Texto base:
2 Coríntios 12:10
10 Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim. (2 Co.12:10 NTLH)
Nesse texto, muitos cristãos confundem a palavra “fraqueza” com “pecado”, e isso é um equívoco. A má compreensão dessas palavras pode levá-lo a uma vida deprimida e desanimada com Jesus, o nosso Eterno Mestre, em Quem podemos encontrar força para enfrentarmos situações nas quais nos sentimos fragilizados, mas não em pecado.
Ao se sentir fragilizado, você não deve alimentar um sentimento de culpa, pois sentir-se frágil não é pecado, ou seja, você não contrariou nenhuma das Instruções divinas, a menos que não lide com suas fragilidades com honestidade para alcançar os objetivos do SENHOR.
Os cristãos mais tradicionais consideram “fraquezas” como deficiências espirituais a serem minimizadas. Mas o apóstolo Paulo, em seu argumento, declara que elas têm certo valor no contexto da fé cristã. Quando você adquire a razão e a compreensão divina para com suas fragilidades, permitirá que Deus invista poderosos valores espirituais em sua vida. Portanto, suas fragilidades não são algo para ser escondido ou desprezado, mas oportunidades para se fortalecer no SENHOR.
1. Aprenda a lidar com a fraqueza para se tornar mais forte no SENHOR
Admitamos que, em certos momentos, Deus permite que passemos por situações, nas quais enfrentamos muitas pressões e aflições. Nelas, descobrimos o quanto somos limitados, frágeis e o quanto temos falhado, tanto no nosso modo de pensar como em nossas ações.
Nós não deveríamos nos prender à crença comum de que nossas fraquezas servem apenas para nos abater. Elas servem como meios para crescermos em maturidade, prudência, sabedoria espiritual e fortalecidos pela graça de Deus. (vd. Sl.29:11)
Há outro detalhe que nós precisamos aprender sobre nossas fragilidades: Deus nem sempre as retirará por completo de nossos caminhos, mas, ao permiti-las, Ele deseja que aprendamos, temporariamente ou não, a conviver com elas. O objetivo de Deus é de nos sensibilizar a dependermos d’Ele, de Sua Palavra e poder para nos fortalecer e proteger de desvios espirituais e morais.
Normalmente, as pessoas só investem em suas qualidades fortes, a fim de se tornarem melhores. Nada de errado com isso. Mas, às vezes, nossas fraquezas podem ser muito valiosas, sim, mais do que pensamos, pois cremos no Deus Todo-Poderoso e Único que nos fortalece quando nos sentimos fragilizados.
Deus valoriza a fé (a confiança e a fidelidade) quando a demonstramos em amor. No entanto, quando Ele permite situações que nos enfraquecem, nossas fraquezas podem se transformar em instrumentos divinamente úteis para agirmos à semelhança de Jesus, a fim de servirmos aos propósitos de Deus em benefício de outras pessoas.
2. Compreenda a diferença entre “fraqueza” e “pecado”
O nosso texto base tem por contexto a experiência de Paulo, quando ele foi arrebatado para dentro do “Paraíso”. (2 Co.12:1-9 – vd. no final das notas) Ali, ele ouviu palavras tão surpreendentes, que estão além da capacidade humana para descrevê-las ou expressá-las em palavras e, por isso, não lhe foi permitido contar a outras pessoas tudo o que ouviu e viu.
Diante dessa experiência tão gloriosa, Paulo confessa que, diante da fraqueza humana, seria muito fácil ficar orgulhoso e se gabar da sua experiência na presença de Jesus, na Eternidade. Em vez de se gabar, ele prefere lidar com a sua fraqueza com alegria, exaltando a grandeza de Deus e por Ele usar a sua possível fraqueza para expressar a Sua glória por meio da sua frágil vida. A sua resistência em se autoelogiar era para que ninguém o tivesse como um homem acima da sua própria realidade — um fraco e simples mortal, que era dependente de Deus em todas as coisas.
Eu gostaria que você compreendesse que há uma diferença entre fraqueza e pecado. Quando Paulo se diz “fraco”, ele declara a sua incapacidade a várias dimensões da sua vida e não de se sentir culpado diante de Deus.
