WALTER DE LIMA FILHO – 02/08/2011
Arquivos disponíveis para downloads
Mateus 11:28-30; Filipenses 2:6-8
O texto nos mostra de que não devemos apenas tomar sobre nós o jugo do Senhor, ou seja, sermos humildes, aceitando a direção que Ele nos dá. É necessário também aprendermos Dele. A atitude de Jesus é registrada em Filipenses 2:6-8, onde dois pontos devem ser enfatizados.
Em primeiro lugar, Jesus nunca defendia os Seus direitos. (Fp.2:6,7) Jesus era Deus, mas não agiu como Deus. Ele Se abdicou dos Seus direitos legítimos e nunca Se exaltou. Como Ele, nós não devemos esperar que as pessoas nos tratem melhor ou com mais honra, em relação a outras pessoas. Quando formos injustiçados, coloquemo-nos nas mãos de Deus, esvaziemo-nos de nós mesmos e assim, estaremos aprendendo com o Senhor.
A Bíblia diz: Humilhem-se diante do Senhor, e ele os colocará numa posição de honra. (Tiago 4:10 NTLH) A Palavra de Deus ainda nos diz: Portanto, sejam humildes debaixo da poderosa mão de Deus para que ele os honre no tempo certo. (1 Pedro 5:6 NTLH) Se estamos certos de que Deus está conduzindo nossas vidas nas humilhações, creiamos também que Ele é a nossa justiça! Ó SENHOR Deus, ajuda-me a fazer a tua vontade (i.e. justiça) e faze com que o teu caminho seja reto e plano para mim! Que os meus inimigos vejam que tu estás comigo! (Salmos 5:8 NTLH)
O descanso do verdadeiro cristão não está em não dever nada a ninguém, mas também em agüentar tudo o que for preciso. Ao aprendermos com a atitude de Jesus ao esvaziar-se de Si mesmo, estaremos sendo capacitados a controlar o nosso nervosismo diante das injustiças. Na maioria das vezes, teremos que nos dispor a suportar todo tratamento injusto.
Em segundo lugar, Jesus tomou a natureza de Servo e viveu uma vida como um ser humano comum. No entanto, Ele delimitou a sua vida humana. (Fp.2:7,8) No Velho Testamento Jesus aparecia como o “ANJO DO SENHOR”, mas na terra, ao se encarnar, Ele limitou tremendamente a Sua Deidade. Vivendo como homem, Ele sacrificou até a liberdade dos homens comuns, sendo restrito em todos os Seus caminhos.
No que se refere a nós, como o nosso coração se rebela contra qualquer limitação! Como ansiamos quebrar todo laço e toda restrição, a fim de conseguirmos “liberdade”! Como nós esperamos que as pessoas e as situações se submetam à nossa vontade! Jesus, apesar de ser Deus, aceitou as limitações.
Se Deus usar a igreja a família ou os filhos a fim de limitar-nos, devemos nos submeter com alegria a Ele. Eu já vi pessoas que cortaram laços familiares, por causa do orgulho pessoal de viajar para pregar o Evangelho em lugares distantes. Isso não é o desejo do Senhor! (…) eu e a minha família serviremos a Deus, o SENHOR. (Josué 24:15 NTLH)
Repare que sempre estaremos debaixo de alguma autoridade e ela existe para nos impor limites. Porque as autoridades estão a serviço de Deus para o bem de você. Mas, se você faz o mal, então tenha medo, pois as autoridades, de fato, têm poder para castigar. Elas estão a serviço de Deus e trazem o castigo dele sobre os que fazem o mal. (Romanos 13:4 NTLH)
Jesus aceitou a autoridade de Pilatos, apesar de injusta, como um ato de Deus. Jesus respondeu: O senhor só tem autoridade sobre mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor é culpado de um pecado maior. (João 19:11 NTLH) Jesus estava dizendo que Pilatos estava sendo um instrumento de Deus, para que Ele fosse injustamente condenado pelos próprios filhos de Deus.
Resumindo: O incrédulo recebe alívio quando convida Jesus para participar de sua vida. O cristão encontra o descanso se estiver disposto a tomar o jugo e aprender as limitações do Senhor ao não defender seus próprios direitos. O verdadeiro cristão aceita dia a dia o jugo que Deus lhe designou e opta por viver uma vida restrita para a alegria de Deus. Leia Efésios 5:5- 11. Deus não está dizendo que o afastará de tudo de bom que a vida pode oferecer, mas para que a sua fé não se perca e porque Ele conhece as suas fraquezas, Ele lhe dará algumas restrições. Aceite-as com alegria, pois essa atitude lhe trará benefícios na eternidade, como nesta vida.