência de que o Senhor o recebe, quando é buscado.
U Aproxime-se sempre de Deus com a atitude e a motivação correta.
2. “Guardemos firmemente a esperança da fé que professamos.” (v.23)
Que nós saibamos desfrutar de toda bondade de Deus nesta vida em Cristo, pois se pensarmos bem, o que levaremos daqui? Nada! As promessas poderosas de Deus no Novo Testamento são mais para a eternidade do que para esta vida.
Nós estamos aqui para fazermos a Sua vontade e, se perseverarmos firmemente na fé e no nosso compromisso com Cristo, receberemos tudo o que Ele nos prometeu na eternidade, “pois podemos confiar que Deus cumprirá as suas promessas”.
U Não duvide da bondade de Deus, que o abençoará nesta vida, mas viva em função das promessas eternas!
3. “Pensemos uns nos outros.” (v.24)
O verbo “pensar” significa que devemos sempre estar focando alguém ou procurando alguém. Entretanto, por qual motivo nós devemos estar pensando ou procurando alguém? A resposta está no próprio verso que diz: “a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e a fazerem o bem”.
Na maioria das vezes, somos muito duros e exigimos uma disciplina ou uma ordem de outras pessoas e pouco nós as ajudamos. Nós não ajudamos as pessoas a superarem seus dramas internos, suas paranoias ou medos, e, ao exigir que elas façam o que requeremos em nome do Senhor, tudo dará errado!
Ao exigirmos que as pessoas façam o que deve ser feito, mas sem um coração transformado, sem o entendimento que o Espírito e a Palavra de Deus dão, elas agirão pela influência da imposição, e não agirão por amor, mas por medo.
Em vez de sermos duros demais para com as pessoas, nós deveríamos gastar tempo com elas, explicando-lhes com paciência os princípios bíblicos que regem as ações que agradam o Pai. Nós não deveríamos pensar nas outras pessoas como sendo somente “fracas e irresponsáveis”.
Elas precisam aprender a amar, segundo o amor de Deus, para fazerem a sua vontade. Elas precisam aprender sobre como as pessoas e ela mesma, seriam mais fortes quando a vontade de Deus é feita pelo princípio do Seu amor. Isso é incentivo bíblico!
U Aprenda a gastar mais tempo com as pessoas e incentive-as a fazerem o que agrada a Deus, pelo princípio do Seu amor.
4. “Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões.” (v.25)
“Assistir” ou “congregar” é muito mais do que vir a esta reunião, por exemplo, para cantar, orar, ouvir a Palavra de Deus e ofertar como eu já disse no início. O ato de congregar tem como princípio a prática das coisas que temos mostrado:
- Aprendermos sobre como chegar mais perto de Deus.
- Aprendermos a ter uma fé firme nas promessas eternas de Deus.
- Aprendermos a pensar uns nos outros.
Muito bem, aprendemos sobre essas coisas para o quê? Novamente digo que a resposta está no próprio versículo: “animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando”.
O verbo animar no grego é “parakaleo”, que em muitas outras traduções da Bíblia é traduzido como “fazer admoestações”, e na NTLH, “animar”. No entanto, esse verbo deriva da mesma raiz grega de que vem a palavra que designa o Espírito Santo, o “Auxiliador” (parakletos). (cf. Jo.14:26; 16:8)
Essa palavra no grego “parakaleo” resulta da aglutinação de duas outras: “kaleo”, que significa “chamar” e “para”, “ao lado”. Da mesma forma que o Espírito Santo foi designado para estar do nosso lado para nos auxiliar, motivar, incentivar ou estimular, nós também somos chamados para fazermos o mesmo, quando seguimos o Espírito de Cristo.
Quando estimulamos uns aos outros, praticamos uma ação que nos assemelha do trabalho do Espírito Santo e que agrada o Pai Eterno.
Quando entendemos o valor do estímulo mútuo, não há limites para o que podemos realizar, pois não é maravilhoso de que Deus nos chamou em Cristo, para estarmos lado a lado de pessoas que estão em crise e necessitadas para ajudá-las?
Não é maravilhoso erguer pessoas, em vez de humilhá-las, empurrá-las para baixo ou jogar água fria no ânimo delas? O mundo está cheio de pessoas orgulhosas. A Igreja está cheia de pessoas com orgulho espiritual e elas desanimam a muitos. Portanto, é dever de todo cristão verdadeiro estimular pessoas, principalmente porque estamos no final dos tempos e porque Deus deseja salvar o maior número de pessoas possível.
U Dê mais sentido ao ato de congregar e ande lado a lado ajudando aqueles que precisam mudar de atitude.