Fraqueza, que, no idioma grego, diz-se “astheneia”, é uma palavra que tem a ver com a falta de recursos, sentir-se doente, inadequado, abatido e desanimado para certa finalidade, e isso pode incluir:
- Fraqueza física: como doenças, deficiências físicas ou clínicas;
- Fraqueza intelectual: quando alguém encontra dificuldade para compreender algo;
- Fraqueza pessoal: quando a pessoa se sente emocionalmente fraca e não consegue lidar com certas situações;
- Fraqueza relacional: quando pessoas (pais e pastores), que deveriam liderar para a glória de Deus, não fazem isso corretamente.
Por outro lado, quando Paulo menciona pecado, ele usa a palavra “hamartia“, que significa fazer algo errado que causa culpa diante de Deus. Pecado acontece quando pensamos ou fazemos coisas que vão contra as Instruções de Deus.
Quando investimos de modo desleixado ou egoísta em nossas fraquezas (“astheneia”), com toda a certeza, nós cometeremos erros e pecados que nos afastam de Deus, pela razão de não nos esforçarmos para alcançar os objetivos estabelecidos pelo Eterno.
3. A fraqueza pode lhe parecer contraditória, mas, sob as mãos do SENHOR, ela lhe será útil
Conforme o nosso texto base, Paulo nos ensina que, por meio da nossa confiança na bondade divina, o poder do SENHOR pode emergir de nossas fragilidades em momentos de fraqueza. Na sua abordagem, o apóstolo desafia a ideia comum sobre as fragilidades humanas como impedimentos a uma vida abençoada. (vd. Sl.28:7)
Paulo ensina que as nossas fraquezas servem como “oportunidades” para o nosso crescimento e fortalecimento interior em Cristo e no Seu poder, a fim de sermos mais dedicados a Ele em benefício do Seu Reino e do nosso próximo.
Essa compreensão só é possível de ser alcançada pelos que verdadeiramente amam a Deus, que compreendem o propósito de terem sido chamados por Ele e, por isso, abençoam outras pessoas, por meio da força que Jesus lhes dá. (vd. 2 Co.1:3-6) Não é contraditório que um cristão que admita e aprenda a lidar com suas fragilidades sob aflições servirá de exemplo às pessoas, ganhará mais respeito e será um instrumento nas mãos de Deus para ajudá-las.
Eu não conheço seus sofrimentos e sequer imagino o tamanho deles. Eu penso que você já orou sobre eles e pediu que Deus o libertasse dessas aflições, mas Ele tem permitido que você permaneça sob elas. Então, mude sua maneira de olhar a tudo o que lhe está acontecendo.
Em vez de afirmar que esse momento o impede de viver, aprenda, pela Palavra de Deus, motivos para colocar em prática as Instruções divinas, permitindo que o Eterno trabalhe, primeiramente, em sua vida e, desse modo, logo perceberá a importância da sua vida à de outros devido à força divina que emergiu de suas fragilidades. Você é fraco, mas o SENHOR é a Sua Fonte de força e, portanto, n’Ele você se fortalece e, por meio d’Ele e para Ele, fortaleça outras pessoas para que aprendam a viver n’Ele! (vd. Mt.5:9; 29:19,20)
Isso tudo parece contraditório ou paradoxal? Sim, para os mais enfraquecidos na fé, mas não aos que amam a Verdade e desejam agir segundo a misericórdia ou bondade de Deus. O Eterno não o chamou para ser um cristão nominal, mas para atuar como seguidor, discípulo e amigo de Cristo. (vd. Jo.15:14) Na próxima semana, se Deus permitir, continuaremos.
