(Walter de Lima Filho – Domingo – 07/10/2012)
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Êxodo 3:1-5
O nosso texto fala de Moisés e quem foi ele? No Egito, ele foi um homem de Amom-Rá. No deserto, ele foi um homem solitário e na presença de Deus, um homem transformado.
NO EGITO, MOISÉS FOI UM HOMEM DE AMOM-RÁ.
Amom-Rá (o sol) na religião egípcia era o “rei de todos os deuses”. Moisés nasceu sob o reinado do Faraó Ramsés, que sucedeu a Akhenaton, o qual havia implantado no Egito o monoteísmo. No convívio com o Faraó e os sacerdotes na corte, Moisés aprendeu a crer em Amom-Rá.
Ainda que o monoteísmo houvesse sido implantado, a crença em inúmeros deuses ainda persistia na mente e na alma daquele povo. Exemplo: O rio Nilo era o “deus da vida” e o deserto, “o deus da morte”. Quero lembrar-lhe duas coisas:
1. Moisés disse a Faraó que deixasse o seu povo livre, para sair e no deserto fazer uma festa de celebração a Deus! (cf. Êx.5:1) Uma celebração de vitória sobre o “deus da morte”!
2. Antes do povo de Deus sair do Egito, Deus fez com suas águas se transformassem em sangue. (cf. Êx.7:14-21) Isso significava a morte de um de seus deuses!
Quando Moisés descobriu que era hebreu, procurou defender a causa de seu povo, matando um egípcio que maltratava um patrício seu e escondeu o seu corpo na areia. Depois, ele tentou apaziguar dois hebreus que brigavam e foi rejeitado. Descoberto pelo assassinato do egípcio ele foge para o deserto.
É isso o que muitos fazem diante de suas frustrações, buscam a solidão e ali tentam se reerguer psicologicamente. 
Temor e tremor me dominam; o medo tomou conta de mim. Então eu disse: “Quem dera eu tivesse asas como a pomba; voaria até encontrar repouso! Sim, eu fugiria para bem longe, e no deserto eu teria o meu abrigo. (Sl.55:5-7 NVI)
NO DESERTO, MOISÉS FOI UM HOMEM SOLITÁRIO.
No nosso cotidiano, é impossível não visitarmos a solidão de vez em quando; mas jamais a transformemos em uma habitação e sabe por quê? Porque a solidão é uma porta para um verdadeiro inferno mental! A solidão não nos fala nada, nós falamos. A solidão é olhar ao redor e não se aperceber de nada, é olhar para dentro de si e não encontrar ninguém, só os tormentos do passado!
Dizem que aprendemos muito nos desertos da vida. Será? Sem Deus, não se aprende nada nos momentos solitários. O que Moisés aprendeu no seu deserto? A manusear um bastão para o ofício de pastor de ovelhas! Porém, dentro de si, era um atormentado pelas lembranças do que foi e do que era naquele momento. O seu ofício era uma serpente que o picava a cada dia e ele próprio, um rejeitado até mesmo pelas suas boas intenções. Compare a idéia lendo Êx.4:2-4,6,7. Deus queria mostrar que o Seu poder é transformador e vitorioso sobre todo tipo de mal à personalidade humana.
NA PRESENÇA DE DEUS, MOISÉS FOI UM HOMEM TRANSFORMADO.
No seu encontro com Deus, Moisés aprendeu que não deveria entrar na terra santa do Senhor com os resquícios de sua vida passada. (cf. Êx.3:4,5) Ninguém pode servir a Deus pelos princípios da impureza e do mundanismo. Vocês sabem que os maus não terão parte no Reino de Deus. Não se enganem, pois os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. (1 Co.6:9,10 NVI)
Na terra santa do Senhor Moisés entendeu o seu propósito de vida. Ele seria como o espinheiro que arderia com a chama do Senhor e não se consumiria. Ele teria dentro de si o fogo de Deus, que o levaria a anunciar a vontade do Senhor aos poderosos e aos enfraquecidos. O poder de Deus em sua vida, o transformaria em um instrumento para realizar proezas no Santo Nome de Deus.
É nisso que Deus quer nos transformar em Cristo Jesus. Quando me lembro de Jesus na cruz e a coroa de espinhos em Sua cabeça, O mais desprezado
dentre todos, manifestava o fogo de Deus, o fogo da salvação, do amor perfeito, do poder para destruir o mal que há em nós, para nos dar a vida mais elevada, que é Ele próprio em nós! Ele é a nossa Terra Santa em Quem nós somos transformados!