1 Considerando, pois, ser necessário que vos exponha minhas glórias, embora não me seja vantajoso orgulhar-me, passarei às visões e revelações do Senhor. 2 Conheço um homem em Cristo [esse homem era ele mesmo] que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu [Paraíso]. Se foi no corpo ou fora do corpo, não entendo exatamente, Deus o sabe. 3 Mas sei que esse homem, se isso ocorreu no corpo ou fora do corpo, não sei, mas certamente Deus o sabe, 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inexprimíveis, as quais não é concedido ao homem comentar. 5 Nesse homem me orgulharei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas próprias fraquezas. 6 Ainda que eu decidisse gloriar-me não seria, de fato, insensato, porquanto estaria narrando verdades. Contudo, evito falar sobre isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que seja capaz de observar em minha vida ou de mim pode ouvir. 7 E, para impedir que eu me tornasse arrogante por causa da grandeza dessas revelações, foi-me colocado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para me atormentar. 8 Por três vezes, roguei ao Senhor que o removesse de mim. 9 Entretanto, Ele me declarou: “A minha graça te é suficiente, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Sendo assim, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que o poder de Cristo repouse sobre mim. (2 Co. 12:1-9 – KJA – Bíblia King James Atualizada)
Que Deus nos abençoe!
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PARA VOCÊ REFLETIR E ESTUDAR
“NAS FRAQUEZAS SOMOS FORTALECIDOS”
2 Coríntios 12:10
Com a ajuda do SENHOR, procure refletir sobre as questões. Leia as referências adicionais, procurando compreendê-las ao relacioná-las aos conceitos apresentados nos textos da meditação.
INTRODUÇÃO:
Proposta da meditação ao PG: Muitas vezes, confundimos fraquezas com pecados. Mas afinal, qual a diferença entre um e outro? Como podemos evitar sentir-nos culpados por nossas fraquezas e, ao invés disso, usá-las como oportunidades para o nosso crescimento espiritual?
- Procurem destacar a principal confusão que o texto busca esclarecer.
- Pensem sobre suas próprias experiências ao se relacionarem com a meditação.
- Compreendam a diferença entre fraqueza e pecado, que pode levá-los a uma mudança de postura e crescimento espiritual no SENHOR.
Se a Bíblia nos ensina que até mesmo as nossas fraquezas podem ser usadas por Deus para algo bom, podemos mudar a forma como vemos essas fraquezas e começar a enxergá-las como oportunidades de crescimento?
- Essa pergunta o conduz a desafiar a visão tradicional de que as fraquezas são algo negativo e o incentiva a refletir sobre como você pode mudar sua perspectiva a respeito delas. Ela também pode conduzi-lo a uma reflexão sobre como a fé em Deus pode lhe ajudar a superar sentimentos de vergonha e insegurança.
De que forma devemos permitir que Deus trabalhe em nossas fraquezas, a fim de nos tornar pessoas mais fortes espiritualmente e mais capazes de servir ou ajudar outras pessoas?
- Essa pergunta explora a ideia de que as fraquezas podem ser usadas por Deus para desenvolver na sua vida virtudes como a humildade, a paciência e a dependência de Deus. Ela também pode levá-lo a pensar sobre como suas experiências com as fraquezas podem torná-lo mais misericordioso e empático com as dificuldades dos outros.
- Aprenda a lidar com a fraqueza para se tornar mais forte no SENHOR
Se as fraquezas são oportunidades de crescimento, como podemos transformar momentos de aflição em experiências de aprendizado e fortalecimento da nossa fé?
- Como você pode mudar a sua perspectiva diante das dificuldades, transformando-as em catalisadores para o desenvolvimento espiritual. Reflita sobre quais ferramentas e estratégias você pode usar para lidar com as pressões e aflições de forma mais construtiva.
De que forma a compreensão da dependência de Deus pode ajudá-lo a conviver com suas fragilidades de maneira mais saudável, mantendo-se paz com Deus, mesmo diante das adversidades?
- Pense sobre a importância da fé e da unidade com Deus como fontes de força e conforto. Explore as implicações práticas de reconhecer que você é dependente de um poder superior e como isso pode influenciar sua maneira de lidar com as limitações e desafios da vida.
Se Deus nos permite passar por momentos difíceis, mesmo sendo Bom, como podemos usar essas experiências para nos tornar pessoas melhores e mais próximas d’Ele?
- Por meio dessa pergunta sinta-se incentivado a refletir sobre como você pode transformar as dificuldades em oportunidades de crescimento espiritual. Ela também pode levá-lo a refletir sobre como a fé em Deus pode lhe ajudar a superar os desafios e encontrar um propósito maior na vida.
De que forma nossas fraquezas podem se tornar nossas maiores forças, se aprendermos a confiar em Deus e a seguir os ensinamentos de Jesus?
- Essa pergunta desafia a visão tradicional de que as fraquezas são algo negativo. Ela sugere que, com a ajuda de Deus, você pode transformar suas vulnerabilidades em pontos fortes e usar suas experiências para ajudar outras pessoas.
- Compreenda a diferença entre “fraqueza” e “pecado”
Quando Paulo fala sobre suas ‘fraquezas’, ele não está se referindo a pecados, mas sim a “sentimentos de incapacidade e desânimo”. Como podemos aplicar essa compreensão à nossa própria vida? De que forma podemos encontrar conforto e força em Deus, mesmo quando nos sentimos fracos e inadequados?
- A pergunta destaca a diferença entre fraqueza (astheneia) e pecado, evitando que os participantes confundam os dois conceitos:
- A experiência pessoal: Pense como você pode aplicar essa compreensão à própria vida e reflita sobre suas próprias experiências de fraqueza.
- A busca por força em Deus: Pense sobre como direcionar sua mente para a Sua Fonte de força e conforto, a qual você pode encontrar em Deus, mesmo em seus momentos mais fracos, conforme os exemplos dados.
Se a fraqueza (astheneia) é diferente do pecado (hamartia), como podemos evitar que nossa busca por superar as fraquezas nos leve a cometer pecados?
- Reflita e comente sobre a diferença entre as duas e a importância de buscar superação sem se desviar dos princípios divinos. Considere sobre a importância do equilíbrio entre buscar força e evitar o orgulho, a impaciência, desleixo e outras atitudes pecaminosas.
- A fraqueza pode lhe parecer contraditória, mas, sob as mãos do SENHOR, ela lhe será útil
Se as nossas fraquezas não são obstáculos, mas sim portas para que Deus revele o Seu poder em nossas vidas, como podemos aprender a ver as nossas dificuldades como oportunidades de crescimento espiritual e de serviço aos outros?
- Tenha por objetivo se conduzir por duas conexões:
- Desafiar a visão negativa sobre as fraquezas: A pergunta o incentiva a repensar a forma como você vê as suas próprias limitações, procurando fazer com que você enxergue as dificuldades como oportunidades de crescimento.
- Conectar a sua fraqueza com o poder de Deus: A pergunta destaca a ação de Deus na sua vida como através dela, mostrando que Ele pode usar suas fraquezas para o fortalecer e capacitá-lo para o Seu serviço, a fim de que você seja uma bênção neste mundo.
Se reconhecer e trabalhar suas fraquezas pode torná-lo mais útil a Deus e um exemplo para os outros, por que muitas vezes você tem tanta dificuldade em admitir suas limitações?
- Considere e resista à falsa crença de que você é forte, quando não demonstra suas fraquezas. Reflita e comente sobre as razões, pelas quais, você deve resistir a essa ideia.
- Para discussão em grupo: promova uma discussão sobre as causas da nossa resistência em admitir fraquezas como o orgulho, o medo de julgamento, rejeição e a busca por ser reconhecido como perfeito e muito espiritual.
Como nossas fraquezas podem ser usadas por Deus para abençoar outras pessoas?
- Medite e procure compreender o papel transformador das fragilidades no serviço ao próximo e ao propósito divino.
Por que Deus, às vezes, permite que permaneçamos em aflições, em vez de nos livrar delas imediatamente?
- Medite a fim de explorar a razão por trás da permissão divina em mantê-lo sob incômodos ou sofrimentos, para compreender o seu crescimento espiritual e dependência de Deus.
Como podemos mudar nossa perspectiva sobre as dificuldades, à luz da Palavra de Deus?
- Reflita sobre a importância de uma mudança de atitude e perspectiva diante das aflições, guiada pelas Escrituras Sagradas — as Instruções divinas.
Leia 2 Coríntios 1:3-6. Por qual motivo o apóstolo Paulo presta louvores a Deus? O que os louvores de Paulo falam sobre o caráter de Deus? E d’Ele em relação ao homem? (v.3) Qual a finalidade que Deus dá à você, ao receber Sua ajuda? (v.4) Por que essa atitude o faz agir à semelhança de Cristo? (vs.5,6)
Leia João 15:14. Qual a razão de Deus tê-lo chamado para estar e viver em Cristo